A aluna que ninguém Domava
“Eu sou rebelde por que o mundo quis assim por que nunca me trataram com amor e as pessoas se fecharam para mim”
Tamara
Estou aqui no meu quarto fechando as minhas malas e me preparando para viajar na frança e estudar no colégio interno chamado colégio Santa Teresa de Lisieux da qual terei que estudar por três anos seguidos a mando dos meus pais contra a minha vontade estou com quinze anos e não posso tomar as minhas próprias decisões e sem contar que serei forçada a se casar com um velho que é milionário eu nem sequer conheço como se não bastasse terei que sair da minha zona de conforto e das minhas regalias para estudar para fora do país sendo que aqui tem colégio particular não vejo necessidade alguma apesar de ser uma garota rica de classe média alta enfim ao terminar de fechar as malas dentro do meu quarto de manhã. A porta do quarto está trancada. Nelly, a empregada doméstica, bate suavemente.
- Senhorita Tamara? - indagou Nelly do de fora,com a voz calma
- Quem é? - perguntei de dentro,com um tom levemente irritado
- Sou eu, Nelly.
Eu suspiro , e me levanto e destrancando a porta. Ao abrir, encaro a Nelly.
- O que você quer, Nelly? - indaguei após ter finalizado as malas
- Desculpe incomodar, senhorita, mas o motorista já está à sua espera. - Nelly me avisando sobre o motorista
- Já? - questionei levemente confusa
- Sim, ele está no carro. - respondeu Nelly
- Certo. E meus pais? Eles vão me acompanhar até o hangar ? - perguntei pensativa
- Infelizmente, não, senhorita. Eles têm reuniões importantes hoje na empresa e pediram que eu lhe dissesse isso. - respondeu Nelly com um tom educado,mas firme
- Claro... como sempre. - eu cruzando os braços, irritada
- Eles prometeram ligar para a senhorita assim que puderem. - disse ela tentando amenizar
- Promessas... Ótimo. - falei com sarcasmo
Eu pego a minha bolsa, e minhas malas respirando fundo e saindo do quarto, seguindo Nelly da qual me ajuda levando até a garagem e lá nós duas se despedimos em seguida e ao chegarmos no Hangar pois irei para a França de jatinho particular que é exclusivo para mim e o motorista me acompanhou até lá em seguida me ajudando com as minhas malas em seguida e ao entrar no meu jatinho sozinha e fico ouvindo as playlists favoritas que eu tanto gosto de ouvir e em seguida começo a escrever no meu diário porém reclamando de estar viajando para um colégio interno e imaginando e pensando mil coisas como se fosse uma prisão perpétua e o tédio que terei por ficar três anos seguidos estudando lá me imaginei nos filmes de Harry Potter porém me identificando como a hermione só que não só de pensar que falta muito para chegar aos dezoito anos dá um desânimo horas depois chegamos na frança desço do jatinho e logo entro no carro que já está a minha espera ao chegando no colégio interno sou atendida por uma das freiras Eu cheguei ao colégio acompanhada por Isabel, uma jovem freira simpática, enquanto Madre Selma, a diretora, espera na entrada do prédio com um semblante sério, porém acolhedor.
- Bem-vinda, Tamara. Sou Madre Selma, diretora deste colégio. Espero que sua estadia aqui seja uma oportunidade de aprendizado e crescimento. Irmã Isabel e eu vamos guiá-la pelo colégio para que se familiarize com o ambiente e as normas. - disse ela em tom firme,mas gentil
- Certo… Obrigada, eu acho. - eu olhando ao redor desconfiada
- Sei que pode ser um pouco assustador no início, Tamara, mas você vai se adaptar rápido. Muitas meninas chegam aqui com receio e, em pouco tempo, sentem-se em casa. - disse Isabel sorridente, tentando aliviar o clima
- Vamos começar com o básico. Aqui no colégio, priorizamos disciplina e foco nos estudos. A convivência harmoniosa e o respeito são valores inegociáveis. - comentou madre Selma
- Entendido. Mas e quanto… às redes sociais? eu perguntei arqueando as sobrancelhas
- Este é um assunto importante. O uso de celulares e redes sociais é estritamente limitado. Durante o horário de aulas e as atividades coletivas, os celulares ficam guardados na administração. - disse ela interrompendo
- Você terá um horário específico para acessar o celular, mas isso será apenas para se comunicar com a família ou resolver algo urgente. Aqui, queremos que as alunas se concentrem no que realmente importa: os estudos, a amizade e a espiritualidade. - disse irmã Isabel com delicadeza
- Isso parece… bem rígido. - falei em tom baixo
- É, sim, mas necessário. As redes sociais podem ser uma distração. Estamos aqui para ajudar você a se conectar consigo mesma e com os outros de uma maneira mais profunda. - disse ela em tom firme
Elas entram no prédio principal. Madre Selma caminha na frente, conduzindo-as pelos corredores. Irmã Isabel aponta as áreas importantes enquanto fala com Tamara.
- Aqui está a sala de estudos, onde você passará boa parte do tempo. Ali, temos o refeitório, onde as refeições são feitas em horários fixos. O cardápio é simples, mas nutritivo. - comentou irmã Isabel
- Simples… Certo. - eu tentando esconder o meu descontentamento
- Agora, vamos ao dormitório. Você ficará no quarto com outras três meninas. disse madre Selma
Elas chegam ao dormitório. O quarto é simples, mas arrumado, com três camas, escrivaninhas e um armário compartilhado.
Irmã Isabel: - Esta é sua cama, Tamara. As outras meninas vão chegar em breve para que vocês possam se conhecer. Tenho certeza de que vão se dar bem. - disse irmã Isabel
- Ok, vou tentar. - eu suspirando
- Tente, sim, Tamara. Aqui, acreditamos que a força de vontade pode transformar qualquer desafio em uma oportunidade. - disse madre Selma olhando nos olhos de Tamara
- E estaremos aqui para ajudá-la nesse processo. Agora, vamos deixar você se organizar e, à noite, explicaremos o restante da rotina.- irmã Isabel sorrindo
- Ah, e lembre-se: o silêncio é obrigatório após as 22h. Descanso é essencial. - madre Selma dando seu último aviso
- Entendido. Obrigada. - eu com um leve sorriso irônico
As duas religiosas deixam o quarto. Tamara suspira e olha ao redor, sentindo o peso das regras, mas também uma certa curiosidade sobre como será a experiência ali em seguida chegou as duas meninas que vieram de outro país para estudar nesse mausoléu pelo menos não estarei nessa masmorra sozinha pensei comigo ao ver elas entrando pela porta e em seguida Elas entram no quarto, carregando suas coisas , e encontro minhas novas colegas de quarto, Analu e Camille, das quais eu a recebo calorosamente.
- Oi... Vocês devem ser Analu e Camille, né? Eu sou a Tamara. - eu com um sorriso tímido
- Isso mesmo! Oi, Tamara! Seja bem-vinda. Deve estar um pouco nervosa, né? É sua primeira vez em um colégio interno? - disse Analu se levantando da cama com entusiasmo
- É, é sim... Eu nem sei bem o que esperar. Mas o quarto é bem bonito. - eu olhando ao redor,meio desconcertada
- A gente sabe como é. Eu também fiquei meio perdida quando cheguei, mas não precisa se preocupar. Estamos aqui pra ajudar no que você precisar. - disse Camille sentada em sua cama, sorrindo gentilmente
- Olha, essa cama aqui é sua. A gente já deixou espaço no armário pra você guardar suas coisas. - disse Analu apontando para um canto do quarto
- Sério? Nossa, obrigada mesmo... Vocês foram muito legais comigo desde que entrei aqui. Achei que seria mais... estranho, sabe? - eu colocando a mala no chão,um pouco emocionada
- Estranho é meio padrão aqui no começo. Mas a gente logo se acostuma. E, falando sério, aqui ninguém sobrevive sozinho. - disse Camille rindo
- E a gente já gosta de te conhecer. Então relaxa, tá? Já vou avisando que a Camille é a especialista em decorar as regras daqui, e eu sou boa em ensinar os truques pra fugir delas. - disse Analu sentando na beirada da cama de Tamara
- Não ouve a Analu, ela só quer te corromper. disse Camille revirando os olhos,mas rindo
- Acho que estou no lugar certo, então. - eu dando uma risada pela primeira vez
- Isso aí! Agora arruma suas coisas com calma e depois vamos te mostrar onde fica o refeitório. Ah, e também onde escondem os melhores lanches! - comentou Analu
- Analu, para de assustar a menina. - disse Camille
- Não, eu acho ótimo. Obrigada, meninas. Sério mesmo. - eu sorrindo confiante
- É pra isso que estamos aqui. Agora, deixa a mala pra lá um pouquinho, porque a gente vai te contar como sobreviver ao primeiro jantar!
Analu e Camille estão levando Tamara para conhecer o colégio. Elas caminham pelos corredores animadas, mostrando os principais lugares. Após passarem pela biblioteca e outras áreas, entram no refeitório e seguem para o jardim.
- E esse aqui, Tamara, é o nosso querido refeitório. - Analu abrindo a porta do refeitório com um gesto exagerado
- Onde os sonhos culinários vêm para... morrer. - disse Camille com um tom teatral
- Não pode ser tão ruim assim, né? - eu perguntei rindo, olhando ao redor
- Ah, você vai descobrir. Hoje deve ser "quarta da sopa misteriosa". Ninguém nunca sabe do que é feita. - disse Analu
- Reza a lenda que, se você perguntar, o cozinheiro só te encara em silêncio. - comentou Camille
- Agora fiquei com medo. - falei um tanto assustada
- Não esquenta, a gente tem um estoque secreto de lanches no quarto pra emergências. Vamos sair daqui antes que o cheiro da sopa grude na gente. - disse Analu me puxando para o braço
- Boa ideia. Vamos mostrar o jardim! É a única parte desse colégio que é realmente bonita. - disse Camille animada
Ao chegar no jardim…
- Uau, é lindo mesmo. Eu não esperava algo assim por aqui. - eu olhando ao redor, encantada
Analu: - Pois é, eles capricham no jardim pra disfarçar o clima de prisão. - comentou Analu
- E é o lugar perfeito pra... fugir. - disse Camille
- Fugir? - eu surpresa
- É claro! A gente sai por ali, ó. (Aponta para um pequeno portão lateral coberto por trepadeiras.) Ninguém nunca percebe. - disse Analu sussurrando como se fosse um segredo
- Vocês saem mesmo? - perguntei hesitante,mas curiosa
- Às vezes, pra dar uma volta rápida. Só pra respirar, sabe? Quer tentar? - perguntou Camille olhando pra mim
- Agora? Não vão nos pegar? - indaguei hesitando
- Só se formos lerdas. Vamos lá! - disse Analu com um sorriso travesso
Fora do colégio, em uma pequena praça ao lado do jardim
- Gente, isso é sério? A gente não devia estar aqui… - eu olhando ao redor um pouco nervosa
- Relaxa, a Camille tá de olho. Ela é tipo a nossa vigia oficial. - disse Analu me tranquilizando
- Isso porque alguém aqui sempre faz barulho demais. - disse Camille de braços cruzados , olhando para trás
Analu: - Ei, travessuras requerem coragem, ok? - disse Analu
- Vocês fazem isso com frequência? - perguntei rindo nervosamente
- Só quando a sopa misteriosa é insuportável. disse Analu
- Não é tão perigoso quanto parece. É meio emocionante, né? - Camille me cutucando
- Eu admito que sim. Mas... acho que já tá bom por hoje, né? - eu sorrindo
- Ah, você ainda vai se acostumar, Tamara. Essa foi só uma amostra grátis da nossa vida aqui. - disse Analu
- Vamos voltar antes que alguém perceba. - disse Camille querendo voltar
- Obrigada, meninas. Acho que com vocês por perto vai ser mais divertido do que eu imaginava. - eu toda animada
- Com a gente, diversão é garantida! - disse Analu
- Ou confusão. - disse Camille sorrindo
- Acho que vou sobreviver ao colégio interno com vocês. - falei rindo
- É isso aí. Agora, hora de voltar como se nada tivesse acontecido. - disse Analu
Tamara, Analu e Camille estão retornando do passeio furtivo. Enquanto atravessam o jardim, Tamara avista um lago com uma pequena ponte e, ao se aproximar, notou um homem nadando.
- Espera... O que é aquilo ali no lago? - perguntei parando subitamente
- Ah, é o lago do colégio. Bonitinho, né? - respondeu Analu olhando na direção indicada
- Não, eu tô falando do cara nadando. Quem é ele? - eu perguntei olhando para elas
- Ai, não acredito. É o professor Roumie. - disse Camille arregalando os olhos e imediatamente reconhecendo
- Sério que ele tá nadando assim, no meio do dia? - indagou Analu colocando a mão na testa, incrédula
- Ele é professor? Ele parece... um modelo. - eu encarando deslumbrada
- "Modelo"? Tá mais pra modelo de professor insuportável. Ele dá aula de literatura e adora falar difícil só pra confundir a gente. - Analu revirando os olhos
- Totalmente. E tem essa coisa de ser todo sério. Nunca ri, nunca desvia do tema da aula. Mas, bem... não dá pra negar que ele é… - comentou Camille com receio
- Bonito. - disse Analu interrompendo com um sorriso travesso
- Bonito? Ele é mais do que bonito. Olha só aquele cabelo molhado, e o jeito que a água escorre pelo corpo dele… - eu ainda olhando,fascinada
- Ok, calma aí, Tamara. Não vai entrar no lago atrás dele. - disse Camille rindo nervosa
- Verdade! Ele pode ser tudo isso, mas também é o professor mais chato daqui. E, se ele pegar a gente aqui, vai ser um problema. - disse Analu
- Ele é tão... diferente do que eu esperava. - falei sem tirar os olhos de Roumie
- É, o charme dele meio que deixa a gente meio confusa às vezes. Mas é só lembrar da última redação que ele pediu que a magia passa rapidinho. - disse Analu dando de ombros
- Exatamente. Ele não perdoa erros gramaticais. Dá até pra esquecer que ele é... bem, assim. - disse Camille
- Eu não consigo imaginar ele dando bronca. Ele parece…
- Tipo um príncipe saído de um livro? - disse Analu interrompendo,divertida
- Talvez. - eu corando
- Certo, chega de admirar o professor. Vamos sair daqui antes que ele perceba. - disse Camille puxando as duas pelo braço
Voltando ao jardim
- Eu nem sabia que professores podiam ser assim... tão joviais. - comentei ainda meio distraída
- E tão chatos. Confia na gente, Tamara. A beleza é só fachada.- disse Analu
- Mas, se quiser continuar deslumbrada, só toma cuidado pra não entregar isso na aula, tá? Ele é super perceptivo. - avisa Camille
- Eu juro que vou me controlar. - eu rindo um pouco sonhadora
- Boa menina. Agora vamos, porque já estamos arriscando demais. - Analu batendo de leve no ombro de Tamara
- E, por favor, tenta não sonhar acordada com ele, ok? - disse Camille do meu lado
- Eu vou tentar, mas não prometo nada. - eu rindo
- Ai, céus... Vamos logo antes que a Camille tenha um surto de responsabilidade. - disse Analu alertando
De volta ao colégio as meninas entram no prédio ainda rindo. Tamara parece pensativa, mas contente por ter feito novas descobertas, tanto sobre o colégio quanto sobre si mesma. Ao entrarmos no quarto minutos depois chegou a irmã Isabel entregando os nossos celulares para entrar em contato com os pais e mexer nas redes sociais por algumas horas antes do jantar em fração de segundos meu celular toca eu ao atender no quarto, sentada em minha cama, falando ao telefone com minha mãe. Analu e Camille estão no fundo, mexendo em suas coisas e conversando baixo, mas discretamente ouvem partes da conversa.
- Oi, mãe!
- Oi, minha filha! Como você tá? Foi tudo bem com a chegada no colégio? - disse ela do outro lado da linha
- Foi, sim. As meninas aqui foram super legais comigo. O quarto é aconchegante, e o colégio... bom, é maior do que eu imaginava.
- Ah, que bom ouvir isso. Eu estava preocupada. Você já fez alguma amizade? - disse ela com alívio
- Sim! Minhas colegas de quarto, a Analu e a Camille, são incríveis. Elas estão me ajudando a me adaptar.- eu olhando para Analu e Camile que agora fingem não estar prestando atenção
- Que ótimo! Faz muita diferença ter gente boa por perto. E as aulas, como estão?
- Ainda não começaram direito, mas parece que vai ser bem puxado. Ah, e o professor de literatura... é, hum, interessante.
- Interessante como?
- Ah, nada demais, ele só parece... exigente. - eu desviando o olhar
- Entendi. Bom, lembra de focar nos estudos, tá? E não se preocupe com nada aqui em casa. Seu pai manda lembranças. Ele perguntou de você hoje o dia inteiro.
- Diz pra ele que eu tô bem e que sinto falta de vocês dois. - eu sorrindo
- Vou dizer, meu amor. E qualquer coisa, me liga, tá? Não precisa guardar tudo pra si mesma.
- Pode deixar, mãe. Obrigada.
- Tá bom, filha. Fique com Deus. Um beijo enorme, e boa noite.
- Boa noite, mãe. Manda um beijo pro pai também.
- Mando sim. Te amo.
- Também te amo.
Após a ligação
- Vou dar uma volta pelo colégio rapidinho. Já volto, meninas. - eu me levantando
- Tá bom, mas não demora. A gente precisa te ensinar as regras não-oficiais antes de amanhã. - disse Analu
- Prometo não demorar. - eu rindo
Tamara sai do quarto, deixando Analu e Camille sozinhas.
- Então a Tamara tem uma mãe preocupada. Fofo, né? - Analu se jogando na cama
- É bom saber que ela tem alguém assim. Dá pra ver que ela tá tentando se adaptar, mas ainda tá meio nervosa. - disse Camille
- Ah, normal, né? Primeiro dia num colégio interno é sempre estranho. - disse Analu
- Bom, pelo menos ela tá com a gente. Podia ser pior. - disse Camille
- Totalmente. A gente é praticamente o pacote completo: apoio emocional e um pouco de caos. - disse Analu
- Mais caos do que apoio, pra ser honesta. - disse Camille rindo
- Ei, isso é equilíbrio. - disse Analu
As duas riem enquanto continuam conversando, já pensando nas próximas aventuras que vão viver ao lado de Tamara. Ao sair do quarto e andar nos arredores dos outros quartos procurando um canto mais reservado, Tamara está andando distraída pelo corredor do colégio enquanto mexe no celular. sem perceber, esbarra no professor Roumie, que vinha na direção oposta.
- Com licença! Você está bem? - perguntou ele abruptamente
- Ah, desculpe! Eu estava distraída... Sim, estou bem. - eu assustada, levantando o olhar
- Não deveria estar fora do seu dormitório a essa hora. É quase hora do jantar. - ele ajustando os óculos e cruzando os braços
- Eu só estava dando uma volta... tentando conhecer melhor o colégio. - eu ficando sem graça, guardando o celular no bolso
- Conhecendo o colégio? Sozinha? - indagou ele
- É... algo assim. - falei corando
- E qual é o seu nome? - perguntou ele em um tom mais calmo,mas ainda sério
- Tamara. Tamara Martins. - eu hesitando por um momento
- Sou o professor Roumie, responsável pelas aulas de Literatura. - ele assentindo
- Ah, sim. Já ouvi falar de você… - falei surpresa
- Espero que sejam coisas boas. - ele arqueando uma sobrancelha
- Bem... ainda não sei. - eu ficando sem jeito
- Tamara, as regras do colégio são claras. Não é permitido ficar andando pelos corredores fora do horário. Você deve estar no dormitório ou no refeitório. - disse ele com um leve sorriso,mas voltando ao tom sério
- Entendi. Foi mal, professor, eu só queria espairecer um pouco.
- Eu entendo. Mas, da próxima vez, tente respeitar os horários. Não queremos que você tenha problemas logo no começo. - ele olhando-a com atenção
- Pode deixar. Vou voltar pro meu quarto agora. - eu assentindo
- Ótimo. Nos vemos na aula de Literatura, Tamara.
- Claro. Até lá, professor. - falei com um leve sorriso
- E, Tamara... tome cuidado para não se perder por aí. - disse ele dando meia-volta
- Pode deixar. - eu baixando a cabeça para esconder o sorriso
Tamara o observa se afastar pelo corredor, ainda com o coração acelerado pela situação inesperada, e segue de volta para o dormitório. Depois disso deu a hora do jantar e todas nós saímos do dormitório e fomos para o refeitório do colégio que tem uma mesa imensa e sentamos e começamos a comer Eu , Analu e Camille estamos sentadas juntas no refeitório do colégio durante o jantar. O ambiente é barulhento, com alunos conversando e o som de talheres ecoando pelas mesas.
- Então, Tamara, como foi o passeio pelo colégio? Descobriu algo novo? - disse Camille cortando a comida
- Descobri, sim... o quão chato o professor Roumie pode ser. - eu comendo e dando uma garfada de salada suspirando
- Espera, você encontrou o Roumie? Onde? - indagou Analu parando de mastigar,curiosa
- Esbarrei nele no corredor. Literalmente.
- Eita! O que ele disse? - perguntou Camille arqueando as sobrancelhas
- Primeiro, me perguntou o que eu estava fazendo fora do dormitório antes do jantar. Depois ficou com aquele tom sério de "as regras são claras". - eu revirando os olhos
- Ah, típico dele. Sempre o dono da moral e das regras. - disse Analu rindo
- Ele é tipo um guardião do colégio. Mas e aí? Você conseguiu escapar da bronca? - comentou Camille tentando conter o riso
- Acho que sim. Ele só deu aquele discurso de "não faça de novo" e se apresentou como se eu já não soubesse quem ele era. - eu sorrindo,um pouco irônica
- E aí, o encanto acabou? - perguntou Analu com um sorriso travesso
- Totalmente. Ele é bonito, mas tem o carisma de uma pedra quando tá sendo sério. - eu fazendo uma careta
- Bem-vinda ao clube. A gente até tenta relevar a beleza dele, mas a chatice sempre ganha. - comentou Camille
- Ah, mas você vai ver. Durante as aulas, ele dá umas olhadas intensas, do tipo que faz a sala inteira ficar em silêncio. É assustador.
- Agora fiquei ainda mais ansiosa pra aula de Literatura.
- Não se preocupa. A gente tá no mesmo barco. Qualquer coisa, só segue o fluxo e tenta não errar a gramática.- disse Camille me tranquilizando
- Mas, falando sério, você tá se adaptando bem, né? Tirando o susto com o Roumie. - indagou Analu me cutucando com o cotovelo
- Com vocês por perto? Acho que sim. - falei sorrindo
- É disso que eu gosto. Agora come rápido antes que o pessoal pegue a sobremesa toda. - disse Analu
Camille: - E fica tranquila, Tamara. Se o Roumie tentar ser muito chato, a gente te ensina como sobreviver às aulas dele. - disse Camille
- Vou cobrar isso, hein. - eu rindo
As três riem e continuam o jantar, já se sentindo mais próximas. Ao terminar de jantar subimos as escadas e retornamos para o dormitório e em seguida chegou a irmã Isabel como sempre recolhendo os celulares para guardar na diretoria depois disso deitamos na cama e pegamos no sono para enfrentar o primeiro dia de aula…
*************
O Primeiro Dia de Aula
O sol da manhã ilumina os corredores do colégio interno, enquanto Tamara, Analu e Camille caminham juntas até a sala de aula. As três conversam animadamente, mas Tamara sente um frio na barriga ao pensar no que está por vir.
Chegada à sala de aula
- Bom, aqui estamos. Primeira aula do ano. - disse Camille olhando ao redor ao entrar
-Vamos sentar ali. Lugar estratégico, nem muito na frente, nem no fundo. - disse Analu apontando para uma fileira no meio
- Ótima ideia. Não quero chamar atenção no meu primeiro dia. - eu assentindo, enquanto coloca a minha mochila na cadeira
As três se sentam lado a lado. Tamara ajusta seu caderno, tentando parecer confiante, enquanto os outros alunos entram na sala, cada um encontrando seu lugar.
De repente, a porta se abre, e o professor Roumie entra com passos firmes. Ele está vestido de forma impecável, com uma camisa branca e uma gravata escura, carregando um livro de capa de couro em uma das mãos.
Início da aula
- Bom dia, classe. Espero que tenham descansado bem nas férias, porque este semestre será desafiador. - disse o professor roumie colocando o livro na mesa e olhando a turma
A sala fica em silêncio, com os alunos atentos.
- Para começar, quero que façam um exercício simples de análise. Leiam o poema que está no quadro e respondam às perguntas no caderno. Têm vinte minutos. - disse o professor roumie
Tamara, Analu e Camille olham para o quadro, onde um poema curto e complexo está escrito. Tamara franze a testa, tentando entender. Depois de alguns minutos de tentativas frustradas, Tamara escreve uma mensagem rápida em um pedaço de papel: “Analu, socorro. O que ele quer dizer com ‘a sombra do tempo’?”
Ela amassa o papel e o joga discretamente em direção a Analu, que pega e lê, segurando o riso. Analu se inclina ligeiramente para sussurrar:
- É só uma metáfora pra coisas que ficam pra trás, como memórias. - respondeu Analu em tom baixo
- Ahhh, entendi. Obrigada! - eu sussurrando de volta
As duas continuam cochichando, mas o som chama a atenção de Roumie. Ele se vira lentamente para encarar as duas.
- Senhoritas Martins e Oliveira, será que poderiam compartilhar com a turma o que é tão interessante que não pode esperar o fim da aula?
- Ah... eu só estava pedindo ajuda com a questão, professor. - eu corando, com um tom firme tentando parecer calma
- E acha que o meio de uma aula é o momento adequado para isso? - perguntou ele arqueando uma sobrancelha
- Foi culpa minha, professor. Eu só estava explicando algo que ela não entendeu. - disse Analu tentando ajudar
- As dúvidas são importantes, mas devem ser feitas de maneira apropriada. Se tiverem dificuldades, estou aqui para ajudar. Agora, voltem ao exercício. - disse professor Roumie com um olhar sério,mas sem perder a calma
As duas assentem, envergonhadas, enquanto Camille tenta conter o riso ao lado.
Continuação da aula
O restante da aula segue sem mais incidentes, mas Tamara percebe que o professor Roumie lança olhares ocasionais em sua direção, como se estivesse medindo sua atenção. Apesar do susto, Tamara sente que começou a entender o estilo do professor — rígido, mas justo.
No final da aula, enquanto os alunos começam a sair, Analu se inclina para Tamara e cochicha:
Analu: Relaxa, você sobreviveu ao Roumie. Primeira vitória do ano.
- E primeira bronca também. Um começo promissor. - disse Camille sorrindo
- Ótimo. Mal posso esperar pelas próximas aulas. - eu rindo
As três saem juntas, já rindo da situação, enquanto o professor Roumie observa a turma se dispersando, ajeitando calmamente seus papéis. E depois disso fomos todos para o intervalo e quando terminou retornamos para sala de aula conhecendo os demais professores ao terminar retornamos para o nosso dormitório
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