EPÍLOGO
-Conta de novo mamãe, vai... -Connie pede pela milésima vez.
-Por favorzinho mamãe! -Agora é Lucca quem pula animado em cima da minha cama.
Eles querem ouvir novamente a história de como eu e o papai se conheceram. Praticamente todas as noites eu conto e eles nunca se cansam.
Depois que eu e Léo nos casamos, tiramos quase três meses de ferias e fomos em uma lua de mel pra lá de linda. Tudo foi maravilhoso e intenso. Nós esquecemos as mágoas e deixamos o passado aonde ele deve estar, no passado.
Depois disso, eu me mudei para a sua casa e a minha, deixei de presente para mamãe e Josué, ela não queria aceitar no início, mas eu a convenci de que era um "empréstimo", alguns dias depois passei a casa para o seu nome e disse somente ao seu marido, que me agradeceu com lágrimas nos olhos. Eles são minha familia e eu faria de tudo para que estivessem bem.
Eu e Léo por outro lado, tivemos um ano bem corrido, com shows, turnês e tudo o que ser famoso acarretava, porém nunca nos afetou em nada o fato de quase não nos vermos durante todos os meses, ao contrario, sempre faziamos o possível para nos encontrar e a maioria dos canais nos convidava para entrevistas juntos. Éramos a sensação do momento.
No final desse ano, eu me preparava para recebê-lo de uma turnê que havia durado dois meses, quando de repente me senti muito mal, vomitei o dia inteiro e fui parar até no hospital. Todos pensaram que era apenas uma intoxicação alimentar, mas no final das contas, era algo muito mais lindo e perfeito.
"-Mãe, estou no hospital, não se assusta, não é nada grave, eu só preciso que a senhora me mande algumas roupas e comida...-Liguei para mamãe imediatamente e ela quase arrebenta os meus tímpanos ao escutar minhas palavras.
-O QUE? O que aconteceu filha? Você se machucou? Caiu? Sofreu algum acidente?
-Mâe, fica calma pelo amor de Deus e me manda o que eu pedi, já vou explicar tudo quando for a hora, mas agora eu preciso urgentemente de roupas limpas!
Mamãe concordou com tudo, porém em vez de mandar com algum táxi ou motorista, ela mesma me levou uma bolsa com roupas, biscoitos, suco e mais um monte de coisas que eu sequer pedi.
-Obrigada... -Disse comendo tudo de uma vez, estava faminta.
-Vai me contar o que aconteceu agora? -Eu queria fazer uma surpresa para ela, mas ao ver sua cara de preocupação, decidi dizer ali mesmo, o motivo da minha estadia no hospital.
-Então... hoje eu acordei muito indisposta sabe... vomitei o dia inteiro e acabei tendo que vir para cá. O médico fez alguns exames e...-Quando estava quase dizendo a ela, Léo passa como um furacão pela porta e vem parar do outro lado da maca. Alisa o meu rosto, beija a minha boca, procura ferimentos inexistentes e finalmente me abraça respirando aliviado ao não encontrar nada.
-O que aconteceu meu amor? Você caiu? -Pergunta olhando de mim para mamãe que por sua vez me olha estranho.
-Nâo Léo, eu não caí... e como você sabia que eu estava aqui? -Pergunto curiosa.
-Sua mãe me ligou a alguns minutos, eu cheguei mais cedo para te fazer uma surpresa, mas no final das contas o surpreendido fui eu...-Beija a minha testa.
Eu sabia que mamãe iria ligar para ele, só não pensei que ele chegaria tão rápido.
-Então, aproveitando que os dois estão aqui, eu... -Olho para os dois amores da minha vida e imediatamente lágrimas começam a cair pela minha bochecha. -Eu... Nós...
-Fala logo Clara pelo amor de Deus, você está me preocupando! -Ah Léo, quanto eu te amo, com todo esse sei jeito acelerado e impaciente. Dou um sorrisinho e ele me olha com o cenho franzido.
-Bom, sem mais rodeios, acho que... a nossa familia acaba de aumentar.
Lembro que Léo ficou tão perplexo que no começo não disse nada, apenas me olhava com cara de assustado, até que a ficha caiu e ele me abraçou apertado, chorando de felicidade.
Os meses passaram e quando fizemos o primeiro ultrassom, outra surpresa nos pegou em cheio. Nós íamos ter gêmeos. Um lindo menino e uma linda menininha.
A gravidez foi de risco por conta daquele maldito ter me batido, mas eu fiz o possível e o impossível para não perder um filho novamente.
Quando os dois nasceram, eu não me aguentava de tanto amor. Léo então nem se fala. Só faltava pular de alegria.
Os anos passaram e eles cresceram, saudáveis e muito felizes.
Connie sempre foi a líder, Lucca sempre a obedece. Alguns meses depois que ficamos sabendo da gravidez, a mãe de Léo infelizmente faleceu, então pensei em fazer uma homenagem à mulher que deu a luz ao amor da minha vida.
Nem preciso dizer que Léo ficou muito emocionado.
-Mamãe... está nos enrolando de novo! -A mocinha me diz com cara de brava. Eles já têm quase oito anos, mas ambos herdaram a personalidade do pai.
-Tudo bem, tudo bem, estava lembrando de algumas coisas. Mas vamos lá...
Começo a contar uma versão mais suave de como nos conhecemos e como chegamos a ficar juntos, eu jamais diria a eles o que aconteceu comigo, nem quando tiverem idade suficiente para entender esse tipo de coisas.
Continuo contando nossa história por mais de meia hora e nada dos monstrinhos dormirem.
Eles sabem que quando o pai não está, eu sempre cedo aos seus encantos.
Léo está em turnê e volta amanhã, todos estamos ansiosos por isso.
Nós nunca deixamos nossos filhos sozinhos ou com babás, sempre nos programamos para que quando um estiver de turnê, o outro fica em casa. Agora foi a vez de Léo.
Tudo pelo bem dos dois.
-...então o papai já não aguentava mais ficar longe da mamãe e implorou para que ela se casasse com ele...
-É feio mentir meu amor... -uma voz diz da porta e os dois praticamente passam por cima de mim para ir de encontro com o pai.
-Pai! Você chegou! -Léo é quase derrubado pelo furacão Connie e Lucca. Ele pega os dois no colo e os dois o enchem de beijos e abraços carinhosos.
-Eu também estava morrendo de saudades de vocês! -Ele caminha até mim, beija minha boca e agora estamos os quatro em cima da cama.
-Mamãe estava contando a história pra gente. -Connie diz enquanto passa a pequena mão pela barba do pai.
-É, a gente tava na parte que você implora pra ela...-Lucca completa e eu quase morro de vergonha.
-É mesmo? -Léo me olha com uma sobrancelha levantada e me seguro para não rir. Ele conta a historia a partir do momento em que parei, porém continua a minha versão.
Não consigo olhar para ele com nada menos que amor nos olhos.
Depois de outra meia hora, Connie Lucca estão quase caindo de sono.
-Bom, acho que já está na hora de dormir garotada. -Léo se levanta e leva os dois para o quarto, dou risada enquanto escuto os resmungos dos dois. Alguns minutos depois ele volta, fecha a porta e passa a chave.
-Você não deveria trancar a porta... -Digo manhosa e ele sobe na cama em cima de mim.
-Daqui meia hora abro de volta. -Beija o meu pescoço.
-Muito confiante senhor Moura, muito confiante. -Brinco e ofego quando suas mãos vão parar nos meus seios por debaixo da camisola de seda.
-Deus, como eu senti saudades. -Sussurra.
-Eu também meu amor. -Beijo sua boca sem reservas e ele puxa minha camisola para cima, logo depois meu sutiã e calcinha se vão em um passe de mágica.
-Linda... eu te amo Clara.
-E eu também te amo, mesmo você tendo quase estragado minha carreira antes de começar...-Solto e não sei sinceramente de onde veio isso!
Léo para imediatamente e me olha curioso.
-Como assim Clara? Eu nunca estraguei a sua carreira! -Sua voz sai esganiçada porém baixa para não acordar os meninos.
-Não se faça de inocente meu amor, que eu sei que você disse a Jhon que não deveria me contratar...-Já que entrei no baile... Na verdade, nunca havia esclarecido esse tema com ele.
-O quê? Claro que não! -Seu rosto adquire uma expressão de escarnio e eu fico completamente confusa.
-M-mas Beto escutou uma conversa do seu agente com Jhon e...-Começo e de repente a ficha cai.
Léo me olha no fundo dos meus olhos e de repente, ambos caímos na risada.
-Não acredito que perdemos todo esse tempo brigando por causa de um idiota! -Ele sussurra baixo e eu balanço a cabeça concordando.
-Sim! Não acredito nisso!
-Foi por isso que disse aquelas coisas sobre minha banda? -Pergunta com um brilho nos olhos.
-Sim... mas eu estava chateada com você... ah se eu soubesse...-Baixo minha cabeça envergonhada e ele segura o meu queixo e planta um beijo delicado na minha boca.
-Não importa agora meu bem, no final das contas, acabamos juntos de qualquer jeito. -Suas mãos vão parar na minha coxa e eu ofego novamente. Como amo esse homem.
-Sim, no final das contas o amor venceu. Te amo Léo, com toda minha alma.
-E eu te amo tanto minha Clara, que não viveria sem você. -Diz enquanto me penetra lentamente, arrancando suspiros e me fazendo delirar.
No começo ele vai lento, mas conforme a temperatura vai subindo, a velocidade vai aumentando e os ofegos vão ficando cada vez mais apressados.
-Isso meu amor, mais rápido! -Suplico em um sussurro e ele obedece prontamente.
Sinto que o membro de Léo vai ficando cada vez mais duro e pulsante, sei que está chegando a hora. No meu estômago, aquela sensação de explosão começa a se formar novamente e meus olhos se reviram de satisfação quando o orgasmo me ataca com força.
Léo alcança o próprio orgasmo segundos depois e cai rendido em cima de mim.
-Isso foi... intenso. -Diz com a respiração entrecortada e eu balanço a cabeça lentamente.
-A vida com você é intensa meu amor. -Deixo um beijo na sua testa e ele ri.
-Por isso você me ama não é mesmo?
-Não... -Nego e ele me olha assustado. -Eu te amo porquê você me faz feliz, me deu os dois maiores presentes da minha vida. Te amo porquê você é o amor que sempre sonhei ter. Sem você minha vida não seria a mesma, Leopoldo Moura.
Quando olho para ele, percebo que seus olhos estão se enchendo de lágrimas.
Passo os dedos pela sua bochecha e ele beija a palma da minha mão.
-Clara, você é única. Eu te amo, sempre te amei e sempre vou te amar.
Nos beijamos apaixonadamente e eu só consigo pensar em como sou feliz.
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