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Capítulo 5

-Você subiu em cima dele?! Eu não acredito! Pelo menos aproveitou para tirar uma casquinha? -Pri pergunta com os olhos terrivelmente arregalados, estou começando a ficar com medo dessa garota.

-Pri, vou dizer mais uma vez, vamos ver se você entende agora. Está pronta? -Pergunto metaforicamente, mas a doida balança a cabeça respondendo. -Vamos lá: eu não gosto do Léo, não quero ver o Léo, não quero ouvir falar no Léo. Deu pra entender agora, meu bem?

-Ah Clara, não se faz de ofendida não! na cara que você tem uma quedinha por ele, confessa, vai! -Ah meu pai, o que fiz para merecer isso?

-Amiga, o dia que eu sequer der um beijo no Léo pode me internar porque não vou estar em plenas faculdades mentais, tá. Além do mais, ele nem faz o meu tipo se quer saber. Aquelas tatuagens e aqueles piercings todos.... Cruzes, o cara parece saído de um sacrifício humano.

-Clara, essa é a desculpa universal que as pessoas dizem quando não querem admitir que gostam de alguém: "ah... ele não faz o meu tipo", cai na real, amiga!

-Já chega. Não quero mais falar nisso. Você não atravessou a cidade inteira para vir falar de um idiota, tenha dó.

Minha amiga apenas balança a cabeça e dá risada. Ela sabe muito bem quando eu começo a ficar irritada. Continuamos comendo o nosso sanduíche enquanto ela conta as novidades na faculdade. Eu sinto tantas saudades de estudar.

Queria estar na faculdade também, junto com ela, mas não consigo fazer tanto em tão pouco tempo. Foi um milagre conseguir esse espaço para sair com Pri na minha agenda. Toda a minha semana estou lotada, tenho que ir em mais dois programas de entrevista, revisar as gravações das músicas para o show, arrumar tudo para a turnê e ainda por cima tenho que gravar uma música com o embuste que se faz chamar de Léo.

Balanço a cabeça enquanto ela conta que uma garota vomitou na sala de aula e todos tiveram que ir embora, porque o cheiro estava horrível. Escuto tudo atentamente e comento nas horas apropriadas. Essa garota é minha melhor amiga de todos os que tenho, e me sinto tão bem em sua presença que não penso deixar ela pensar nem por um minuto que ela não importa para mim.

-Então, quando vou conhecer a banda? -Pergunta de repente mudando totalmente o rumo da conversa.

-Que banda? -Me faço de desentendida.

-Clara, não se faça de besta, -ela me conhece muito bem, droga -quando vou conhecer "Os Indecentes"? -Faço minha típica careta ao escutar esse nome. Eca.

-Hoje não vamos nos reunir, mas acho que sexta ou sábado precisamos ver se temos pelo menos a letra da música. Você quer ir comigo? É até bom, porque pelo menos não fico sozinha de novo...

-Você ainda pergunta se quero ir? Lógico que sim! E se quiser pode até me deixar sozinha com o Léo delicia! -Pisca um olho de uma maneira tão engraçada que solto uma risada de porquinho.

De repente estamos as duas rindo como hienas em pleno restaurante. Ainda bem que estamos em uma mesa bem afastada e eu estou disfarçada, senão já estaríamos rodeadas de paparazzis e pessoas pedindo autógrafos. Eu não ligo para os meus fãs pedindo um autógrafo, o que me deixa irritada as vezes são esses fotógrafos que querem nos pegar em situações embaraçosas a todo custo.

O garçom se aproxima com a conta e eu entrego o dinheiro para ele e nos levantamos para ir embora. Ele pergunta sobre o troco e eu digo que pode ficar para a gorjeta. Como percebo que já está anoitecendo, pergunto à minha amiga se ela não quer dar uma passeada pelo calçadão. Ela sorri, pega o meu braço e quase me arrasta pelo chão no estilo mosaico de pedras. Conforme vamos caminhando, olhamos para as lojas e comentamos o que gostamos e o que achamos horrível. Algumas roupas são super esquisitas e ambas juramos nunca cair nessa moda dos famosos e seus trajes extravagantes.

Fazia tempo que eu não ria tanto e me sinto tão feliz de poder compartilhar esse passeio com uma pessoa que sempre esteve comigo, nos momentos bons e nos ruins.
Andamos mais um pouco e acabo vendo a última pessoa que queria encontrar por um bom tempo.

-Merda! -Resmungo e me coloco atrás da minha amiga que consegue ser mais alta que meus um metro e setenta e seis, serio, ela é gigante.

-O que foi? -Pergunta tentando me olhar e eu viro o seu rosto novamente para a frente e direciono bem no rosto do idiota.

-Ah não! Eu não acredito nisso... eu vou lá dar um soco nele! -Ela começa a caminhar rápido e eu corro atrás dela a segurando para que ela não cometa um assassinato.

-Me solta Clara, eu não ligo de ser condenada por homicídio qualificado com requintes de crueldade, sério. -Não disse? Minha amiga é louca e eu a amo por querer me defender.

-Pri se controla por favor, ou todos vão saber quem eu sou, inclusive o Marcelo, por favor!

-Amiga, faz algum tempo que quero encontrar aquele traste para dar uma bela de uma lição nele, por favor, me deixa fazer isso? -Ela se vira para mim e juro que até faz beicinho.

-Pri, para com isso, ele não vale a pena e... ah meu Deus ele está vindo na nossa direção! Me tampa! -Dou um pulo e minha amiga faz uma cara terrível antes de se virar e dar de cara com o dito cujo.

-Priscila? Que surpresa ver você por aqui... -O garoto diz enquanto a cumprimenta com falsa educação.

-Oi Marcelo... sim, tenho que lembrar de não voltar mais. -Ela solta ríspida e uma risada acaba me escapando, merda.

-Oi Clara, eu já te vi. -Marcelo diz eu finalmente saio do meu esconderijo humano.

-Ah, oi... eu não tinha te visto... como você está hein? -Pergunto na maior cara dura. Sou mestre pra isso.

-Estou bem... e você como tem passado desde... faz um tempo né... -Ele gagueja e eu controlo minha vontade de dar um soco bem dado na sua cara lavada.

Antes que vocês se confundam mais, a história é a seguinte: eu perdi minha virgindade com Marcelo. Éramos namorados na época e ele me encheu tanto o saco dizendo que todos os seus amigos já transavam e mais um monte de baboseiras que eu acabei caindo na sua conversa furada e cedi.

Nós transamos, até aí tudo bem, o problema foi que não deu dois dias dele perder a sua virgindade comigo, ele simplesmente partiu pra outra, e pasmem, tentou ficar com a Pri várias vezes, sabendo muito bem que ela era minha amiga, ela rejeitou ele em todas e quando ele finalmente entendeu que ela não o queria, começou a sair com várias garotas da nossa escola (nessa época eu ia para a mesma escola que Pri e ele), todos me olhavam super estranho porque sabiam que ele havia conseguido se enfiar no meio das minhas pernas -literalmente- por isso ambas o odiamos.

-Estou ótima na verdade... você sabe, muito ocupada com os shows e tudo mais. -Eu sei, estou sendo uma esnobe, mas fala sério, ele merece! Marcelo me olha estranho antes de abrir a boca pra falar.

-Clara será que podemos conversar um minutinho a sós por favor? -Pergunta e minha amiga começa a dizer não, mas eu a interrompo por dois motivos: um, porque sei que se ela dizer não ele vai insistir e uma briga vai acabar começando e dois, porque estou super curiosa para saber o que ele quer comigo.

-Tudo bem, me espera aqui Pri, não sai desse lugar. -Digo e faço um sinal com a cabeça para ela não começar um escândalo. Sua cara de emburrada é impagável.

Caminhamos por alguns minutos até que encontramos um banco vazio e nos sentamos.
Ficamos olhando as pessoas passando por vários minutos sem dizer nada até que eu começo a perder a paciência.

-Marcelo, se você me chamou para ficar calado, é melhor eu voltar.

-Calma Clara, é que eu estou organizando tudo na minha cabeça e criando coragem para te dizer o que preciso. -Okay, isso é novo, ele sempre teve as respostas na ponta da língua.

Toma uma respiração profunda e eu balanço minha cabeça o incentivando, quanto antes ele começar, antes posso ir para casa. -Olha, -começa indeciso -primeiro, eu queria pedir desculpas sabe, por tudo o que... eu te fiz passar, você não merecia aquilo Clara, mas eu era um completo idiota e fui na ideia dos meus amigos.

-Sim, você foi idiota mesmo. -O interrompo e ele ri.

-Eu sei, eu sei. E-eu te amava sabe? Naquela época... você não sabe como fiquei triste depois que você me disse aquelas coisas. -Sim eu o mandei ir à merda, ou acham que ia aceitar tudo calada? -Mas escutar aquelas palavras de você, serviram para que eu entendesse que eu te machuquei e muito. Espero que algum dia você possa me desculpar por tudo...afinal, eu... fui o seu primeiro.... -Caramba, desde quando esse garoto amadureceu tanto?

-Olha Marcelo, isso para mim são aguas passadas, e eu não guardo rancor de você não... só vou te pedir para parar de me mandar mensagens.... e eu queria saber também como você sabia que eu estava indo para a minha casa ontem? -Pergunto. Ele me enviou a primeira mensagem e eu respondi sem nem perceber.

-Eu vi você sair correndo da gravadora... estou trabalhando lá. -Ah não! Não é possível! Como esse garoto conseguiu uma vaga na SpinOut? Eu não acredito!

-Ah, tudo bem... desde quando está na Spin? -Não consigo pensar em uma coisa melhor para dizer, por que uma sensação ruim começa a crescer dentro de mim. Sentido aranha e tudo mais.
-Faz mais de seis meses já. Trabalho na área de mixagem, como estagiário é claro. Mas eu estou gostando muito sabe e fiquei muito feliz quando soube que você iria gravar lá, assim eu teria a chance de te pedir desculpas.

-Que bom, você sempre gostou dessas coisas mesmo. Olha Marcelo eu agradeço a sua preocupação e te desejo toda a sorte do mundo na gravadora, agora eu preciso ir antes que Pri venha me socorrer... nos vemos por aí... -Me levanto e me despeço dele com um abraço desengonçado.

-Diz para ela que eu sinto muito também, por favor? -Pergunta e eu apenas balanço minha cabeça enquanto me afasto o mais rápido possível.

Quando chego no local combinado, não encontro Pri por lugar nenhum. Eu pedi claramente que ela não saísse daqui! Droga!

Procuro dentro das lojas, nos quiosques de comida e nada. Minha amiga simplesmente desapareceu.

-Merda, agora como vou voltar para casa? Tive que implorar a Josué que me deixasse vir com ela e....

-Boo! -Sinto duas mãos nos meus ombros e quase grito de susto. Dou a volta para esculhambar a pessoa que me assustou quando vejo minha amiga se dobrando de tanto rir.

-Priscila! Porque fez isso sua doida? Quer me matar? -Pergunto irritada e ela cai mais uma vez na risada. -Não tem graça sua doida! -Tento ficar séria, mas sua risada é tão contagiante que acabo cedendo e começo a rir junto com ela. -Onde você estava? Fiquei muito preocupada, te procurei pelo lugar inteiro e não te achei! -A repreendo e ela abre um sorrisão que me dá medo. Parece o coringa.

-Você não vai acreditar, eu fiquei entediada de te esperar, então resolvi dar uma volta por aí, eis que quando cheguei perto da pracinha, havia um alvoroço total, uma gritaria, e como você sabe que eu sou um pouco curiosa...

-Um pouco? -Debocho e ela me olha torto.

-Como eu ia dizendo, eu fui lá ver o que era, e você não vai acreditar...

-Você já disse isso amiga, desembucha!

-Os Indecentes estão dando autógrafos na pracinha! -Solta com um gritinho e chega até a bater palminhas com as mãos, como uma criança que acaba de saber que ganhou um quilo de doces.

-Ah... era isso? -Finjo desinteresse e ela me olha com uma sobrancelha levantada.

-Você acha que me engana né? Vamos, quero pedir um autógrafo a Léo delicia... eu não quis ir antes porque a fila estava comprida e ia demorar de mais, vai que você me procurava e não me achava né? -Mas é muito cara de pau essa garota. De repente sou puxada até a tal pracinha e quando vejo a quantidade de gente que está aglomerada no lugar, sinto um pouco de medo. Se uma pessoa sequer descobrir quem eu sou, estou ferrada.

-Me espera aqui tá? Eu pedi a um garoto gatinho que guardasse o meu lugar, está quase chegando na minha vez, eu só vou pedir o autógrafo e volto. -Antes que ela possa ir, seguro no seu braço.

-Porque você não pede a ele quando estivermos na gravadora? Porque quer fazer isso agora? -Pergunto, essa garota está tramando algo, posso sentir.

-Porque aí não teria graça, fica aqui e não sai! -Ela vai quase correndo até a fila e me deixa com a maior cara de taxo do mundo. Como eu queria ter uma amiga normal uma vez na vida, é pedir muito?

Observo a cena de longe e o mais escondido possível. Pri cumprimenta um garoto e entra na frente dele na fila, há apenas duas pessoas na sua frente, graças aos céus. A banda até que tem um público grande, a praça está lotada! Ao redor deles, um muro de seguranças impede que os fãs mais loucos se aproximem.

Caminho um pouquinho mais para ver melhor como ele trata os fãs, e me surpreendo com sua amabilidade e carinho. Será que só comigo ele é um babaca?

Chega na vez da minha amiga e ela se aproxima dele esticando a blusa branquinha. Eu não acredito que ela vai estragar a blusa nova por um autógrafo do filho perdido de Satã!
Balanço a cabeça e caminho mais um pouquinho. Quando percebo, estou tão perto da banda, que se ele virar um pouquinho o rosto para a esquerda, me veria, porém não me reconheceria. Estou com uma peruca loira, óculos de sol e uma roupa "comum". Foi isso que Pri disse ao me vestir, mas o que ela não sabe, é que essa é uma das minhas roupas preferidas, porque me lembra que sou uma pessoa normal como qualquer outra.

Minha amiga diz alguma coisa para Léo e arranca uma risadinha dele, argh. Ele tem covinhas. Que merda. Nunca percebi, será porque ele nunca riu assim para mim? Nem sequer quando o torturei com as cosquinhas elas apareceram, deve ser que só aparecem quando ele ri sinceramente. Minha vontade agora era ir e dar um cascudo no babaca.

Dou a volta para procurar um lugar para sentar e esperar que minha amiga termine de flertar com Léo idiota, mas tudo acontece muito rápido. Alguém esbarra em mim e quando percebo, minha peruca e óculos de sol estão no chão e meu cabelo natural cai em cascata nas minhas costas e rosto. Merda.

Olho desesperada para a garota que está bem na minha frente com os olhos arregalados. Peço silenciosamente que ela não faça escândalo, mas ela ou não entendeu ou simplesmente não se importa.

-Oh meu Deus! Você é...você é... MARIA CLARA DINIZ! -Grita e de repente com em um filme de zumbis naquelas cenas aonde todos correm atrás dos humanos, um monte de fãs enlouquecidos se aproximam de mim. Uns me puxam para um lado, outros para outro lado e o desespero me atinge em cheio.

-Calma pessoal, é um prazer ver vocês, mas eu preciso voltar para ca...

-Clara, me dá um autografo! -Uma garota grita e me puxa para o seu lado.

-Não, ela vai tirar uma selfie comigo. -Outro garoto me puxa e tira uma foto com flash, me cegando por alguns segundos.

Estou totalmente desnorteada e se um milagre não acontecer agora, eu vou acabar morrendo pisoteada por fãs. Que maneira mais trágica de morrer.

-PESSOAL! -Alguém grita e todos acabam ficando em silêncio. -EU VOU PEDIR SÓ UMA VEZ, DEIXEM ELA IR EMBORA AGORA. -Mas o que está acontecendo? Olho para os lados e todo mundo começa a se afastar de mim, de repente três seguranças aparecem e me arrastam até o lugar onde a banda está autografando. Quando chego lá, vejo Léo com um microfone nas mãos e com a expressão furiosa.

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