Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 23 - Parte I

Nesse instante, fico completamente paralisada. Não consigo dizer nada, e muito menos fazer nada. Não faço ideia de quem seja essa pessoa, mas no momento estou com tanto medo que mil coisas passam pela minha cabeça.
Tento sem sucesso abrir a porta novamente, mas o tal "P" ri descaradamente da minha cara.

-Ah, como você é ingênua Clarinha. -Um arrepio sobe por todo o meu corpo ao escutar esse apelido. Isso soa tão familiar!

-Olha cara, -tento parecer o mais calma possível. -Aqui há muita gente e se você não me deixar sair agora, eu vou gritar tanto, que em questão de segundos você já vai estar no chão. -O homem balança a cabeça e faz um som de "tisc tisc" com a boca. Posso ver a loucura no seu olhar e isso me deixa ainda mais apreensiva.

-Eu acho que não, querida. É melhor você se comportar direitinho, ou aquele roqueirinho e o seu segurança irão pagar muito caro...

Ao escutar essa frase, o meu mundo inteiro cai.

-O que você fez com eles! -Grito, mas ele nem se abala.

-Por enquanto nada, querida. Mas tenho contatos e basta uma ordem para que os dois sejam... bom, você não precisa saber dos detalhes. -Pisca um olho e meu medo aumenta exponencialmente.

-Olha, se é dinheiro que você quer, eu posso te pagar, só me diz o preço! -Tento inutilmente fazer um acordo com essa pessoa. Eu daria todo o meu dinheiro a ele se for preciso. Não me perdoarei se algo acontece com Léo ou com Josué.

-Ah criança, eu não preciso do seu dinheiro... e quer saber, acho que já perdemos muito tempo. -Tira um frasco do bolso da jaqueta, parece um vidro de perfume.

-O que é isso? O que vai fazer comigo? -Começo a me afastar o máximo que posso, mas é inútil, o carro está trancado e não há para onde fugir, tentar lutar está fora de cogitação, não no estado em que me encontro. O medo cresce cada vez mais dentro de mim.

-Fica tranquila garota, prometo que não vai doer. -Diz e sinto um liquido ser borrifado no meu rosto. Em uma tentativa de me proteger, acabo respirando fundo e aspirando quase tudo. Em questão de minutos, começo a sentir os meus olhos pesados. Tento me manter desperta, mas a escuridão me chama cada vez mais e mais, até que eu atendo ao seu pedido.

Aonde estou? O que aconteceu? Minha cabeça dá voltas e sinto vontade de vomitar. Respiro fundo e um cheiro horrível entra pelo meu nariz. Me seguro para não expulsar todo o conteúdo do meu estômago.

Está tudo tão escuro. Não consigo ver nada. Sinto algo escorrendo pelo meu rosto... será água? Tento limpar a minha testa, mas não consigo. Minhas mãos estão atadas. Ah não!

Algumas imagens começam a aparecer na minha cabeça. Pequenos borrões dispersos.

"-Por favor, me deixa ir embora... -minha voz sai enrolada. Porque não consigo falar?

-Não vou te machucar Clarinha, pelo menos não se você se comportar. "

"Sou levantada como se não pesasse nada e carregada nas suas costas. "

"Sou colocada em uma cadeira... -O que você vai fazer comigo?

-Quando você acordar, temos uma conversa pendente. -A sua voz é tão familiar... já escutei essa voz antes...

-Quem é você?

-Paciência querida, você já vai descobrir..."

Balanço minha cabeça tentando lembrar mais coisas, mas as imagens escapam da minha mente com a mesma velocidade com que aparecem. O que esse homem borrifou na minha cara?

Tento me mexer mais uma vez, mas é em vão. O nó não cede um centímetro sequer.

Sinto minha bochecha molhada novamente, mas agora são minhas próprias lagrimas. Choro de medo, de desespero e de dor. Minha barriga começa a doer e minha preocupação aumenta tanto que me seguro para não desabar.

De repente, estou apenas soluçando. Não posso me render agora, não depois do que descobri. Tenho que lutar por mim e por ele.

Respiro fundo e penso em uma estratégia para descobrir aonde estou e de alguma forma conseguir ajuda.

Minha cabeça chega a doer, mas nada. Não consigo pensar em nada. Maldição!

De repente uma porta se abre e o homem entra e gira um interruptor, fazendo com que uma luz fraca inunde a sala. Agora posso identificar aonde estou. Ao contrário do que pensei, não se trata de um porão nem de um galpão abandonado. Estou em uma casa. Especificamente em um quarto. Consigo ver uma cama e um guarda roupas. Mil coisas passam pela minha cabeça. Será que ele vai me...

-Como está a minha garotinha? -Sua voz sai meio rouca e meu corpo inteiro se arrepia com o apelido carinhoso.

-Quem é você e o que diabos quer comigo? -Tento me controlar, mas o medo que sinto no momento é como gasolina em uma fogueira.

-Ah meu bem, aquela vadia da sua mãe fingiu que eu nem existia né? Mas ela vai ter o seu merecido depois que eu acabe com você. -Minha cabeça começa a girar e sinto que vou desmaiar novamente. Não! Esse cara não pode saber que estou com medo.

-De onde você conhece a minha mãe? -Incrivelmente minha voz sai mais calma do que eu me sinto por dentro.

-Ah Clarinha, eu não sei se você é burra ou ingênua mesmo... -Coça o queixo e eu levanto uma sobrancelha e tombo a cabeça tentando entender suas indiretas ridículas. Observo bem o seu rosto, os olhos e o cabelo quando de repente um "click" soa dentro da minha cabeça. Não pode ser!

-V-você.... -Engulo seco.

-Isso mesmo, até que enfim entendeu, filhinha.

-M-mas... você nos abandonou! Por que aparecer agora? É porque estou famosa? Você quer o meu dinheiro? Por que se quiser eu posso...

-EU JÁ DISSE QUE NÃO QUERO O SEU DINHEIRO, VADIA! -Escuta-lo me xingar desse jeito, me faz entender o porquê mamãe sempre ia de cidade em cidade. -Oh, me desculpe por me alterar desse jeito querida, não era a minha intenção. -Ele parece perceber o deslize e eu balanço a cabeça. Decidi que não irei mais provoca-lo, para o meu próprio bem.

-Por que você não me solta e podemos conversar? -A sua risada reverbera pelo quarto pequeno, parecendo um som diabólico.

-Claro, para você escapar novamente e se entupir de seguranças? Demorei tanto tempo para te encontrar, e não vou permitir que escape de mim novamente.

-M-mas você poderia ter me ligado! Poderíamos sair para conversar, tomar um café!

-Ah querida, aquela puta da sua mãe nunca permitiria. Ela escapou com você quando era apenas uma criancinha, só porque em um dia de bebedeira, dei alguns tapas naquela cara de vagabunda que ela tem...

-Não fala assim da minha mãe! -Grito e seu rosto adquire um tom sombrio.

-Você defende ela? Ela te tirou de mim! Escapou de cidade em cidade, mudou o seu nome! Eu só descobri que você era minha filha quando vi uma foto das duas no jornal! Pelo menos o fato de você ter ficado famosa ajudou bastante...

Começo a entender o porquê da mudança de cidade, o porquê de mamãe quase nunca querer aparecer em público e ter ficado uma pilha quando a fama realmente começou a surgir. Ela sempre me apoiou na minha carreira, mas agora entendo os olhares de preocupação e as inúmeras vezes que ela ficava louca quando algo acontecia fora do planejado.

Merda, como deve ter sido difícil para ela.

-Como assim ela mudou o meu nome? Eu sempre me chamei Maria Clara, além do mais, agora que lembro, você já me chamou de Clarinha. -Ah, de tantas loucuras que saíram da boca desse homem, o único que me preocupa é o meu nome? É isso mesmo? Ele solta uma risada de deboche e tira um papel do bolso da jaqueta, desdobra e o coloca bem na minha frente. É uma certidão de nascimento velha e toda amassada.

"Clarabella Gonçalves Diniz"

Meus olhos se arregalam e ele guarda o papel novamente.

Então quer dizer que eu não me chamo Maria Clara? Estou tão confundida... estranhamente não sinto raiva de mamãe por não me dizer nada, na verdade me sinto agradecida pela sua proteção e por ter suportado esse homem durante três anos.

-Olha, eu não estou brava com você, sério... na verdade estou muito brava com minha mãe, como ela pode fazer isso comigo? -Minto e tento usar psicologia reversa, para que ele pense que estou do seu lado e talvez me liberar.

-Ah, Clarabella, minha Clarabella, você não me engana querida, conheço muito bem o seu tipinho. Sua mãe fez o mesmo, disse que me perdoava e que não era nada demais, no outro dia ela fugiu e algumas semanas depois a polícia estava na minha cola. Ainda bem que consegui escapar, morei em uma cidadezinha fedorenta no fim do mundo todo esse tempo, só esperando o momento certo para te encontrar e finalmente reivindicar o que é meu por direito. -Pela milésima vez um arrepio toma conta do meu corpo e tenho vontade de gritar.

-Porque você está fazendo isso comigo? Eu não fiz nada para você! -Minha voz sai esganiçada e as lágrimas voltam a cair com força.

-Por que você é minha! Já te disse isso tantas vezes, como não percebe? Você é minha, Clarinha! Só minha! E vou fazer questão de que entenda isso de uma vez por todas!

De repente ele me tira da cadeira e me joga na cama ainda com os braços amarrados. Começo a chutá-lo com todas as forças que ainda me restam, mas o homem é muito forte para mim.

-Para por favor! -Minha visão fica nublada pela torrente de lagrimas que caem sem parar. Esse homem é um psicopata! Tira a minha calça me deixando apenas com a blusa e calcinha. -Não faz isso! -Vejo que ele começa a tirar os sapatos e a calça e o desespero vai me invadindo e me deixando novamente paralisada. -Por favor, você é meu pai! -Suplico novamente, mas ele sequer parece me escutar.

-Você nem sabe o meu nome! -Grita e sobe em cima de mim apenas de cueca.

-Eu não tenho culpa! Por favor! -Sua boca encosta no meu pescoço e eu não consigo sentir outra coisa senão nojo desse homem, ele lambe a minha orelha e toca um dos meus seios me fazendo me encolher de medo, eu não posso permitir isso, não posso deixar que ele continue, meus braços doem de tanto tentar desatar o nó cego que ele fez, e o horror pode-se ver estampado na minha face. Ele tenta me beijar mas consigo morder a sua boca com toda a força que me resta, arrancando um pouco de sangue, o que o deixa ainda mais possesso. -PARA PELO AMOR DE DEUS, EU ESTOU GRÁVIDA! -Grito quando percebo que sua mão se aproxima da minha coxa e ele fica paralisado ao escutar essas palavras. Minhas esperanças de que ele vai me liberar ao saber que estou esperando um filho, se vão completamente quando ele desfere um tapa na minha cara.

-Sua vagabunda! Como você pode fazer isso comigo, hein? Aposto que o filho é daquele roqueiro, você queria dar para ele né? Eu via como vocês se encontravam e o filho da puta ainda dormiu na sua casa! -Como esse homem sabe tudo isso? Meu Deus, ele deve ter me vigiado todo esse tempo, as cartas não eram somente de um fã obcecado, eram de um homem obcecado. -... eu sabia que deveria ter feito alguma coisa, mas não pensei que ele representasse algum perigo para os meus planos... agora não vou conseguir, não com essa coisa na sua barriga...-divaga e eu tento não surtar com o rumo da sua loucura. -Levanta vagabunda! -Me puxa pelo cabelo e me joga de encontro ao guarda-roupas. -Eu vou me encarregar disso!

-Não! Por favor pai! -Apelo para o emocional, mas o homem está completamente fora de si.

-Cala essa boca, vadia! -Desfere outro soco no meu rosto e por alguns segundos minha visão fica completamente escura e caio sentada no chão. Ainda descontente, ele chuta e esmurra a minha barriga, nesse momento sinto uma dor terrível no fundo do meu ser.

-SOCORRO, ALGUÉM ME AJUDA! -Começo a gritar desesperada, mas ele tampa a minha boca e tenta me levar de volta para a cama. Consigo dar um chute no seu estômago e aproveito o seu momento de debilidade para correr o mais rápido possível para fora dali.

Quando estou quase chegando na porta, sinto um puxão na minha cabeça e acabo caindo para trás.

-Você não vai escapar de mim, sua putinha! -Me arrasta pelos cabelos escadaria acima e eu grito o máximo que posso, esperando do fundo do coração que alguém me escute e envie ajuda.

-SOCORRO! ELE QUER ME MATAR! -Grito e grito e ele continua subindo até o quarto. Tento me agarrar em qualquer coisa, mas com os braços amarrados é quase impossível. Esperneio e me jogo no chão fazendo peso morto, para dificultar que me arraste, e ele começa a me bater sem parar. Meu rosto está totalmente dormente de tantos socos e tapas e nem sinto mais as lágrimas que seguramente escorrem sem parar.

Já novamente dentro do quarto, ele me joga na cama novamente e quando começa a se aproximar, a campainha toca.

-SOCOR...-Sua mão vai parar imediatamente na minha boca me impedindo de gritar por ajuda.

-É melhor você ficar bem caladinha se quiser sair daqui com vida. -Balanço a cabeça concordando, não acreditando que ele possa me liberar viva dessa.

-SOCORRO! AJUDA! -Grito o mais forte que posso e ele arregala os olhos assustado. Pega uma fita adesiva de cima do criado mudo e cola na minha boca com mais força do que o necessário.

-Eu deveria ter feito isso desde o início, vadia. -Começo a negar com a cabeça e a me mover feito louca, a aflição tomando cada vez mais, conta do meu ser.

É isso, eu vou ser estuprada pelo meu próprio pai, e com sorte sairei morta dessa.

NOTA DO AUTOR

Boa tarde meus amorecos, Rockstar está chegando a uma etapa tensa, então, segurem seus corações e não me matem! Novamente reparti o capítulo em dois para não ficar cansativa a leitura, mas já posto a segunda parte, se não conseguir postar hoje, prometo que amanhã de manhãzinha ele já vai estar para vocês! Ahhh que tristeza da Clarinha gente... 💔💔

Não se esqueçam de votar e comentar please!!

Bjinhoooos BF

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro