Capítulo 17
Passo praticamente levitando pela porta de entrada. Ainda bem que mamãe ainda não chegou, caso contrário, teria que explicar por que demorei tanto para chegar e porquê tenho essa expressão besta na cara.
Ando lentamente até o meu quarto e fecho a porta, faço tudo isso no piloto automático sem perceber realmente. Me jogo na cama e imagens da noite de hoje começam a se reproduzir na minha cabeça, como se de repente meu cérebro quisesse me torturar ainda mais. Lembro de como Léo tratou a mãe com tanto amor e carinho, de como ele tocou aquela música e ela cantou com a sua linda voz. Aquele era um Léo diferente, era um Léo mais... Léo.
Agora estou viajando mesmo.
Um sorrisinho escapa pela minha boca ao lembrar dos beijos que trocamos sob a luz das estrelas. Léo pode ter feito aquilo no início da minha carreira, mas pensando bem, pode ser que ele estava com medo de perder o contrato com a gravadora. As coisas começam a fazer sentido na minha cabeça. Ele tem essa pose de bad boy, mas no fundo não passa de um garoto carinhoso e que se preocupa pela sua família.
É oficial, começo a gostar de Leopoldo Moura. Agora estou é gargalhando mesmo. Pareço uma criança doida que ganhou uma viagem para a Disney. Coloco uma música agitada no aparelho de som e danço a todo volume. Pulo na cama, faço o famoso passinho de roqueiro, canto e grito. É isso pessoal, Maria Clara Diniz, agora se chama Maria Louca Diniz.
Ainda em meio a pulos e gargalhadas, desço até a cozinha e pego uma garrafinha de água. De tanto dançar me deu sede. Abro a geladeira e passo alguns minutos olhando para o interior pensando em... nada. Tento achar algo para comer, mas nada me chama a atenção. Fecho a porta para não gastar energia, e ao olhar para a janela vejo um vulto, como se houvesse alguém me observando. Dou um pulo e solto um grito. Em um ato de loucura, vou até a janela, mas quando chego bem perto, não há ninguém.
Corro de volta para o meu quarto, tranco a porta e ligo para o porteiro. Ele me diz que ninguém entrou ou pediu permissão para entrar. Essa informação não me deixa nem um pouco calma na verdade. Pego meu celular para ligar para mamãe, mas Léo decide me ligar nesse exato momento. Agora meu coração bate forte, mas não é mais pelo susto.
-Alô? -Atendo com a voz ainda agitada.
-Oi... -Léo responde e fica em silêncio por alguns segundos. -Ainda está em casa?
-Hum...sim? -Droga, estou afirmando ou perguntando?
-Ah... está sozinha?
-Na verdade sim...porquê? -Agora começo a sentir como se houvessem mil borboletas dentro da minha barriga.
-É que... queria saber se chegou bem...
-Léo, você me deixou no portão e já faz quase quarenta minutos... acho que está meio tarde para se preocupar, não? -Debocho por fora, mas por dentro estou pulando como a minutos atrás.
-Tudo bem, você me pegou. Eu te liguei porquê... porquê sei lá, eu não queria te deixar em casa na verdade... olha eu sei que está meio tarde mas, estou aqui no seu portão e o guarda está me olhando feio e...
- Você quer entrar? -Mas que pergunta idiota Clara! Se ele veio até aqui é porque quer entrar, oras! -Vou ligar para a portaria e dizer que pode passar, tudo bem?
-Tudo bem, obrigado... -Encerra a ligação e eu faço o que prometi, espero alguns minutos e abro o segundo portão enquanto desço até a porta de entrada e espero que ele chegue.
Escuto o barulho do seu carro estacionando, sua porta abrindo e fechando e logo os seus passos até que ele toca a campainha. Agora sim que estou nervosa mesmo. Meu coração pula igual criança que comeu dois quilos de açúcar. Respiro fundo algumas vezes e abro a porta de uma vez. Quase desmaio com a imagem que vejo: Léo está encostado no batente, com o cabelo todo bagunçado, como se tivesse acabado de se levantar da cama e está vestido -pasmem- de branco. Se ele já é lindo de preto, imaginem de branco. É agora que desmaio mesmo!
-Vai me convidar para entrar ou vai ficar me secando? -Pergunta com a sobrancelha levantada e eu engulo seco.
-Eu não estava te secando! Vamos, entra. -Saio da frente da porta e ele passa por mim, me fazendo sentir o cheiro delicioso do seu perfume.
-Essa casa é maior que a outra... -Observa. -Mas também é bem bonita...
-Obrigada, Josué disse que era mais seguro aqui, por enquanto. Quer beber alguma coisa? -Ofereço já indo para a cozinha. Droga Clara, se controla! Sem esperar por resposta pego uma garrafinha de água e quando me viro, Léo está bem atrás de mim. Coloco a garrafinha na altura do seu peito e ele a pega sem nem olhar para baixo. Ainda olhando nos meus olhos, abre a tampinha e bebe a metade do liquido transparente. Agora quem ficou com sede fui eu.
-Obrigado. -Coloca a garrafa no balcão e seus braços vão parar na minha cintura. Um arrepio percorre todo o meu corpo e começo a respirar rápido de antecipação enquanto ele se aproxima cada vez mais da minha boca. Me preparo psicologicamente para o beijo, mas ele somente... me abraça. Não que eu esteja reclamando, mas... um beijo seria mais interessante não? Como se soubesse o que se passa na minha cabeça, Léo solta uma risadinha rouca e me aperta ainda mais. Essa é uma das melhores sensações que já experimentei, a de estar nos braços de alguém que a...
-Quer... hum... ver um filme ou sei lá? -Fujo dos meus pensamentos, não é momento para isso Clara!
-Acho que vou querer o "sei lá ". -Brinca e eu dou um tapa de brincadeira no seu braço.
-Ha, ha! Engraçadinho, vamos... -Me desvencilho do seu aperto e o puxo escadaria acima. Léo observa tudo com curiosidade e ao passar pela porta do meu quarto, percebo que ele a fecha e passa a chave. Me faço de desentendida e ligo a televisão, procuro um filme legal na Netflix e quando encontro, aperto "reproduzir". Me viro e vejo Léo deitado na cama, os sapatos no chão.
Ele me olha divertido e dá alguns tapinhas do seu lado, pedindo que me deite ali com ele. Não sei se é uma boa ideia, mas deito mesmo assim. Fico a alguns centímetros de distância dele, e quando ele percebe isso, se arrasta até ficar quase em cima de mim.
-Eu não mordo gata, a não ser que você goste. -Sussurra no meu ouvido e eu engasgo. Caramba! Desse jeito ele vai acabar me matando! Começo a tossir igual uma condenada e Léo cai na risada. -Calma Clarinha, era brincadeira! -Diz enquanto me ajuda e eu o olho com a cara fechada. Quando já consigo deixar de tossir, me arrumo na cama e ele continua no mesmo lugar (bem do meu lado), só que agora, passa o braço esquerdo por cima de mim, me abraçando e me puxando ainda mais para perto dele. Não me movo um centímetro sequer. Estou tão nervosa que não consigo nem prestar atenção no filme. E pelo visto ele também, porque depois de alguns minutos, tira o controle da minha mão e desliga a televisão.
-Ué porquê desligou? -Me faço de desentendida.
-Por que tanto eu como você sabemos que não estamos dando a mínima para o filme.
-Eu estava vendo...-Nem sei porque estou dizendo isso.
-Ah é? Em que parte estava então? -Não disse? Era melhor ter ficado calada.
Não respondo nada porque não faço ideia de que parte estava o filme. Olho para qualquer lugar menos para ele. Fazer o quê? Sou orgulhosa!
-Não disse? -Sussurra e vira o meu rosto para ele com os dedos e me olha bem no fundo dos meus olhos. Por que ele sempre faz isso? -Clara, eu não consigo mais aguentar, eu preciso te beijar...
-Porque demorou tanto? -Olho para a sua boca e passo a língua na minha própria, isso é suficiente para que ele arrebate os meus lábios de maneira selvagem, como se precisasse daquilo tanto quanto do ar para respirar. Para ser bem sincera, me sinto da mesma maneira.
Engatamos em um beijo frenético, necessitado, potente e cheio de fogo. Quando percebo, estou montada em cima dele e praticamente cavalgando no seu membro tão duro quanto pedra. Léo geme e eu gemo em resposta. De repente, ele coloca as mãos por baixo da minha blusa e começa a levantar a peça mas para no meio do caminho, me olhando como se pedisse permissão para continuar. Balanço a cabeça e minha blusa é retirada, me deixando nua da cintura para cima na frente dos seus olhos surpreendidos. Léo engole seco e olha para os meus seios como se estivesse assustado. Ele não faz nem menção de se mexer, então pego uma de suas mãos e a coloco sobre o meu seio direito, só então ele parece sair do transe e balança a cabeça antes de se aproximar e colocar um mamilo na boca.
Minha cabeça vai automaticamente para trás, dando ainda mais acesso para que ele faça o que bem entender comigo. Ele chupa um e depois o outro e quando cansa, me beija intensamente. Ficamos nesse ritmo por alguns minutos até que eu já não aguento mais.
-Léo... -suplico, porém não sei exatamente o que quero. Como se entendesse perfeitamente a minha linguagem, ele me deita lentamente na cama e tira o que restava de roupa, me deixando agora completamente nua aos seus olhos. De repente me sinto tímida, mas ao ver o olhar predador que ele me lança, é como se uma porta abrisse dentro de mim e liberasse a Clara safada, então abro ainda mais as minhas pernas, um convite silencioso para que ele se deleite. -Sinto que estou em desvantagem aqui... -Aponto para as suas roupas, e lentamente, Léo começa a se desvestir bem ali na minha frente. Primeiro a blusa, deixando à mostra o seu peitoral musculoso e tatuado, depois a calça e por último o boxer preto.
Não consigo parar de olhar para o seu pênis ereto. E para as suas pernas que também são tatuadas. Esse homem é um colírio. Ele fica parado com aquele olhar e eu me derreto.
-Estou ficando velha aqui, gato. -Brinco e ele caminha até a cama e sobe em cima de mim.
-Bom, não quero que fique velha então... -Começa a me beijar e vai descendo. Primeiro o pescoço, logo os seios, depois o abdômen e por último...
-Oh... -Suspiro enquanto ele faz maravilhas com a língua me deixando sem palavras. Em um ponto, ele coloca dois dedos na minha vagina e eu quase tenho um infarto. -Léo, não aguento mais! -Praticamente rosno e ele entende o recado, tira os dedos e se coloca por cima de mim, me penetrando com força me fazendo soltar um grito de satisfação. Caramba!
Léo não se move durante alguns segundos e eu começo a ficar impaciente, até que ele finalmente começa a bombear dentro de mim, arrancando muito mais que suspiros. Seus movimentos são fortes e potentes, me levando à loucura. Ele beija a minha boca, meu pescoço, meus seios, tudo isso enquanto continua me penetrando profundo. Uma sensação começa a se construir dentro do meu ser e sei o que isso significa.
-Léo, estou quase lá! -Ofego e ele acelera o ritmo. Suas estocadas são cada vez mais intensas e me fazem delirar. -Isso! Não pare! -Ordeno e ele me beija intensamente, enquanto mete ainda mais fundo. Sinto o orgasmo chegando e os espasmos vão ficando cada vez mais fortes, apertando ainda mais o seu pênis. De repente ele começa a me penetrar mais rápido e mais forte, até que em meio a um beijo tão quente que derreteria qualquer coisa, ele dá uma última estocada e jorra o seu líquido quente dentro de mim. Merda! Isso foi... único. Léo desaba em cima de mim e me beija carinhosamente, depois rola para o lado e me puxa em um abraço apertado.
-Eu acho que viciei em você. -Sussurra na minha orelha e beija o meu pescoço.
-Acho que você não é único... -Respondo e ele solta uma risadinha rouca me arrancando arrepios. Me viro e fico de frente pra ele. Léo passa a mão no meu rosto e coloca uma mecha se cabelo detrás da minha orelha. Não consigo ficar sem tocá-lo, então coloco minha mão no seu peito duro. Ficamos assim apenas nos olhando por alguns minutos, absorvendo o que acaba de acontecer. Eu nunca pensei que acabaria transando com Léo. E não sei porque demoramos tanto. Os seus olhos me observam atentamente e eu começo a ficar cada vez mais vermelha. -O que foi? Porque me olha tanto? -Brinco e ele beija a minha testa antes de responder.
-É que não consigo deixar de te olhar, porra Clara, como você é malditamente linda!
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