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20 🔗 MADALENA EM ZINCO

𝐍𝐀𝐑𝐑𝐀𝐂𝐀𝐎       𝐄𝐌
𝐓𝐄𝐑𝐂𝐄𝐈𝐑𝐀 𝐏𝐄𝐒𝐒𝐎𝐀

Qᵘᵉᵐ ᵉˢᶜᵒˡʰᵉ ˢᵒᵘ ᵉᵘ ˢᵉ
ᵉ́ ˢᵒˡᶦᵈᵃ̃ᵒ ᵒᵘ ˡᶦᵇᵉʳᵈᵃᵈᵉ
ˢᵉ ⁿᵃ̃ᵒ ᶜᵒⁿˢᵗʳᵘᶦᵘ ᵗᵃᵐᵇᵉ́ᵐ ⁿᵃ̃ᵒ
ᶠᵃʳᵃ ᵖᵃʳᵗᵉ ᵈᵒ ᶜᵃˢᵗᵉˡᵒ ᵛᵃᶻᶦᵒ
Qᵘᵉ ⁿᵃ̃ᵒ ᵉ́ ᵃˢˢᵘⁿᵗᵒ ˢᵉᵘ
ᴰᶦᵍᵃ ᑫᵘᵉ ᵉ́ ˢᵒᵐᵇʳᵒ ˢᵉᵐ ˢᵃᵇᵉʳ ᵃ ᵛᵉʳᵈᵃᵈᵉ
ᴹᵃˢ ᑫᵘᵉᵐ ᵉˢᶜᵒˡʰᵉ ˢᵒᵘ ᵉᵘ
ˢᵉ ᵉ́ ˢᵒˡᶦᵈᵃ̃ᵒ ᵒᵘ ˡᶦᵇᵉʳᵈᵃᵈᵉ
⁽ᴶᵘˡᵍᵘᵉ, ᵃᵖᵒⁿᵗᵉ, ᵉˣᵖˡᵃⁿᵉ ᵃ ᵛᵒⁿᵗᵃᵈᵉ⁾

⚠️ Alerta de Gatilho! Menções, situações de vulnerabilidade e pensamentos suicidas e intenções automultilativas.

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Hyunjin saiu do próprio quarto onde derramava lágrimas e mais lágrimas de desgosto à frente de Misuk, quem não entendia absolutamente nada e pouco se importava também, em constante alienação. Interrompido algumas vezes por Seungmin batendo na porta pra' trazer sacolas de comida, e verificar se o mesmo precisava usar o banheiro ou banho. Ele saiu. Desceu as escadas, passando pelos cyberpunks à frente ignorou Jeongin por completo, precisava de ar. Viu a moto de uma das colegas de trabalho e a ligou com as chaves, pegando , "emprestado" por algumas horas — ele era bom com as mãos, fazer o que? Com destino ao edifício de Jisung.

Por lá, andou em círculos por bons minutos, pensava, chorava, se sentava no chão, empurrava e chutava itens, estava furioso, tinha nojo daquele homem imundo e nojo de si mesmo. Não sabendo o que fazer, se sentiu no chão, abraçando os próprios joelhos, a garganta doía de tanto chorar. Ele queria abraços, um soco, maconha e um beijo de lingua. Não sabia o que fazer de sua vida, sobre continuar vivendo, sobre seguir em frente, ou acabar com tudo. Ele nem ao menos se sentia em casa, nem de fato tinha casa. No final do dia, ele não tinha nada.

Se levantou após um longo tempo quieto, pensava. Foi até o banheiro pequeno da casa, deixando um rastro de roupas. Abrindo o armário, via as escovas, sabonete, gilete, tesoura, fio dental, barbeador. Pensava. Deu as costas se enfiando no chuveiro aberto, passando à mão pelos fios louros até as costas, com o início escuro pelo crescimento. Não soube quanto tempo permitiu a água cair pelo seu rosto. Abraçava seu corpo, vendo os aroxeados, as feridas cicatrizando, e até pontos onde o Han lhe ajudou.

Fechando a torneira se moveu de volta ao espelho, se enxergando, se via patético, se odiava tanto, tanto que chegava a doer. Pensava.

Pensava, pensava, pensava. Pensava, pensava, pensava. Pensava, pensava, pensava. Pensava, pensava, pensava.

{⚠️ Alerta de Gatilho}

Sua mão trêmula e gelada pela água se moveu devagar aos itens do armário, por muito pouco encostou na gilete, ele se recordava de momentos dolorosos no qual já havia se submetido à intensos descontroles, como estes. Não entendia se de fato merecia passar por isso. Se questionava se os pais, onde quer que estivessem, algum dia lhe pediriam perdão, por deixá-lo sozinho, por tê-lo permitido nascer para sofrer absolutamente tudo nesta vida, se é que isto fosse vida. No amuado do barulheira, lágrimas desciam no silêncio, e a gilete girava em seus dedos, ele pensava.

Mas em súbito momento de questionamento foi raptado do seu subconsciente com o barulho alto do seu próprio aparelho sob o vaso sanitário fechado. Com o coração acelerado, engatinhou do chão e pegou-o atendendo, um número desconhecido. — A-alô? — Respondeu rouco.

  — Oi! E aí! Você é puto que mora com o Jisung né? Me diz aí, liguei errado? — Audível uma voz alegre soou, um pouco longe. O loiro franziu o cenho, não fazia ideia de quem fosse.

Ainda imerso em confusão, respondeu — Não, não, sou eu sim.

  — Foda! Me diz onde é que é que aquele cuzão se enfiou? A gente não tá indo trabalhar porque a porra dos neo-anarquistas armaram acampamento bem de frente da oficina, e o patrão tá assim' de ligar pro' corno do governador mandar policia pra' dentro da favela. A gente tem que reunir o pessoal pra' dizer que vamos trabalhar mesmo sob essas condições, eu tenho moleque pra' criar! Não posso meter minha família no meio desse fogo de arma não! Fala pra esse filha da puta me atender ou eu como o cu dele! Com jeitinho, e se ele deixar, ENFIM!

Finalmente com contexto, ele compreendeu, balançando a cabeça inconscientemente — Ah, eu falo sim, falo sim, pode deixar.

O rapaz da linha pareceu grato, soltando barulhos com a garganta — Obrigado mesmo cara! Você é mesmo muito fofo, Jisung sempre fala de você, loirinhe aqui, loirinhe lá...

  — Haha, bom saber. — E a conversa se findou dessa forma, com o loiro um pouco sem graca, com o peito subindo e descendo, estava mais calmo talvez, talvez. Quando voltou a encarar o armário, seus olhos pousaram no barbeador, e ele não pensou duas vezes depois de se encarar no reflexo mais uma vez.

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𝐍𝐀𝐑𝐑𝐀𝐂𝐀𝐎        𝐄𝐌
𝐓𝐄𝐑𝐂𝐄𝐈𝐑𝐀 𝐏𝐄𝐒𝐒𝐎𝐀

  — Pronto, consegui alguém pra' livrar o meu cu dessa. Valeu por me lembrar do amigo do Jisung, vida. Como é que conhece? — Limpando a mesa de sua própria cozinha, o mecânico mais velho comenta alegre observando o marteano sentado à cadeira de postura correta.

  —Você... comentou. — Respondeu sério, ainda encarando a panela de sopa posta em sua frente enquanto se mexia na cadeira, para frente e para trás, remexendo os próprios dedos uns nos outros. Changbin tombou sua cabeça confuso até rir rolando os olhos — Mesmo? Devo ter esquecido, puts, eu falo demais me desculpe vida, eu sou um puta pé no saco. Devo te incomodar horrores, há!

Felix então o encarou pela primeira vez naquele dia, sorrindo leve antes de negar e responder  — Nunca me incomoda.

Devolvendo a expressão afetuosa enquanto secava um copo acompanhando pelo olhar do outro, o mecânico voltou a falar  — O amigo do Jisung pareceu meio, meio assustado na linha, será que aconteceu alguma coisa? Deveria ligar mais uma vez pra checar? Será que ele tá sozinho? Ele tem menos de 24, acho eu, é muito jovem, tem que tomar cuidado.

Ajeitando sua postura enquanto se balançava na cadeira, o loiro deu de ombros enquanto voltava a vista aos próprios dedos que se tocavam — Não há necessidade, ele vai ficar bem.

  — Como tem tanta certeza? — O maior dando as costas para guardar o item questiona baixo e distraído.

Mas o outro confirma, firme — Ele vai ficar bem.

Como o Distrito estava tecnicamente fechado por temor da população, era mais seguro que parassem de se ver temporariamente ou que Felix lhe viesse visitá-lo. E eles concordaram com a última opção de imediato. Embora o loiro não soubesse o que de fato fazer, e Changbin não parava, talvez nervoso com sua presença, mexia em tudo, limpava, lavava, cozinhava, conversava, eram muitas informações e talvez estivesse ansioso demais para notar o desespero da visita.

Então essa atitude teria de partir do próprio Lee, expressar o seu possível deslocamento estando ali. Porém antes de qualquer ação, ele escutou tropeços, do segundo andar quase saltando os degraus vinha um adolescente usual. Tinha as calças jeans cos baixo, camiseta de alça e outra com uma camada fina de legging preta rasgada em círculos. Nos olhos levava maquiagem escura, contrastando com o castanho claro, quase amarelado, um jovem usual para a época, e talvez chamasse atenção, mas não mais que Felix que se levantou imediatamente quase virando sua cadeira. — Oh, esse é meu filhote, Jeno! Finalmente puderam se conhecer — O Seo comenta contente percebendo o que se passava, embora estranhasse o jeito do amante.

Ele o viu respirar fundo e enfim dizer — É um prazer finalmente conhecê-lo, se- Jeno. — Disse em tom firme — Meu nome é Felix e eu e seu pai mantemos relações a alguns meses, espero que minha presença em sua casa não lhe incomode, caso contrário irei me retirar imediatamente.

Com um bico de confusão, o garoto sorriu sem graça — An, prazer... não vejo problema, eu acho, contanto que não façam barulho pra' não acordar a vovó, tá de boas. Vou na Chae daqui da frente pai, se der b.ó eu fico por lá, só me avisa.

— Tudo certo príncipe. — Changbin disse alto assistindo-o fechar a porta. Felix então se sentou novamente soltando a respiração e passando a se mexer na cadeira com mais impulso, e Seo que secava um copo questiona preocupado — Tá tudo bem, vida? O que foi isso agora?

  — Eu... tenho problemas em conhecer pessoas novas. Você sabe, é, é difícil. — Disse novamente encarando o utensílio a sua frente.

Aquela conversa se prolongaria, mas Changbin não estava afim. Ele deixou as louças, respirou forte e foi até ele já dizendo com a mão em seu ombro — Desculpa, eu esqueci. Vamos pro' meu quarto, acho que vai ficar mais a vontade por lá, tem meu cheiro por tooodo lado.

O loiro sorriu levando sua mão e seguindo-o para o segundo andar, entre os degraus, Changbin fazia piadas idiotas pra' fazê-lo rir e Felix nunca ria, mas ele sorria curto, e era o suficiente pra' entender que tinha algo cômico. Eles tombaram com a senhora coreana pelo corredor de cima, quem trocava a comida dos três cachorros da casa e percebeu-os perdida — Quem é essa mulher bonita? Ela é professora do Changbin? Que perfume antigo minha filha, tem cheiro de terra limpa, bons tempos!

  — Olá senhora Seo. Meu nome é Felix — Relativamente mais tranquilo, para a surpresa do outro, o marteano respondeu educado.

Cruzando os braços, acostumado o filho diz a mãe— Ah-ah, ele vai passar a noite aqui, não ligue, tabom? À senhora vai poder usar a cozinha, não ficarei por lá por muito tempo hoje.

Sorrindo sem entender muito ela apenas balança sua cabeça  — Entendo, entendo. Cuidado com a chuva de abacaxis e lagartas, caso venha temporal chame Changbin pra' dentro, ele pode pegar um resfriado. Nós não prevemos o que tempo quer com ele, filho.

Observando o olhar distante de Felix, aquele quem segurava-o prontamente se explica — Mamãe tem alzheimer, ela acha que Jeno sou eu, e que eu sou o meu irmão mais velho... que já morreu.

  — Oh! A sua professora é tão bonita meu filho, ela parece ser da idade de Changbin, muito jovem, dono da nação de pirulito vermelho e azul, você conhece alguma árvore com cheirinho, minha filha? — E andando pelos corredores a senhora continuava a dizer.

  — Mamãe, Felix, possui pronomes masculinos, agora vá descansar. Desculpe por isso, vida. — Sussurrando à última parte, ele diz arrastando o outro, mas Felix parece estagnado em outro mundo.

Grudado em si, o outro pensava em voz alta — Sua... sua família vive em certas condições que me fazem refletir.

  — Há! Imagine se conhecer os vizinhos. É cada fofoca, que eu vou te contar hein, vida, um absurdo atrás do outro! — E Changbin se afastou dele para abrir a porta do seu quarto, dando-o acesso. Com passos apressados o homem de cabelos claros logo propôs surpresa aos olhos do companheiro se jogando em sua cama com tudo. Mas ele entendia, era seu cheiro em tudo.

Felix lhe puxou para a cama quentinha cruzando os braços contra sua nuca quando se deitou, forçando Changbin à deitar a cabeça no seu peito, e era ali onde se estagnava a calma. Roçando seu nariz contra a testa dele, o loiro murmurava aos poucos — Nossa eu estava sentindo falta disso, muita falta.

Fariam dois dias que não se viam pessoalmente. Changbin cruzou as sobrancelhas rindo — Dramático o meu amor. Sou todo seu agora, então me usa bebê.

E ele o faria, sabia que sim. Changbin aos poucos entendia tudo sobre o amante, seus pontos fortes e fracos, e em principal como atiça-lo. Naquela calma ele o beijava com desejo vermelho, bem vermelho, os olhos brilhavam um vermelho lindo de fazer inveja, as pupilas mais grandes que já havia visto, e admirase o pensamento por ele já ter sido um viciado em heroína. Existia um único momento de seus encontros o qual Felix verdadeiramente ria e era entre orgasmos, para seu completo caos. Ele gargalhava por alguma razão, mas uma felicidade e satisfação genuína era expressada, isso fazia Seo querer vê-la mais vezes, essa mesma face, repetidas vezes. Era um sinal de que estava caindo cada vez mais fundo nessa relação abstrata.

Ele gostava de Felix, Felix gostava dele. Mas Felix estava ok, ele estava bem com as coisas dessa forma, e para Changbin era completamente normal o outro estar cada vez mais ansioso para vê-lo e que isso não simbolizava que ele desgostava do próprio casamento ou queria avançar com o que tinham. E exatamente isso era algo que lhe complicava. Queria pedi-lo em namoro, mas seu 'vida' era casado e isso fodia com seus planos. Era complicado, relacionamentos são muito complicados.

O loiro tira sua camiseta de joelhos no colchão, quando ambos escutaram uma voz alta e jovial — Esqueci meu carregador! Tô subindo, hein! — E ele congelou.

Changbin passou as mãos na testa enquanto assistia entrar em seu banheiro, se trancando. Só queria entender qual o problema, mas era paciente e esperaria o momento certo para ouvir.

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𝐇𝐘𝐔𝐍𝐉𝐈𝐍

ᴱ ᑫᵘᵉʳᵒ ᵐᵉ ʲᵒᵍᵃʳ ⁿᵉˢˢᵉ ᵃᶻᵘˡ,
ⁿᵒ ᶦⁿᶠᶦⁿᶦᵗᵒ ᵈᵉˢˢᵉˢ ᵇʳᵃᶜ̧ᵒˢ
ᴾᵒᶦˢ ᵃᑫᵘᶦ ᵐᵉ ˢᶦⁿᵗᵒ ˡᶦᵛʳᵉ,
ᵉᵘ ᵃᑫᵘᶦ ᵐᵉ ˢᶦⁿᵗᵒ ᵉᵐ ᶜᵃˢᵃ
ᴱᵘ ᵃᑫᵘᶦ ᵐᵉ ˢᶦⁿᵗᵒ ᶦⁿᵗᵉᶦʳᵒ
ᴱᵘ ᵃᑫᵘᶦ ᵐᵉ ˢᶦⁿᵗᵒ ᶦⁿᵗᵉᶦʳᵒ

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Peguei uma ajudinha com um punk que fazia vistoria nos prédios da minha rua, e ele me levou até o meu "trabalho". Eu entrei naquele bordel dentro de um blusão enorme mas o que chamava olhares das minhas colegas era minha cabeça e a cagada que eu chamada de resolução dos meus surtos psicóticos: raspei as laterais com barbeador de Jisung rezando pra' não ter feito merda.

Plano infalível equivalente à pacote Premium de dezesseis sessões de terapia, um tratinho no meu chanel. O problema veria a seguir, que era tomar coragem pra' fazer algo que eu vinha refletindo tem um tempo e possivelmente me afetaria pra' demais. Segui com os olhos o amontoado grupo de anarquistas, quem se reunião em uma das mesas do lugar, rabiscando com batons estratégias de ação, se é que faz algum sentido mas dane-se mesmo. Vi Messias me perceber e juntar as sobrancelhas apesar do sorriso presunçoso.

O punkzinho tá constantemente de maquiagem mas sempre com a boca borrada para o meu estresse por saber do porquê — e me incomodar por ser um mentiroso de merda que mandava Pedro dizer que eu era único e os caralho, único! Há! Enfim, fazer o que, né? Ele tem três piercings no lábio e um nas línguas, já que era separada, feito serpente mesmo. Jeongin também tinha o costume besta de ficar me encarando nos olhos e rindo idiota, sem me explicar o porquê. Mas tava me pagando então eu nem fazia questão de entender.

Vi duas putas no seu colo e pedi licença com jeitinho pra' uma e ela me lançou uma piscada se movendo dali. — O que te traz aqui? — A segunda pessoa no seu colo questionou interpretando, era Pedro e eu me animei minimamente por reconhecer alguns sinais do filho de deus.

Nervosa vendo Messias deitar a cabeça na poltrona me assistindo, até passei as mãos contra a roupa secando o suor para começar. Mexi alguns dedos e pulsos com o auxílio dos braços, muito ansioso, por medo de cometer algum erro, mas basicamente disse: — - Eu aceito. — Pedro acenou com a cabeça positivamente, como se estivesse fazendo um bom trabalho. Ele era legal.

Em compensação por Cristo queer, recebi uma gargalhada alta e escandalosa, ria batendo palmas e eu me sentia constrangida, sinceramente. Mas ele logo assumiu uma feição satisfeita, enquanto aos poucos eu me dava conta do problema que havia me metido a partir dali.

Eu me recordo da conversa que tive com o seu intérprete, que me levou à altas crises existenciais.

"Ele quer pagar pela tua educação. Diz  ver coisas grandes em você, vê um bom futuro. E quer te dar isso. Ele te propõe entrar parcialmente ao movimento dos nossos discípulos, pois temos inúmeros professores e pensadores conosco. Ele quer que você conheça da nossa história e compreenda pela sua própria visão, o que nos levou a ser como somos e a lutar por quem somos, e a continuidade dessa jornada é você quem decidirá. Messias quer te financiar, mas não como o caralho de bebê de açúcar, ele não é nenhum papa anjo ou qualquer porra dessas', mas vai te garantir educação e um lugar pra' permanecer. Ele te escutou conversando nos corredores com um funcionário, você reclamou de não conseguir dormir direito e ainda ganhar pouco pelo que exerce, então quer te garantir isso, até aí menos você tenha bons sonhos. "

"... E por que? Pedro, por que diabos eu? Qualquer outro prostituto dessa casa, porque eu? "

"Porquê ele te enxerga, Hyunjin. Assim como alguém o enxergou algum dia. Aproveite, nem todo mundo tem a mesma sorte. " Me lembro de ver o anarquista bagunçar o meu cabelo com carinho, acho que Pedro me vê como um bichinho? O que é engraçado considerando o fato dele ser tão grande. Pedro é muito alto, acho que chega próximo de dois metros, e ele o seu corpo também fita bem essa proporção, ele ocupa todo o espaço possível onde quer que vá, e ainda sim possui a elegância de um pássaro e mal chama a atenção por ser bem discreto.

Pós minha declaração, Jeongin se colocou de pé com ajuda de alguns presentes e eu me recordo novamente da perna com metais atravessados. Ele anda até minha frente e me abraça puxando-me pra' contra seu peito, ri com graça me lembrando dele me chamar de bonequinha, e afirmar que tenho 1,65, mas tenho 1,79, ele é mesmo fora da casinha.

Eu não entendo bem o que aconteceu ali, mas num determinado momento ele mexeu as mãos e mais anarquistas me rondaram, em um abraço coletivo, e eu não entendia nada, nada, nada. Mas me sentia bem?

Foi quando fui tomado por um sentimento novo que me atravessou o peito com força. Quando contra seu corpo eu pude ouvir, um sussurrar em meu ouvido, bem bagunçado, confuso, de vocalidade incerta e estranha — Aceito... você é. Aqui. É. — Uma linda sentença de palavras, mas não quaisquer palavras! Palavras de Messias, era sua voz, e eu não percebia quando chorava. Pela primeira vez na vida me senti mal agradecido por não usufruir de algo valioso que possuo. Pois eu conseguia escutá-lo, sua linda voz, tão desorganizada, mas ele não e maior que isso, ele não se importava em não ouvi-la. Naquele momento eu percebi o quanto nós éramos muito diferentes e o quanto ele merecia aquele cargo. Messias sabia o que significava ser maior, ele se sentia maior e automaticamente as pessoas à volta concordavam, pois esse é o primeiro passo para o sucesso.

Não pude continuar naquele abraço pois ouvi passos apressados e via a latinha de coca cola do meu carinho correndo como se estivesse fugindo da polícia, irônico né'. De roupas diferentes das de antes e o rosto limpo ele logo passou a dizer gestualizando e se expressando como nunca havia visto antes — É melhor irmos agora porque a hora que Jisung conseguir quebrar aquela porta ele vai achar um jeito de conseguir me matar!

  — Você nem morre. E quer enganar quem? Você sempre gostou de apanhar. — Arregalo os olhos ouvindo um dos punks falar distraído e me foco nele, ele deu uma lacrada em Deus? Cadê os tiros? Cadê o sangue? Tudo que ouvi foi uma risada, ainda mais escandalosa que a de Messias e eu finalmente via conexão, Senhor Minho ria como o próprio rei do inferno, mas governava o céu comunista, caralho. E talvez minha leitura sobre o anarquismo moderno tenha ficado um pouco equivocada e eu não precise passar a desconsiderar conceitos humanizados. Estou aliviada!

Seguindo o dito do Deus, o pessoal se mexeu e eu feito barata tonta segurava os dedos de Jeongin que liderava o bando segurando o braço de Pedro por apoio. Caminhando até o carro senti um beijinho no dorso da minha mão, e né virei. Via o próprio Jesus me olhando com um sorriso besta. Eu queria tentar entendê-lo, mas as vezes, as vezes eu acho que nem precisa, tá ligado? É, talvez nem precisa que eu entenda.

E quem escolhe sou eu, se é solidão ou liberdade.
 
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𝐍𝐀𝐑𝐑𝐀𝐂𝐀𝐎       𝐄𝐌
𝐓𝐄𝐑𝐂𝐄𝐈𝐑𝐀 𝐏𝐄𝐒𝐒𝐎𝐀

ᴱᵘ ⁿᵃ̃ᵒ ᵍᵒˢᵗᵒ ᵈᵉ ᵛᵒᶜᵉ̂, ⁿᵃ̃ᵒ ᑫᵘᵉʳᵒ ᵐᵃᶦˢ ᵗᵉ ᵛᵉʳ
ᴾᵒʳ ᶠᵃᵛᵒʳ, ⁿᵃ̃ᵒ ᵐᵉ ˡᶦᵍᵘᵉ ᵐᵃᶦˢ

ᴱᵘ ᵃᵐᵒ ᵗᵃⁿᵗᵒ ᵛᵒᶜᵉ̂, ˢᵒʳʳᶦᵒ ᵃᵒ ᵗᵉ ᵛᵉʳ
ᴺᵃ̃ᵒ ᵐᵉ ᵉˢᑫᵘᵉᶜ̧ᵃ ʲᵃᵐᵃᶦˢ

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Um corpo morno descansava sob os lençóis brancos, braços grossos e tatuados largados confortavelmente dentro daquele quarto laranja com as paredes forradas de pôsteres, de onde uma luz azulada emanava de um aparelho, em plena madrugada, quando dedos abaixaram as pálpebras teimosas do grandão que insistia em tentar acordar, ele adormeceu. Era prático.

  — É ele? — Da tela acessa, escutou-se.

Respirando fundo encarando o seu rosto, o loiro confirmou  — É. Seo Changbin, nascido em 11 de agosto de 2045, geração EP, terráqueo, 32 anos, mecânico profissional residente da Vila Guryong, favela ilegal em terras particulares na Cidade da Alma, nos limites do afluente distrito de Dogok-dong, Coreia do Sul, leste continente asiático, oriente médio. 03h34. — De braços para trás, uniformizado, prestava reverência ao
Seu comandante, informações estritamente importantes.

  — Nossa comprovação?

Hesitante, ergueu seu queixo enfim respondendo  — Genitor presente de Lee Jeno.

  — Ótimo. Como está o andamento?

  — Daqui três dias ele terá uma entrevista, e passará, 16:56 exata, 72 horas, 4320 minutos, tarde, quinta feira.

  — Excelente. E como está o outro? Percebe algo em sua cronocinese alterada?

A garganta chegou a coçar, mas manteve-se firme nas respostas  — Não exatamente. Percebo atrasos leves, mas talvez porquê desconfia de algo.

  — E como deixou abertura para isso? É um profissional treinado. Concordamos que se envolveria com ele, é conveniente para você, mas que de nada afetaria nossos objetivos e está falhando.

  — Peço perdão, excelência. Mas ele é humano, terrestre, tem muitos estímulos, não posso controlar o que ele pensa, só o que sente. Que é amor.

  — O amor nos atrasará, e é irrelevante nesse momento.

  — O amor é problema meu, senhor. Tomarei responsabilidade pelas consequências, mas o foco não é ele. O seu filho passará. — E seus dedos de moveram para o pulso efetuando o encerramento.

Rolou os olhos mexendo suas pernas enquanto a situação era digerida em sua mente. Quando finalmente se decidiu, buscou sua bolsa e organizou algumas coisas no quarto, e antes de sair pela porta deixou um cheiro no cabelo do homem no seu quinto dono à cama. Caminhou para fora se preocupando com o barulho mas precisava ser rápido. Não contava somente com a senhora sentada na sala assistindo à algo em seu aparelho, rindo sozinha. Ele estranhou mas deu de ombros e passaria reto, mas tomou um leve susto quando ouviu sua voz, vendo-a virar sua cabeça em sua direção. Sorrindo, perguntou —.... Amanhã chovera abacaxis e lagartas, filho?

O seu corpo estava gelado e ele estreitava os olhos antes de responder e correr para fora daquela casa — Não vai chover, senhora Seo.

E quem escolhe sou eu, se é solidão ou liberdade.











https://youtu.be/j_iegFnf4Ek

🤡

Oi anjinhos? Voltei, postei e também vim aqui divulgar DUMMY minha nova fic s presente de halloween!

Mas falando sobre este capítulo, o que acharam? Alguma conclusão? Teoria? Dúvida? Conta pa tia suas expectativas? 🤔✨✨✨


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