⚠️— Antes de iniciar deixo o aviso de gatilho para certo tema, apesar de não possuir aprofundamento no tópico, sinto-me na necessidade de avisar vocês que a CITAÇÃO de situações voltadas ao suicídio, apareceram neste capítulo. Se isto lhe causa desconforto, deixo já o alerta.

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Pov duplo!

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𝐋𝐄𝐄 𝐌𝐈𝐍𝐇𝐎

𝕰ra mais uma noite péssima, em que eu tinha de cometer a atrocidade de meu médico e diminuir as minhas funções cerebrais para ter o mínimo de descanso possível, já que, ora, meu cérebro não para de me fazer perguntas inúteis;

'por que você tem um buldogue, e verde?'

'buldogues não são produzidos em laboratórios e tem inúmeros problemas respiratórios e modificação craniana?'

'se você foi casado, por que não lembra do nome dela?'

'seus pais tem orgulho de você?'

'o que aconteceu?'

'o que aconteceu?'

'o que aconteceu?'

'por que você está aqui?'

'e por que tem um buldogue VERDE?'

Pela manhã, após o sono desregulado e deixando à suíte, na costumeira rotina eu era recebido pelo cachorro de cor usual que me rodava mal se aguentando à correr. Eu o alimento, dou carinho, pago uma cuidadora de meio período, mas não sei o seu nome, é como se ele fosse mais um colega que meu 'melhor amigo animal' como pintam as propagandas de pet shop. Gostaria muito de retribuir todo o amor que ele me dedica, mas é platônico.

Durante o café eu sentia repulsão engolindo o hambúrguer que encomendei e me atualizava das movimentações policiais, em principal vinculadas à as ações ilegais de mercadorias, já que, eu era frente. Devo dizer que as ações não tem andado muito ultimamente, talvez pelo capitão não bater bem das engrenagens. E para piorar, mal aguentando meus próprios compromissos, invento de cair no carro zero de um minoritário com bons argumentos e tatuagem de cadeia.

Agora tenho mais dívidas em meu nome no cartório e mal sei o que faço da minha vida, já que tudo se passa tão estranhamente. Antes de fechar o uniforme oficial eu mantinha a mente ocupada de bobagens com o jornal de notícias principais;

'Contudo, a lei tratou de estabelecer uma "obrigação alimentar" fundada no parentesco esclarecido na declaração, pressupondo a necessidade do alimentado. As necessidades compreendem o sustento, a educação, o vestuário, a habitação, a assistência médica e psicológica, priorizando à saúde do menor, entre outros. No entanto, apesar das leis esclarecidas, os números de jovens deserdados no Sul da Coreia, tem crescido gradativamente.'

— Que deus proteja as crianças da modernidade líquida. — Murmurei sozinho, antes de terminar o café, jogando o copo na lixeira e me movendo até fora de casa.

No Buzber, mantinha uma distância segura das outras pessoas do veículo em movimento acima das pontes que mostravam à paisagem em constante mudança, escutando tiny little boy por rad museum, uma música escolhida aleatoriamente pela minha playlist automática e meu secretário eletrônico até me perguntou se eu gostaria de mudar, mas não, tinha algo interessante nessa música.

"Você não gosta desse gênero, Minho, gostaria de mudar a estação?" A voz me perguntou mais uma vez, me irritando pela insistência.

— Vá a merda Aristóteles. Há muitas coisas que eu pareço gostar que também não fazem sentido agora, a vida tem dessas. — Murmurei inutilmente ao Androide irracional que se comunicava comigo. Olhando em volta, notando uma mulher me encarando, o que será que ela quer?

Até minha parada fiquei em uma luta constante em tentar compreender a mulher de olhos grandes que me observava sem intervalos, na outra cabine de vidro que dividia infelizmente com um estadunidense tenso. Acabei saindo do veículo carregando um mistério comigo.

Chegando ao departamento da polícia federal sulista, já espalhados para missão de campo, os cadetes estavam reunidos para à íntegra, e novamente minha possível amiga Melissa me recebeu. Tinha os cabelos castanhos claros em tranças laterais e uniforme preto, sorrindo feito uma criança. — Minho! Seu dedo não vai cair se me mandar uma mensagem dizendo que está bem ou atualizar o seu feed, sabe? É meu primeiro dia fora do estado, me deseje sorte.

Levei um soco fraco no braço de metal, e sem esperar qualquer resposta ela me deu as costas assumindo à postura de oficial assim que seu superior chegará. E eu sem perder tempo, corri para dar o ar de graça ao chefe do departamento que provavelmente à essa altura já está puto da vida comigo fugindo de uma conversa realmente séria sobre, porque me joguei do terraço de um edifício habitacional de uma favela num fim de semana qualquer. Talvez mais pela questão da estupidez ou por eu não ter uma resposta, mas assim que cheguei a sala do senhor Christopher Bang, vice, acabei sendo surpreendido pelo fato dele ao menos tocar no assunto.

De social e vários acessórios de metal, ele falava sem fazer qualquer contato visual comigo, a frente de seus aparelhos — Know, eu preciso que ative as ações de investigações de narcotráfico norte e internacional, principalmente em territórios não acessíveis pelo governo. Sei que você fechou à busca à um bom tempo, pela recuperação de seu acidente e nós compreendemos perfeitamente que precisa manter à sua saúde, mas-

À frente do homem mongol ocidental, eu franzi o cenho, confuso — Como assim eu fechei? Não estava em andamento? Eu fiquei de recuperação por apenas alguns dias.

Christopher que falará roboticamente sem fôlego, pausou encarando seu mousepad na mesa de trabalho, por alguns minutos, até me dar atenção — Segundo os dados você mesmo fechou, à assinatura online veio diretamente do seu servidor e até mesmo seu laudo diagnóstico se fez presente na decisão.

— Há quanto tempo tem isso? — Perguntei ainda perdido, talvez estivesse tão fora de mim que acabei agindo impulsivamente. Mas Christopher apenas me encarou sério, e em silêncio.

Os olhos tristes me liam por inteiro.

Ele me empurrou os documentos necessários suspirando antes de dizer — Abra novamente o sistema de caça ao Narcotráfico, e procure falar com o chefe do departamento, ele está na sala dele, mas... você tem certeza que está totalmente recuperado Minho? Você não me parece muito bem e essa é uma operação de extrema importância para o estado. Se não estiver bem, é melhor tirar o corpo fora rápido, temos outros oficiais igualmente qualificados para efetuar o serviço. Você não tem com que se preocupar, é perfeitamente normal não estar bem nos tempos em que vivemos.

— Obrigado Senhor Bang. — Assentindo, respondi. Porém após minha fala ele pareceu surpreso, e abaixou seu rosto para a mesa novamente, me deixando mais uma vez, sem respostas. Porquê tudo anda tão estranho?

'O que aconteceu?'

...

𝐇𝐀𝐍 𝐉𝐈𝐒𝐔𝐍𝐆

𝕻arecia que meus dias estavam voltando pros eixos, e eu até tinha dado uma engordava legal, mas sei que não vai ser por muito tempo já que à reforma trabalhista daqui à pouco dá as caras pra foder com meus salários e inventa mais dívidas absurdas.

Como não era dia de teste no campo, eu retornava pra casa mais cedo, ironicamente dançando músicas antigas que faziam alusão à cidade da Alma, tipo Eurogliders. Eu caminhava sem pressa pelos corredores sujos do meu prédio sem lei, assim que me dei com minha porta amadeirada, semicerrei os olhos. Minha entrada estava entreaberta, significava que algum jc andou hackeando meu código de acesso e eu já me preparava pra joelhada no gógó do indivíduo. Empurrei à passagem com força antes de me jogar contra desconhecido de costas dentro da minha casa com tudo, acabando por cair ao chão com ele. E eu vou ouvir putaria dos vizinhos, certeza.

— Ei! Ei! Calma! — Quando finalmente encarei o assaltante astuto, mal pude acreditar que esganava a Natasha caldeirão de outro dia.

— O que pensa que tá fazendo aqui, micro-ondas! Que mané ideia é essa de hackear o sistema da minha casa, desconfigurou foi? Por pouco que eu não te puxava uma 47 e metia bala nos teus miolos! —Eu ainda segurava os pulsos do meio-homem abaixo de mim. Será que ele estaria delirando ou acha que estou envolvido com alguma merda? Puta que pariu, arranjei um problemático no pro' meu caminho.

Tentando posar de ético, ele insiste em dizer — Será que o senhor poderia sair de cima de mim? E, espera, você tem uma arma?

—... Claro que não, foi coisa do momento. É só uma maneira de expressão. — Respondo firme. Mas espero mesmo que eu tenha guardado bem aquele fuzil. — Mas você não me respondeu, o que tua bunda tá fazendo aqui?!

— Primeiro, sou um oficial então abaixe esse tom, e segundo, caso não tenha notado, o meu olho está sangrando, eu estou cego! — Agoniado, ele diz. Pego de surpresa eu franzo as expressões, até prestar atenção em seu rosto. Com a mão direita tentei passá-la na frente do cara, e nada, continuava com a expressão de robotrom psicopata.

Acabo mordendo a bochecha — Merda. — Talvez eu tenha cometido algum erro na última manutenção.

— Consegue ficar de pé? Me deixa dar uma olhada nisso aí. Mas que porra hein, latinha de coca cola, você não tem plano de saúde não? Que agência de polícia federal mais vagabunda é essa que não tem um auxílio emergencial? Agora vi bem porquê tem tantos linha de frente morrendo.

Percebendo que ele não aprovava meu humor crítico ou não conversaria comigo, lhe ajudei a chegar em minha cozinha, deitando-o na maca. Logo próximo dele, com uma lanterna em minha boca, levantei suas pálpebras — Cara... como você conseguiu danificar um olho de material biocompatível e de difícil corrosão? Titânio não vem dá teta da sua mãe não! Pode levantar daí mané, essa é pra doutorado, você conhece algum médico que atende androides ou que tem especialização em material artificial? Porquê, você vai precisar de uns reparos e reze pra que não ocorra nenhuma infecção.

Digo, preocupado, apesar de grosso. Eu tô achando que alguém chutou o cérebro desse cara, não tá bem das engrenagens não. Será necessário que eu faça alguma denúncia?

Ele leva ao menos alguns segundos pra me responder — Vamos ter que pegar metrô.

Rolo os olhos, ora, ora, temos um expert aqui não é mesmo? — FODA-SE! Você talvez precise de um procedimento cirúrgico, imagine se tiver rompido algum ligamento ocular? Tu não podes morrer sem antes pagar a minha gostosa, cuzão! Vamos, pega no meu braço. Como caralho você chegou aqui?!

Ainda meio joão bobo, ele demora a me responder — Meu assistente virtual tinha anotado à rota, e eu só fui guiado. Aconteceu no meu apartamento. Acho que foi um acidente.

— Acidente é o meu pau na sua bunda, mané! Com qual Koenigsegg humana você convive pra ter acidentalmente rompido seu olho de TITÂNIO?! Olha cara, vou te mandar o papo reto, se você tiver sendo vítima de alguma agressão seja física ou psicológica de cônjuge, denunciar é a melhor opção, e existem agências jurídicas que lidam com isso dá melhor forma priorizando sua vida. Não precisa ter medo, ouviu? — Ainda lhe guiando pelos corredores, no mesmo momento em que digitava no aparelho à procura algum buzber próximo, eu comento — Se está preso nessa situação, não é culpa sua, há sempre um local de apoio a sua causa.

Ele não responde nada inicialmente, só aperta meu braço com mais força, talvez esquecendo que sou apenas um humano raquítico e fraco, mas não reclamei, só passei a andar mais rápido.

Quando finalmente recebi uma mensagem de retorno de um motorista próximo, foi que a geladeira electrolux resolveu quebrar o gelo — Eu acho que estou tentando me matar.

Tive vontade de gritar: BINGO! Leva um ursinho Pooh de presente por ter acertado esse enigma. Porém o senso me falou mais alto — Acho que aquela é nossa carona. Vem.

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▀▄ ▖▘▙  ۝  ▚ ▛ ▜ ▞ ▟

Capítulo com ponto de vista duplo, sim! E acho que foi o capítulo mais confuso que eu já escrevi na vida, MAS, vai por mim, tudo isso vai fazer sentido, só esperem.

Mas eai, alguma duvida, questionamento, ou suposição?

🔸Jisung cita na metade do capítulo, a palavra KOENIGSEGG: E Koenigsegg One é o primeiro megacarro de produção homologado da história com um Megawatt (1.341 cv) de potência. Ou seja, é forte pra caralho.

Você chegou ao fim do Capítulo de ROBOCOP PAN! Muito obrigada pela leitura, pelos comentários, votos, isso é muito importante para que a fanfic cresça e evolua💕.  Esta ficção possui a temática livre e estará tomando moldura ao decorrer dos capítulos, espero que gostem :).

Trabalhei muito para deixar a playlist da fanfic o mais agradável possível, e eu não consigo escrever um capítulo sem escutar ela pois as músicas me deixam muito muito no clima.

E ela está disponível na plataforma do Spotify através desse link :https://open.spotify.com/playlist/6xZ8KVsw02wQheJLn6mqI5?si=vaAyepHxTu-GrljcPesyNw&utm_source=copy-link

Ou da busca por: ROBOCOP PAN no app.