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49. E Isso Bastava

POV ANA CARLA

Acordei com a sensação de algo quente e suave tocando minha pele.

Antes mesmo de abrir os olhos, meu corpo reconheceu o toque.

Seus lábios roçavam a lateral do meu pescoço, subindo devagar até minha mandíbula.

Uma carícia lenta, quase hesitante, mas tão carregada de intenção que eu não pude evitar sorrir.

Abri os olhos, ainda meio confusa, e encontrei o rosto de Robert tão próximo que meu coração quase parou.

— Bom dia — ele murmurou, sua voz rouca e baixa, como se fosse um segredo só nosso.

Meu sorriso se alargou, e as lágrimas que pareciam estar sempre à espreita nos últimos meses começaram a ameaçar cair outra vez.

Mas desta vez, eram diferentes.

Eram lágrimas de alívio, de esperança.

— Bom dia — respondi, minha voz quase um sussurro.

Ele apoiou a testa na minha, fechando os olhos por um momento, como se estivesse tentando absorver aquele instante.

Eu senti o peso disso, como se fosse um pedaço da nossa vida que ele finalmente havia encontrado.

Robert fez uma força com o cotovelo apoiado no colchão e tentou rolar sobre mim, mas seus braços vacilaram pelo peso.

— Merda.— ele grunhiu,chateado.

Toquei seu rosto com carinho e olhei bem em seus olhos.

— Eu te ajudo...

Robert travou o maxilar e voltou a deitar no seu lugar, de barriga para cima,encarando o teto.

Esperei...

— Eu estou com saudade de sentir o seu corpo no meu.— disse sem me olhar.— É estranho recuperar a memória sem esquecer o que aconteceu enquanto estava sem lembrar de nada...

— O que você quer dizer com isso?— perguntei ficando de lado.

Robert virou o rosto para mim, a expressão torturada, os olhos lamentando.

— Me desculpa por toda grosseria.

Soltei um suspiro, ainda sonolenta, mas fui para cima dele, sentando sobre seu quadril,suas mãos foram para minhas coxas e ele me encarou.

— Entenda que eu amo você.— falei me inclinando sobre ele, tocando seu rosto.— E sempre estarei aqui mesmo que você não lembre de mim.

Robert subiu As mãos por minhas costas, me fazendo fechar os olhos, o prazer de estar sendo acariciada por ele novamente tirando o ar dos meus pulmões, e encaixou os dedos em minha nuca, me puxando para um beijo.

Seus lábios não eram urgentes nos meus, eles deslizaram com calma, como se estivessem relembrando como era estar saboreando o gosto dos meus.

Minha reação para sua língua na minha foi rebolar sobre seu colo, precionando meu corpo sobre o seu, o som de nossos lábios mergulhados um no outro ecoando pelo quarto.

Suas Mãos voltaram a passear por meu corpo e Robert puxou a camisola fina que eu usava para cima, jogando em algum canto do quarto.

Beijei seu pescoço, deixando leves mordidas em sua pele branca, trilhando com meus lábios até seu ouvido.

— Quer tentar virar de novo?— perguntei baixinho.

Robert apertou minha cintura.

— Quero.— Ofegou.

Lambi sua orelha antes de apoiar meus joelhos no colchão e me erguer sobre ele.

Robert puxou o ar com força ao me ver reta, ele afastou meus cachos dos meus ombros, os olhos percorrendo meus seios.

— Pronto?— perguntei. Ele me olhou, um pouco de vergonha e frustração, mas assentiu.— Apoie o cotovelo direito no colchão e gire o tronco.

Não foi difícil.

Com os movimentos sincronizados e firmes, Robert se colocou entre as minhas pernas.

Ele deu um sorriso se satisfação quando  seu peito esmagou os meus seios.

— Que saudade...— murmurou descansando o rosto um pouco abaixo do meu pescoço.

Envolvi seu corpo com meus braços, apreciando a sensação de ter ele assim.

Toquei suas costas com carinho, deslizando meus dedos preguiçosamente por sua pele nua.

Robert não estava nu, usava uma cueca box preta, e mesmo que ele estivesse nu naquela posição seria impossível da gente conseguir transar, já que ele não conseguia mexer suas pernas da forma necessária.

Ficamos um bom tempo daquele jeito.

Curtindo o carinho um do outro.

— Ana...— chamou depois de um tempo.

— Sim?— respondi olhando o relógio no bidê marcando 6h50 da manhã. Em poucos minutos Elena teria que ser acordada para ir q escola.

— Eu não quero mais te esquecer.— ele disse baixo.

— Rob... Se isso acontecer...

— Eu não quero que aconteça.— ele me interrompeu e meu coração perdeu uma batida, minha respiração mudou. Robert continuou: — Não quero mais correr o risco de tratar você com a indiferença que vinha te tratando, não quero mais esquecer da nossa filha... Por favor...— ele se apoiou nas mãos e levantou  o tronco, me olhando.

Eu vi nos seus olhos o reflexo da minha expressão torturada.

— Não me peça isso.— eu disse, uma súplica disfarçada.

Eu sabia o que ele estava querendo.

Robert encostou sua testa na minha, sua respiração varrendo meu rosto.

— Por favor... Eu não quero mais sofrer, Ana... Você sabe o que vai acontecer a partir de agora... Por favor...

Sim, eu sabia.

O que ele queria de mim era algo além daquilo que eu poderia suportar.

Acariciei seu rosto de arcanjo enquanto meus pensamentos ferviam.

— Você acabou de voltar pra mim— eu solucei, abraçando seu corpo, revelando meu medo. Me despindo de toda minha força e coragem.— Como pode me pedir para te deixar ir embora?

Robert enfiou seus braços em baixo de minhas costas e me apertou.

— Por favor... Me deixa partir sendo eu mesmo... Me ajuda, my Angel....

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POV Robert Pattinson



Meus pais e minhas irmãs me olhavam.

Ana estava parada ao meu lado,com a mão em meu ombro e seu olhar estava perdido...

Eu sabia que tinha pedido algo muito difícil e ela mais uma vez me provava o tamanho do seu amor por mim.

Eu tinha certeza que não seria tão altruísta como ela estava sendo, se estivesse no seu lugar.

Ela me amava.

E era por esse amor que eu estava decidido.

— O que está acontecendo aqui,Robert?— minha mãe perguntou,seus braços cruzados, a expressão dura.

A presença do meu advogado, Welinton, estava deixando ela intimidada.

Assim que entrou na sala e viu Ana, Welinton e eu, minha mãe parou no lugar como se estivesse absorvendo a tensão espalhada pelo ambiente e sentou no sofá a nossa frente como se estivesse se preparando para uma batalha.

Eu entendia seu ponto de vista.

Que mãe no mundo gostaria de ouvir seu filho dizer que estava pronto para morrer?

Eu mesmo só de imaginar Elena me falando algo do tipo já me batia um desespero cadenciado.

— Você perdeu o processo, mãe.— eu disse e a tensão de Ana passou por mim. Minha mãe esticou o queixo, os olhos vacilando de mim para Ana.— Meu casamento com Ana é válido. Elena e ela são herdeiras de tudo o que tenho, quer você goste ou não.

— Eu sei.— ela disse apertando os lábios finos como os meus.— Não precisava você armar esse circo todo para isso.

— Eu recuperei minha memória.— falei, pegando minhas irmãs de surpresa.

Lizzy abriu um sorriso infinito.

— Isso é Maravilhoso,irmão.— Vicky disse.

Olhei para as duas.

Sempre tive uma relação boa com minhas irmãs, nossa infância tinha sido divertida, eu sendo o irmão mais novo torturado.

— Que boa notícia, filho.— meu pai assentiu, sempre quieto e observador, ele sabia que não era só aquilo que eu tinha para contar.

— Bom... Então agora você me odeia?— a pergunta de minha mãe me pegou de surpresa.

— O que?

Ela ficou de pé, andando de uma lado para o outro, Lizzy puxou o ar e ergueu as sobrancelhas, Vicky apoiou os cotovelos nos joelhos e encarou o tapete persa no chão e meu pai cruzou os braços.

Todos esperando.

Todos a conheciam muito bem.

— Sim, agora você lembra o quanto ela é tudo de bom e me odeia?— tornou a perguntar.— Olha, meu filho, isso é muito injusto comigo, sabia?

— Não, mãe, não é não.— Rebati fazendo ela me olhar, Ana apertou seus dedos em meu ombro.— Qual o seu problema?

— Meu problema é que você está desistindo da vida e ela está te apoiando.

— Que vida, mãe?— perguntei, um pouco rude. Ela franziu o cenho para mim e Vicky ergueu os olhos.— Será que você está tão cega ao ponto de não ver que o seu filho está deixando de existir aos poucos?

—  Mas existem...

— Não, mãe.— a cortei.—  Olhe para mim. Veja o que está acontecendo comigo, eu estou morrendo.

— Robert!

— Eu não ando, mal consigo segurar um copo, preciso que alguém me leve ao banheiro, que me ajude no banho. Eu sinto dores em cada parte do meu corpo, náuseas que me fazem ferver por dentro, minha cabeça doi e de vocês três eu só estou vendo um borrão, porque meus olhos também estão me traindo.— eles me olhavam desabafar e mal respiravam. Eu precisava que eles entendessem. Não queria que ninguém culpasse Ana depois...— Isso é vida?

— O que você tem para nós dizer, filho?— meu pai perguntou, me olhando nos olhos.

Puxando o ar com forca, olhei para Welinton.

Sendo o único a agir com a formalidade que a situação exigia, o advogado entregou para cada um dos meus familiares uma pasta com alguns documentos.

— O que é isso?— minha mãe perguntou, seu rosto estava vermelho enquanto ela lia.

— Isso são meu exames.— falei.—  Eles provam que eu estou são e capaz de decidir por mim mesmo e o quanto minha doença vai me destruir aos poucos.

— Por que está nos mostrando isso, Rob?— Vicky perguntou largando sua pasta na mesa de centro.

Um soluço escapou pelos lábios de Ana quando eu disse:

— Eu fui aprovado para ter a morte assistida.

O silêncio que se seguiu foi esmagador.

O tipo de silêncio que você pode sentir, que paira no ar e toma conta de tudo.

Eu observei cada reação ao meu redor, cada expressão, cada movimento.

Meu pai olhava fixamente para os papéis em sua mão, os lábios comprimidos, os olhos brilhando de algo que parecia ser dor contida.

Lizzy abaixou a cabeça, os ombros tremendo levemente, enquanto Vicky simplesmente encarava o vazio, imóvel.

Minha mãe, no entanto, foi quem mais me atingiu.

Ela parecia estar sufocando, os olhos arregalados enquanto lia e relia os papéis.

Quando finalmente os largou, suas mãos tremiam, e seu rosto, tão familiar para mim, mostrava uma mistura de desespero e raiva.

— Isso... isso não é justo, Robert! — ela finalmente gritou, sua voz tremendo. — Você não pode fazer isso com a gente!

— Mãe... — tentei interrompê-la, mas ela levantou a mão como se pudesse me silenciar.

— Não! Você não entende! Eu sou sua mãe! Eu te carreguei, te criei! Você é parte de mim! E agora você quer simplesmente desistir? Jogar tudo isso fora?

Seus gritos ecoavam na sala, mas eu sabia que, por trás da raiva, estava o medo.

— Não é sobre desistir, mãe — disse, minha voz firme, mas carregada de emoção. — É sobre escolha.

— Escolha? Escolha de morrer? Como isso pode ser escolha, Robert?

— Porque eu não quero que minha família, que você, que Ana ou Elena... — minha voz falhou ao mencionar minha filha. Respirei fundo, tentando me recompor. — Eu não quero que vocês me vejam definhar. Eu não quero que a imagem que vocês guardem de mim seja essa.

Olhei para Ana, que agora estava de cabeça baixa, as lágrimas escorrendo silenciosamente por suas bochechas.

Ela sabia o quanto essa decisão tinha me custado.

E ainda assim, ela estava ali, ao meu lado, me apoiando.

— Vocês precisam entender que isso não é só sobre mim. É sobre vocês também. É sobre a memória que vocês vão levar de mim.

Meu pai, sempre o mais calmo, foi quem quebrou o silêncio.

Ele pigarreou e colocou os papéis de lado.

— Você tem certeza, filho? — perguntou, sua voz grave, mas cheia de compaixão.

Eu olhei para ele, sentindo meus olhos se encherem de lágrimas.

— Tenho, pai. Pensei muito sobre isso. Mais do que vocês podem imaginar.

— Robert, isso é egoísmo! — minha mãe gritou novamente, mas dessa vez sua voz estava quebrada.

— Não, mãe. Egoísmo seria eu continuar vivendo assim só para poupar vocês de uma dor que, mais cedo ou mais tarde, viria de qualquer forma.

Ela balançou a cabeça, lágrimas caindo agora sem restrições, e eu senti meu coração apertar ao vê-la tão vulnerável.

— Eu não estou pedindo que vocês concordem. Não estou pedindo que entendam completamente. Só estou pedindo que respeitem minha decisão.

Lizzy finalmente levantou a cabeça, enxugando o rosto.

— Eu... eu não sei como aceitar isso, Robert. Mas... — ela olhou para mim com os olhos marejados — eu quero que você saiba que eu te amo, e que vou te amar até o último segundo.

— Eu também, irmão — Vicky sussurrou, suas palavras carregadas de dor.

Meu pai assentiu, os olhos fixos nos meus.

— Se é isso que você quer, filho, eu estarei ao seu lado. Sempre.

Minha mãe soltou um soluço alto e saiu da sala, deixando um vazio no lugar onde estava.

Eu olhei para Ana, que agora me encarava com os olhos cheios de lágrimas e algo mais.

— Você é o homem mais corajoso que já conheci — ela disse, sua voz quase um sussurro.

Eu segurei sua mão, apertando-a com o pouco de força que me restava.

— Eu só sou forte porque tenho você ao meu lado.

Senti que, apesar de toda a dor, eu estava finalmente em paz com minha decisão.

A sala ficou sozinha enquanto Ana levava meu pai e minhas irmãs até a saída , exceto por mim.

As vozes, as discussões, as lágrimas—tudo havia ficado para trás, como ecos de uma vida que parecia estar chegando ao seu fim, mas de uma maneira que, por algum motivo, não me causava medo.

Sentado ali, com os documentos ao meu lado e o peso da minha decisão finalmente revelado, me permiti um momento de silêncio absoluto.

O que vinha a seguir?

Olhei para as minhas mãos, frágeis e tremendo levemente, traindo o quanto meu corpo já havia desistido antes mesmo de minha mente ter feito isso.

Era estranho perceber que, apesar de tudo, eu não sentia arrependimento.

Pelo contrário, sentia uma calma inesperada.

Minha vida tinha sido um caos em muitos momentos.

Erros, vitórias, perdas.

Um roteiro que eu não teria escrito de forma tão imprevisível, mas que, olhando agora, parecia... perfeito, à sua maneira.

Eu pensei na minha infância, nas brincadeiras com Lizzy e Vicky, nos momentos que passamos rindo, chorando, brigando.

Eu pensei no meu pai, sempre tão sólido, tão presente, e na minha mãe, cuja intensidade tinha sido, ao mesmo tempo, uma bênção e um desafio.

E, claro, pensei nela.

Ana.

Minha Ana.

Uma lembrança específica surgiu, do dia em que a conheci naquele bar. Ela entrou, linda, com o cabelo preso  e aquele sorriso que parecia iluminar qualquer lugar.

Na época, eu não sabia que ela mudaria minha vida para sempre.

Mas mudou.

Cada momento com ela, mesmo os mais difíceis, valeram a pena.

E Elena.

O nome dela passou pela minha mente como uma prece, como uma promessa.

Minha filha.

Sim, minha filha.

Meu maior orgulho.

Pensar que uma parte de mim continuaria viva nela era o que me dava forças agora.

Eu a via crescer, com seus olhos brilhantes e sua curiosidade infinita, e sabia que ela seria a melhor parte de mim deixada para este mundo.

"Minha vida foi incrível", pensei, com um sorriso pequeno surgindo em meus lábios.

Não foi perfeita.

Mas, sinceramente, quem precisa de perfeição?

Foi real, cheia de amor, de lutas e, acima de tudo, de significado.

Eu me dei conta de que, no final, não era o sucesso, o dinheiro, ou os prêmios que realmente importavam.

Era isso: as pessoas.

Os momentos pequenos, as risadas, os olhares silenciosos que diziam mais do que palavras.

O jeito como Ana sempre colocava a mão no meu ombro para me lembrar que eu nunca estava sozinho.

O som da risada de Elena, que parecia o tilintar dos sinos  em algum canto da minha alma.

Eu sabia que o fim estava próximo, mas, pela primeira vez em muito tempo, eu não sentia medo.

Sentia gratidão.

Porque, mesmo que minha vida tivesse sido breve, ela tinha sido cheia.

E, no final, eu encontrei a verdadeira felicidade.

Fechei os olhos, respirando fundo.

Ana voltou para dentro e ao me ver emocionado do jeito que estava, logo veio sentar sobre minhas pernas.

Seus olhos estavam inchados pelo choro da conversa dificil.

—  Eu te amo.— sussurei contra os meus lábios.

Toquei suas costas e aprofundei nosso beijo, explorando seu gosto viciante, afundando minha mão em seu cabelo.

Ela se afastou, mantendo sua testa contra am minha.

— Eu jamais te esquecerei, meu amor.— ela murmurou, as bochechas molhadas, mas um dos seus sorrisos mais lindos que eu já tinha visto estampava seus lábios.

Deixei o silêncio nos envolver mais uma vez.

E isso bastava.

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Nota da Autora

A morte assistida é um procedimento diferente da morte por eutanásia, sendo permitido em alguns lugares dos EUA.

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