48. Mesmo Depois que Meu Coração Parasse De Bater
POV Robert Pattinson
— Eu vou colocar Elena na cama.— Ana disse saindo da sala de jantar.
Eu não consegui olhar para ela, estava muito nervoso, minhas mãos suavam desde que sai do escritório com Elena sentada em minhas pernas, rindo por estar pilotando minha cadeira de rodas.
— Boa noite, papai.— ela disse me dando um beijo.
Sorri para ela.
— Durma bem, meu anjo.
Ana também não me olhou ao passar atrás de mim.
Ficou claro para ela que eu tinha me lembrado de algo pela intensidade do olhar que lhe lancei. E, talvez, como eu ela não sabia como reagir a isso.
Mas eu ainda me sentia oco, eu precisava de mais.
Manobrei minha cadeira até a porta e me estiquei para pegar o interfone.
Vitor atendeu no primeiro toque.
— Pois, não, Sra. Pattinson?
Ouvir ele se referir a Ana daquela forma só me agitava por dentro.
— Sou eu, Vítor.— me identifiquei.— Você pode me ajudar a chegar no segundo andar?
— Certamente, senhor.
Em questão de minutos Vítor passava pela porta da cozinha. Ele trabalhava para mim a anos, quase 20 para ser exato, mas mesmo assim fiquei com vergonha quando ele, sem cerimônia nenhuma, me pegou no colo como uma donzela e subiu a escada.
— Só faltou o beijinho.— eu disse com os braços em volta do seu pescoço.
Ele riu, me colocando sentado na poltrona macia do corredor enquanto subia minha cadeira.
— Tenha uma boa noite, Sr. Pattinson.
Engoli em seco antes de seguir pelo corredor. Ao mesmo tempo que eu conhecia o que tinha atrás de cada uma daquelas portas eu parecia não saber.
Ouvi Ana falando alguma coisa para Elena no quarto dela onde antes era minha sala de jogos e manobrei a cadeira para a porta que eu lembrava ser meu quarto.
O quarto estava escuro, mas consegui me esticar para acender a luz, percebendo que a porta era um pouco estreita para minha cadeira.
Depois de alguns movimentos e ajustes, consegui passar.
A sensação de estar no meu quarto — nosso quarto — era ao mesmo tempo reconfortante e desconcertante.
Havia algo familiar ali, mas a desconexão com minhas próprias lembranças era um lembrete cruel de tudo o que eu havia perdido.
O cômodo tinha uma atmosfera tranquila, quase íntima.
O lado direito da cama estava claramente ocupado, com um travesseiro ligeiramente amassado e uma colcha dobrada com cuidado.
Meu olhar foi imediatamente para o travesseiro que parecia dela.
Algo instintivo me puxou.
Fui até lá, meus dedos trêmulos tocando o tecido macio antes de pegar o travesseiro.
Ao trazê-lo para perto, senti seu perfume.
Era doce, com um toque floral e quente, como uma mistura de flores e algo inconfundivelmente.
Assim que inspirei profundamente, algo se soltou em mim.
A memória veio como uma onda, esmagadora e irresistível.
Eu estava deitado na cama, as mãos explorando sua pele macia.
O som de sua risada baixa ecoava no quarto, misturado ao calor de seus lábios nos meus.
Podia sentir a textura da pele dela sob meus dedos, o sabor doce de sua clavícula, o arrepio em sua respiração acelerada.
Cada sensação era vívida e pulsante, como se estivesse acontecendo naquele momento.
Meu corpo reagiu antes mesmo que minha mente processasse.
Era um reconhecimento primitivo, um desejo que parecia ter sido esculpido em mim, mesmo sem a memória que deveria sustentá-lo.
Minha respiração ficou pesada, e uma onda de calor subiu pela minha pele.
"Eu a conheço," pensei, o peito apertado.
"Não só com a mente. Meu corpo inteiro sabe quem ela é."
O travesseiro ainda estava contra o meu rosto quando percebi que minha respiração tinha mudado.
Minha mão tremia ao colocá-lo de volta na cama, mas o cheiro dela ainda estava comigo, pairando, me cercando, como se tivesse se impregnado no ar.
De repente, fui tomado por uma mistura de emoções.
Uma parte de mim queria "correr" até Ana, gritar que eu estava começando a lembrar.
Outra parte estava paralisada, envergonhada pela intensidade dos sentimentos que meu corpo experimentava.
Respirei fundo, tentando me acalmar, mas as memórias não paravam.
Elas vinham em flashes agora: o brilho nos olhos dela sob a luz fraca do abajur, a forma como seus dedos seguravam meu rosto, seu sorriso pequeno e confiante quando murmurava algo que só nós dois sabíamos.
Eu estava esmagado pela saudade de algo que finalmente começava a retornar, mas ao mesmo tempo estava tão distante.
Por que lembrar tinha que ser assim? Tão torturante, tão fragmentado?
Meus pensamentos foram interrompidos pelo som de passos no corredor.
Minha cabeça girou na direção da porta, Ana parou ali.
Seu olhar encontrou o meu, e algo naquele momento me fez sentir exposto, como se ela soubesse o que eu estava sentindo.
Por um instante, ela hesitou, mas, então, sorriu de leve.
— Está tudo bem? — sua voz era baixa, preocupada, mas também carregava algo mais... algo que parecia reconhecimento.
Eu não sabia como responder.
Não podia colocar em palavras o que estava acontecendo dentro de mim.
Então, eu estendi minha mão.
Um convite mudo que ela aceitou com um pouco de receio.
Seus dedos tocaram nos meus e eu a puxei para sentar de lado sobre minhas pernas.
Foi como se, por um breve instante, o mundo fizesse sentido de novo.
Sua proximidade trouxe um calor inexplicável, e enquanto meus dedos, ainda trêmulos, subiam até seus ombros, senti a textura macia de sua pele contra as pontas deles.
Ela estava tão próxima que eu podia ouvir sua respiração, um pouco acelerada, quase tímida.
Lentamente, deslizei os dedos até o cabelo dela, afastando-o do ombro para que o meu olhar pudesse viajar por cada centímetro de seu rosto.
Cada linha, cada curva parecia carregada de significados que eu ainda estava tentando decifrar.
Por que isso tudo parecia tão certo e ao mesmo tempo tão distante?
Meus olhos percorreram a linha de sua mandíbula, a curva de seu pescoço, a tensão em seus ombros, como se meu corpo estivesse lutando para se lembrar de algo que minha mente ainda não conseguia alcançar completamente.
Então, finalmente, nossos olhares se encontraram.
Seus olhos estavam brilhantes, cheios de algo que parecia uma mistura de esperança e medo.
E, quando ela soltou um soluço quebrado, foi como se algo tivesse explodido dentro de mim.
As imagens que antes vinham em flashes agora eram uma avalanche.
A risada dela no bar.
O toque de suas mãos no meu rosto.
A sensação de segurá-la nos braços enquanto dançávamos.
Seu rosto iluminado pelo brilho suave das luzes do estúdio quando me ajoelhei para pedi-la em casamento.
Ela era minha.
Sempre foi minha.
Sem dizer nada, sem sequer pensar, minha mão subiu para seu rosto, segurando-o com uma delicadeza que parecia natural, mas também urgente.
Eu precisava senti-la, precisava provar para mim mesmo que ela estava ali, que tudo aquilo era real.
Eu a trouxe para mais perto, observando o rosto dela estremecer com a emoção, as lágrimas escapando por seus olhos.
Meu coração estava tão cheio que mal podia respirar.
Como eu pude esquecer algo tão vital?
Tão essencial?
Meus lábios encontraram os dela devagar, quase em reverência.
O beijo começou como uma pergunta, mas logo se transformou em uma resposta.
O gosto dela era familiar, uma mistura de suavidade e calor que fazia minha mente gritar que sim, eu sabia quem ela era.
Era como se aquele momento estivesse reescrevendo minha memória, substituindo os espaços vazios por algo maior do que palavras ou lembranças.
Minhas mãos seguraram sua cintura, trazendo-a mais para perto, enquanto o beijo se aprofundava. Cada movimento era uma conversa silenciosa, um pedido de desculpas, uma confissão.
Quando nos afastamos, apenas o suficiente para que eu pudesse vê-la, minha voz saiu rouca, quase um sussurro:
— Me perdoe, Ana. Por ter esquecido. Por ter te machucado com isso.
Ela sacudiu a cabeça, ainda sem palavras, mas o brilho em seus olhos dizia tudo o que eu precisava saber.
— Eu te amo — continuei, minha voz quebrando, sentindo a verdade daquelas palavras em cada fibra do meu ser. — Eu não sei como, mas sempre soube. Eu sinto isso aqui — coloquei minha mão sobre o meu peito, apertando. — Mesmo quando minha mente não conseguia lembrar, meu coração nunca esqueceu você... De alguma forma, eu não sabia como... mesmo te afastando... mesmo... Meu Deus, meu amor, me perdoa...
Ana se inclinou para mim novamente, os olhos cheios de lágrimas e o sorriso mais genuíno que eu já tinha visto em toda a minha vida.
— Você voltou pra mim.— ela murmurou, antes de me beijar outra vez, e naquele momento, eu soube que, não importava o que me acontecesse, nos sempre encontrariamos o caminho de volta um para o outro.
Com todas as lembranças a urgência por senti-la me invadiu e me arrancou o ar.
Minha mão direita subiu por suas pernas nuas pela camisola que ela usava enquanto a esquerda mantinha suas costas firmes, suas mãos seguraram meu rosto, sua língua invadiu minha boca e sugou meus lábios, me arrancando um gemido gutural.
Eu precisava dela, precisava senti-la, mas não fazia a mínima ideia de como fazer aquilo preso naquela maldita cadeira.
Mas Ana não parecia tão aflita com esse detalhe quanto eu. Estava mais preocupada em me beijar daquela forma envolvente, que me arrancava o ar dos pulmões, o tipo de beijo que poderia até me matar que eu morreria feliz.
Minha mão se infiltrou por baixo de sua camisola, encontrando sua calcinha na curva da sua cintura,sem pensar muito puxei para baixo e ela,na tentativa de me ajudar, quase caiu do meu colo.
Uma risada nervosa escapou de seus lábios e ela se afastou.
— Eu preciso de você.— falei, minha voz grossa, pesada.
Mordendo os lábios Ana passou os olhos por meu rosto, a felicidade estampada em seus olhos castanhos.
Ela ficou de pé a minha frente, sorrindo de lado ao ir até a porta e fecha-la.
Voltando, ela parou alguns centímetros a minha frente, e sem desviar os olhos dos meus levou as mãos por baixo da camisola e puxou a calcinha para baixo, jogando a peça minúscula para mim.
Naquele momento eu não tinha dúvida do que queria, me sentia a ponto de explodir, eu não sabia o que a ciência tinha a dizer sobre a ereção evidente em calca e, sinceramente , não me importava.
Eu apenas queria ela sentando sobre mim.
Ela.
Minha Ana.
Minha mulher.
Devagar, me olhando como se eu fosse a presa mais deliciosa do mundo, ela se apoiou nos braços da cadeira e me olhou.
— Eu te amo.— soprou para mim, seu hálito flutuando até mim.
Ana me beijou, enquanto suas mãos hábeis tiravam os braços da cadeira do lugar, dando espaço para que seus joelhos não se machucassem quando ela sentasse sobre mim.
Minhas mãos trêmulas puxaram minha camiseta por minha cabeça e até tentei baixar a calça de moletom que usava, mas os beijos que ela distribuía em meu pescoço, descendo por meu peito, me deixaram incapaz de raciocinar qualquer coisa.
Seus olhos foram para os meus, alertando o que ela estava prestes a fazer quando se colocou de joelhos a minha frente, suas mãos nos cós da calça que eu usava, puxando para baixo com a habilidade de quem me ajudava com isso todos os dias, todas as vezes que eu precisava ir no banheiro.
Não tive tempo para pensar muito, seus lábios logo foram para o meu pau e eu pensei que ia morrer bem ali, no meio do quarto.
A lembrança viva me inundando, marcando espaço na lacuna de memórias que chegavam e tomavam seu lugar.
Sua boca quente deslizou sobre mim, sugando, lambendo, me arrancando suspiros e gemidos que eu não sabia ser capaz de emitir.
— Ana...— grunhi, suas mãos se apoiaram em minhas coxas e ela se ergueu, me olhando.
Jogando o cabelo para o lado ela puxou a camisola por sua cabeça e ficou nua a minha frente.
Salivei, me inclinando e puxando-a pela cintura, a cadeira indo para frente pelo impulso que fiz com meu corpo.
Era como se tudo se concentrasse ali, no seu corpo quente sobre meu, nas suas mãos em minha nuca, sua boca na minha, o calor de sua buceta me abraçando por inteiro.
A cada centímetro do seu corpo que meus lábios tocavam,como seus mamilos, o vale entre seus seios, seu pescoço esguio, era como se minha memória fosse se encaixando.
Como um grande quebra cabeça e no fim a imagem desse quebra cabeça era a mulher incrível que naquele instante me fazia gemer seu nome insandecidamente.
Eu a amava.
E amaria sempre.
Mesmo depois que meu coração parasse de bater.
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Bora surtar comigoooooo
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whoismillys
AneDagloria
umalufanazinha
Biiafss2708
BellaMikaelson17
lara2007santos
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