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41. - Mas eu nao quero só lembranças, papai.

POV Robert Pattinson


Elena jogou as pecinhas de montar sobre a tapete acolchoado do quarto e sentou ao minha frente começando a montar sua escultura.

— Me ajuda a montar um castelo, papai?— ela perguntou empurrando um pouco de peças para mim.

— Claro.— pedido duas peças base e as encarei.

— Encaixa, papai.

— Eu sei, pequena.— coloquei uma peça sobre a outra e assim fui fazendo com o resto.

A dias eu andava hesitante,tendo que forçar minha mente a lembrar o que eu tinha que fazer. As vezes minha mente parecia entrar em stand by,  como se estivesse carregando as informações.

Eu me sentia estranho... vazio... e com medo.

Não era medo da doença que, eu sabia, que estava começando a tomar conta de mim, era medo de magoar Ana... medo de que nesses colapsos eu viesse a falar coisa que a deixasse machucada.

Ela sabia que eu não fazia por mal, mas eu também via a dor em seus olhos mesmo que ela tentasse disfarçar.

Encaixei mais uma pecinha, meus pensamentos conturbados divagando entre as memórias que eu me apoiava como um barco salva vidas.

— Papai você vai morrer?

As peças caíram de minhas mãos e eu olhei para ela. Elena tinha os olhos verdes molhados e o maxilar travado,como se estivesse tentando conter alguma emoção.

— Hoje não.— falei soltando o ar que nem percebi estar prendendo.

Ela tombou a cabecinha para o lado, alguns cachos caindo na lateral do seu ombro.

— Nem amanhã?— tornou a perguntar, um filete de esperança em sua voz.— Meu amiguinho da escola disse que você está morrendo.

Eu a encarei por alguns instantes, tentando encontrar as palavras certas.

— Vem cá, amor,senta aqui.— aceitei minhas pernas e abri meus braços.

Ela sorriu um pouco, deixando as peças de lado e se aconchegando no meu colo, de uma forma que me fez lembrar quando ela era ainda menor, e cabia ali com mais facilidade.

A cada dia, ela crescia, e ver isso me enchia de um orgulho que se misturava à dor de pensar em quanto tempo eu teria para vê-la crescer ainda mais.

— Minha Mini Ana... — comecei, acariciando seus cabelos. — Eu não vou mentir para você, tá bem? Vou te contar tudo, porque você é uma menina muito forte. Papai está doente, muito doente.

Ela me olhou de baixo para cima, com uma expressão de preocupação que parecia tão madura para alguém da idade dela.

— Mas você não tá tomando remédio, papai? — A voz dela era um pouco vacilante, como se tentasse encontrar uma solução simples para o que estava acontecendo.

Assenti, tentando manter o tom o mais gentil possível.

— Estou sim, meu amor, e a mamãe tem cuidado muito bem de mim também. Mas... os remédios já não estão ajudando tanto quanto antes. — Tentei explicar, escolhendo as palavras com cuidado. — Sabe, às vezes, as pessoas ficam doentes e os remédios ajudam muito. Mas outras vezes... — Engoli em seco, sentindo o peso da realidade em cada palavra. — Outras vezes, a doença é muito forte, e mesmo com os remédios, ela ainda continua dentro da gente.

Ela franziu a testa, processando o que eu dizia com uma intensidade que me partiu o coração.

— Então... você vai morrer mesmo?

As palavras dela eram duras, mas eu sabia que não era justo fugir delas. Eu queria que ela entendesse que, embora o final pudesse ser inevitável, ainda havia esperança e momentos para compartilharmos.

— Sim, meu amor — disse com suavidade, apertando-a um pouco mais nos braços. — Um dia, como todo mundo, eu também vou morrer. Só que... eu estou lutando para que isso não aconteça tão cedo, entende? Quero estar aqui com você e com a mamãe pelo maior tempo possível.

Ela ficou em silêncio, observando os próprios dedos brincando com um dos meus botões da camisa. Sua voz saiu em um sussurro, como se tivesse medo de ouvir a própria pergunta.

— Mas e se eu não quiser que você morra, Homem Glande?

Fiquei em silêncio por um momento, tentando me recompor da aflição que estava sentindo.

— Eu também não quero. Não quero deixar você, nem a mamãe, nem todas as coisas que eu amo. Mas… — suspirei, escolhendo bem as palavras —, a vida tem um jeito especial de seguir adiante, mesmo quando as pessoas que amamos partem. E sabe de uma coisa? Mesmo quando alguém que amamos vai embora, uma parte dela sempre fica com a gente.

Ela inclinou a cabeça, os cachos dela balançando levemente enquanto ela me observava com uma curiosidade triste.

— Tipo como, papai?

Sorri, acariciando seu rosto.

— Tipo um pedacinho do meu amor que vai sempre morar com você. Todas as coisas que fizemos juntos, tudo o que eu ensinei, os momentos em que rimos... todas essas lembranças vão ficar com você. Então, mesmo que eu não esteja mais aqui de verdade, uma parte minha sempre vai estar com você, como uma voz dentro do seu coração.

Ela apertou os lábios, tentando segurar as lágrimas.

— Mas eu não quero só lembranças, papai.

Eu me curvei, encostando minha testa na dela, sentindo o cheiro doce e familiar dos seus cabelos.

— Eu sei, minha pequena . E eu vou lutar com tudo o que eu tenho para que você tenha muito mais que só lembranças. Vou estar aqui o máximo que puder, vendo você crescer e realizando todas as coisas lindas que sei que você vai fazer.

Ela começou a chorar, silenciosamente, os olhos dela brilhando de uma dor que parecia grande demais para alguém tão jovem.

— Eu vou sentir sua falta, papai... sempre.

— E eu, meu anjo, vou sentir a sua também, sempre. — Eu a abracei com força, sentindo o calor do corpinho dela no meu colo, tentando registrar aquele momento como se fosse possível congelá-lo para sempre. — Mas enquanto eu estiver aqui, vamos viver cada dia juntos, tá bom? Fazer cada momento especial, cada risada, cada brincadeira. E enquanto eu puder, eu sempre estarei com você.

Elena se acalmou aos poucos, e fiquei ali com ela no colo, balançando-a devagar, sentindo o peso da responsabilidade de ser pai, de ser um guia para ela, mesmo diante de algo tão doloroso.

Após um tempo, ela me olhou com olhos mais calmos e sorriu, aquele sorriso leve e confiante que só as crianças conseguem dar.

— Então você vai ser meu anjo, né, papai? Igual o anjinho da mamãe?

As palavras dela me pegaram de surpresa, e eu não pude deixar de sorrir.

— Serei um anjo guardião, sempre cuidando de você. E prometo que vou ficar por perto, o mais perto que puder, e que sempre vai sentir meu amor com você.

Ela sorriu de novo, aliviada, e se aninhou no meu colo, finalmente em paz. Eu acariciei seus cabelos, tentando gravar cada segundo daquele momento, cada detalhe, como se pudesse levá-los comigo.

Foi nesse instante  que vi Ana, parada na porta do quarto. Seus olhos estavam marejados, e ela estava aos prantos, mas se mantinha em silêncio, tentando não interferir na nossa conversa.

Dei-lhe um sorriso que não alcançou meus olhos e ela murmurou um " Eu te amo" apenas mexendo os lábios.

Sim, eu sabia.

E eu também a amava.

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