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4. Isso Era Muito Bom

POV Robert Pattinson



A manhã estava fria, e o céu de Los Angeles tinha aquele tom cinza típico das primeiras horas do dia.

No caminho para o estúdio da minha produtora, eu tentava manter o foco no que precisava fazer. Tinha algumas composições no piano que precisavam de atenção, mas minha cabeça estava uma bagunça, cheia de pensamentos fragmentados.

Tentava afastar o rosto da garota do bar da minha mente, mas de alguma forma, ela insistia em aparecer.

Assim que entrei no prédio, cumprimentei os funcionários de forma cordial, com aquele sorriso controlado e profissional.

Era o suficiente para que todos acreditassem que eu estava bem, que nada fora do comum estava acontecendo.

Meus passos eram firmes e controlados, como se cada movimento tivesse que ser planejado para manter a fachada.

— Bom dia, Sr. Pattinson — um dos assistentes disse, com o entusiasmo habitual.

— Bom dia — respondi, sem muita emoção, apenas para seguir o protocolo.

Eles estavam acostumados com isso.

Segui direto para a sala onde estava o piano, onde poderia me isolar por algumas horas e trabalhar.

As notas estavam todas lá, esperando para serem desenvolvidas, mas minhas mãos hesitavam ao tocar as teclas.

Meus dedos conheciam os acordes, mas minha mente vagava.

O som que saía do piano parecia desconectado de mim, como se eu estivesse apenas repetindo algo sem alma.

Passei a maior parte do dia assim, tentando me concentrar, mas não conseguindo.

Quando finalmente terminei de revisar algumas composições, me permiti um momento de pausa.

Peguei minhas coisas e voltei para casa.

Assim que cheguei, o silêncio da casa me recebeu como uma onda fria.

Larguei as chaves na mesa e subi as escadas, desejando um pouco de paz e um banho quente.

Mas ao abrir a porta do quarto, fui surpreendido por uma cena que me deixou imediatamente irritado.

Luana estava deitada na minha cama, com uma camisola preta ridiculamente provocante.

O sorriso no rosto dela só piorou a situação.

— O que você pensa que está fazendo? — Minha voz saiu mais controlada do que eu esperava, mas por dentro, a irritação crescia.

Ela se levantou um pouco, apoiando-se nos cotovelos, como se estivesse à vontade.

— Achei que você gostaria de um pouco de... companhia. Você trabalha tanto, Robert. — A voz dela era suave, mas cheia de segundas intenções.

— Sai da minha cama, Luana. — Minhas palavras eram diretas, sem espaço para discussão.

Ela hesitou, mas o sorriso não desapareceu.

— Ah, vamos lá... — Ela começou a se levantar, aproximando-se. — Você sabe que isso vai acontecer em algum momento.

— Não. — Dei um passo para trás, mantendo a distância. — Não vai acontecer nada. E, na verdade, você está demitida.

O sorriso dela finalmente desapareceu, substituído por uma expressão de surpresa e raiva.

— Você não pode me demitir. Michael...

— Eu já falei com o Michael antes, e isso não é problema dele. Você está fora daqui, hoje.

Ela ficou imóvel por um momento, absorvendo o que eu disse. Então, sem mais uma palavra, pegou suas coisas e saiu do quarto, batendo a porta atrás de si. Senti um alívio imediato, mas sabia que a situação não ia acabar por ali.

Na manhã seguinte, recebi a visita de Michael. Ele entrou parecendo já saber do que se tratava.

— O que você fez? — Ele perguntou, cruzando os braços, o rosto vermelho de raiva.

— Preciso de uma nova governanta. — Fui direto ao ponto, tentando não prolongar a discussão, mas sabia que ele não ia deixar isso passar.

— Luana é minha irmã, Rob! — Ele exclamou, como se isso resolvesse tudo.

— E ela estava dando em cima de mim desde o primeiro dia. Já falei com você sobre isso. Não tenho paciência pra lidar com esse tipo de coisa aqui em casa. — Minha voz estava calma, mas firme. Eu estava cansado desse assunto.

— Ela só estava tentando ser legal com você! — Michael rebateu, mas havia uma ponta de dúvida em sua voz.

— Isso não tem nada a ver com ser legal. Eu não vou tolerar esse comportamento. Não aqui, no único lugar onde eu deveria ter paz.

Michael suspirou, esfregando o rosto com as mãos, visivelmente frustrado.

— Você está se isolando demais, cara. Não sei o que você quer que eu faça. Tentei ajudar trazendo alguém de confiança, mas você não quer ninguém por perto.

— Eu só quero alguém que faça o trabalho dela e me deixe em paz. — Respondi, direto.

Ele me olhou por um tempo, como se tentasse entender o que estava acontecendo comigo, mas não perguntei nada. Eu não estava afundando. Estava apenas... sobrevivendo, do meu jeito.

— Vou ver o que posso fazer. — Michael disse finalmente, balançando a cabeça e se dirigindo para a porta.

— Obrigado. — Respondi, sem olhar para ele.

Assim que ele saiu, o silêncio voltou a tomar conta do lugar.

E, mais uma vez, a imagem da garota do bar apareceu na minha mente, como um reflexo do vazio que eu tentava ignorar.

Os dias começaram a se mesclar num ritmo desorganizado desde que Luana foi embora.

Sem ninguém para cuidar das coisas mais básicas em casa, eu me virava como podia, mas não era fácil.

A verdade é que estava cansado de ter sempre alguém ao meu redor, mas agora, com a casa vazia, a solidão se fazia presente de uma maneira opressora.

O café da manhã era uma bagunça, os pratos se acumulavam na pia, e eu havia esquecido de tomar meus remédios mais vezes do que deveria.

Isso me atingiu uma manhã, quando acordei com o corpo pesado e a cabeça girando.

A náusea subia e descia, e eu sabia o que estava acontecendo.

Eu tinha esquecido de tomar os remédios de novo.

Sentado na cama, com as mãos tremendo, respirei fundo e olhei para os frascos na mesinha de cabeceira.

Era como se eles estivessem me encarando, me lembrando do erro.

Arrastei-me até o banheiro, me olhando no espelho.

Eu parecia péssimo — olheiras profundas, pele pálida. O rosto no reflexo era quase de um estranho.

Sabia que não podia continuar assim, então marquei uma consulta de última hora com o Dr. Lúcio.

No consultório, o ambiente cheirava a desinfetante e era preenchido por uma calma quase inquietante.

Dr. Lúcio entrou na sala com seu habitual semblante sério.

Ele não perdeu tempo e foi direto ao ponto.

— Robert, você esqueceu de tomar os medicamentos novamente, não foi? — A voz dele era calma, mas tinha aquele tom de desaprovação que já ouvi tantas vezes.

Suspirei e dei de ombros, tentando evitar o sermão.

— Eu me distraí. Estava ocupado com algumas coisas na produtora.

Dr. Lúcio não comprou minha desculpa. Ele pegou a prancheta com meus exames mais recentes e balançou a cabeça.

— Você não pode continuar assim, Robert. Seu corpo está reagindo. Se quiser que esse tratamento funcione, não pode se esquecer de tomar os medicamentos. Mas, pelos seus exames, acho que estamos chegando num ponto onde precisamos ser mais agressivos.

Meu estômago deu um nó ao ouvir aquilo. Sabia o que ele estava sugerindo, mas não estava pronto para aquilo.

— Não. — A resposta saiu rápida, firme. — Eu não vou passar por isso de novo.

Dr. Lúcio fechou a prancheta e se inclinou um pouco na minha direção, a expressão mais severa.

— Robert, as expectativas não são boas se você continuar nesse ritmo. O tratamento atual não vai segurar a doença por muito tempo. Você precisa de algo mais forte. Precisa considerar a...

— Não. — Minha voz ficou mais baixa, mas ainda decidida. — Eu não vou fazer isso de novo. Não vou me submeter àquilo outra vez. Prefiro lidar com isso do meu jeito.

Ele ficou em silêncio por um momento, me observando, talvez tentando entender o que estava acontecendo dentro de mim.

— Eu entendo que você tenha traumas do último tratamento, Robert. Mas isso é sério. Se você não começar a agir agora, as consequências podem ser irreversíveis. Está preparado para lidar com isso?

Senti um aperto no peito, mas mantive minha postura.

Não queria mais passar por tudo aquilo — a fraqueza, os dias intermináveis de dor, o corpo destruído.

Tudo o que eu queria era continuar trabalhando, fingindo que as coisas estavam sob controle.

— Estou — respondi, forçando firmeza na voz. — Vou continuar com o tratamento atual. Não vou mudar.

Dr. Lúcio suspirou, desapontado, e se recostou na cadeira.

— Robert, essa é sua escolha. Mas saiba que você está arriscando sua vida. Não posso fazer nada se você não estiver disposto a tentar. Eu só espero que, quando decidir, ainda haja tempo.

Me levantei, pegando o casaco e evitando o olhar dele. Não queria mais ouvir. Estava cansado de médicos, de tratamentos, de tudo.

— Obrigado, doutor — disse, sem emoção, enquanto me dirigia à porta. — Eu cuido disso.

Saí do consultório com o peso das palavras dele ainda ecoando na minha mente, mas eu me recusei a deixar aquilo me abalar.

O ar fresco do lado de fora me atingiu como um tapa na cara, e eu sabia que, por mais que tentasse fugir, não poderia escapar para sempre.

Toda vez que saía do consultório do Dr. Lúcio, a sensação era a mesma: o peso da realidade batendo forte, me lembrando que as coisas não estavam sob controle. O bar na esquina era meu refúgio. Lá, as coisas pareciam mais simples, como se eu pudesse colocar tudo em pausa por um tempo, só para tentar organizar os pensamentos.

Assim que entrei  o ambiente era como eu esperava: vazio, escuro, e com o som abafado de uma música velha tocando de fundo.

O cheiro familiar de madeira envelhecida e álcool barato me envolveu, e segui direto para a minha mesa de sempre, no canto.

Mas então eu parei, os pés congelando no chão.

A garota do outro dia, a do esbarrão... ela estava ali, sentada exatamente na minha mesa.

Estava com a cabeça apoiada nas mãos, os cachos escuros caindo ao redor do rosto, parecendo completamente absorta em seus próprios pensamentos.

Fiquei olhando por alguns segundos, pensando no que fazer. Ela nem percebeu que eu estava ali, mas isso não duraria muito.

— Essa mesa é minha — soltei, sem rodeios, parando na frente dela.

Ela ergueu o rosto lentamente, as sobrancelhas arqueadas em confusão e, em seguida, frustração.

— Não vi seu nome nela quando me sentei.— respondeu, irritada, a voz afiada como uma lâmina.

Soltei um suspiro curto, sem me importar com o tom dela.

Havia algo na maneira como ela se portava que me intrigava, então, em vez de insistir no meu ponto, fiz o que parecia mais natural.

Fui até o balcão, pedi uma cerveja, e voltei para a mesa.

Sentei de frente para ela, sem pedir permissão, apenas me acomodando na cadeira como se fosse o meu lugar, o que, na verdade, era.

Ela me lançou um olhar de incredulidade misturado com uma faísca de raiva.

— Sério? Você vai simplesmente sentar aí? — Ela cruzou os braços, encarando-me como se estivesse esperando que eu mudasse de ideia e fosse embora.

Dei um gole na cerveja, ignorando a tensão.

— Eu disse que a mesa era minha. Se você vai ficar, não vou me levantar por isso.

Ela bufou, rolando os olhos e jogando as costas na cadeira.

Por um momento, pareceu que ia se levantar e me deixar sozinho, mas, em vez disso, cruzou as pernas e me encarou com um olhar desafiador.

— Você sempre acha que as coisas são assim? Só porque você quer, todo mundo tem que se curvar?

— Não, mas gosto de deixar as coisas claras — disse com um leve sorriso, sem tirar os olhos dela. — E você não parece do tipo que se curva facilmente.

Ela apertou os lábios, tentando esconder um sorriso, mas falhou.

— Não sou, não. Mas não significa que vou ficar aqui só porque você decidiu.

Dei mais um gole na cerveja, deixando o silêncio se alongar. Havia algo diferente nela, algo que me deixou curioso. Não era como as outras pessoas que passavam pelo bar, dispostas a ceder ou a se afastar.

Ela parecia firme, irritada, mas também intrigada.

— Então, o que te trouxe aqui? — perguntei, finalmente quebrando o silêncio, arregalando meus olhos com surpresa de mim mesmo. Eu estava mesmo puxando assunto?

Ela me olhou como se estivesse decidindo se valia a pena responder. Depois de um momento, deu de ombros.

— Só precisava de um tempo para pensar. — A voz dela saiu mais suave dessa vez.

Assenti, entendendo.

— Eu também.

Ela me olhou de lado, os olhos escuros analisando meu rosto.

— Você vem aqui sempre?

— Mais do que deveria. — Dei um meio sorriso, tentando aliviar a tensão.

Ela soltou um suspiro, relaxando um pouco na cadeira.

— Bom, pelo menos não sou a única.

Houve uma pausa, e, pela primeira vez desde que cheguei, senti que a barreira entre nós estava diminuindo. Algo em nossa troca de olhares era mais profundo do que parecia, como se houvesse uma conexão não verbal que ambos estávamos tentando entender.

— Não perguntei seu nome, da última vez — disse eu, tentando tirar da cabeça a cena do esbarrão.

Ela hesitou por um segundo, como se ponderasse se deveria me dizer.

— Ana Carla.

— Robert — respondi, embora soubesse que ela provavelmente já sabia quem eu era.

Ela sorriu, mas não disse nada, apenas virou o rosto, olhando para as mãos em cima da mesa.

Ela virou para mim, os olhos escuros fixos nos meus por um segundo antes de soltar:

— Eu sei quem você é.

Eu apenas sorri, já esperando essa reação.

— É mesmo? — perguntei, levantando uma sobrancelha. — Então, cadê o pedido de autógrafo?

Ela riu, mas não era aquela risada nervosa que eu costumava ouvir das pessoas. Tinha algo de relaxado na forma como ela falava, e aquilo me deixou mais à vontade.

— Não sou desse tipo — ela respondeu, apoiando o queixo nas mãos, os cachos caindo ao redor do rosto. — Autógrafo é meio fora de moda, não acha?

— Pode ser — concordei, tomando mais um gole da minha cerveja.

Por um tempo, ficamos em silêncio, mas não era aquele silêncio estranho. Era quase... tranquilo. Eu a olhei de relance, curioso, e resolvi perguntar:

— O que te trouxe aqui?

Ela soltou um suspiro, parecendo exausta só de pensar no que responder.

— Meu chefe. Ele é um babaca. Resolveu cortar parte do meu salário só porque eu não quis sair com ele. Precisava sair daquele lugar.

Eu franzi o cenho, sentindo uma onda de irritação por ela. Já tinha visto esse tipo de situação antes, e sempre me deixava com raiva.

— E você? — ela perguntou, me encarando com uma expressão curiosa. — O que te traz aqui?

Dei de ombros, tentando manter o tom casual.

— Gosto de vir aqui pra fugir um pouco da realidade.

Ela deu um meio sorriso.

— Imagino que ser famoso deve ser um saco, né?

— Às vezes — respondi, rindo de leve. — Outras vezes, só cansa.

Ela assentiu, como se entendesse, sem aquela curiosidade exagerada que geralmente as pessoas têm. Era só uma pergunta sincera.

— Deve ser difícil encontrar paz — disse ela, olhando de novo para a mesa. — Gente te cercando o tempo todo, querendo alguma coisa.

— É complicado, sim — admiti, relaxando na cadeira.

A conversa continuou fluindo de forma tranquila, e, de algum jeito, estar ali com ela me fazia esquecer um pouco do peso de tudo. Não havia nenhuma grande expectativa entre nós, nenhum interesse maior além do momento.

Era só... uma conversa.

E isso era bom.

Isso era muito bom.

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