POV Ana Carla
Eu vi Claire esmagar o filho nos braços quando nos despedimos no final da tarde de domingo.
- Prometa para mim que vai marcar o médico.- ela insistiu segurando o rosto dele entre as mãos.
- Eu prometo.- Robert disse apenas.
Lizzy e Vicky tinham os olhos marejados no irmão, mas Richard não.
Ele tinha os olhos em mim.
Naquela manhã, enquanto eu preparava o almoço, depois de um café da manhã tenso onde Robert expôs para todos suas verdadeiras intenções, chocando sua mãe e irmãs,Richard veio até mim na cozinha.
Em um primeiro momento eu fiquei desconfortável com seu olhar inquisidor em minhas costas e o desconforto só aumentou quando ele me perguntou:
- Você vai apoiar ele?
Eu me virei, vendo o pai do meu namorado sentado em frente a bancada, com as mãos cruzadas sobre a mesa.
Era a visão de Robert dali alguns anos... se ele tivesse mais tempo.
- Vou dar a ele o que ele precisa.- falei olhando em seus olhos azuis.
Richard assentiu.
- Ele é o meu garoto.- disse encarando as mãos, a voz embargada.- Eu não tenho forças para apoia-lo nisso, porque eu quero que ele lute... Mas eu te peço, Ana, não o desampare...
Sequei minhas mãos no pano de louca e me apoiei sobre a bancada a sua frente.
- Eu não vou.- falei sendo firme, segurando suas mãos nas minhas.
Robert escolheu aquele momento para entrar na cozinha. Ele parou a porta, olhando para mim segurando a mão do seu pai e soltou um suspiro pesado.
- Vamos marcar um final de semana em Londres.- Claire disse me arrancando dos meus pensamentos. Eu pisquei, um pouco desorientada.- O que acha, Ana?
Eu sorri, ou tentei.
- Ah,bom, tenho que ver com o meu chefe.- falei tentando fazer graça.
Robert riu, o clima pesado se dissipando.
- Ah, então já estamos confirmado.
- Tchau, cunhada.- Lizzy me puxou para um abraço.- Obrigado por estar cuidando dele...
- De nada.- Respondi, inquieta.
Elas estavam me tratando como se eu estivesse fazendo algo grandioso, mas eu so estava seguindo meus sentimentos.
Não havia sacrifício para agradecimentos.
Havia apenas minha necessidade de estar perto dele.
- O que você acha de ficar aqui comigo?- perguntei quando chegamos em casa algumas horas mais tarde, assim que dessemos do carro na garagem.
Robert tirou Elena da cadeirinha e ela logo se ajeitou em seus braços.
- Eu queria que você visse uma coisa.- seu meio sorriso apontou em seus lábios e antes que eu respondesse ele saiu entrando na mansão.
- O que?- perguntei subindo a escada atrás dele.
Robert parou em frente a porta de um dos quartos e me olhou.
- Eu não quero tirar a sua privacidade e nem resolver tudo sozinho...- ele hesitou, me sondando.- Eu nem sei se...
- Abre logo a porta, Robert.- falei ficando agoniada.
Ele soltou uma risada anasalada e fez o que eu pedi, me revelando um quarto todo decorado em lilás e rosa,com a torre da Rapunzel pintada na parede, uma barraca no canto com luminárias e alguns brinquedos, uma cama no meio do quarto e até uma TV na parede a frente.
Era o quarto de menina mais lindo que eu já tinha visto.
- Meu Deus...- murmurei.- Você...
- Para os dias que você quiser dormir comigo.- ele me interrompeu.- Assim Elena tem o quartinho dela... E...- Cruzei meus braços, esperando que ele dissesse. Robert puxou o ar, segurando Elena com um braço e passando a outra no cabelo.- Você vai mesmo me fazer dizer?
Mordi meus lábios e segurei o riso.
- Acho que vou.- falei chegando perto dele.
Robert sorriu torto e foi colocar Elena na cama, minha menina se aninhou nos travesseiros fofos e ele levantou as grades laterais para ela não cair, vindo até mim.
Me deixei ser puxada pela cintura e me deixei ser beijada enquanto sua mão segurava minha nuca, seus lábios macios nos meus, sua língua gostosa na minha.
- Você quer morar comigo?- ele perguntou mordendo meus lábios devagar.
Estreitei meus olhos...
- É o melhor que consegue fazer para me convencer?- perguntei, brincando com ele.
Robert sorriu torto, sua mão tocando meu rosto.
- Acho que consigo fazer melhor.- murmurou se inclinando e quase me matando de susto ao me jogar sobre os ombros e saindo do quarto.
- Robert, me põe no chão!- guinchei apavorada, com medo que ele passasse mal por causa do esforço.- Meu Deus, você vai se machucar...
- Relaxa, gata- disse abrindo uma porta e me jogando sobre uma cama, montando sobre mim. Robert tinha um sorriso torto e um olhar brincalhão ao se enfiar entre minhas pernas.- A dias eu sonho em ter você na minha cama...
- É mesmo?- franzi o cenho, ainda me recuperando da sua brincadeira.
Ele tocou seu nariz no meu, sua mão subindo pela minha perna...
- É... Você vai realizar meu sonho?- Robert deixou seu corpo cair sobre o meu, sua ereção me tocando sob a roupa.
Eu ri.
- Pra quem quase morreu em menos de 24 horas você até que está animadinho, ne?
Ele riu comigo, os olhos cravados nos meus.
- Não posso perder tempo.- disse dando um meio sorriso ao me beijar.
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- Saiu daqui para um fim de semana sendo empregada e voltou como dona da mansão? Visionária hein, amiga!
Rolei os olhos para a brincadeira de Rebeca e dei espaço para ela entrar pela porta.
- Se as pessoas te escutam vão achar que eu sou uma golpista.- falei indo até a cozinha com ela atrás de mim.
- Ah, elas já pensam isso, amiga.
- O que?
Rebeca se sentou a mesa,servindo-se do suco de laranja e do bolo que preparei para o nosso café, antes de me responder.
- Rebeca!
- Calma! É que os fãs do bonitão não são fáceis, sabe... lógico que algumas fotos da festa da Elena vazaram, assim como fotos da festa que vocês foram, assim como algum rumor envolvendo um hospital e uma viagem em família.- conforme Rebeca ia falando meu coração e respiração iam acelerando.- Então... Todo mundo quer saber quem é você, descobriram que você era governanta e então... fizeram uma fanfic da sua vida.
Eu bufei.
- Mas era só o que me faltava mesmo.- falei.
Uma fanfic, nossa, realmente, pensei debochada.
Robert não precisava desse tipo de estresse naquele momento e eu sabia muito bem como as pessoas lidavam com notícias de famosos, era um inferno.
Será que aquele paparazzi no mercado estava de olho em mim? Não... Não podia ser...
- Relaxa, amiga,pra ter chamado você para morar com ele com certeza Robert pretende fazer algum pronunciamento ou alguma aparição pública.
- Como assim?
Rebeca deu de ombros.
- É... Famosos fazem assim quando começam um relacionamento.
E ela estava certa, mas eu sabia que Robert era diferente.
Então não me preocupei com isso, até o dia em que Elena chegou em casa da escola com um convite para ele.
- O que é isso?- perguntou pegando o papel que ela entregava.
- É um café de papais.- minha menina disse.
Coloquei seu pãozinho com manteiga a sua frente e parei atrás de Robert olhando o papel em sua mão.
Era realmente um convite para os pais, para um café especial.
- Mamãe você não pode, só o papai.- ela disse mordendo o pão, olhando para Robert esperançosa.- Você vai, homem glande?
Eu sorri... Amava tanto ouvir ela chamando ele assim. Mais do que gostava de ouvir ela chamando de papai, para ser sincera.
Era um apelido carinhoso tão... íntimo...
Robert colocou o convite ao lado da xícara.
- Claro que vou, mini Ana.
E ele foi.
Alguns dias mais tarde Robert chegou em casa na hora do almoço, tomou um banho rápido enquanto eu comunicava Vítor sobre a sua saida.
- Ajeita aqui para mim?- ele perguntou pedindo para eu fazer o nó em sua gravata.- Como eu estou? Pareço um pai respeitável? Hey... está chorando? Estou tão feio assim?
Eu ri em meio às lágrimas que saiam dos meus olhos.
- Não, você está lindo.- falei me inclinando para lhe dar um beijo.
- Então por que as lágrimas?- ele perguntou me puxando pela cintura.
Eu observei seu rosto, as olheiras embaixo dos seus olhos, as maçãs do rosto um pouco magras... ele vinha tendo enjoos frequentes, sempre dizendo que estava tudo bem... mas eu sabia...
E agora ele estava ali, pronto para realizar um desejo da minha filha.
Da minha Elena que, agora, já era tão dele quanto minha.
Eu me perguntava se ele sabia o significado de todas as suas ações para minha pequena.
- Obrigado.- Eu disse, soluçando.
Robert dei um meio sorriso, tocando meu rosto com carinho.
- Pelo o que exatamente?- quis saber.
Eu encolhi meus ombros.
- Por ... tanto...- o que eu diria?
Ele sabia tudo o que estava fazendo por nós.
Robert me olhou com intensidade, subindo suas mãos por minhas costas, sua boca na minha, num beijo envolvente, nossas línguas dançando juntas.
Eu toquei seu rosto, na barba que agora ele usava um pouco grande, toquei o cabelo em sua nuca.
Depositei naquele beijo tudo o que eu sentia e toda minha gratidão.
- Você tem feito muito mais por mim, Ana.- ele disse, a testa na minha, de olhos fechados.- Você está me dando algo que nunca imaginei pedir em minhas orações... Eu farei tudo o que estiver ao meu alcance para fazer você e a minha filha feliz, porque é isso que Elena é para mim. Ela é minha filha... E você... Ah.... minha linda... Você é o meu amor...
- Eu te amo.- Eu disse sem conseguir suportar aquilo que eu sentia.
Eu estava a dias remoendo aquelas palavras dentro de mim, me segurando para não dizer pensando ser cedo demais, mas nosso tempo era curto, eu sabia disso.
Robert abriu os olhos e sorriu para mim, me pegando pela cintura e me girando em seus braços.
- Me ama?- ele perguntou com um sorriso bobo.- Pois eu te amo muito mais, Ana Carla... Eu te amo muito mais...
Eu ri, beijando seus lábios e logo depois deixando ele ou chegaria atrasado no café de papais, como dizia Elena.
Algumas horas mais tarde, enquanto eu preparava o jantar, recebi uma mensagem de Rebeca.
"Tão boninitinhos juntos"
Logo abaixo tinha uma foto.
Eu sorri, boba para a imagem.
Era uma foto tirada por um paparazzi de Robert com Elena no colo entrando no carro.
Poderia ser uma foto comum, mas só eu sabia o peso que ela tinha.
Principalmente pela legenda no site:
Robert Pattinson e sua filha, Elena, saindo da escola dela.
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umalufanazinha
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