23. - Mamae, eu semple quis uma familia assim...
POV Ana Carla
Se Rebeca me visse naquele momento ela com certeza ia rir muito de mim.
Eu estava suando...
Meu coração batia rápido enquanto Robert me apresentava ao seu pai, Richard, um homem que me deu uma prévia de como Robert ficaria futuramente, Elizabeth e Victoria, Lizzy e Vicky, irmãs dele e Claire,sua mãe que Eu já tinha conhecido, mas ali, na sua casa, ela parecia muito mais... intimidadora.
Ou então era minha mente me pregando uma peça.
E Robert sabia como eu estava nervosa pois meus olhos não saiam de Elena sentada no tapete da sala mostrando sua boneca para Vicky e Lizzy que pareciam encantadas com ela.
- Então, Ana, como vocês se conheceram?- a pergunta de Richard me arrancou dos meus pensamentos.
Trazendo todos olhares da sala para mim.
- Ah... Nós nos esbarramos no bar perto do meu antigo trabalho.- falei olhando para Robert, ele me deu um sorriso cúmplice.
- E depois disso?- Lizzy perguntou.
Dei de ombros.
- Depois disso ele me ofereceu um emprego na casa dele.- eu disse um pouco apreensiva.
Esperando uma reação adversa, mas o que recebi foi uma risada alta de Richard e Claire me olhando com... carinho.
- Seguiu os passos do papai, irmão?- Vicky perguntou puxando as pernas para cima ao sentar no sofá ao lado da mãe.
Eu franzi o cenho, vendo a conversa interna deles, até que Claire teve a bondade de me explicar.
- Eu era secretaria do Richard.- disse para minha surpresa.
- Explica isso direito.- Lizzy guinchou ao lado de Elena.
Claire revirou os olhos, mas deu um sorriso.
Richard respondeu:
- Eu dei o emprego para ela porque queria conquista-la.
Meus olhos voaram para Robert.
Ele soltou uma risada convencida, jogando a cabeça para trás.
- Eu tinha que dar um jeito de ter você perto de mim todo dia.- disse balançando as sobrancelhas.
Meu queixo caiu.
Cara de pau.
- Você disse que queria me ajudar!- cruzei meus braços fingindo estar brava.
Tentei disfarçar o quanto estava surpresa com essa nova informação.
Então, Richard e Claire tinham um passado parecido com o meu e o de Robert?
A sala explodiu em risadas, mas a tensão ainda dançava em mim.
Eu respirei fundo, tentando recuperar um pouco de compostura, e olhei para Robert, que parecia se divertir com meu desconforto.
— Ah, então você estava me conquistando o tempo todo? — perguntei, levantando uma sobrancelha.
Ele sorriu, colocando a mão no peito, como se estivesse genuinamente ofendido.
— Não foi só por isso! Eu realmente queria te ajudar.
— Claro, claro, Robert, muito generoso da sua parte, né? — Claire respondeu, trocando um olhar cúmplice com o filho. — Exatamente como o pai dele quando me contratou, Ana.
Richard riu, balançando a cabeça.
— Mas era verdade! Só que, bom... eu sabia que, com ela perto de mim todos os dias, não ia demorar para ela se apaixonar.
Elena, que até então estava entretida com Vicky e Lizzy, olhou para mim e perguntou:
— Mamãe, você se apaixonou pelo papai porque ele é bonito?
Robert soltou uma gargalhada alta e se inclinou, colocando um braço ao redor de mim.
Eu fiquei apreensiva de novo, pois quando Elena chamou ele de "papai" Lizzy e Vicky se entreolharam.
— Essa é uma ótima pergunta, Elena. E então, Ana? Foi a minha beleza que te conquistou?
Revirei os olhos, mas não resisti ao sorriso.
— Bom, beleza ajuda, né? Mas acho que foi mais o seu jeitinho convencido que me pegou de surpresa.- tentei fazer graça, aliviando minha tensão.
— Isso é uma confirmação, Ana? — Vicky perguntou, rindo enquanto lançava um olhar de apoio ao irmão.
— Não encoraje ele, Vicky! — brinquei. — Ele já tem o ego inflado demais.
Robert fez um ar dramático, levando uma mão ao peito.
— Eu sou um cara humilde, Ana. Só ofereci a você a chance de passar mais tempo comigo. Isso é generosidade!
Lizzy deu uma risada e acenou para Claire.
— Está vendo, mãe? Não tem jeito. Os homens dessa família... todos iguais.
Claire olhou para mim com um sorriso caloroso, e por um instante, senti que ela realmente me acolhia.
— Querida, eles são assim mesmo. Mas, no fundo, são ótimos homens, teimosos e leais. Você fez uma ótima escolha.
Richard se inclinou, piscando para mim.
— E eu diria que o Robert também fez uma excelente escolha.
De repente, me senti muito mais à vontade, rindo junto com eles, sentindo que talvez eu realmente pertencesse a esse momento, a essa família.
E quando Robert me puxou para mais perto, com aquele sorriso que eu tanto gostava, soube que, por mais inusitado que tudo fosse, eu não trocaria essa confusão por nada.
- Colocamos vocês no quarto conjugado.- disse Claire logo depois, me levando para os corredores.- Assim Elena não fica sozinha.
O quarto era enorme e tinha uma porta que levava a outro quarto, este segundo tinha alguns brinquedos.
- Eu não sabia do que ela gostava, então comprei algumas coisas.- Claire se justificou quando busquei seus olhos.
- Claire... Não precisava se preocupar...- Tentei dizer, mas ela me interrompeu.
- Ana, eu acho que te devo desculpas.- ela disse me dando um sorriso envergonhado. Eu sabia exatamente do que ela falava.- Eu fiz você se sentir desconfortável, mas quero que saiba que... Eu não via meu filho sorrir assim a muito tempo.
Eu não soube o que dizer,mas sabia do que ela estava falando.
Robert estava mesmo parecendo mais receptivo a tudo...
Mas pensar que isso era por minha causa já era um pouco demais para mim.
Claire continuou:
- Estou feliz em conhecer você... Quero que vocês se sintam muito bem vindas em nossa casa e nossa família.
Eu estava pronta para responder, mas Lizzy entrou no quarto e sua expressão apavorada me preocupou.
- Mãe, a Rosa cortou a mão.- ela disse, olhei para Claire, eu não sabia quem era Rosa. Lizzy continuou:- Rob levou ela as presas para o hospital.
Claire colocou a mão no peito e arfou.
- Meu Deus do céu! Foi feio? Coitadinha da nossa Rosa...
- Um pouco, mãe. Pelo o que conseguir ver foi bem fundo.— Lizzy passou a mão no cabelo louro e eu reconheci o gesto. Parecia ser uma mania de familia — E o problema é que o jantar está pela metade, e, bom, não temos ninguém que possa terminar.
Claire passou a mão pelo rosto, claramente incerta do que fazer.
Eu senti um impulso e me inclinei para frente.
— Se não se importarem, posso terminar o jantar para vocês — sugeri.
Claire me olhou, surpresa, e balançou a cabeça de leve, como se não quisesse me impor essa responsabilidade.
— Ah, Ana, não precisa. Você é nossa convidada, e estamos muito felizes de tê-la aqui. Não queremos colocá-la para trabalhar.
— Eu entendo, Claire, mas sinceramente, ficarei muito feliz em ajudar. Adoro cozinhar, e, além disso, depois de ouvir tantas histórias sobre a Rosa, quero honrar a cozinha dela. Vocês me acolheram de uma forma tão especial, e é o mínimo que posso fazer para retribuir — disse, sorrindo, tentando transmitir minha sinceridade.
Lizzy olhou para Claire e, depois de um momento de hesitação, Claire finalmente suspirou e assentiu com um sorriso agradecido.
— Se realmente não se importar, Ana, seria um gesto maravilhoso. Acho que todos apreciaríamos muito — ela disse, seus olhos refletindo gratidão.
— Perfeito, então — respondi, levantando-me com entusiasmo. — Vou fazer o melhor para que o jantar esteja à altura.
Claire e Lizzy sorriram, e eu me preparei para ir para a cozinha.
Realmente o jantar estava pela metade, Rosa tinha iniciado alguns pratos típicos da Inglaterra.
Eu reconheci o Sunday Roast Pelos ingredientes separados na bancada.
Carne de cordeiro, batatas, legumes e o molho gravy já estava pronto em um recipiente envolto com papel filme.
— Mamãe você que ajuda?— Elena veio correndo até mim com Vicky atrás dela.
Ela sempre fazia isso, sempre perguntava se eu precisava de ajuda quando me via na cozinha.
Me abaixo a sua altura e lhe dei um beijo no nariz.
— Me ajude se comportando como uma princesa.- pedi vendo seu sorriso aberto.- Robert saiu e eu estarei aqui, ok?
- Eu cuido dela, Ana.- Vicky disse tocando os cachinhos de Elena, minha filha olhou para cima e sorriu. Já se sentia parte da família. Isso deixou meu coração quente...
- Obrigado, Vicky, mas não de mole para ela, ok?
- Pode deixar.- disse tentando parecer firme, mas eu sabia muito bem que se Elena quisesse pintar o gramado de azul, Vicky deixaria.
Minha filha tinha esse dom.
De fazer todos caírem aos seus pés e fazerem suas vontades.
As duas saíram dali e me deixaram começar o que precisava.
Estava tão absorta pegando os temperos da prateleira enquanto a carne marinava que só percebi a presença de Robert quando ele me abraçou por trás me dando um susto.
- Oi, amor.- ele sussurrou em meu ouvido, fazendo meu coração disparar.
Amor...
Me virei, suas mãos descendo para minha cintura e minhas mãos indo para o seu cabelo.
Robert mordeu os lábios, seu sorriso torto se espalhando e antes que eu dissesse algo sua boca já estava na minha.
Nossos lábios se encontraram em um primeiro toque suave, como se estivéssemos explorando um novo território.
Mas rapidamente, essa suavidade se transformou em algo mais profundo, como se todas as emoções que guardávamos finalmente encontrassem um caminho para se manifestar.
Senti seus dedos firmes na minha cintura, enquanto eu envolvia meus braços ao redor do seu pescoço.
O beijo se intensificou, e a mistura de carinho e desejo me deixou tonta.
Era como se o mundo ao nosso redor tivesse desaparecido e só existíssemos nós dois, perdidos naquela conexão.
A cada movimento, uma nova onda de emoção me atravessava, e eu me deixei levar.
O calor da sua respiração e a maciez dos seus lábios criavam uma sinfonia de sensações que me envolviam completamente.
Quando sua língua encontrou a minha, a intensidade cresceu ainda mais, e eu mal podia acreditar no que estava acontecendo.
Quando finalmente nos afastamos, estava ofegante e um pouco atordoada.
Olhei em seus olhos, e ali vi um misto de desejo e carinho.
Aquele momento não era apenas um beijo, mas um vislumbre do que poderíamos construir juntos, uma conexão que parecia apenas começar a desabrochar.
— Uau — murmurei, ainda absorvendo a profundidade do que acabara de acontecer.
Robert sorriu, um sorriso que dizia tudo.
— Isso foi... incrível.
— Sim, foi — concordei, ainda sentindo a eletricidade que pairava entre nós.— Como está a Rosa?
— Foi um corte feio, mas ela vai ficar bem — Robert disse, seu tom mais sério agora. — A deixei na casa do filho. Eles vão cuidar dela.
Fiquei aliviada ao ouvir isso, mas ainda sentia a preocupação como um leve pano de fundo.
— Isso é bom. Ela é mais do que apenas uma cozinheira para vocês , né?
Ele acenou com a cabeça, antes de olhar ao redor da cozinha.
— E o que você está preparando aqui?
— Estou fazendo Sunday Roast — respondi, animada. Era uma receita que adorava e que sempre lembrava da minha infância.
— Posso ajudar? — ele perguntou, já se movendo para a bancada.
— Você pode começar cortando as batatas — sugeri, passando-lhe uma faca.
Ele começou a trabalhar, mas notei que ele estava piscando e franzindo a testa.
— Está tudo bem? — me aproximei, com uma expressão preocupada.
Ele engoliu em seco, e um meio sorriso se formou em seus lábios, mas não parecia totalmente relaxado.
— Sim, só um pouco de dor de cabeça.
— Você tomou os remédios hoje? — perguntei, arqueando a sobrancelha.
Ele hesitou por um momento e, então, um olhar de realização cruzou seu rosto.
— Merda, eu esqueci.
— Robert! — chamei, mas com um toque de preocupação.
— Eu sei, eu sei — ele respondeu, passando a mão pelo cabelo de forma descontraída. — Vou me lembrar.
— Bom, vamos terminar o jantar e depois você vai tomar um banho e relaxar — sugeri, olhando em seus olhos. — Eu prometo que vou cuidar de você e não deixar você esquecer mais os remédios.
Ele assentiu, mas não antes de me puxar para perto novamente, como se quisesse garantir que eu não fosse embora.
Nossos olhares se encontraram, e eu não pude deixar de me perder naquele instante.
O beijo tinha sido intenso, mas agora havia uma mistura de carinho e ternura.
Eu sorri para ele, e, em resposta, ele se inclinou, me puxando para mais perto.
Robert me beijou novamente, desta vez de forma mais suave, mas ainda assim cheia de desejo.
Seus lábios se moveram lentamente sobre os meus, e eu me perdi na sensação, cada toque fazendo meu coração disparar mais rápido.
Quando nos afastamos, ele sorriu de novo, e eu me vi sorrindo também, o calor e a felicidade que ele trazia se espalhando por todo o meu ser.
— Você é incrível, Ana. Obrigado por se importar tanto comigo.
— O prazer é meu — respondi, brincando. Mas logo fiquei seria ao ver ele apertar os olhos de novo.— Você não está bem, não é?
Robert pigarriou e se afastou um pouco, indo até a geladeira e pegando uma garrafa de água de dentro.
- Vou ficar legal.- disse sendo teimoso.- Só vou tomar meus remédios e já volto para te ajudar.
Fiquei observando ele sair da cozinha um pouco preocupada.
Enquanto servia os pratos, a conversa fluiu naturalmente, e eu me sentia surpreendentemente à vontade.
Claire e Richard provaram a comida e logo abriram largos sorrisos de aprovação.
— Ana, está simplesmente delicioso — elogiou Claire, com um brilho no olhar. — De verdade, você tem um talento incrível na cozinha.
— Concordo. Faz muito tempo que não provo um prato assim — acrescentou Richard, um pouco sério, mas com uma sinceridade que transparecia.
Um pouco envergonhada com os elogios, sorri, respondendo com um agradecimento tímido.
Ter o apoio deles, mesmo que de forma simples, significava muito para mim.
Depois do jantar, Claire sugeriu que Robert tocasse algo no piano.
Ele tentou recusar, desconfortável, mas bastou Elena pedir, com aquele olhar adorável, e ele cedeu, sorrindo para a pequena.
Assim que ele começou a caminhar em direção ao piano, os olhos de todos o acompanharam.
Eu me sentei no sofá, cruzando as pernas e observando enquanto ele se acomodava ao instrumento.
Quando ele olhou para mim e deu aquele sorriso torto.
Robert começou a tocar os primeiros acordes de Lose Control, e a melodia me trouxe de volta à noite no bar, à lembrança de nós dois dançando juntos.
Ele tocava com intensidade, cada nota ressoando na sala e ecoando dentro de mim.
Quando ele começou a cantar, foi como se o tempo parasse.
Sua voz era grave e cheia de emoção, e a maneira como seus olhos se encontravam com os meus fazia meu coração bater descompassado.
A letra da música, o jeito como ele cantava, tudo parecia carregado de significados que só nós dois poderíamos entender.
Sentia cada palavra de uma forma que me aquecia por dentro, e percebi que o que estava crescendo entre nós não era mais apenas um sentimento passageiro.
Era algo mais profundo, algo que eu não sabia como explicar.
Perdi a noção do tempo, completamente absorvida por ele, pelos acordes que se misturavam à sua voz.
Meus lábios esboçavam um sorriso, e eu sabia que já não era possível disfarçar o que estava sentindo.
Ao terminar, Robert continuou a me olhar, com aquele brilho no olhar que eu começava a reconhecer.
Aplaudimos todos, e ele sorriu, um sorriso modesto, como se não tivesse ideia do que aquele momento significava para mim.
O que sentia por ele era inegável.
E eu me sentia uma boba.
Estávamos juntos a tão pouco tempo e eu já estava sentindo que não conseguiria respeitar sem ele.
Levei Elena para o quarto, e ela já estava com os olhos meio fechados, exausta após um dia cheio de novidades e momentos especiais.
Depois de dar um banho rápido nela, a enrolei na toalha e a ajudei a vestir o pijama, enquanto ela bocejava e se aninhava em meus braços.
— Mamãe, eu... eu tô muito feliz — disse ela, a voz suave e um pouco arrastada pelo sono.
— Que bom, meu amor. Hoje foi um dia muito legal, né? — respondi, enquanto a colocava na cama e puxava o cobertor sobre ela.
Elena assentiu, virando-se de lado e agarrando a boneca que trouxera consigo.
— Agora... agora essa vai ser nossa família? — ela perguntou, a voz quase um sussurro, mas carregada de esperança e de uma doçura que me fez o coração quase transbordar.
Eu sorri, me inclinando para dar um beijo em sua testa.
— Sim, meu amor. Agora essa é a nossa família — falei, sentindo uma onda de emoção ao dizer essas palavras.
Ela deu um suspiro longo, quase um suspiro de alívio, e com os olhos já se fechando, sussurrou:
— Mamãe, semple quis ter uma família assim... Eu, você... e o papai.
Senti os olhos marejarem, mas consegui manter o sorriso.
Passei a mão delicadamente pelo seu cabelo, vendo-a se aconchegar no travesseiro, completamente entregue ao sono.
Quando me levantei e fiquei ao lado da cama, olhei para ela por mais alguns segundos, deixando a emoção daquele momento se assentar.
Me virei para sair e dei de cara com Robert encostado na porta, me olhando um pouco emocionado.
Cheguei perto dele e toquei seu rosto. Ele pegou minha mão e levou em seus lábios, me puxando para mais perto logo depois.
- Eu também sempre quis uma família assim.- disse, as duas lágrimas que ele segurava caindo por seu rosto.
- É mesmo ?- perguntei tocando meu nariz no dele,suas mãos indo para minha cintura.
Robert assentiu.
- Você está me dando segurança para deixar tudo o que eu sou vir a tona outra vez.- ele disse e a forma como me olhou fez eu me sentir nua na frente dele.- E eu sei que estamos, de fato, juntos a poucos dias, mas eu sinto que você criou raiz em mim desde o dia que esbarrou em mim no bar...
Era intenso.
O azul cristalino dos seus olhos era como um mar,com a água acinzentada mas pura...
Três palavras rolaram pela minha boca e quase saíram, mas eu me segurei.
Eu não podia falar...
- Eu me sinto perdida desde aquele dia... é como se eu já não me pertencesse...
Robert diminuiu a distância entre nós, beijando minha boca, me puxando para dentro do nosso quarto, encostando a porta do quarto de Elena ao passar.
Suas Mãos foram para minhas coxas e ele me puxou para cima sem dificuldade nenhuma.
- Eu preciso tomar um banho...- murmurei em seus lábios.- Estou cheirando a comida.
Robert me prensou contra a parede, lambendo meu pescoço, me deixando mole em seus braços.
- Amor...- gemi, o calor entre minhas pernas aumentando.- Rob...
Seus olhos se voltaram para mim e puxando o ar com força ele me soltou, mantendo seus braços esticados e as mãos apoiadas na parede.
Dei- lhe um selinho rápido, indo até minha mala, tirando uma... camisola Rose e indo para o banheiro.
Não me surpreendi quando ouvi a porta do box se abrir e senti as mãos grandes dele pegando minha cintura por trás.
Toda sua glória na divisão de minha bunda... Meu Deus...
- Gostosa.- Robert ronronou em meu ouvido, puxando meu cabelo pro lado, as mãos subindo por minha barriga, espalmando em meus seios.- Linda...
Foi impossível não gemer quando ele apertou meus mamilos entre seus dedos e esmagou meus seios entre suas mãos.
Virei em seus braços, colocando minha boca na sua, minhas mãos passando por suas costas largas, sentindo seus músculos rígidos...
Devorei seus lábios, puxando o cabelo de sua nuca, deixei que me erguesse do chão e colasse minhas costas no azuleijo.
Sua língua macia contra minha, desbravando cada pedacinho da minha boca,suas mãos possessivas apertando meu quadril, meus seios esmagados contra seu peito, seu pau deslizando para dentro de mim.
- Hummm...- Robert gemeu em meus lábios, me expremendo mais.
Tirei meus labios dos seus, arrastando beijos por seu queixo, subindo até seu ouvido, prendendo o lóbulo de sua orelha entre meus dentes,sugando logo em seguida.
- Ana...
- Sim...- sussurrei, seu pau pulsando dentro de mim.
- Você tá tão molhada... isso é tão bom... Eu não vou... Porra...
Robert aumentou os movimentos, o barulho dos nossos corpos ecoando pelo banheiro, minhas costas deslizando pelo azulejo, seu pau tocando um ponto mágico dentro de mim, me arrancando gemidos íntimos.
Lembrei de onde estava, de que minha filha dormia no quarto ao lado e que a mãe dele no outro lado do corredor.
Escondi meu rosto na curva do seu pescoço, tentando abafar tudo o que eu estava sentindo, mas Robert não se importou muito com o barulho.
Gemendo alto e gostoso para mim, em meu ouvido, me alucinando enquanto seu pau me viciava naquele vai e vem.
- Amor... Eu...
- Vem...- sussurrei chupando sua orelha, minha boceta se contraindo, aquela sensação de desprendimento começando a se libertar.
Era como uma onda grande, me inundava... me arrastava...
Fazia eu me sentir completa.
Ele fazia eu me sentir completa...
O peso leve do braço de Robert ao redor de mim foi o que me acordou naquela manhã.
Pisquei algumas vezes, absorvendo o ambiente ao nosso redor, e sorri levemente.
Tinha sido uma noite tão especial.
Mas algo não parecia certo.
O braço dele parecia mais leve do que o normal, e a respiração dele estava estranhamente calma.
Então, uma sensação de inquietação começou a crescer em mim.
— Robert? — chamei, me virando para encará-lo.
Ele estava tão quieto, quase pálido demais, até mesmo para alguém dormindo.
Toquei seu rosto, tentando encontrar algum indício de resposta.
Nada.
— Robert, por favor, acorda — falei, agora sacudindo seu braço com um pouco mais de força.
O pânico começou a se instalar, enquanto ele permanecia ali, imóvel, o braço repousando do mesmo jeito.
Apertei o peito, tentando acalmar a respiração acelerada.
Levantei-me da cama com cuidado, na esperança de que ele acordasse sozinho, talvez apenas sonhando profundamente.
Troquei de roupa rapidamente, mas, ao voltar ao quarto, vi que ele ainda estava na mesma posição, exatamente como eu o deixei.
O medo tomou conta de mim.
Saí correndo pelo corredor e gritei:
— Claire! Richard!
Logo, passos apressados vieram da direção da escada, e ambos entraram no quarto com o olhar preocupado.
Claire olhou para o filho, depois para mim, e imediatamente entendeu que algo estava errado.
— Ana, o que aconteceu? — ela perguntou, a voz carregada de tensão.
— Ele… ele não acorda, Claire. Por favor, chamem uma ambulância! — Falei, tentando manter a calma, mas sentindo o medo em cada palavra.
Richard se aproximou, abaixando-se ao lado de Robert, sacudindo-o suavemente.
— Filho? Acorda, Robert! — Ele olhou para mim com um misto de preocupação e urgência. — Ana, ele mencionou alguma coisa ontem?
— Ele estava com dor de cabeça — respondi, tentando reprimir o pânico. — Ele esqueceu de tomar os remédios no horário, tomou só a noite....
Claire franziu o cenho, confusa.
— Remédios? Que remédios, Ana?
A pergunta dela me atingiu, e percebi que talvez eles não soubessem do que Robert estava enfrentando.
Merda.
— Ele... ele não está bem. Por favor, liguem para a ambulância agora.
Claire pegou o telefone, as mãos tremendo enquanto discava o número.
Richard ainda estava ao lado de Robert, olhando para ele com uma expressão de desespero.
O ar estava tenso e pesado, o silêncio quebrado apenas pela respiração acelerada de todos nós.
Vicky apareceu toda descabelada, olhando assustada para o irmão, Lizzy apareceu atrás dela a mesma expressão confusa em seu rosto.
Quando Elena resmungou no quarto,Vicky disse que ficaria com ela.
Eu lhe agradeci.
Enquanto esperávamos, segurei a mão de Robert, desejando com todo o coração que ele acordasse.
— Vai ficar tudo bem, Robert — murmurei, embora a ansiedade em minha voz fosse evidente.
Eu precisava acreditar que tudo ficaria bem, mas, ao olhar para ele ali, pálido e imóvel, senti uma pontada de medo que nunca havia experimentado antes.
Busquei em minha mente alguma parte de nossa conversa sobre sua doença em que ele tivesse dito que estava bem... ou mal... mas não conseguia me lembrar.
Ele só disse que tomava os remédios de manhã e que tudo ficaria bem...
Ver os paramédicos colocarem ele totalmente apagado na ambulância me deixou desnorteada.
Fui com ele enquanto seus pais nos seguiam de carro.
Segurei sua mão, mas seus dedos não apertaram os meus.
Ele parecia um corpo vazio.
O monitor ao meu lado começou a apitar freneticamente e eu olhei apavorada para Robert quando o paramédico gritou para o motorista.
- Liga a sirene! Ele tá parando.
Fui empurrada de onde estava para o canto do banco enquanto os paramédicos iam para cima dele e a sirene começava a berrar, o motorista acelerou e eu só consegui pensar em Claire no carro atrás sem saber o que estava acontecendo.
A camisa que ele usava foi rasgada e um soluço escapou por meus lábios quando eu ouvi.
- Carrega em 200!
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umalufanazinha
AneDagloria
Gla_mours0101
BellaMikaelson17
Biiafss2708
lara2007santos
anahoanny
ElisaMesquita0
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