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20. Elena Faz 4

POV Ana Carla

Rebeca me olhou com aquele sorriso maroto enquanto dobrava mais um saquinho de doces sentada no chão da minha sala.

Eu sabia que ela estava esperando que eu falasse mais, mas hesitei, pensando no quanto tudo aquilo me deixava um pouco desconfortável.

Olhei para Elena, que estava concentrada, brincando com sua boneca da Rapunzel dentro do castelo em tamanho real que Robert havia dado para ela.

Aquela cena me fez sorrir.

— Então... ele vai bancar a festa toda? — Rebeca perguntou casualmente, mas eu sabia que havia uma dose de curiosidade a mais ali.

Suspirei, abaixando os olhos para a caixa de doces que empilhávamos.

— Não pense que eu estou confortável com isso. — confessei, dando um sorriso nervoso. — É estranho, sabe? Tudo isso acontecendo tão rápido.

Rebeca riu, balançando a cabeça.

— Por que não, amiga? Isso é maravilhoso! Só prova que ele gosta muito de vocês.

— Eu sei, mas... — Dei de ombros, ainda sentindo aquele nó familiar no estômago. — É que eu não estou acostumada com esse tipo de coisa. Parece que estou perdendo o controle de algo, entende?

Ela revirou os olhos de forma dramática.

— Para com essa bobagem! Ele está demonstrando que está disposto a estar presente e te ajudar. E sinceramente, com a grana que ele tem, uma festinha assim é o mínimo. — Ela me olhou com mais intensidade. — Agora, falando sério... vocês transaram na noite da festa?

Senti o rosto esquentar com a pergunta direta de Rebeca, mas a empolgação dela me fez rir.

— Não! — respondi, talvez um pouco alto demais. — Mas... a gente se beijou. E foi... — Tentei encontrar as palavras. — Ah, foi incrível, Rebeca. Foi um daqueles beijos que te fazem explodir por dentro, sabe?

Ela me olhou com um brilho no olhar, já pensando em mais perguntas.

— Hum, explodir de desejo? Isso sim é interessante... E o que você vai fazer agora?

Eu ri, ainda envergonhada com a conversa.

— Vou deixar as coisas acontecerem no tempo certo. Não estou correndo atrás de nada... Mas também não posso negar que existe algo. E se Elena está feliz, isso me faz querer dar uma chance pra nós.

Rebeca me deu um tapinha no braço, com um sorriso carinhoso.

— Você merece ser feliz,amiga... e gozar também...

- Rebeca!

- Boa tarde.

Meu estômago despencou ao me virar e ver Robert parado na porta. Pela sua cara eu tinha certeza de que ele tinha escutado o comentário da minha amiga.

Meu rosto pareceu pegar fogo.

- Oi, Homem glande!- Elena saiu correndo em direção a Robert que a pegou no colo assim que ela estendeu os braços.- Obligado pela plesente!

Robert amoleceu, sorrindo aberto para ela.

E eu amoleci junto vendo os dois.

- Você gostou, mini Ana?- ele perguntou ajeitando ela em seu colo.

- Eu amei, papai.

No mesmo segundo em que chamou Robert de papai, Elena colocou as mãozinhas na boca e me olhou.

- Filha...- murmurei sentindo o olhar de Rebeca em nós.

- Desculpa, homem glande.- ela pediu ficando cabisbaixa.- Mamãe me disse que você não é meu papai...

Robert me lançou um olhar diferente e beijou a testa dela.

- Está tudo bem, meu anjo.- ele disse tocando seu rosto com carinho.- Se você quer que eu seja seu papai, eu vou ser.

Elena arregalou os olhos.

- Jula?- perguntou muito animada.

Robert sorriu.

- Eu juro.

Talvez o sorriso que nasceu nos lábios de minha filha foi o maior e mais brilhante de todos.

Ela passou os bracinhos em volta de Robert e apertou o máximo que pode.

- Eu tenho um papai vampilo!- ela gritou.

Eu apertei os olhos, ouvindo a risada se Rebeca ao meu lado.

- Você tem.- Robert concordou me olhando de novo.

- Agola meus amiguinhos não podem lir de mim.- Elena continuou,afrouxando o abraço.

O clima divertido se perdeu com seu comentário.

- Seus amigos estão rindo de você?- perguntei chegando perto dela e de Robert.

- Sim...

- Por que?- Robert perguntou antes de mim.

Elena encolheu os ombrinhos.

- Polque eu não tinha um papai.- disse fazendo um beicinho.

Atrás de mim, Rebeca puxou o ar com força.

- E tem quem diga que criança é tudo de bom...- minha murmurou para si mesma.

Eu estendi meus braços para Elena e ela se jogou para o meu colo. Robert apagou suas costas olhando diretamente para mim.

- Filha... A mamãe sempre te explicou isso...

- Eu sei, mamãe... Mas agola eu tenho o homem glande como papai e....- ela parou de falar e olhou de mim para Robert escancarando a boca.- VOCÊS TÃO CASADO?

Meu Deus.

- Não...- apressei em dizer.

Robert me olhou como se tivesse com algo preso na garganta.

- Estamos namorando.- ele disse apressado.

Minha vez de olhar para ele um pouco surpresa.

- Namolando... Como é isso?- Elena franziu a testa.

Nos dois pensamos no que dizer, mas foi Rebeca quem respondeu:

- Namorar é treinar pra casar.- ela disse chamando nossa atenção.

Aí meu Deus...

Bom, eu não encontraria uma definição melhor.

Os olhinhos verdes de Elena brilharam.

- Mas então vocês vão casar!- exclamou como se aquilo fosse o que importava.- Eu vou levar os anéis.

Pronto!

Cocei minha cabeça, um pouco agoniada.

Mas Robert estava achando era graça.

- Vai levar as alianças com esse vestido.- ele disse estendendo uma sacola que eu nem tinha visto que segurava.

Elena pulou do seu colo e pegou a sacola em questão de segundos, puxando um vestido da Rapunzel de dentro.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!- Ela gritou pulando no lugar com o vestido na mão.

- Meu Deus...- fiz uma careta para o grito dela.

- Tem um pra você.- Robert disse colocando outra sacola na minha frente.

Acompanhei seu sorriso torto se espalhar por seus lábios enquanto eu pegava a sacola, minhas mãos tremendo um pouco.

Em meio segundo Rebeca estava do meu lado.

- Mais um Dior para a coleção?- ela perguntou.

- Não.- Robert disse colocando as mãos nos bolsos enquanto eu tirava o vestido lilás da bolsa.- Esse é Channel.

- Eu não posso aceitar...- falei guardando o vestido, mas a peça sumiu das minhas mãos.

- Pode sim.- Rebeca guinchou.- É lindo, ela amou....

Olhei feio para ela, mas Robert era só sorrisos.

Ele estava se divertindo com o jeito dela.

Puxei o vestido da mão dela e coloquei na sacola.

- Não. Não posso.- guinchei pegando Robert pela mão e levando até o meu quarto.- Robert!

- O que foi?

- Você tem que parar com isso!- briguei colocando a bolsa sobre a cama.

- Eu só te dei um presente!

- E comprou um castelo pra Elena, e vai pagar a festa dela... Não é assim, eu não me sinto bem com isso, as pessoas...

Ele bufou, segurando meu rosto.

- Já pedi pra você não se importar com os outros.- disse chegando perto.

- Mas...- Tentei dizer, mas ele me calou com um beijo demorado, me amolecendo em seus braços.- Não faz assim... O assunto é sério...

- Sim, eu sei.- ele disse me olhando nos olhos.- Mas sinto muito em lhe dizer que você vai ter que se acostumar a ser mimada por mim... Eu esperei muito tempo por você para não fazer isso...

Eu soltei um suspiro longo, totalmente desarmada, mas ainda desconfortável.

- Me mime com seu carinho, com sua atenção...- falei abraçando seu corpo.- Eu não quero seu dinheiro, eu quero de você...

Robert levantou meu rosto pelo queixo, me olhando com carinho.

- É por isso que eu te quero tanto.- murmurou colando sua boca na minha.

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POV ROBERT PATTINSON





Enquanto ajustava a gravata em frente ao espelho, pude ouvir a movimentação lá fora.

O som abafado dos decoradores cuidando dos detalhes da festa da pequena Elena parecia ecoar pelo quarto, misturado ao burburinho de risadas, passos e conversas animadas.

Virei-me um pouco, tentando captar os ruídos, e me peguei sorrindo.

Era curioso, mesmo para mim, ver como eu tinha mudado a ponto de abrir os portões da minha casa para tantas pessoas.

Não era o tipo de coisa que eu imaginava fazer, especialmente depois de anos evitando o convívio social fora dos meus compromissos.

No entanto, eu sentia que tinha que fazer isso.

Tinha que ser agora.

Enquanto abotoava o paletó, deixei minha mente vagar até o porquê de tudo isso.

Não conseguia explicar exatamente o que me motivava a sair da minha zona de conforto e permitir que essa celebração tomasse conta do meu espaço.

Acho que não havia uma razão racional ou lógica, nada além de uma certeza que vinha de um lugar que eu nem sabia que existia: eu queria ver Elena e Ana sorrindo, e, por mais simples que fosse, isso fazia tudo valer a pena.

Fechei os olhos por um instante, lembrando-me da expressão alegre de Elena quando Ana deu a boneca da Rapunzel e eu dei o castelo a ela.

O brilho no olhar dela, a euforia desajeitada em seus pulinhos e seu riso contagiante me atingiram de uma forma que eu nunca pensei possível.

Eu podia sentir algo mudando dentro de mim, algo que parecia quase... transformador.

Era como se, de repente, tudo o que antes parecia importante – o isolamento, o controle, o medo de me envolver – começasse a perder sentido diante daquelas duas.

Terminei de ajeitar a gravata e dei uma última olhada no espelho.

Quando imaginei que ia me vestir de príncipe na vida?

Ainda mais o príncipe José Bezerra da Razunzel?

Eu estava prestes a fazer algo totalmente novo, algo que me aterrorizava e me emocionava ao mesmo tempo.

Uma grande parte de mim ainda não entendia, mas, pela primeira vez em muito tempo, eu não precisava entender.

Eu só precisava sentir, e o sorriso delas fazia com que tudo – cada esforço, cada desconforto, cada insegurança – parecesse absolutamente certo.

Saí da mansão, ainda ajeitando as abotoaduras, e fui em direção ao jardim.

O cenário estava perfeito, exatamente como imaginei.

Flores em tons suaves decoravam as mesas, balões cintilantes flutuavam, e havia luzes penduradas em uma suave dança, prestes a iluminar a noite.

Ao longe, meus olhos encontraram Ana, parada de costas para mim, admirando a decoração.

Ela estava linda, usando o vestido que dei a ela, que parecia ter sido feito especialmente para aquele momento.

Elena, a pequena princesa da festa, vestida de Rapunzel, pulava animada no pula-pula, os longos cabelos artificiais dourados se movendo com ela.

A cena era quase surreal.

Aproximei-me silenciosamente e, quando cheguei bem perto, envolvi Ana em um abraço por trás.

Ela deu um leve sobressalto e riu, colocando a mão sobre a minha, que estava em sua cintura.

— Então... gostou? — perguntei, com o rosto próximo ao dela.

Ana se virou devagar, e ao encarar meu rosto, vi que seus olhos estavam marejados.

Havia uma emoção profunda ali, uma gratidão silenciosa que me atingiu em cheio.

— Eu... — ela começou, a voz um pouco trêmula. — Eu não sei nem como começar a agradecer, Robert. Isso tudo... é mais do que eu poderia sonhar para Elena. É lindo.

Passei o polegar de leve pelo seu rosto, admirando a forma como o sorriso dela se abria, ainda que os olhos estivessem carregados de sentimentos.

— Você não precisa agradecer — falei, tentando fazer com que ela entendesse. — Ver vocês felizes, ver esse brilho nos olhos de vocês... é a melhor coisa que eu poderia ter. Eu queria que esse dia fosse especial.

Ana suspirou, apertando minha mão.

— E é. Você tornou ele mais do que especial, Robert. — Ela olhou de relance para Elena, que agora gritava de alegria no pula-pula. — Sabe... por muito tempo eu pensei que dar tudo o que minha filha merece seria impossível. Mas... — Ela pausou, me olhando com tanto carinho que senti um aperto no peito. — Obrigado por isso, obrigado mesmo.

Senti uma onda de calor percorrer meu corpo, e sem pensar, levei minhas mãos até seu rosto, inclinei-me e lhe dei um beijo suave.

Foi um beijo de pura ternura, de gratidão, de tudo o que eu não sabia como expressar em palavras.

Ela retribuiu com o mesmo carinho, as mãos dela segurando minhas costas, como se quisesse me manter ali para sempre.

— Você e Elena merecem tudo isso e muito mais — murmurei, afastando-me apenas o suficiente para olhar nos olhos dela. — Hoje, quero que se sintam felizes, porque é assim que vocês me fazem sentir.

Ana riu, baixando a cabeça com um leve rubor no rosto.

Olhando para ela, vi o quanto ela significava para mim, o quanto eu me importava em ver aquelas duas felizes.

Eu tinha encontrado algo que nunca soube que estava procurando.

E ao ver o sorriso de Elena, seu riso ecoando pelo jardim, senti que, de fato, eu não estava mais sozinho.

Quando o interfone tocou, fui até o aparelho e atendi, ouvindo a voz do segurança do condomínio do outro lado.

— Senhor Robert, algumas pessoas estão chegando para sua casa. Posso liberá-las?

— Pode sim, obrigado. — Respondi com um sorriso, sentindo uma antecipação que não esperava.

Voltei para o jardim e vi Ana já organizando os últimos detalhes. Elena corria alegremente, enquanto os primeiros convidados começavam a chegar. Ao meu lado, Ana parecia um pouco tensa, mas feliz. Quando notei que precisava de uma mãozinha, me aproximei, colocando a mão em sua cintura para acalmá-la.

— Precisa de ajuda? — perguntei baixinho, inclinando-me até seu ouvido.

— Sim... acho que sim — ela riu, ainda olhando ao redor. — Mas só sua presença já ajuda bastante.

Logo, as crianças e algumas mães do colégio de Elena começaram a se aproximar. Foi Elena, no entanto, quem fez a introdução que me pegou de surpresa. Quando seus amigos perguntaram quem eu era, ela se aproximou, segurando minha mão e, com um sorriso largo, disse:

— Esse é o meu papai!

A palavra bateu fundo em mim, e ao olhar para Ana, percebi o brilho de orgulho em seus olhos. A resposta da pequena parecia completamente natural, e não pude deixar de sorrir, inclinando-me para dar um beijo no topo da cabeça dela.

Dona Vitória, chegou logo em seguida.

Caminhou até nós com passos lentos e, ao chegar perto, abraçou Ana e, depois, colocou a mão em meu ombro.

— Robert, muito obrigada por isso tudo — disse ela com um sorriso caloroso, antes de se voltar novamente para Ana e tocar seu rosto. — Você merece alguém que cuide de você, minha filha. Alguém que faça você sorrir desse jeito.

A emoção na voz dela tocou fundo, e Ana desviou o olhar, visivelmente comovida.

Logo depois, percebi alguns olhares curiosos de algumas mães que estavam na festa, a maioria delas sorrindo em minha direção.

Era evidente que se perguntavam o que eu estava fazendo ali, entre pessoas que até pouco tempo eu nem conhecia.

Decidi deixar claro para todos o motivo de minha presença.

Aproximei-me ainda mais de Ana, passando o braço pela sua cintura e, discretamente, beijei seu pescoço, inalando seu perfume.

— Vocês formam um casal bonito — uma das mães comentou, sorrindo para nós.

— Obrigado — respondi, apertando Ana contra mim. — Foi fácil me apaixonar por essas duas.

Pouco depois, Rebeca chegou com um sorriso de quem tinha algo a dizer.

— Então, Robert... você está oficialmente na festa da família agora, hein? Como se sente?

— Muito bem. — Olhei para Ana e depois para Rebeca. — Não tinha ideia de que organizar uma festa para crianças poderia ser tão divertido, mas a expressão de felicidade da Elena faz tudo valer a pena.

Rebeca riu, lançando um olhar sugestivo para Ana.

— Então, Ana, parece que você encontrou o cara certo, hein? Ele até deixou de lado a loucura com a privacidade para estar aqui com vocês.

Ana sorriu, balançando a cabeça.

— E eu me sinto a pessoa mais sortuda por isso — ela respondeu, dando um leve beliscão em minha cintura, antes de me olhar com um brilho travesso nos olhos. — Mas ele sabia que não precisava de tanta coisa.

— Ah, isso não era nem metade do que a decoradora me propôs  — eu disse, sem desviar o olhar dela. — E espero que ano que vem você me deixe fazer uma festa de verdade nos 5 anos dela.

Se eu estiver vivo até , pensei.

Rebeca se afastou rindo, deixando-nos sozinhos por um momento.

Fiquei olhando Ana, impressionado com o quanto eu me sentia completo ao lado dela.

Com o sol iluminando seu rosto e o riso de Elena ao fundo, percebi que, de fato, tinha encontrado algo que ia além de qualquer fama ou conquista.

Enquanto Ana se afastava para conversar com algumas das mães que haviam chegado, fiquei parado, observando-a.

Ela tinha uma leveza em seus movimentos que sempre me cativava; o jeito como jogava o cabelo para o lado, como ria e gesticulava enquanto explicava os detalhes da festa para elas.

Ela usava o Channel que lhe dei que a abraçava de forma tão perfeita que era impossível ignorar como ela era linda.

Meus olhos percorriam seu corpo, desde os ombros até a cintura, e mais abaixo, acompanhando as curvas que tanto admirava.

Havia algo quase hipnótico na forma como se movia, algo que me fazia sentir cada vez mais atraído por ela.

Um calor crescente começou a surgir dentro de mim, um tipo de prazer que eu nem sabia que ainda poderia sentir.

Era um misto de desejo e admiração, quase como se cada fibra do meu ser estivesse sendo puxada em sua direção.

Sentia minha respiração ficando um pouco mais pesada enquanto a observava, quase incapaz de desviar o olhar.

Foi quando ela notou minha presença, levantando o olhar e sorrindo.

Aquele sorriso... ele parecia trazer algo ainda mais intenso dentro de mim.

Eu queria atravessar o jardim e envolvê-la em meus braços, queria sentir sua pele contra a minha, queria fazer com que ela soubesse o quanto estava se tornando essencial na minha vida.

— Você está bem? — ela perguntou, tocando meu braço, aparentemente notando a intensidade em meu olhar.

— Estou melhor do que nunca — respondi, passando a mão por sua cintura e puxando-a para perto. — Só estava pensando no quanto sou sortudo por ter você e Elena ao meu lado.

Ela me olhou, um leve sorriso nos lábios.

— Parece que somos nós que tivemos sorte por você aparecer em nossas vidas — murmurou, olhando para mim com tanta ternura que quase me perdi ali.— E eu não estou me referindo a tudo isso... Mas ao que você tem significado para nós... Pode parecer loucura... Tudo tem acontecido tão rápido... Mas...

Encostei minha testa na dela, absorvendo o momento, sentindo o prazer de saber que ela me queria ali tanto quanto eu queria estar.

— Eu sei... Eu também me sinto assim...

Os risos das crianças e o barulho da festa ao redor se tornaram apenas um fundo distante.

Naquele instante, nada mais importava.

A hora do parabéns foi um momento mágico. Eu estava ao lado de Ana, segurando sua mão, enquanto Elena sorria ao ver o bolo cheio de velinhas, seus olhos brilhando de expectativa e felicidade. Havia algo tão simples e ao mesmo tempo profundo na maneira como aquelas velas iluminavam seu rosto.


Ela fez seu pedido e soprou as velinhas com a ajuda de Ana, e todos aplaudiram. Elena olhou para mim, como se quisesse a minha aprovação, e eu sorri, sentindo um calor crescer no peito. Estar ali, junto delas, no meio dos amigos e familiares, me deu uma sensação que eu nunca havia experimentado: de pertencimento, de ser parte de algo maior do que eu mesmo. Pela primeira vez, me senti realmente em casa, como se a minha família estivesse ali ao meu lado.

Quando os convidados começaram a se despedir, ajudei Ana a cumprimentá-los. Estávamos todos sorrindo, falando sobre a festa e sobre o quanto Elena havia se divertido. Segurei o braço de Dona Vitória e Rebeca, guiando-as até o carro.

— Vítor, leve-as com cuidado — pedi ao motorista, antes de me virar para a Dona Vitória.— Fiquei muito feliz em conhecer a senhora.

Dona Vitória sorriu e colocou a mão no meu ombro.

— Eu quem estou feliz, Robert. Cuide bem da minha menina, sim? — disse, com os olhos marejados, me dando um abraço apertado.

— Prometo, Dona Vitória. Com todo o meu coração.

Rebeca sorriu e me deu um abraço também.

— Até mais, Robert. Cuida bem das duas, viu? Tenha... uma boa noite...

— Pode deixar — respondi, sentindo o  tom de malícia em sua voz.

Assim que todos foram embora, voltei para a edícula , onde Ana estava terminando de levar os últimos pratos para a cozinha.

— Pode deixar que eu cuido dos presentes — falei, aproximando-me dela e colocando a mão suavemente em seu braço. — Vai lá, aproveita um tempo com a Elena. Você já trabalhou bastante hoje.

Ela sorriu, um pouco cansada, mas com um brilho nos olhos que me fez querer ficar ali, simplesmente a observando.

— Obrigada, Robert. Eu... foi tudo tão perfeito. Não sei como te agradecer.

— Não precisa, Ana. Vocês são tudo pra mim agora. Ver a felicidade da Elena... já é mais do que eu poderia desejar.

Ela tocou meu rosto com um olhar carinhoso antes de sair para ir atrás de Elena.

Enquanto ela entrava na casa, fiquei um momento parado, absorvendo tudo o que havia acontecido naquela tarde.

Guardei os presentes com cuidado, ainda sentindo a emoção daquele momento.

Sabia que cada um deles significava algo especial para Elena.

Ela era uma criança maravilhosa, e eu queria fazer tudo ao meu alcance para que ela tivesse uma infância repleta de boas memórias.

Depois de um tempo, ouvi os passos suaves de Ana logo aparecendo na porta.

Ela se aproximou, cruzando os braços e me dando um sorriso sereno.

— Ela já está dormindo. Dormiu antes mesmo de eu poder ler a história pra ela — disse, rindo suavemente.

— Deve estar exausta. Acho que hoje foi um dia cheio para ela... e para nós também — respondi, mas apesar de estar cansado eu ainda estava muito ciente do que poderia acontecer.

Ana se aproximou, e sem dizer mais nada, simplesmente encostou a cabeça no meu ombro.

Envolvi-a com um braço, puxando-a para mais perto, e ficamos ali, em silêncio, sentindo a paz daquela noite.

O silêncio entre nós era confortável, e percebi que já não conseguia imaginar minha vida sem essas duas pessoas ao meu lado.

— Eu queria que soubesse... — comecei a dizer, quebrando o silêncio. — Esse foi um dos dias mais felizes da minha vida.

Ela levantou o olhar, um sorriso suave surgindo em seus lábios.

— Pra mim também, Robert. Obrigada por tudo.

Senti meu coração se aquecer ao ouvir suas palavras.

Incline-me, os lábios tocando os de Ana em um beijo suave, demorado, quase como se quisesse gravar cada detalhe daquele momento em minha memória.

O coração acelerou enquanto a alegria calma se espalhava pelo meu peito, um sentimento que eu não experimentava há muito tempo.

Quando finalmente nos afastamos, o olhar dela nos meus olhos trouxe um leve sorriso e uma pergunta que me fez derreter.

— Quer ficar aqui comigo esta noite? — ela sussurrou, como se temesse que o mundo ao nosso redor pudesse ouvir.

Retribuí o sorriso, acariciando seu rosto com a ponta dos dedos, querendo prolongar aquele instante mágico.

— Quero, sim. Deixa só eu ir até em casa tomar um banho e já volto — minha voz saiu suave, quase reverente, como se eu tivesse medo de quebrar o encanto que pairava entre nós.

Caminhei em direção à mansão, a ansiedade se misturando com a felicidade.

Cada passo que dava me fazia sentir que tudo estava certo, como se o universo estivesse conspirando a nosso favor.

Ao entrar no banheiro, olhei para o reflexo no espelho e, pela primeira vez em muito tempo, vi alguém feliz.

O homem que olhava de volta para mim não era o mesmo que se escondia da vida lá atrás; eu estava me permitindo sentir, estar presente.

Enquanto a água do chuveiro esquentava, uma onda de antecipação tomou conta de mim.

Não era apenas sobre o físico, mas sobre a ideia de estar ao lado de Ana, de compartilhar a intimidade que estávamos construindo.

Cada momento que passávamos juntos me fazia sentir mais conectado a ela, e eu desejava profundamente sentir  essa conexão, descobrir o que significava ser parte da vida um do outro.

A ideia de voltar para ela, de entrar no seu quarto e encontrar seus olhos esperando por mim, me fez sentir uma onda de calor percorrer meu corpo.

Estava claro que o que mais desejava era aquela cumplicidade, o conforto de estarmos juntos de uma forma plena e autêntica.

Não era apenas uma noite; era uma nova possibilidade, uma nova chance.

Quando finalmente saí do banheiro, me sentia renovado, como se estivesse pronto para um novo capítulo da minha vida.

Com o coração pulsando de expectativa, voltei para a casa dela, sabendo que a noite que se aproximava tinha tudo para ser especial.

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