8. Olhos no teto
Eles sentaram a mesa para almoçar e a Robert podia ver a indignação de Ana chegar em ondas até ele do outro lado da mesa.
- Então... - ele remexeu o seu macarrão carbonara, pensando no caminho que ia seguir. Ana ergueu os olhos, maxilar travado.- Quer dizer que agora eu sou o seu homem?
Foi inevitável o sorriso de lado que nasceu em seus lábios.
Ana apontou a faca para ele.
- Escuta bem o que eu vou te dizer...
- Abaixa a faca.
- Não ouse me fazer de trouxa na frente dos seus soldadinhos, entendeu? Se eu sou "sua mulher " como você vive arrotando na minha cara, então você também o mesmo nível de compromisso que eu.
Ele tentou disfarçar a satisfação em ouvir ela falando sobre o que eles tinham.
- Mas eu nunca disse que só você vai... Será que voce pode abaixar essa faca?
Ela fez um bico, olhando para a faca ainda apontada para o mafioso.
- Por que? Você não vive enfiado no meio de bandidos e armas de fogo? Está com medo de uma pequena arma branca na mão de uma menina de 21 anos?- debochada...
Robert riu.
- Com quem você aprendeu a atirar?- ele perguntou ignorando sua pergunta.
- Com quem você acha?
- E isso nunca fez você desconfiar do por que seu pai "engenheiro" sabia atirar tão bem?
- Eu era inocente até passar pela sua porta.
- Não me venha com essa, o jeito que você estava dançando na boate te denuncia.
Ana riu, erguendo uma sobrancelha.
- Eu estava comemorando o meu aniversário, podia fazer o que eu sempre fiz dentro do meu quarto.- ela se defendeu.- E entre saber dançar bem e ser uma assassina existe um abismo enorme.
- Você pareceu muito disposta a atravessar esse abismo quando me viu nos braços da Suki.- ele deu uma garfada no macarrão, dando sua cartada final.
Ana bateu sua mão na mesa, levantando do seu lugar e indo em direção a porta. Mas ela tinha que passar por ele, então Robert a puxou pelo pulso, colocando- a sentada de lado em suas pernas, como uma criança.
E ela até parecia uma usando um vestido solto lilás de bolinhas brancas e um all star preto.
- Me solta!
- Shiiiiu...
- Que Shiu o que?!- ela tentou se soltar mas Robert a prendeu, segurando seu rosto, forçando- a a olhar para ele.
- Eu sou seu homem.- ele falou, um sorriso torto que fez Ana se sentir desconfortável.- E gostei muito de você ter me reinvindicado da forma que fez. Eu faria o mesmo se estivesse no seu lugar, com o acréscimo de que o filho da puta não sairia vivo. Agiu como a senhora de um Don.
Ana puxou o rosto com força. Ela ficou em silêncio, olhando nos olhos de Robert, vendo o orgulho transbordar pelo azul. Sua raiva quase fez ela matar uma mulher por de um macho que ela não sabia nada sobre ele e ele estava orgulhoso.
- Me deixa sair daqui.- ela pediu passando a mão no rosto.
- Por que você não aceita de uma vez...
- Eu já entendi, ok?- ela quase gritou.- Chega disso, eu estou cansada, me deixa voltar para o quarto.
Robert a encarou por alguns instantes.
- Em cima da sua cama tem 3 presentes para você- ele disse dando um meio sorriso.- Com um deles quero que você compre alguma coisa para vestir hoje a noite.
- Por que?- ela quis saber.
- Vou te apresentar para uma parte do Conselho da máfia.
Ana sentiu o estômago borbulhar.
- E o que eles têm com isso?- perguntou impertigada.
Robert ousou tocar o rosto dela.
- Eles precisam aprovar o nosso casamento.
Ana saiu das pernas de Robert indo para o corredor, quando estava quase chegando no seu quarto ela passou pelo escritório e uma conversa lhe chamou atenção.
- Ela atirou?- era a voz de Bobby.
Ana se encostou ao lado da porta ouvindo, estavam falando dela e estavam admirados.
- Atirou- Marcus confirmou.- E só não meteu uma bala na testa da Suki porque não quis.
Ana riu, acompanhada de Bobby dentro da sala.
Marcus continuou:
- Imagina se Ana sonha que o chefe dividia a cama com Suki até semana passada enquanto ela chorava dentro do quarto.
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Robert estava sentado em um dos lugares da mesa redonda de barulho, ao seu redor estavam quatro filhos dos ancioes da máfia, que assim como ele assumiram o lugar de seus pais.
Eles já tinham jantado e agora aguardavam o momento de conhecer a nova senhora da máfia.
Segundo a tradição ela viria, calmamente, trazer um charuto para os homens a mesa.
Mas os planos de Ana eram outros.
Ouvir o quanto os seguranças debochava dela ao saberem que ela era corna a deixou indignada. Mas, ela foi ardilosa.
Quando entrou no quarto encontrou um Macbook e um iPhone, junto de um cartão black sem limite.
Então, ela foi escoltada por Marcus até o shopping e comprou o que precisava.
Agora ela estava ali, caminhando sobre um salto 15 pelo corredor, vestindo a roupa que Robert pediu para ela vestir.
- Meu Deus...- exclamou Marcus olhando para ela uma vez e depois encarando o teto.- Ana.... cade a sua roupa?
Ela sorriu, olhando para o corpo.
- Está aqui, não está vendo como é bonita?- ela deu um giro na frente do segurança.
- Pelo amor de Deus, ele vai te matar!
- Vai?- ela perguntou animada.- Pois eu quero ver!
Robert ouviu quando a porta abriu e não conseguiu evitar o sorriso que se seguiu ao falar:
- Senhores quero que conheçam a futura senhora da Máfia, Ana Carla, minha noiva.
Todos olharam para quem entrava na sala, inclusive Robert.
- Mas que porra...- ele resmungou ao ver Ana entrar com o seu cartão na mão usando apenas uma minúscula lingerie branca.- O que isso Ana?
Ela sorriu.
- Você gostou? Foi você que me deu.- ela passou a mão pelo seu corpo.
Robert olhou para os homens a mesa, eles tinham os olhos na morena a sua frente.
- Querem ficar sem os olhos?- ele vocifrecou, os homens arregalaram os olhos para o teto. Robert olhou furioso para Ana antes de levantar e pegar ela pelo braço.
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