5. A Dor do Silêncio/ Parte II
36 horas depois Robert entrou no quarto segurando uma bandeja com um prato de sopa de legumes.
Ana estava deitada em posição fetal, ainda com a mesma roupa de quanto jogou o pai dele pelos ares.
Robert odiava torturar mulheres, por isso tinha soldadas mulheres em sua equipe, mas Ana o tirou do sério.
Ele depositou a bandeja sobre o bidê e sentou no outro lado do colchão, de frente para ela.
Ana não olhou para ele, tinha os olhos inchados e vermelhos.
- Eu trouxe uma sopa pra você.- disse o mafioso.
- Pois enfie a sopa no seu cu.- ela rebateu.
- Coma, Ana, ou vai desmaiar.
A garota contorci o rosto e caiu a chorar.
- Pois... eu quero... morrer a ter que ficar aqui.... me... deixa... em paz...
Robert soltou um suspiro.
- Eu não sou seu inimigo, Ana.- disse tocando os cachos bagunçados dela- Seu pai te vendeu para mim, eu não posso sair lesado de uma dívida tão grande. Você sabe quanto custa 1 kilo de cocaína pura?
- Eu.... não.... Oh meu Deus, me deixa em paz....
E de repente o choro parou.
Robert levantou, indo até ela. Ana tinha desmaiado.
Afastando o edredom ele pegou nos braços e levou para dentro do banheiro entrando dentro do box e abrindo o chuveiro.
- Ana?- com uma mão ele segurou sua cintura e com a outra deu batidinhas no rosto dela, deixando a água correr.- Ana!
Ela ofegou,engolindo um pouco de agua e suas pernas vacilaram. Ele a segurou junto ao corpo, se molhando por completo.
Grogue ela abriu os olhos, estavam a centímetros um do outro, seus narizes quase se tocavam.
- Por... favor....- ela voltou a chorar.
Robert segurou sua nuca, forçando ela a olhar para cima.
- Eu não quero te fazer mal...- sussurrou o seu próprio cabelo colado no rosto.- Sua vida comigo vai ser muito melhor.... não chora, Ana.
Ele deixou o corpo cair pelo azulejo com ela em seus braços.
Ana chorou por longos minutos até que pareceu adormecer nos braços dele de baixo da água morna.
Robert a observou.
Era mesmo muito bonita.
Os lábios bem desenhados eram o ponto chave do seu rosto.
O nariz de coxinha um tanto achatadinho, as bochechas angulosas, as sobrancelhas sinuosas e os cílios longos naturais.
Uma verdadeira beldade.
A esposa perfeita para ele.
Robert apostava que depois que a raiva passasse Ana mostraria a calma e doçura que seu rosto transmitia naquele momento. Ele precisava de um jeito de acalma-la, mesmo que estivesse furioso pelo o que ela fez no escritório, ele queria que tudo desse certo e que ela ficasse bem ali.
Devagar ele a acordou, fazendo ela focar e tomar seu banho, quando Ana saiu, usando um robe de seda, que Robert fingiu ignorar, ele já tinha esquentando novamente sua sopa.
- Eu te proibo de fazer isso de novo- ele disse ajudando ela a comer.
- Foi você que me trancou aqui sem comida.
- Você jogou meu pai no chão.
- Eu lá tenho bola de cristal pra saber que seu pai estava desintegrado dentro de um vaso?- a cara enfezada dela fez Robert rir.- Nossa que bom que eu te divirto.
- Eu vou levar isso na cozinha e volto pra te buscar.
Ana sentiu um aperto no peito.
- Vai me levar pra onde?
Ele não olhou para ela ao falar.
- Pro outro quarto, tem cinzas do meu pai por toda cama.
O outro quarto, do outro lado do corredor, não tão grande quanto ao que ela estava antes,mas também muito luxuoso.
Robert parou atrás dela na porta.
- Entra.- disse baixo fazendo ela pular no lugar.
- Vai me trancar aqui também?- ela perguntou ignorando a sensação estranha no estômago ao sentir o calor dele em suas costas.
- Entra, Ana.- ele deu um passo a frente, empurrando ela com o peito.- Estou cansado e quero dormir.
Ela se virou, olhando assustada paea ele fechando a porta.
- Você vai dormir aqui?
- Onde mais eu dormiria se não ao lado da minha mulher?
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