31. Eu Estou Em Suas Mãos
Assim que Ana entrou no carro Robert trancou a porta e arrancou.
A garota olhou para ele.
- É sério?-perguntou rolando os olhos.- Eu acho bom você me levar para o hotel...
- Você não vai pra hotel nenhum.- ele disse arrancando com carro cantando pneu.- Vai ficar comigo na nossa casa.
- Quem disse?
- Eu estou dizendo, Ana Carla.- ele foi firme, olhando para ela antes de entrar na rodovia.- Essa palhaçada vai acabar hoje.
Ana deu um soco no ombro dele, recebendo um olhar surpreso.
- Palhaçada? Você está louco?
- Você me bateu?- ele não estava acreditando.
- A minha vontade é arrebentar a sua cara todinha.- Ela grunhiu cruzando os braços irritada.
- Nós precisamos conversar.- ele disse dirigindo até o bairro Lá Sagrada Família, Onde a casa de estrutura mediana de Robert ficava.- Não vou deixar você sair.
Ana não disse nada até que ele estacionou o carro na garagem e destravou as portas.
- Nem pense em deitar na minha cama.- ela disse passando por ele na porta de casa, parando no ato ao olhar a casa delicada.
- Gostou?- ele perguntou parando atrás dela, observando como Ana ficou... encantada com toda simplicidade.- Eu morava aqui antes de assumir a Máfia...
- Não estou interessada- Ana o cortou.- Onde fica o meu quarto?
- Só temos um quarto.- Robert lhe deu um meio sorriso.- Eu não tinha interesse em receber visitas.
- Ah, eu imagino que a sua princesa adorava isso.- ela jogou a bolsa sobre o sofá e o encarou com um olhar amargo.
Robert soltou um suspiro, tirando o terno que usava.
- Olha, Ana, isso não tem mais graça, entendeu?
- E você acha que eu estou achando engraçado o que você fez? Tudo o que aconteceu pra no fim você me trair dessa forma?
- Eu não trai você, Ana...
- Não? Quantas vezes você fodeu a Suki, Robert?- ela perguntou olhando seriamente para ele, o mafioso engoliú em seco.- Vamos, me diga! Ou você já transou tantas vezes com ela que perdeu as contas? Deve ter sido um número exorbitante pra ela ter mais poder de palavra sobre você do que eu, sua esposa, sua Pandora...
- Porra, Ana, eu pisei na bola,ok?
- EU TE FIZ UMA PERGUNTA!
-EU NÃO SEI!- Robert gritou de volta erguendo as mãos para o alto em rendição. Ana ofegou, as lágrimas traiçoeiras caindo por seu rosto.- Eu não me lembro quantas vezes transei com ela porque não me importa- ele foi até ela, segurando seu rosto entre as mãos-, mas eu lembro de cada detalhe de todas as vezes em que fiz amor com você...
- Não... não toca em mim...eu...
- Eu lembro de cada beijo, lembro de cada toque, cada palavra.- Ana olhou para ele em seus olhos. Ela só percebeu que sentia falta de olhar naquela imensidão azul ao estar ali, cara a cara com ele.- Eu vacilei. Eu sei. E passarei a minha vida inteira me redimindo por isso, mas não me afaste, não me deixe... Eu sou seu, eu estou suas mãos... Me perdoe.
Ana apertou os olhos, passando os braços entre os braços dele e o empurrando.
- Não.- chorou.- Você me humilhou, passou por cima de mim e isso não tem haver com máfia tem haver com a gente! Com o nosso casamento, com a nossa união, com o juramento que fizemos um para o outro. Eu não pensei duas vezes em servir de escudo para você quando esteve na mira de uma bala e você me atingiu da pior forma possível!
- ME PERDOA!- Robert gritou se ajoelhando no chao, em frente à Ana.- Por favor, me perdoa, me perdoa, me perdoa. Eu nunca mais vou agir por conta própria. Ana você é minha vida... por favor...
- Não.
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- Com Rute Pinho morta nós voltamos com nosso carregamento e isso nos coloca a frente dos negócios novamente- Fernando entregou um gráfico para Robert, estavam tendo uma reunião importante do Conselho até que a porta da sala foi aberta e Ana entrou feito um raio pela sala.
- Ela nos roubou.- a garota jogou um maço de folhas brancas que se espalharam pela mesa.
- Mas o que é isso?- Fernando perguntou olhando dela para Robert, assim como os outros 10 homens sentados na mesa oval.- Essa garota não tem limites?
Robert olhou para Fernando com a sobrancelha erguida.
- Saia da sala.- ordenou.
- Não, Não, fiquem todos onde estão.- Ana disse fazendo com que todos parassem no lugar.- Eu quero que vocês leem o que está nesses papéis.
Olhando um para o outro cada um pegou uma das folhas espalhadas na mesa, inclusive Robert.
- Mas o que é isso?- perguntou Júlio, sentado a direita de Fernando.
- Isso é o orçamento do novo galpão para as mulas e as notas fiscais do que foi gasto.- Ana disse olhando para Robert, o mafioso passou os olhos pelos papéis e olhou para ela.
- Mas as contas não batem? Isso saiu do cofre da Máfia? O Que Ruan está fazendo?
- Nós roubando.- disse a pandora.- Ele e a filha estão desviando dinheiro para ...
- Pagar o tratamento da irmã da Suki.- disse Tom falando pela primeira vez.
Ana sorriu,vitoriosa, jogando mais um papel em cima da mesa, este deslizou até as mãos de Tom.
- A irmã da Suki está morta a meses.
Robert puxou o papel da mão de Tom e viu que se tratava de uma certidão de óbito datada a três meses atrás.
- Ela tirou dinheiro de você- os dois se olharam.- e o pai tirou dinheiro de mim...
- Algo me diz que você sabe para que, Pandora.- disse Fernando se recostando na cadeira.
Ela fez questão de encarar Robert ao dizer.
- Ele estão juntando dinheiro para se filiar ao cartel da Máfia siciliana.
Robert sustentou o olhar de Ana por mais alguns instantes até que olhou para Tom.
- Sabe o que fazer.- disse.
O conselheiro levantou, saindo da sala imediatamente. Assim como cada um dos homens ali, todos assentam para Ana ao sair.
Quando se viu sozinha com Robert a garota percebeu o quanto ele estava decepcionado com tudo que tinha descoberto. Apesar de estar com a alma lavada ela não se sentia bem por ele estar mal daquela forma. Ana não tinha um gênio fácil de lidar, mas seu ponto fraco sempre seria Robert. Uma coisa era ela estar exercendo seu poder de esposa para lhe ensinar uma lição outra coisa era alguém de fora fazê-lo sofrer. Ana se aproximou e sentou de lado sobre a mesa oval, de frente para ele, quase na sua frente.
- Me desculpe por tudo isso- ela disse um pouco baixo, o mafioso olhou para ela. Havia tantas coisas naqueles olhos azuis.- Mas eu precisava desmascarar essa vadia.
- Eu sei.- Robert soltou um suspiro.- Eu só não consigo evitar ficar decepcionado, eles eram da família.
Ana assentiu, sem contrariar.
Robert estava dessolado.
Ana se inclinou, lhe pegando de surpresa ao segurar seu queixo e lhe dar um beijo brando.
O mafioso a puxou de cima da mesa, colocando a garota sentada de lado em Seu colo. Ana jogou os braços sobre os ombros dele e acariciou o cabelo em sua nuca.
- O que vai acontecer com eles agora?- Ana perguntou tocando o seu rosto com a ponta dos dedos.
Ele beijou o rosto dela, e esperança de que ela estivesse lhe perdoando. Ele estava com tanta saudade de senti-la que o assunto descoberto na reunião estava quase esquecido.
- Traidores só recebem um tipo de punição na máfia, meu amor.- ele disse recebendo um olhar mesclado em confusão dela.
- Eu quero ver.- ela disse mirando seus olhos.
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