21. Eu Amo VOCÊ
Quero deixar claro que abomino qualquer tipo de violência, principalmente em mulheres. Por favor, entendam que tudo escrito aqui faz parte da trama da nossa história.
Robert estava sentado a mesa tomando café, trancado em seu escritório como fazia desde que Ana tinha ido embora.
Ele gostaria muito de esquecer da existência da garota mas não conseguia.
Para cada canto daquela casa que ele olhava existia uma lembrança de Ana. Ele conseguia ouvir a sua voz em seu ouvido sempre que fechava os olhos.
Principalmente quando voltou ao quarto de cima e encontrou um mastro de pole dance instalado em frente à cama.
- Era uma surpresa.- tinha dito Rebeca. Robert olhou para a segurança intrigado.- Para depois da coroação e casamento.
Era o inferno na terra deitar naquela cama e olhar para aquele mastro imaginando como teria sido aquela surpresa.
- Por que, Robert?- Graça perguntou quando chegou em casa naquele mesmo dia.
O mafioso olhou para a avó e, depois de muito tempo, ela viu ali, refletido nos olhos azuis, o menino que ele um dia foi.
- Ela merece uma vida melhor, Vovó.- respondeu escondendo o rosto nas mãos.
- Você está certo, foi a melhor coisa que você fez.- disse Tom ignorando o olhar fulminante da senhora ao seu lado.
Seu conselheiro parecia feliz com a sua decisão, deixando ele mais convicto de que tinha agido certo.
Ele se ocupou,voltou a trabalhar, matou e torturou, fazendo o que precisava fazer, mas naquele dia ele estava agitado.
Sua mente vagava sem rumo até ela. Até seu sorriso, até seu cheiro, ate a imagem dela lhe apontando a faca de manteiga no café da manhã... Tudo lhe lembrava dela.
Mas,diferente das outras vezes, essas lembranças estavam lhe causando uma aflição incomum.
Foi tentando entender o que sentia que ele se assustou quando a porta foi aberta num rompante.
- Robert!- exclamou Rebeca caindo de joelhos no tapete.
- Mas o que é isso?- ele quis saber ficando de pé, Tom apareceu logo atrás dela na porta.
- Ela... Aí... A Ana...- a simples menção do nome dela fez seu coração perder uma batida.
- O que tem ela?
- Levaram ela...- Rebeca arfou, seu peito doendo.
- Você levou um tiro?- Tom perguntou se abaixando ao seu lado.- Caralho!
Robert sentiu seu coração martelar no peito, sua boca secou, sua respiração quase parou.
Levaram ela.
Foi o que Rebeca disse.
Mas quem?
Quem tinha ousado tocar na sua Ana?
Quem tinha ousado desafiar a Grande Máfia tocando no seu maior tesouro?
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Ana sentiu o lado esquerdo do seu rosto arder e logo depois o ar lhe faltou quando uma enxurrada do que parecia ser água com cloro lhe atingiu.
- Acorda, raio de sol!- disse alguém segurando seu queixo.- Abre os olhos, meu bem, olhe para mim.
Sentindo seu olhos arderem Ana piscou. Sua visão turva encontrou um homem abaixando a sua frente com um sorriso debochado.
- Olá, Pandora.- ele disse dando um tapa no seu rosto. Ana grunhiu de dor.- Não vai chorar? Você é durona? Igual o seu noivo escroto. Será que ele vai demorar muito pra vim atrás de você?
Seu peito apertou ao ouvir ele se referir a Robert como seu noivo.
- Nós terminamos.- ela disse, a voz arrastada. A dor irradiava pelo seu corpo, o ar custava a sair. Ela estava sentada em uma cadeira,com os braços abertos presos em correntes.
O homem,que agora ela conseguia ver melhor, usava um terno, e tinha grandes olhos castanhos.
Ele riu, debochando.
- Não, meu amor.- disse.- Você pode ter terminado com ele, mas se eu bem conheço o Rob ninguém nunca mais ocupada o seu lugar.
A sua resposta deixou Ana curiosa. Claro que ela sabia que Robert era conhecido, mas o jeito como ele falou o apelido dele foi íntimo demais.
Ele pareceu notar a sua curiosidade.
- Quer saber de onde eu o conheço?- perguntou ficando de pé.- Eu sou um inimigo declarado da Grande Máfia, a muito tempo trabalhei como conselheiro do seu noivo e ele me dispensou de graça. Éramos bons amigos, sabe o que é ser traído por um bom amigo? Ele pegou a minha garota, Kristen, você já ouviu falar dela? Uma grande atriz.
Ana não disse nada. Ela sabia o que era ser dispensada de graça, também. E também sabia que era a atriz que ele se referia, ela tinha morrido de overdose a uns três anos.
- Meu nome é Michael Angarano- ele continuou, indo até uma mesa a esquerda de Ana, nesse momento ela viu onde estava. Era um quarto de paredes encardidas, com uma janela e uma porta a sua frente. Ela viu Michael pegar um seringa em cima da mesa.- Você já usou alguma droga, Pandora?
- MD.- Ana respondeu tentando não parecer nervosa.
Michael riu.
- Ela gosta de uma balinha?- brincou parando ao seu lado.- Vai gostar disso aqui então.
- Se injetar essa merda em mim vai desejar que seja o Robert a te encontrar.- Ana grunhiu olhando nos olhos dele.
Um sorriso perverso iluminou o rosto dele.
- Ora... Aí está a garota que atirou em mim... - Ele segurou o rosto de Ana, chegando muito perto,tão perto que seus narizes se tocaram.- Eu fique excitado,sabia? Quando você não hesitou... É o tipo de mulher que eu desejo ter em minha cama todas as noites... você não acha justo... Eu roubar você dele?
E ele a beijou.
Um beijo sem gosto, no qual Ana precisou esconder seu desespero para se manter viva. Ela ficou parada, esperando que ele terminasse sua diversão.
E quando ele pensou que ela estava curtindo o momento, Ana cravou os dentes no seu lábio inferior, mordendo com toda força,sentindo o sangue dele escorrer em seu queixo.
Michael desceu a mão em seu rosto enquanto ria ensandecido.
- Filha da puta gostosa... Que delícia! Rafael?- a porta se abriu e outro homem idêntico a ele entrou. Eram gêmeos.- Amarra ela na minha cama,essa puta vai ser minha.
E sem dizer mais nada ele enfiou a agulha no braço dela.
- Vamos mandar um videozinho seu bem gostosinho pro seu noivo.
Em segundos,Ana apagou.
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- COMO ASSIM VOCÊ NÃO TEM NENHUMA NOTICIA DELA?- Se ouvia de longe os gritos de Robert com Tom vindos do escritório.
Graça, sentada no sofá da sala, batia seu pé direito incansavelmente no chão,com as mãos apoiadas na bengala. Ela estava aflita. Preocupada como nunca esteve.
A senhora sabia que Ana era durona, mas só Deus sabia os horrores que ela estaria passando na mão de quem quer que fosse.
O telefone ao lado dela começou a tocar a vovó atendeu sem muita animação.
- Graça falando.- disse entorpecida.
- Olá, Vovó, quanto tempo!
Graça franziu o cenho, sua memória lhe trazendo a lembrança daquela voz grave.
- Michael?- ela perguntou estreitando os olhos.
- Você lembra de mim? Me tratou de maneira tão indiferente quando me expulsou... achei que já tinham me esquecido.
Graça rolou os olhos.
- O que você quer, garoto? Essa linha não pode ficar ocupada.- eles estavam esperando contato do sequestrador de Ana.
Michael riu.
- Ah, não se preocupe, é a minha ligação que o seu neto está esperando.- ele disse.
- Do que está falando?- Ela quis saber, Robert jamais faria negócio com um homem que tentou mandar em seus negócios.
- Eu estou com ela. Sua Pandora está comigo.
As pernas de Graça ficaram dormentes.
- Como você ousa?- ela grunhiu. A voz afiada como uma navalha.
Michael riu pelo nariz.
- Coloca ele na linha.
A senhora pegou o telefone, mas ao se virar deu de cara com Robert e Tom parados atrás de si.
Robert tinha o telefone do escritório na orelha.
- O que você quer, Michael?- a vontade dele era vociferar ameaças, mas ele não sabia como Ana estava e até ter certeza de que ela estava bem jogaria o jogo dele.
- A princípio quero que você pegue o seu celular e olhe a mensagem que te mandei.- disse o outro com a voz divertida.
Robert tirou o celular do bolso,abrindo o aplicativo de mensagens,encontrando um vídeo de um número desconhecido.
Tom olhou sobre o seu ombro.
- Merda.- murmurou o conselheiro.
Ele quis morrer ao abrir a mídia.
Ana estava amarrada sobre um cama de ferro apenas de lingerie preta,seu corpo tinha hematomas por várias partes: coxa direita, coluna esquerda,abdômen.
Ela estava com os olhos fechados, mas não parecia estar desmaiada.
- O que você deu para ela?- Robert perguntou.- Eu quero uma prova de que ela está viva.
- É claro.... vou colocar ela na linha só um segundo.- Michael pareceu caminhar por algum lugar,até que pareceu abrir uma porta. - Docinho seu noivo quer falar com você.... Mas não faça nenhuma gracinha ou vai se arrepender.
- É um barco, Robert!
- Sua puta!
A ligação foi encerrada depois de um barulho estridente seguido de uma gorfada que fez Robert se arrepiar.
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Robert ia em seu carro sozinho, acompanhando o comboio que tinha preparado para aquela operação.
Ele tinha a foto de Ana no cativeiro colada no painel do carro e olhava para ela constantemente. Ana exibia um semblante forte e tinha um brilho nos olhos. Ela estava resistindo. Dava pra saber disso apenas pela maneira como encarou a câmera com determinação.
A imagem foi a que mais o desestabilizou depois que abriu A caixa. Ver o sangue e o inchaço de seus lábios, o hematoma em seus olhos.
Ele sabia que precisa controlar sua raiva para poder trabalhar com inteligência e resgata-la com o máximo de segurança que conseguia, mas estava a ponto de explodir.
Depois de receber a caixa com as fotos de Ana, porque Michael era um psicopata a moda antiga, ele ainda pediu 30 milhões de dólares em troca da garota.
Robert aceitou,claro.
Nenhum valor no mundo valia a vida dela. Ana era preciosa demais e a cada minuto que se passava Robert se sentia um merda por ter mandado ela embora. Era culpa dele. Tudo o que ela estava passando era culpa dele.
Ele se sentia sufocado.
Ela não podia morrer. Ou ele morreria junto.
A informação agoniada de Ana de que estavam em um barco até que serviu para alguma coisa, mas estavam em uma cidade litorânea onde barcos e lanchas ficavam espalhados pelo Porto, mas Robert não era bobo e seus homens era muito bem preparados para encontrar o barco certo.
Ele combinou com Michael um ponto de troca no píer, mas estava se torturando por fazer Ana suportar tudo aquilo.
Robert ordenou que Tom espalhasse seus homens por toda área e quando se encontraram na van Central ficou surpreso com o comentário que ouviu do conselheiro.
- Acho bobagem toda essa operação por uma pirralha que não esta nem aí para você.- disse colocando a arma no cinto.
Robert não demorou dois segundos para agarra-lo pelo pescoço e bater sua cabeça com força na van preta.
- Bobagem foi eu achar que você tinha competência para me dar algum conselho.- ele grunhiu apertando os dedos no pescoço de Tom. O mesmo arregalou os olhos, um tanto assustado.- É a sua última chance, Tom. Ou se torne submisso a minha mulher ou eu tiro você da minha vida da mesma forma que fiz com Michael, mas lembre-se que não cometerei o mesmo erro e você não vai sair vivo.
Marcus e Bobby, junto com alguns dos soldados olhavam para os dois apreensivos. Robert nunca tinha brigado com Tom da forma que estava fazendo.
O Conselheiro espalmou as mãos no peito do mafioso e o empurrou com força, puxando o paletó que usava,ajeitando.
- Tudo pela Grande Máfia. - Tom disse colocando a mão no peito.
Robert o analisou.
- Tudo pela Grande Máfia.
Foi com esse juramento que foram para o ponto de encontro no local combinado, ficaram esperando a corja de Michael chegar dentro dos carros blindados e assim que avistaram Robert saiu escoltado por seus homens, assim como Michael escoltados por seus seguranças com armas em punho.
- Imagino que saiba que não haverá pagamento sem que minha mulher seja entregue.- Robert disse num tom um pouco mais alto enquanto ainda se aproximavam um do outro.- Onde ela está?
-Segura.
Robert sorriu, querendo esvaziar uma metralhadora na cabeça dele.
- Não vai funcionar desse jeito, Rafael.- Robert reconheceu a voz do irmão gêmeo de Michael assim que abriu A boca, ele tinha chego com dois carros e não parecia que Ana estava ali.- Sem minha garota sem dinheiro, vai mesmo fazer essa besteira?
- Quer mesmo arriscar não me pagar?- ele parou com as mãos nos bolsos.
- Não estou arriscando, estou me precavendo. Sem a Ana, sem dinheiro.
- Devo mata-la então?- ele tirou o celular do bolso,ameaçando fazer uma ligação.
- Mate.- Robert disse tirando o maço de cigarro do bolso e acendendo um com seu isqueiro.- Quero ver o que Michael vai fazer sem o dinheiro, sem a moeda de troca e sem o seu conselheiro. Por que você sabe, não sabe? Que assim que você der a ordem eu vou te matar afogado no seu próprio sangue.
Rafael deu um sorrisinho escroto. Robert se lembrou das vezes em que se encontravam, sabia que ele bom de jogo e encenação.
- Eu quero ver o dinheiro.- exigiu cruzando os braços.
Robert fez um sinal para trás, sabendo que Marcus pegaria uma das bolsas no carro e traria para ele.
Rafael olhou para a bolsa com interesse e também gesticulou para trás, recebendo um tablet de um dos seus homens. Robert esperou que ele mexesse na tela e lhe oferecesse o aparelho.
Era uma imagem em tempo real. Ana estava amarrada e deitada no convés de uma lancha. Viva, pelo tanto que se mexia. Robert percebeu que se tratava de um drone pois foi se aproximando dela, revelando detalhes do seu rosto machucado.
- Passo as coordenadas assim que conferir o dinheiro.- disse Rafael.
- Nada feito.- Robert passou o tablet para Bobby para que tentasse encontrar a localização enquanto conversavam.- O combinado era ela aqui em troca do dinheiro.
Rafael pensou pensou por alguns segundos e finalmente liberou a localização do barco que estava a uns três quilômetros da Marina principal.
O mafioso liberou a contagem do dinheiro.
- Saiba que vamos contar com calma pra ter certeza que honraram o combinado.- disse debochado.
Robert jogou o cigarro no chão e pisou em cima.
- Sem problemas, só quero que mande um recado para o seu irmão.
- O que? Vai implorar para ele voltar a ser seu conselheiro?
Robert negou se aproximando, Rafael era tão alto quanto ele, então seus narizes se encostaram, a sensação do conforto se tornando deliciosa.
- Ninguém encosta um dedo na minha Pandora e sai ileso.- declarou sem se dar ao trabalho de sorri.- Não se eu puder evitar.
Dito a frase de comando no microfone preso a gola da blusa de Robert os homens da Grande Máfia a paisana inovaram o confronto. Era uma guerra anunciada mas ele não deixaria que eles saíssem impunes.
O antebraço esquerdo de Robert bateu contra o nariz de Rafael e ele cambaleoou para trás, Robert não deu tempo para ele se estabilizar, agarrou o cara pelo colarinho e o puxou em direção ao seu carro enquanto ao seu redor o tiroteio começava.
Seria rápido, seus homens estavam de coletes e ele tinha muitos.
-Seu filho da puta! - Ele cuspiu sangue, Robert pegou sua arma e atirou na mão que ele usou para tentar pegar sua pistola.- Meu irmão vai te matar.
Robert jogou Rafael contra o banco do carro e o chutou.
- Quero ver ele tentar.- grunhiu empurrando seu rosto.- Vocês cometeram um grande erro, Rafael, mexeram com a única pessoa com a qual eu me importo.
- Ela é uma puta gostosa, sabia?- disse Rafael com seu sorriso debochado, o sangue escorrendo pelo canto dos lábios.- Foi uma delícia o boquete que ela pagou pra mim depois que drogamos ela.
Robert soube que o desgraçado viu, mesmo que por um milésimo de segundo, o quanto aquela informação mexeu com ele, mesmo que fosse mentira.
O mafioso engoliú em seco e respirou fundo, mudando a direção da arma, mirando no pau de Rafael.
- Eu ia te dar uma morte rápida, mas quero ouvir os seus gritos.- E com isso ele atirou.
-Desgraçado.- xingou, com muito mais energia do que Robert gostaria.
- Chefe?- Marcus chamou atrás dele.- Precisamos ir, estão todos mortos.
Sem pensar duas vezes, Robert puxou o garoto de dentro do carro e o jogou no chão, descarregando sua arma sem pena em toda parte do seu corpo.
- Joguem no mar.- Ordenou pegando o tablet de Marcus e sentando em frente ao volante do seu carro.- Vamos buscar minha garota.
Ele saiu cantando pneu ainda vendo pelo retrovisor Tom desovar o corpo de Rafael no píer.
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Ana não sabia se era dia ou era noite onde estava, não sabia quanto tempo testava ali trancada naquele quarto em alto mar e não sentiu nenhum alívio quando Michael abriu a porta e lhe deu um sorriso.
- Pelo jeito nosso tempo juntos está acabando, amor.- disse chegando perto dela.- Seu noivo pagou um alto valor pela sua liberdade.
- Vai me soltar?
- É claro que vou, por 30 milhões eu mandava até o Rafael junto.- Brincou soltando uma risada.Ana engoliú em seco.- E veja como sou generoso,vou até devolver uma parte do dinheiro junto com você.
Ela não viu maldade em suas palavras até que dois homens entraram no quarto com uma bandeja com cinco peteca de cocaína.
- Não!- ela gritou tentando se debater, seus punhos já sangravam por estar a tempo acorrentada sem cuidado.- Não me faça engolir isso, por favor.
Ela se apavorou quando os homens se aproximaram dela com sorrisos perversos nos lábios.
- E por que eu não faria?- Michael perguntou um tanto sombrio.- Seu noivo faz isso com as mulas o tempo todo.
Ana tece seu rosto erguido, seu nariz tampado e as peteca empurradas goela abaixo uma por uma.
- Não morde , docinho, seria uma pena uma delicinha como você morrer espumando . - disse um dos capangas.
Michael ainda soltou Ana das correntes assim que toda droga tinha sido empurrada por sua garganta.
E a arrastou até o convés.
Pela primeira vez ela estava muito assustada. Nunca tinha usado cocaína, não sabia os efeitos de uma overdose, não sabia como aquilo funcionava e tinha medo de morrer. Não sabia se Robert demoraria a chegar e isso estava deixando ela apavorada.
Michel a deixou ali, apenas de lingerie, Ana se sentia entalada, um no pesado na garganta. Tentou ficar de joelhos, mas estava fraca, a dias não comia..
Até que ela sentiu mãos grandes e quentes seguraram seus ombros.
- Nãooo....
- Sou eu...- disse Robert fazendo ela olhar para ele assustada.- Sou eu, meu amor, sou eu.
Ana não conseguiu focar seu olhar e isso deixou Robert preocupado.
- Ana, eles injetaram drogas em você?- ele perguntou vendo ela ficar mole em seus braços.- Vamos , meu amor,fala pra mim, ANA!
Ela começou a chorar tocando sua garganta, sem conseguir falar.
- Engoliu? Você engoliu?- ninguém no mundo estava mais desesperado do que ele.
- Sim..
Sem pensar duas vezes Robert enfiou dois dedos na garganta dela, forçando o vômito, Ana impulsionou o corpo para frente gorfando um líquido verde acompanhado de três saquinhos.
- Quantos foram, meu amor?- Robert perguntou segurando seu rosto, obrigando ela a olhar para ele.- Fala, meu anjo, fala pra mim.
- Cin...co.
Agoniado ele colocou os dedos na garganta dela, Ana convulsionou para frente de novo e dessa vez dois saquinhos apareceram.
Robert respirou aliviado, mesmo que ela estivesse totalmente mole em seus braços.
- Pronto... acabou...eu estou aqui...- ele disse beijando seu rosto. - Me perdoa, meu amor, me perdoa. Eu amo tanto você, me perdoa...
Ela já não estava mais ali. Totalmente desmaiada, Ana foi carregada nos braços para longe daquele inferno.
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