17. Uma casa sem escada
Pov Robert Pattinson
Eu estava encostado no canto do quarto ouvindo atentamente o que a Dra. Gabriela conversava com Ana.
Ela estava deitada na cama hospitalar e a estava aos seus pés, a mãe dos meus filhos estava com sua pele morena pálida e também ouvia em silêncio.
- Ana eu preciso que você me escute com atenção.- começou a médica falando com calma.- Eu sei que a sua vida deu um giro imenso, sei que o seu relacionamento com o Robert ainda nem é um relacionamento, mas no momento ele é a sua melhor opção. Não só para você, mas para o seus filhos. Você teve um descolamento ovular, é uma condição onde há acúmulo de sangue entre o útero e a placenta e ocorre nas primeiras semanas de gestação. Você está de doze semanas e tem se estressado excessivamente. Isso não pode mais acontecer, em hipótese alguma. Pelo bem dos seus bebês. Eu vou passar o tratamento adequado e vamos nos ver daqui alguns dias.- a médica que já ganhava uma parte do meu coração segurou a mão que Ana mantinha pousada em sua pequena barriga.- As vezes ser engolida por um furacão é o que a gente precisa.
A Dra. Gabriela olhou para mim, descruzei meus braços.
- Leva ela pra casa e a mantenha em repouso, longe de qualquer coisa que possa incomodá-la e isso quer dizer que o seu assessor deve ficar longe dela. Sinceramente aquele homem é irritante demais.
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No fim da tarde, estávamos de volta a mansão e Ana continuava em silêncio. Antes que eu pudesse fechar o portão eletrônico Rebeca e Luna já ajudavam ela a sair do carro.
Luna me lançou um olhar mortal antes de entrar em casa. Assim que entrei elas estavam no pé da escada, Rebeca me olhou sugestivamente.
Não precisei de convite.
Fui até ela, Ana mal me olhou ao passar o braço pelos meus ombros e enquanto eu passava o braço por trás dos seus joelhos. Eu precisava de uma casa sem escada, pensei enquanto a levava. Não só por ela, mas também por que em breve teria duas crianças correndo como foguetes por aqueles corredores.
Abri a porta do quarto que seria dela com os pés, mesmo que eu quisesse muito que ela dormisse nos meus braços sabia que precisava esperar. Coloquei Ana sobre a cama e quando ia sair ela segurou minha mão. Me assustei com as lágrimas nos seus olhos.
- O que foi? Está com dor?- ela apertou minha mão e negou, as lágrimas rolando pelo seu rosto redondo e bonito.- Então me diga o que houve?
Ana respirou fundo, fechando os olhos,se autoregulando.
- Eu não queria atrapalhar sua vida.- murmurou.
Nesse momento, eu odiei Michael.
Sentei ao seu lado e segurei sua mão.
- Michael não fala por mim, Ana.- falei firme.- Eu quero estar com você, ficar com você e com nossos filhos. Mas não posso querer sozinho. Eu sei que invadi sua vida, que no seu plano era outro em meu lugar, mas eu acho que sou um pouquinho melhor do que aquele que você escolheu. Eu não sou um príncipe encantado, por mais que todas me pintem assim, tenho meus defeitos, meus medos e meus sonhos. Mas agora eu não consigo mais visualizar esses sonhos sem vocês neles. Se eu ainda não consegui chegar no seu coração então me permita tentar, por favor.
Não tinha como ser mais sincero que aquilo. Não olhamos por um momento em silêncio, até que ela mordeu os lábios e eu me atrai como um ímã.
Beijar aquela boca era o meu novo vício, a maciez e o sabor daqueles lábios me deixavam ensandecido. Segurei seu rosto entre minhas mãos e suguei sua boca, mas nossa bolha foi estourada por uma amiga muito nervosa.
- Hey ! Nada de sexo por 30 dias, mocinha.- disse Rebeca com as mãos na cintura na porta do quarto segurando um violão.- Eu trouxe seu xodó.
- Você toca?- perguntei surpreso.
- Um pouco.- Ana deu ombros sorrindo um pouco.
Sorri também. Eu estava ansioso para descobrir tudo o que ela fazia.
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