55. Quer Parar O Tempo?
POV ROBERT PATTINSON
Acordei no meio da noite, virando-me automaticamente para o lado, esperando encontrar Ana, mas a cama estava vazia. O lençol ainda estava quente no espaço onde ela dormia, o que me fez perceber que ela não deveria estar longe. Suspirei, sabendo exatamente onde ela estaria. Elena, nossa pequena, devia ter acordado para mamar.
Me levantei devagar, tentando não fazer barulho. O apartamento estava quieto, as luzes apagadas exceto pelo fraco brilho que vinha do quarto da bebê. Caminhei até a porta, encostando-me suavemente ao batente. E ali, bem à minha frente, estava uma das cenas mais lindas que eu já tinha visto.
Ana, sentada na poltrona de amamentação, com Elena nos braços, a bebê sugando com tranquilidade. A luz suave do abajur iluminava apenas o suficiente para que eu pudesse ver o rosto sereno de Ana. Seus olhos estavam semicerrados, enquanto acariciava os cabelos loiro-escuros de Elena. Havia uma paz indescritível naquele momento. Elena, com sua pele morena, tão parecida com a de Ana, mas os olhos... ah, os olhos eram meus. Aqueles grandes olhos azuis, tão cheios de vida e curiosidade.
Fiquei parado ali, sem coragem de interromper. Ver Ana assim, sendo mãe, me fazia sentir uma mistura de orgulho e amor que eu não conseguia descrever. Ela sempre me dizia que Deus já havia abençoado nossa união, e agora eu sabia que ela estava certa. Tínhamos passado por tanto, enfrentado nossas lutas, mas agora... agora tudo fazia sentido.
Devagar, voltei ao quarto e peguei meu celular e, sem fazer ruído, capturei aquele momento em uma foto. Ela se tornaria minha nova favorita, uma lembrança da paz e da felicidade que agora faziam parte da minha vida. Quando guardei o celular, Ana levantou os olhos e sorriu para mim.
— Oi, amor. Está tudo bem? — perguntei, minha voz baixa para não despertar a bebê.
— Sim — ela respondeu suavemente. — Ela só estava com fome.
Caminhei até elas, ajoelhando-me ao lado da poltrona. O cheiro floral de Ana me envolveu, e meu olhar caiu sobre Elena, que estava quase dormindo de tão satisfeita. Estiquei a mão e acariciei o bracinho pequeno da nossa filha, sentindo a suavidade de sua pele.
— Vocês são a melhor coisa que já aconteceu na minha vida — murmurei, meus olhos fixos nas duas. — Eu achei que sabia o que era felicidade, mas você... você me mostrou o que realmente é.
Ana me olhou, e naquele momento, o mundo pareceu parar. Ela não precisava dizer nada; seu olhar dizia tudo. Colocamos Elena no berço com toda a delicadeza, e eu fiquei parado por alguns segundos, observando-a dormir. Ela era tão pequena, tão perfeita. Senti um nó de emoção na garganta, um tipo de felicidade que eu não sabia que era possível sentir.
Voltamos para o nosso quarto em silêncio, mas a tensão no ar entre nós era palpável. Assim que a porta se fechou, Ana me puxou para perto, e seus lábios se encontraram com os meus. O beijo foi lento, profundo, cheio de necessidade e intimidade. Cada vez que Ana me beijava, era como se o mundo sumisse ao nosso redor. Seus lábios eram macios, quentes, e havia uma energia entre nós que só crescia a cada toque.
— Eu te amo tanto — murmurei contra a boca dela, minhas mãos segurando seu rosto com ternura.
Ela sorriu, aquele sorriso suave que sempre me tirava o fôlego.
— Eu também te amo, Robert.
Beijei-a de novo, mais intensamente dessa vez, minhas mãos descendo pelo seu corpo, sentindo cada curva. O calor dela me envolveu, e eu a puxei para mais perto, nossos corpos se encaixando de forma perfeita. Eu sempre me sentia assim com Ana — como se, no momento em que ela estivesse em meus braços, o resto do mundo deixasse de importar.
Quando finalmente nos afastamos, nossos lábios ainda tocavam suavemente, a respiração dela misturada à minha.
— Você me faz o homem mais feliz do mundo — sussurrei, acariciando seu cabelo, sentindo a textura macia entre meus dedos.
Ela sorriu de novo, e naquele momento, deitado ao lado dela, com a sensação dos lábios de Ana ainda nos meus, soube que o futuro era nosso. Não importava o que acontecesse, eu faria de tudo para que sempre estivéssemos juntos, sempre assim: nós dois, Elena, e a vida que estávamos construindo.
Eu tinha certeza de que Deus já havia nos abençoado — com o amor mais verdadeiro que eu jamais poderia imaginar.
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Nos últimos meses, nossa vida mudou de forma que eu mal conseguia acreditar. Ana e eu decidimos que, com Elena crescendo, precisávamos de mais espaço. A antiga casa já não comportava o que sonhávamos para nossa filha. Então, começamos a busca por um novo lar, um lugar que desse à Elena o espaço que ela precisava para brincar e crescer. Encontramos uma casa grande, com um enorme jardim, perfeita para ela explorar à vontade. Ficava ainda perto do centro de treinamento do Liverpool, o que era ideal para Ana, que estava voltando aos treinos após a licença.
A mudança foi uma mistura de caos e empolgação. Eu me vi carregando caixas e móveis, tentando organizar tudo da melhor forma possível, enquanto Ana mantinha Elena entretida e calma no meio da confusão. Quando finalmente nos acomodamos, havia uma sensação de frescor, de um novo começo. O jardim logo se tornou o local favorito de Elena — ela adorava engatinhar desajeitada, ainda aprendendo a equilibrar seu corpinho, enquanto tentava imitar o que via no campo de futebol.
Foi justamente num dia desses, enquanto íamos buscar Ana no treino, que algo inacreditável aconteceu. Estávamos no campo, e Elena, com sua curiosidade inata, estava engatinhando pela grama. Ela sempre se interessava pela bola, que parecia quase hipnotizá-la, e naquele dia não foi diferente. Elena se apoiou nas minhas pernas, como fazia tantas vezes, e, com uma determinação que eu nunca havia visto antes, ela tentou ficar de pé.
— Vamos, querida, você consegue — sussurrei, incentivando-a suavemente.
Ana estava no campo, conversando com algumas colegas de time, mas quando viu Elena tentando se levantar, correu na nossa direção. E então aconteceu. Com todo o time do Liverpool observando, Elena deu seus primeiros passos. Vacilantes e desajeitados, mas foram passos. Ana levou as mãos à boca, com os olhos brilhando de emoção, enquanto eu a segurava de perto, mal acreditando no que estava vendo.
— Ela está andando! — Ana disse, sua voz cheia de orgulho, lágrimas escorrendo pelo rosto. — Meu Deus, Robert, ela está andando!
O campo foi tomado por aplausos e risos de todos os jogadores e da equipe técnica. Era como se o mundo inteiro estivesse celebrando aquele pequeno grande marco. Eu me ajoelhei ao lado de Elena, que tropeçou em meus braços, e Ana correu até nós, abraçando nossa filha com uma mistura de riso e lágrimas.
— Eu não acredito — sussurrei para Ana, enquanto ela segurava Elena no colo, beijando sua testa suavemente. — Nosso bebê... andando no campo de futebol. Não poderia ser mais perfeito.
Esse foi apenas o primeiro de muitos momentos especiais com Elena. Logo, estávamos organizando sua festa de um ano, algo que eu nem sabia como fazer. Rebeca, como sempre, foi uma grande ajuda, já que Catarina, sua filha, tinha apenas alguns meses a mais que Elena. Nossa casa nova foi o cenário perfeito para o aniversário. As decorações estavam impecáveis, e o jardim estava cheio de balões coloridos e mesas decoradas.
— Papai, olha a Elena com o bolo! — Ana me chamou, rindo, quando nossa pequena afundou as mãos no bolo antes mesmo de cantarmos "Parabéns".
Eu corri para a mesa, rindo da bagunça adorável que ela estava fazendo. Elena tinha glacê no rosto, as pequenas mãos lambuzadas enquanto tentava entender o que todos estavam celebrando. Rebeca estava ao lado com Catarina, que também estava brincando com um pedaço de bolo. Aaron chegou logo depois, comentando sobre como essas duas crianças eram como miniaturas de Ana e Rebeca.
— Em breve você vai saber o que é essa emoção — Aaron disse, batendo de leve no meu ombro, se referindo à paternidade.
Olhei para ele e sorri, sabendo que ele estava certo. Eu já estava vivendo essa emoção a cada momento. Não havia nada que me fizesse mais feliz do que ver Ana com nossa filha, e esse primeiro aniversário era um marco — um símbolo de tudo o que tínhamos construído juntos.
O jardim estava cheio de amigos. Tom e Elisa, como sempre, estavam conversando com Marcus e Lara, todos animados. Bobby e Stephan chegaram juntos, felizes em participar da celebração. Bento, sempre uma fonte de energia, estava correndo pelo jardim, brincando com Elena e Catarina, Claire estava sempre de olho neles, seus netos que ela tanto bajulava. As três crianças pareciam ter criado um mundo próprio, cheio de risos e gritos enquanto corriam pelo gramado.
Enquanto observava tudo, percebi o quanto éramos sortudos por ter uma família tão amorosa e unida. Ana estava ao meu lado, segurando minha mão. Olhei para ela e vi nos seus olhos o mesmo amor que sempre me mantinha de pé. Ela era minha força, meu porto seguro, e naquele momento, com nossa filha brincando no jardim e nossos amigos ao redor, eu sabia que não poderia pedir por mais nada.
Mais tarde, quando a festa acabou e a casa estava em silêncio, deitei ao lado de Ana, segurando-a contra mim. Estávamos exaustos, mas felizes. Naquele momento, sussurrei em seu ouvido:
— Você me faz o homem mais sortudo do mundo. Não importa o que aconteça, eu sempre vou te amar e proteger nossa família.
Ana sorriu, seus olhos fechados de cansaço, mas sua mão apertou a minha, e eu sabia que ela sentia o mesmo.
- E eu te amo por isso....- murmurou se esticando sobre mim, abrindo os olhos e me encarando com um sorriso safado.- Maninho...
Eu ri e a puxei para um beijo.
Maninho....
Fim...
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