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42. Treino Interrompido

POV Ana Carla

Eu corria com foco entre os obstáculos, o som abafado dos meus tênis batendo no chão ecoando na minha cabeça enquanto tentava ignorar a dor incômoda na barriga. Melina, nossa técnica, observava tudo de perto, anotando o tempo que eu levava para completar o circuito. Cada vez que passava por um cone ou saltava um obstáculo, eu sentia a pontada insistente, como se meu corpo estivesse lutando contra mim.

— Está um pouco lenta hoje, Ana! — Melina gritou, com a voz impassível, mas firme. — E os reflexos também não estão no nível de costume.

Aquilo me atingiu como um soco. Eu sabia que estava mais devagar, mas ouvir isso em voz alta fez a frustração crescer. Respirei fundo, tentando me concentrar, mas o desconforto na barriga só piorava.

Quando terminei o circuito, me aproximei dela, as mãos nos joelhos enquanto tentava recuperar o fôlego.

— Não tô me sentindo muito bem — admiti, com a respiração pesada. — Acordei com uma dor esquisita na barriga, e quando tomei o pré-treino de manhã, coloquei tudo pra fora.

Ela arqueou uma sobrancelha, me avaliando com aquele olhar clínico de quem sabe que algo está errado.

— E você achou que seria uma boa ideia treinar assim? — Ela cruzou os braços, claramente não satisfeita com minha resposta.

— Não queria perder o ritmo — respondi, erguendo o olhar para ela. — A Copa está logo aí, não posso me dar ao luxo de parar.

— Entendo sua preocupação, mas forçar seu corpo assim só vai te prejudicar mais. Se não está bem, é melhor dar um passo atrás e se recuperar. A dor é constante?

Assenti, me endireitando.

— Sim, mas pensei que fosse algo passageiro. Não queria parar o treino por causa disso.

Ela suspirou, claramente preocupada, mas também entendendo a pressão que eu sentia. Estávamos tão perto da Copa, e eu sabia que cada segundo contava.

— Olha, Ana, você é uma das jogadoras mais dedicadas que já treinei, mas também precisa ouvir seu corpo. Se algo está errado, forçar não vai te ajudar a performar no seu melhor na hora certa.

Eu sabia que ela estava certa, mas havia uma parte de mim que não queria dar o braço a torcer. Não depois de tudo o que eu tinha passado para chegar até ali. Ainda assim, a dor estava me deixando lenta, e isso era o que eu mais temia — não estar no meu auge.

— Vou fazer uma pausa e ver se melhoro — murmurei, me rendendo. — Talvez seja só alguma coisa que eu comi.

Melina assentiu, mas ainda parecia cética.

— Se continuar sentindo isso, vá ao médico, ok? Não quero correr riscos com você. Sua saúde vem primeiro, Ana.

Eu sabia que ela estava certa, e, apesar de relutante, concordei.

— Certo, eu prometo.

Enquanto me afastava para tomar um pouco de água e descansar, a preocupação continuava latejando em minha mente. Eu precisava estar no meu melhor, mas meu corpo parecia querer seguir outro caminho.

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Deitei na cama, tentando relaxar como Melina sugeriu. Hidratação e descanso iam me ajudar, ou pelo menos era o que eu tentava convencer a mim mesma. Meu corpo ainda estava tenso, como se houvesse algo errado, mas tentei afastar essa sensação enquanto pegava o celular.

No grupo dos irmãos, as fotos que Rebeca tinha compartilhado apareciam uma atrás da outra. Ela estava reclamando, como sempre, sobre o calor insuportável do Brasil. Na sequência, vinham os áudios dela rindo e dizendo que minha afilhada, ainda no ventre, já estava deixando ela louca.

— "Rebeca, sério, como uma bebê de 22 semanas pode te deixar louca?" — ouvi a mensagem de Robert, com aquele tom de humor característico.

Eu sorri, já esperando a resposta atravessada de Rebeca, que logo veio.

— "Robert, você nunca vai entender, então nem tenta! Quando for a sua vez, a gente conversa."

Depois, como sempre, Rebeca mudou de assunto, apontando diretamente para mim no grupo.

— "Ana, o que você tá fazendo no celular tão cedo? Não devia estar treinando?"

Soltei um suspiro e respondi:

— "Não tô me sentindo bem hoje. Tive que parar o treino."

Quase no mesmo instante, o celular vibrou na minha mão. Uma chamada de Robert.

Respirei fundo antes de atender, sabendo que ele ia querer saber tudo em detalhes.

— "Oi," atendi, tentando soar mais tranquila do que realmente estava.

— "O que aconteceu? Melina te forçou muito hoje?" — A preocupação era evidente na voz dele, o que sempre mexia comigo de um jeito estranho.

— "Não foi ela, foi meu corpo. Acordei com uma dor estranha na barriga e, logo depois de tomar o pré-treino, vomitei. Melina falou que eu estava lenta, então decidi parar."

— "E por que você não foi direto ao médico?" Ele perguntou com um tom levemente irritado, mas eu sabia que não era por mal.

— "Porque não é nada demais, Rob. Só preciso descansar um pouco, beber água. Amanhã vou estar bem de novo."

Houve uma pausa do outro lado da linha, e eu já conseguia imaginar ele passando a mão pelo rosto, tentando manter a calma.

— "Ana, você tá se preparando pra Copa. Não pode arriscar treinar assim se não estiver 100%. Melhor parar agora e cuidar disso do que se forçar e piorar depois."

— "Eu sei, eu sei," respondi, já me sentindo um pouco culpada. "Prometo que vou ficar de repouso hoje."

Ele soltou um suspiro.

— "Você sabe que eu só tô preocupado, né?"

— "Sim, eu sei," disse, com um pequeno sorriso, sentindo o alívio de saber que ele ainda se importava. "Obrigada por isso."

— "De nada. Mas, sério, se a dor continuar, me avisa. Eu posso te levar ao médico."

Eu sabia que ele estava a quilômetros de distância, mas a oferta me fez sorrir.

— "Certo, pode deixar. Agora relaxa, Rob. Eu vou ficar bem."

— "Eu só relaxo quando você parar de ser teimosa," ele brincou, e eu ri, balançando a cabeça.

— "Eu não sou teimosa, só focada."

— "Aham, claro. Descansa, ok?"

— "Pode deixar," falei, antes de desligar.

Fiquei olhando para o celular por um tempo depois da chamada.

Stephan estava encostado na porta do meu quarto, com aquele sorriso debochado no rosto. Ele olhou para mim e riu.

— Tá boba, né? — provocou, cruzando os braços.

Revirei os olhos, mas não consegui disfarçar o sorriso que ainda estava estampado no meu rosto.

— Talvez um pouco — admiti, dando de ombros e sentindo o rosto esquentar.

Ele riu mais alto, se aproximando e sentando na beira da cama.

— Ligação do Robert, né? — perguntou, mesmo já sabendo a resposta.

Assenti, suspirando.

— Ele tá em Los Angeles agora, mas disse que vai voltar em breve. Vai assistir aos jogos de perto — comentei, tentando não parecer tão animada quanto me sentia.

— Isso é bom, né? Ele te apoiando, mesmo de longe... — Stephan disse, mas havia um leve toque de ceticismo na sua voz. Ele sempre foi mais cauteloso quando o assunto era o Robert.

— Sim, mas sabe o que mexeu comigo de verdade? — comecei, sentindo meu estômago dar um pequeno nó só de lembrar. — No último dia dele em Londres, fomos até a casa da mãe dele.

Stephan me olhou, arqueando as sobrancelhas.

— Na casa da Claire? — perguntou, visivelmente surpreso.

Assenti, e continuei.

— Sim. Estar lá, no lugar onde tudo aconteceu... Mexeu comigo de um jeito que eu não esperava. Ver aquela casa, lembrar dos momentos...

Stephan soltou um suspiro, já imaginando onde isso ia dar.

— E como foi com a Claire?

Eu ri, lembrando do jeito direto dela.

— Ela tava em êxtase, claro. E foi bem direta, perguntou logo se estávamos juntos.

— Não me diga que você respondeu que sim — Stephan brincou, revirando os olhos.

— Claro que não! — ri, balançando a cabeça. — Falei tranquilamente que não.

— E qual foi a reação dela? — Stephan perguntou, se ajeitando na cama como se estivesse esperando uma boa história.

Suspirei, lembrando do olhar de Claire.

— Ela só deu aquele sorrisinho, como se soubesse de algo que eu não sei. Como se fosse só uma questão de tempo.

Stephan riu.

— Essa mulher é doida, né? Fez cagada e agora quer juntar vocês a todo custo.

— Ela não é doida... Só agiu como qualquer mãe agiria se seus dois filhos estivessem tendo um relacionamento.... Ela ficou nos olhando meio estranho...Como se estivesse vendo o futuro de um jeito que nós não vemos.

Stephan olhou para mim com um olhar divertido.

— Talvez ela seja mais taróloga do que a Elisa — brincou.

Soltei uma gargalhada, balançando a cabeça.

— Vai ver, né?

Ele me olhou sério por um segundo e depois disse:

— E o Robert? Ele estava mesmo bem de estar lá? Por que na real ele foi o que mais se magoou com a mãe, ne? Ela usou do abalo psicológico dele para conseguir o que queria...

Suspirei, largando o celular ao meu lado e me encolhendo um pouco.

— Bom, se estava abalado, então ele disfarçou bem... Acho que,como eu, ele também estava perdido nas lembranças de estar lá... Aquele banheiro tem tanta coisa para contar....

Stephan gargalhou.

- Sua safada!- guinchou.- Deve ter sido emocionante tudo isso, ne? Pensando pelo lado divertido e gostoso? Eu imagino que a adrenalina na hora do sexo devia ser algo fantástico.

Preferi ficar em silêncio, mas mordi meu lábio inferior me lembrando...

- ME CONTAAAA!

- Aí, Stephan, que susto!

- Você está aí, com essa cara de depravada, lembrando de putaria e eu quero saber.

Eu ri do seu desespero.

- Você precisa arrumar um namorado.- aconselhei jogando meu travesseiro nele.

- Você bem que podia me ajeitar aquele amigo do Robert.- resmungou pegando o travesseiro do chão.

Olhei esquisito para ele, sentindo uma pontada de dor na barriga.

- Que amigo?

- O Bobby.

Eu soltei uma risada sincera.

- Você acha que o Bobby é gay?- ele só podia ser louco.

Stephan me deu um olhar convencido.

- Quer apostar a dobra do meu salário como ele é?

- Não pira, Amor.

- Ajeita pra mim, Ana... Ajuda teu macho aqui.

- Meu macho está em Los Angeles.- respondi no impulso.

Stephan tocou o travesseiro em meu rosto.

- EU SABIA!

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