16. Promete? Prometo!
POV ROBERT PATTINSON
Se eu fui ousado demais não me arrependia.
Queria que ela tivesse aceito se juntar a mim no banho e admitir isso era... libertador.
Acordei com o barulho de alguma coisa caindo no chão na cozinha e depois de ir no banheiro fui até o cômodo ver o que estava acontecendo.
Cocei meus olhos vendo Ana encostada no armário com os braços esticados e na ponta dos pés, os dedos resvalando em uma lata de milho no armário de cima.
- Mais que droga?- Ela resmungou ao não alcançar o que queria, se esticando toda, a bunda durinha flexionada dentro daquele short de lycra geladinho e indecente.
Será que ela não tinha pensado em pegar um banco?
- Vamos lá, eu não posso ser tão baixinha assim.- tentou de novo.
Sem fazer barulho eu fui até ela, parando na suas costas. Coloquei a mão em sua cintura e estendi meu braço, alcançando a lata sem dificuldade, prensando ela contra o armário.
Ana deu um pulo no lugar e soltou um gritinho fofo.
- Você é sim baixinha.- sussurrei em seu ouvido depois de puxar seu cabelo pro lado, depositei um beijo em seu pescoço.- Bom dia, a água está quente?
- Sim...- Ela pigarreou ainda estática e sem olhar para mim.
- Nossa, fazia tempo que eu não dormia bem assim.- falei preparando meu chá.- Você dormiu bem? Teve bons sonhos?
Sim, eu estava provocando.
Mas me enganei em pensar que Ana também não sabia brincar.
- Não.- disse finalmente me olhando.- Tive um pesadelo horrível.
Fiz cara de paisagem.
- É mesmo?- mergulhei meu sachê de chá preto na água fervendo.- Com o que?
Ela deu de ombros, Franzindo os lábios.
- Com bundas brancas.- disse e eu me segurei pra não rir com a careta fingida que ela fez.- Uma coisa horrível... eram muitas... eca.
- Jura? Você não gosta de bundas brancas?
Ela fez um biquinho, colocando um pouco de café na xícara.
- Eu prefiro a minha.- disse dando de ombros e saindo da cozinha.
Olhei para ela.
É... Eu também preferia a dela.
Não ouvi mais nenhum barulho de Ana pela manhã enquanto eu trabalhava. Precisei fechar alguns contratos em Barcelona para Uncharted,satisfeito por saber que as gravações no Egito ia levar mais tempo do que o esperado.
Sara estava me falando em chamada de vídeo sobre um possível evento na quarta a noite quando minha mãe me enviou uma mensagem.
Filho, deu algum problema
No cartão da Ana, você pode liberar o seu para ela até eu voltar e verificar isso com o banco?
Continuei falando com Sara enquanto respondia.
Claro, Mãe.
Obrigado, meu amor.
Como estão as coisas?
Muito bem,
Tô em homme office pra ficar com ela.
Obrigado, filho.
Eu insisti muito para
Que ela viesse, mas ela recusou.
É, Ela é teimosa.
Se parece com você.
Beijos, lindinho.
Se parece comigo ...
Eu não achava...
- Ana!- chamei apontando na tela do notebook qual set queria que Sara reservasse para Barcelona.
Ela entrou no quarto pela porta do banheiro, parecia estar se arrumando. Vestia um short jeans preto e uma camiseta larga.
- Nós estamos a poucos metros- disse com a mão na maçaneta.- Você não precisa gritar.
Ignorei seu comentário e tirei meu cartão da minha carteira.
- A senha é 1710.- falei. Ela olhou confusa para o cartão preto.- Mamãe disse que o seu cartão está com problema, pediu para mim te dar esse por enquanto.
Jogando os cachos para trás dos ombros ela pegou o cartão desconfiada.
- Ok... Obrigado.
- Você vai sair?- perguntei. Ela assentiu.- Onde vai?- Ela ergueu um sobrancelha sugestiva para mim, rolei os olhos.- Não vai trabalhar hoje?
- Estou de folga.
Eu assenti, queria poder convida- la para fazer algo mais eu precisava mesmo revisar alguns contratos.
- A chave do carro está no aparador.- falei voltando minha atenção para Sara que aguardava pacientemente.
- Está me oferecendo o seu Tesla?- Ana parecia muito surpresa.
- Ou eu posso chamar o motorista se você quiser.
- Eu aceito o carro.... Obrigado.... E tchau.
Assim que ouvi o carro sendo tirado da garagem abri o sistema de segurança no notebook e acompanhei para onde ela ia via satélite.
Hummm... Shopping.
Bom , parecia algo corriqueiro para uma adolescente da idade dela.
Voltei a trabalhar.
Já se passavam das 14h da tarde quando subiu uma notificação bancária na tela do notebook, Sara ergueu os olhos, mas logo ignorou ao ver que se tratava da minha conta pessoal.
Eu sorri... Ana tinha usado o cartão.
Cliquei na aba pra ver onde ela tinha passado o débito e sei lá o que senti ao ver a singela compra de 350,00 dólares na Toque íntimo lingeire , Ela ainda tinha parcelado em 5 vezes.
Eu ri.
- Sara?
- Sim?- minha secretaria me olhou.
- Cancela o parcelamento dessa compra e passa no débito, por favor.- pedi .
- Sim senhor.
- Consegue me mandar uma foto do que foi comprado?- pedi sabendo que seria fácil para ela.
- Certamente.
Esperei.
Em poucos minutos algumas fotos chegaram.
Entre algumas calcinhas minúsculas tinha um conjunto azul marinho de renda.
Ampliei a foto, imaginando como ficaria no corpo de Ana.
Puxei o ar com força, minha calça ficando apertada, meu rosto ficando quente.
Caralho!
Era fim de tarde quando Ana chegou em casa com a sacola da loja nas mãos e uma pizza grande na outra.
- Oi.
- Oi...
- Quer assistir alguma coisa e comer pizza lá no quarto?
Ergui meus olhos do notebook que eu tinha trago para ali.
- No seu quarto?- perguntei.
Ela assentiu, me dando uma olhada analítica.
- É.... vamos?
Não falei nada, deixei que ela levasse a pizza e fechei o notebook a seguindo.
- Eu só vou tomar um banho...- Ela disse me olhando,ainda segurando a sacola.- Você pode escolher algum filme? Nada de romance!
- Ok...
Ela entrou no banheiro e trancou a porta.
Será que ia colocar o conjunto que comprou?
Não... Ela não tinha porque fazer aquilo...
Tirei minha camiseta e fiquei de bermuda enquanto escolhia algum filme de terror/suspense para gente assistir. Eu gostava desse tipo de filme, sempre fugia dos romances... como ela....
Ana saiu do banheiro com a sacola na mão e usava um pijama diferente, todo preto, com aquele tecido geladinho, de alcinhas...
- Escolhi invocação do mal, tudo bem?- perguntei.
- Aham.- Ela resmungou enrolando o cabelo num coque alto.- Trouxe refri?
Eu assenti.
- Sim.
- Eu tô com muita fome.- disse levantando a tampa da caixa e pegando uma fatia.
- Não tinha comida onde você foi?- sim, eu fui irônico.
- Tinha, mas eu não gosto do barulho da mastigação no cinema.
- O que você foi assistir?- não era bem essa pergunta que eu queria fazer, mas ia ter que servir.
- Divertidamente 2.- disse com a boca cheia.
Não tinha ido com um garoto,então.
- Ficou bom?
- Eu chorei.- Ana deu um meio sorriso.
Eu pouco sabia sobre as animações da Disney e pouco me interessava mas lhe fiz várias perguntas apenas para ouvir sua voz.
Alguns bons 30 minutos depois ela apagou a luz ,se deitou ao meu lado, por baixo da coberta e me olhou.
- Sensação de dejavu, ne?- eu perguntei olhando em seus olhos.
A sua expressão se tornou uma incógnita para mim.
- Eu espero que não.- Ela disse seus olhos indo dos meus olhos para minha boca.
Eu fiquei confuso.
- Não?
- É... num dejavu as coisas parecem se repetir... e eu não quero que você fuja se mim de novo.- Ela disse.
Eu entendi.
Eu subi minha mão livre até o seu rosto e me deliciei quando ela fechou os olhos sob o meu toque, quando Ana voltou a abri--los eu já estava bem mais perto.
- Eu nunca mais vou fugir de você.- eu disse,segurando sua nuca e trazendo sua boca para mim.
Aaah, a sensação....
O toque macio dos seus lábios nos meus, do seu corpo chegando perto, das suas mãos um pouco trêmulas tocando meus braços.
Minha língua devorou sua boca, sorvendo tudo o que ela tinha para mim.
Ana gemeu em meus lábios e eu a puxei para cima,seus cachos caindo sobre nós enquanto eu apertava sua cintura.
Eu não queria assusta-la, mas o desejo e a urgência em mim eram tão grandes que não pude evitar descer minhas mãos por suas nadegas e apertar com vontade, finalmente sentido a carne terna sobre minhas mãos, mesmo que por cima do tecido gelado do pijama.
De repente Ana me afastou e eu me alarmei.
As mãos em meu peito, a respiração ofegantes, os olhos fechados.
- Ana...- tentei dizer, mas ela colocou os dedos sobre meus lábios, me falando, continuado de olhos fechados, respirando rápido.
Esperei. O que quer que estivesse acontecendo passar e mantive minhas mãos em seu quadril.
Aos poucos sua respiração foi normalizando e eu fazia o possível pra não me mexer, mesmo que minha vontade fosse joga- la na cama e arrancar cada gemido que ela podia emitir.
Ana abriu os olhos, tirando a mão de meus lábios, descendo para o meu peito.
Sem me dizer nada, absolutamente nada, ela se deitou sobre mim, de pernas abertas, o rosto em meu peito.
- Está nervoso?- Ela perguntou depois de um tempo.
E quem não estaria?
Meu coração batia rápido e descompassado.
- Um pouco.- Admiti passando meus braços sobre seu corpo.
- Eu também.
Lhe dei um beijo no alto da sua cabeça.
- Vamos passar por isso juntos.- eu disse me referindo a tudo.
Ana ergueu o rosto para mim, os olhos estavam molhados.
- Promete?- perguntou.
Eu lhe dei um sorriso.
- Prometo.
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EU OUVI UM AMEM?
AneDagloria
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