
15. Com que Cara Eu Ia Olhar Para Ele De Manhã?
POV ROBERT PATTINSON
Esperei que Ana saísse do café dentro do carro.
Quando ela entrou, me invadindo com o seu perfume, eu tinha acabado de encerrar a ligação com minha mãe.
- Você prefere ficar na sua casa ou na minha?- perguntei olhando para ela,seus olhos ainda estavam inchados. Ana me olhou um pouco confusa.- Eu falei com minha mãe e elas vão aproveitar o recesso escolar para estender a viagem, inclusive nos Vamso encontrar com elas na Disney daqui duas semanas.
- Vou ter que ficar duas semanas com você?- Ela perguntou parecendo ultrajada.
Eu lhe dei um meio sorriso e olhei em seus olhos.
- Eu não sou uma companhia tão ruim assim.- falei erguendo minha mão e afastando seu cabelo.
Ana engoliu em seco e olhou para frente.
- Quando não está fugindo você é maravilhoso.- resmungou alto o suficiente para que eu ouvisse.
Ah, se ela soubesse o que teria acontecido se eu não tivesse fugido...
Mas já não importava, eu já tinha decidido. Não ia mais fugir e não ia mais negar.
- Na sua casa ou na minha?- tornei a perguntar.
- Na minha.- disse abraçando a mochila.
Eu assenti.
Como eu já imaginava que aquela fosse a sua resposta já tinha ido até em casa e preparado uma mochila com algumas coisas do trabalho, apesar de ter decidido ficar de homme office enquanto estivesse com ela.
Guardei o carro na garagem e Ana me esperou para entrar em casa, foi logo se trancando no quarto.
Fiquei com o quarto de visitas e quando estava guardando minhas coisas no minúsculo armário o cheiro de café me atingiu.
- Você não devia tomar café tão tarde assim.- falei olhando a hora, eram quase 19h da noite.- Vai ter problemas de insônia.
Ana rolou os olhos, segurando a caneca de café com as duas mãos. Ela já tinha tirado o uniforme e estava usando um short de lycra preto que se enrolava nas suas coxas fortes e uma camiseta que de longe parecia que só vestia aquilo.
- O café é de longe o menor dos motivos da minha insônia.- Ela disse passando por mim.
Eu imaginava que sim, pensei.
Ana me contou o que tinha lhe acontecido, ou pelo menos contou algumas partes. Eu não consegui ouvir tudo e ela chorou tanto que eu não precisava que me contasse.
Como um pai poderia fazer isso com a própria filha? Como uma mãe poderia ser tão relapsa?
Era raiva o que eu sentia por eles.
Mas, no meio de tudo o que ela me disse, eu me toquei de algo.
Por conta do seu trauma, Ana não conseguia ter contato íntimo com ninguém. Isso era óbvio.
Mas então que quando eu retribui seu beijo, apertando seu corpo, ela não ficou tão mal quanto com os outros?
Era uma pergunta que talvez eu nunca tivesse a resposta, pois não perguntaria a ela.
Talvez nem ela soubesse a resposta.
Será que ela confiava em mim nesse nível ou será que se eu tivesse continuado ela teria tido a mesma crise?
Logo depois do jantar, que eu pensei em pedir em um restaurante, mas Ana se adiantou e preparou um macarrão com frango que estava ótimo, eu lavei a louça e fui para o quarto.
Eu estava cansado, atrasei todo meu dia na produtora com minha ida até Elisa, então entrei no quarto e fui logo entrando no banheiro.
Acabei pegando Ana pelada enquanto penteava o cabelo.
- Aí meu Deus!- Ela gritou puxando uma toalha do cabide.- Que droga, Robert!
- Desculpa!- pedi logo voltando pro quarto e fechando a porta.
Mas era tarde demais para minha mente.
A imagem do perfil corporal de Ana de frente para a pia,nua dos pés a cabeça, a bunda empinada, as coxas, os seios com os mamilos entimesidos durinhos e no lugar e o longo cabelo cacheado sendo penteado por ela fixaram em minha memória.
- Caralho.- murmurei para mim mesmo ainda encostado na porta, meu coração batendo acelerado, um sorriso idiota nos lábios.- Ca.ra.lho.
.
.
POV Ana Carla
Aí meu Deus.
Ele tinha mesmo me pego pelada no banheiro.
Encarei meu rosto com minhas bochechas vermelhas enquanto ouvia Robert resmungar um palavrão ainda encostado do outro lado da porta.
Soltei minha escova de cabelo e apoiei minhas mãos na pia, fechando meus olhos.
Meu coração batia acelerado...
Eu tinha me esquecido completamente que ele estava no outro quarto então não me preocupei em fechar as sua porta.
Mordi meus lábios, lembrando da sua expressão. Ele ficou chocado, mas logo seus olhos passaram por meu corpo e eu vi desejo beirando o azul acinzentado de seus olhos.
Desejo que eu tinha visto no nosso fim de semana no barco.
Eu não podia estar tão maluca assim...
Coloquei meu pijama e antes de sair do banheiro dei duas batidinhas na porta, alguns minutos depois eu ouvi o barulho do chuveiro senso ligado.
Olhei para a maçaneta umas duas vezes, um pouco nervosa.
Eu ia mesmo espiar ele no banho? Talvez nem desse para ver nada... o box devia estar todo embassado...
Girei a maçaneta devagar, fazendo o mínimo possível de barulho...
Merda! O box estava aberto.
Robert tomava banho virado para o chuveiro e lavava o cabelo com meu shampoo, eu sabia pelo cheiro.
Todos os músculos flexionados enquanto ele esfregava o cabelo, a água escorrendo por suas costas... a bunda máscula...
- Pode se juntar a mim se quiser, Ana.- ele disse sem me olhar.
Arregalei meus olhos e tranquei a porta, indo correndo para minha cama e me enfiando de baixo dos meus edredons.
Eu me sentia uma menininha de cinco anos que foi pega fazendo algo errado, minhas bochechas estavam quente e eu respirava rápido.
Com que cara eu ia olhar para ele de manhã?
.
.
.
.
.
AneDagloria
Gla_mours0101
BellaMikaelson17
anahoanny
lara2007santos
Biiafss2708
umalufanazinha
ElisaMesquita0
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro