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30. De Mãos Dadas com a Dor

POV Ana Carla

A cerimônia estava cheia, todos os olhos em mim.

A medalha de honra era a maior condecoração que a polícia poderia me oferecer, um símbolo de bravura e sacrifício.

No entanto, enquanto o comissário se aproximava para prendê-la em meu uniforme, tudo o que eu sentia era um vazio esmagador.

O som dos aplausos parecia distante, abafado, como se eu estivesse presa em uma bolha onde a dor e o arrependimento me consumiam.

"Parabéns, delegada," alguém disse ao meu lado.

Sorria mecanicamente, apertando as mãos de todos que vinham me cumprimentar.

Meus lábios curvados em um sorriso falso, enquanto meu coração estava despedaçado.

Robert... era ele quem deveria estar ali, não essa medalha fria.

Subi ao palco para falar.

Respirei fundo, tentando parecer confiante.

—Gostaria de agradecer a todos os meus colegas, à força policial, por todo o apoio durante esses tempos difíceis. O que fizemos não foi apenas cumprir com nosso dever, mas trazer justiça para nossa cidade. Obrigada.

Fingir felicidade, fingir força — era tudo o que eu conseguia fazer naquele momento.

Mas, por dentro, eu estava morrendo.

A cerimônia terminou, e voltei para casa com a medalha ainda pendurada no peito, mas o peso que eu carregava não era a honra.

Era a culpa.

Cheguei ao meu apartamento, tirei o uniforme com cuidado, e deixei a medalha em cima da mesa.

Sentei no sofá, encarando o vazio. O silêncio do apartamento era ensurdecedor.

As lembranças de Robert começaram a vir à tona, como uma tempestade que eu não conseguia controlar.

Todos os momentos que passamos juntos — as brigas, os beijos, os sorrisos, os olhares intensos.

"Eu te amo... Eu preciso de você."

As palavras que eu nunca disse a ele com a força que sentia.

Eu deveria ter gritado isso.

Deveria ter brigado mais para salvá-lo.

Eu desabei, as lágrimas escorrendo pelo meu rosto sem controle.

—Por que você foi embora, Robert? Por que você teve que morrer?—Eu soluçava no vazio.

A ausência dele era esmagadora. Nada mais fazia sentido sem ele.

Cada vez que fechava os olhos, era o rosto dele que eu via.

O som da risada dele ecoava na minha mente.

Mas ele estava morto.

E não havia nada que eu pudesse fazer.

No dia seguinte, fui até a delegacia e pedi afastamento por motivos de saúde.

Lara me olhou com uma mistura de preocupação e tristeza.

— Ana, tem certeza disso? — ela perguntou, com a voz suave. — Você é uma das melhores. Eles precisam de você.

Eu suspirei, sentindo o peso de minha decisão.

— Não posso mais, Lara. Cada corredor dessa delegacia, cada caso que me entregam, me lembra dele. Não consigo continuar fingindo que está tudo bem.

Lara assentiu, respeitosa.

— E tudo que era dele? O que aconteceu com isso?

— A morte de Robert foi exposta na mídia como um caso de traição do governador, e todos pensaram que ele foi enganado. A fortuna dele foi transferida para o meu nome, pro nosso filho, mas... — pausei, respirando fundo. — Eu não quero nada do que ele tinha. Nada disso me traz conforto. Ele não está mais aqui.

Com o passar dos meses, minha gravidez avançou.

Decidi me mudar para o interior, longe da cidade, dos fantasmas de Robert, da máfia, e de tudo que havia me trazido dor.

As noites eram as piores.

Eu me deitava, sozinha na cama, e o vazio ao meu lado me fazia chorar.

Lembrava de como ele me segurava, dos seus beijos, das provocações.

Cada lembrança era uma faca no coração, e todas as noites eu sofria pela falta dele.

Uma noite, deitada, enquanto acariciava minha barriga já visivelmente grande, pensei em como Robert teria reagido se estivesse vivo.

Ele teria sido um bom pai?

Eu me convencia que sim.

Ele teria sido amoroso, protetor.

Um pai como ele era um amante — intenso, presente.

Ele teria segurado nossa filha nos braços com um sorriso torto, cheio de orgulho.

Quando fui fazer o ultrassom e descobri que era uma menina, uma lágrima escorreu pelo meu rosto.

Não era tristeza.

Era uma mistura de alegria e saudade.

— Ela vai ser forte como o pai... — sussurrei, enquanto olhava a tela com a imagem do bebê. — E eu vou amá-la com tudo o que sou.

Mas a saudade continuava a me corroer.

Cada batida do meu coração doía, e a cada dia que passava, eu me arrependia mais de não ter dito a Robert o quanto o amava antes de tudo desmoronar.

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POV Narrador

Ana saiu da loja de bebês carregando algumas sacolas, sentindo o peso suave, mas significativo, de tudo o que havia comprado.

Pequenas roupas, fraldas, e outros itens que simbolizavam a chegada iminente de sua filha.

O sol da tarde aquecia seu rosto enquanto ela caminhava pelas ruas tranquilas do interior, um contraste gritante com a vida que havia deixado para trás na cidade grande.

Era difícil acreditar que, em breve, seria mãe.

A vida havia mudado tanto, e Robert… Robert ainda era uma ausência que doía, uma ferida aberta em seu coração.

Enquanto passava pelas ruas, ela cumprimentou algumas pessoas que haviam se tornado rostos familiares nos últimos meses.

Uma senhora de cabelos grisalhos que sempre ficava na varanda a observou com um sorriso amável.

— Como está se sentindo, querida? — a mulher perguntou com genuína preocupação.

— Estou bem, obrigada. Apenas ansiosa. — Ana respondeu, tentando parecer leve.

A senhora assentiu, com um olhar compreensivo.

— Logo, logo, ela estará nos seus braços. Vai ser a melhor parte.

Ana sorriu, sim, faltava um mês apenas,  mas antes de responder algo, seus instintos afiados se acenderam.

Algo não estava certo.

Ao virar um pouco o rosto, notou um homem estranho, parado no canto da rua.

Ele vestia um terno escuro e chapéu, claramente deslocado naquela cidade pacata.

Seus olhos estavam fixos nela, e uma sensação incômoda subiu por sua espinha.

Despedindo-se rapidamente da senhora, Ana começou a caminhar em direção à sua casa, acelerando o passo levemente, mas sem parecer desesperada.

O olhar treinado de policial fazia seu coração bater mais forte.

"Estou sendo seguida", pensou, seu instinto policial aflorando, mesmo depois de tanto tempo fora da ação.

O som suave dos passos dele ecoava atrás dela, distantes, mas presentes.

Ela sabia que algo estava errado, e que aquele homem não estava ali por acaso.

Chegando em casa, fechou a porta atrás de si com uma sensação de urgência.

Colocou as bolsas na cozinha, os dedos um pouco trêmulos, e seu olhar fixou-se embaixo da mesa.

A arma que ela mantinha escondida ali, por segurança, agora parecia sua única proteção.

Sem hesitar, abaixou-se e pegou a arma, o metal frio em suas mãos trazendo um pouco de conforto.

Quando se virou, já pronta para o confronto, o homem estava parado na porta, a sombra de seu chapéu cobrindo parcialmente seu rosto.

Ana levantou a arma, apontando diretamente para ele.

— Quem é você? — sua voz estava firme, apesar da adrenalina pulsando em suas veias.

O homem permaneceu impassível, seus olhos escuros observando-a com uma calma perturbadora.

— Ninguém. — Ele disse, com uma voz fria e calculada.

Ana sentiu o sangue gelar por um segundo.

Tudo em sua postura indicava perigo.

Antes que pudesse reagir, um pano escuro e pesado foi colocado sobre seu rosto.

O cheiro forte invadiu suas narinas, e ela sentiu o mundo ao seu redor girar violentamente.

— Não... — tentou murmurar, mas suas forças a abandonaram.

O som do mundo foi ficando distante, suas pernas enfraquecendo.

A última coisa que viu foi o chão se aproximando antes de perder a consciência completamente.

Tudo ficou escuro.

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Oi gente!
Deixem aqui as suas teorias sobre o que está acontecendo!

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