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24. A Vitima Esquecida

POV Ana Carla

Chegar em casa naquela noite foi como atravessar um campo minado de pensamentos e sentimentos.

Cada passo que eu dava parecia mais pesado, e a imagem de Robert me puxando para aquele beijo não saía da minha cabeça.

Depois do banho, deitei na cama, ainda com o corpo quente da água e o rosto frio do ar.

Encostei a cabeça no travesseiro, mas não havia descanso ali.

A súplica de Robert ecoava em minha mente:

"Fica comigo."

Aquelas palavras estavam gravadas em mim, misturadas com a dor e a raiva de tudo o que aconteceu.

Ele jurou não ter matado Alice, e por mais que eu quisesse rejeitar isso, algo em seus olhos me fez hesitar.

Eu olhava para o teto, buscando alguma clareza.

Mas tudo era confuso, e as sombras dançavam em minha mente, turvando qualquer lógica.

Se Robert estivesse falando a verdade... o verdadeiro culpado pela morte de Alice ainda estava solto.

Isso me atormentava.

Como eu, uma delegada experiente, deixaria algo assim passar?

Sentei na cama de repente, como se uma onda de ansiedade tivesse me empurrado.

Não podia ignorar o que ele disse, não enquanto eu mesma não tivesse certeza.

Fui até o escritório, o coração batendo rápido, e abri a pasta onde guardava todas as provas que Alice havia deixado para mim.

Estava tudo ali, o resultado de uma investigação meticulosa e que apontava, com todas as suas evidências, para Robert.

Tudo levava a ele.

Exceto... uma coisa.

Parei.

Uma foto.

Uma foto que, na primeira vez que passei os olhos, tinha parecido insignificante.

Talvez porque, na loucura de ver o nome de Robert tantas vezes nas anotações de Alice, eu estivesse cega para outros detalhes.

Mas agora... olhando com mais atenção, a foto me intrigou.

Era uma imagem de um encontro.

O governador estava lá, entregando um envelope a um homem que não era Robert.

Estreitei os olhos, tentando entender.

O governador sempre teve ligações com Robert, suas transações eram parte do que o incriminava.

Mas ali, ele não estava lidando com Robert.

Ele estava pagando outra pessoa.

Passei a mão pelo rosto, tentando processar aquilo.

Eu conhecia bem a equipe de Robert. Bobby, Marcus e Tom eram os únicos em quem ele confiava para trabalhos daquele nível.

Se não era nenhum deles, então quem era esse homem na foto?

Fiquei em silêncio, olhando para o rosto desfocado daquele estranho na imagem, e uma sensação desconfortável me invadiu.

Era possível que eu estivesse errada?

Que eu tivesse deixado passar algo tão crucial?

O pensamento de que Robert poderia estar certo, que ele não tinha matado Alice, começou a me corroer.

E, se fosse verdade, eu teria que encarar um fato ainda mais sombrio: o verdadeiro assassino estava à solta, e eu o deixei escapar enquanto prendia o homem errado.

Eu estava em conflito.

O dever me dizia para continuar investigando, para não me deixar levar por sentimentos.

Mas meu coração... meu coração estava uma bagunça.

Robert tinha mexido comigo de um jeito que eu não sabia controlar.

Como uma delegada, eu deveria ser objetiva.

Mas como mulher... eu já estava envolvida demais.

Fiquei ali, encarando a foto, o coração acelerado e a mente em turbilhão, tentando decidir qual caminho seguir.

O dia amanheceu nublado, como se o clima refletisse o turbilhão que se passava dentro de mim.

Cheguei à mansão de Robert sem pensar duas vezes, guiada pela urgência do que descobri na noite anterior.

Minha mente estava em caos, cada pensamento se entrelaçando com dúvidas e culpa.

A empregada tentou me deter na porta, dizendo que Robert ainda estava dormindo, mas eu não me importava.

Meu corpo se movia por conta própria, ignorando os protestos dela atrás de mim.

Subi as escadas em direção ao quarto dele.

Quando abri a porta, lá estava ele, dormindo tranquilo, como se o mundo fora daquele quarto não estivesse desmoronando.

Aquilo me irritou.

Como ele podia dormir assim enquanto eu mal conseguia respirar?

Cheguei até a cama e bati a foto no peito dele com força.

— Quem é ele? — Perguntei, minha voz cortante.

Robert acordou assustado, dando um pulo na cama.

— Ai, meu Deus! — Ele exclamou, ainda meio perdido, sentado de forma desajeitada, o peito subindo e descendo rápido com o susto.

— Quem é ele? — Repeti, a raiva e a frustração escorrendo de cada palavra.

Ele piscou, ainda confuso, e olhou para mim como se eu tivesse enlouquecido.

— Ana, que horas são? Você caiu da cama?

— Olha a foto! — Exigi, ignorando seu tom descontraído. — Olha isso!

Robert pegou a foto e, à medida que seus olhos focalizavam a imagem, a confusão desapareceu e deu lugar a uma expressão rígida.

— Onde você conseguiu isso? — Ele perguntou, a voz baixa e cautelosa.

— Nas coisas da Alice. — Comecei a andar de um lado para o outro, sentindo o peso da revelação me esmagar. — Eu... não vi essa foto antes, não prestei atenção... Fui uma idiota, uma estúpida! Coloquei você na cadeia, e o verdadeiro assassino estava solto o tempo todo!

Eu estava atropelando minhas próprias palavras, tentando dar sentido à confusão que estava dentro de mim.

Robert me observava, ainda processando tudo, até que finalmente se levantou e veio até mim, segurando meus ombros com firmeza.

— Ana, calma. — Ele disse, a voz mais suave. — Eu não estou conseguindo acompanhar.

Olhei para ele, meus olhos marejados.

O peso de toda a situação me esmagava.

A culpa me consumia.

— Não é óbvio? — Sussurrei, minha voz falhando. — Foi ele. Foi a máfia mexicana que matou Alice. Durante todo o tempo, você não era o investigado...

— Era o governador. — Ele completou, os olhos deslocados, como se estivesse processando a magnitude da revelação.

Eu confirmei com um aceno.

— Sim. Por isso ele ficou tão apavorado ao me ver. Ele sabia quem eu era o tempo todo.

Robert soltou o ar com força, passando a mão pelo cabelo, claramente abalado pela revelação.

— Você acha que o governador está por trás de... o quê, exatamente?

— De tudo... — As palavras saíram rápidas, quase como um soluço de dor.

Robert balançou a cabeça, seu semblante endurecendo mais a cada segundo.

— Não. Eu conheço aquele merda. Ele não seria a cabeça de tudo o que está acontecendo. É o Ramirez. — Ele me olhou com intensidade, como se a resposta estivesse clara para ele o tempo todo. — Ele plantou tudo isso para me destruir.

Estreitei os olhos, ainda tentando entender.

— Por que ele faria isso?

— Além do motivo óbvio? — Robert fez uma pausa, a voz amarga. — Se eu fosse derrubado, o submundo ficaria livre para ele.

As palavras de Robert reverberaram dentro de mim. Ramirez.

Ele estava certo.

Ramirez tinha a ganhar com a queda de Robert, e o governador seria a peça perfeita para mascarar tudo.

Eu sentia o chão sumindo sob meus pés.

Toda a investigação de Alice, todo o meu trabalho para colocar Robert na cadeia... tudo estava errado.

Mas a verdade me atingia como uma faca: eu havia sido manipulada desde o início.

E agora, o peso de toda essa traição estava sobre mim.

— Eu errei. — Murmurei, mais para mim mesma do que para ele. — Todo esse tempo, eu estava perseguindo o alvo errado.

Robert se aproximou, suas mãos ainda firmes em meus ombros, me puxando para mais perto.

— Não era só você, Ana. — Ele disse, o tom firme. — Ramirez está jogando esse jogo há muito mais tempo do que você imagina. Mas agora, nós vamos acabar com isso.

Olhei para ele, a confusão e o arrependimento me consumindo, mas também algo mais.

Uma faísca de determinação que nascia em meio ao caos.

Eu estava disposta a ir até o fim, agora mais do que nunca.

Eu não deixaria que Alice fosse mais uma vítima esquecida.

POV Narrador


Ana sentia o estômago se revirar enquanto o clima no escritório ficava cada vez mais tenso.

Todos estavam ali, encarando-a, esperando por respostas, e ela sabia que o que tinha para dizer não iria agradar ninguém.

As palavras pareciam pesadas enquanto ela explicava o que havia descoberto sobre o envolvimento de Ramirez, o governador, e o erro que cometeu ao acreditar que Robert era o principal culpado.

— Quer dizer que a bonitinha fodeu a nossa vida de graça? — Bobby disparou, a voz cheia de amargura e irritação. Ele cruzou os braços, o corpo todo tenso.

— De graça não, porque você ainda é um baita criminoso, querido — Lara interveio com sua voz sempre provocadora. — E ainda é burro porque fica dando cobertura pro bonitão ali. — Ela fez um gesto casual para Robert, como se comentasse o tempo, mas seus olhos estavam fixos em Ana. — Mas, Ana... Você tem certeza?

Ana respirou fundo, tentando controlar a onda de nervosismo que subia por sua garganta.

— Está muito óbvio, Lara. — As palavras saíram mais apressadas do que ela gostaria, traindo sua tensão. — As digitais não batem com as de Robert. Pedi uma análise mais aprofundada, mas ainda não temos a digital do Ramirez no sistema. Mesmo assim, não acredito que ele tenha feito isso com as próprias mãos. Mas a foto... do governador com ele... está muito claro. Eles estavam juntos, e Alice descobriu isso.

As palavras deixaram um gosto amargo em sua boca.

Falar de Alice trazia uma dor profunda, uma culpa que ela mal podia suportar.

Elisa e Bia, que até então estavam focadas em seus notebooks, levantaram os olhos, claramente intrigadas com a questão.

— Mas por que o nome do Robert aparece tantas vezes nas pesquisas dela? — Rebeca questionou, a dúvida estampada em seu rosto.

O silêncio caiu sobre o grupo, todos esperando uma explicação.

Foi Tom quem respondeu, sua voz firme mas sombria:

— Porque ele estava sempre fazendo transações com o governador. Ele era o alvo mais fácil.

Os olhares de todos se cruzaram, o ambiente carregado de tensão.

Ana podia sentir o julgamento nos olhos de alguns, especialmente em Bobby, que parecia mais irritado a cada segundo.

— Você tem noção que, por conta de um erro seu, você fodeu a vida de muita gente? — Bobby perguntou, sem disfarçar o desprezo.

Ana engoliu em seco, as palavras dele perfurando-a como lâminas.

Ela queria se defender, queria dizer que estava fazendo o que acreditava ser certo, mas antes que pudesse falar, Robert interveio.

— Para. — Ele olhou para Bobby com aquele olhar impetuoso e perigoso, sua voz baixa, mas carregada de autoridade.

Mas Bobby não se conteve. Ele deu um passo à frente, o rosto avermelhado de fúria.

— Não vou parar! — Ele bradou, avançando. — Seus homens foram presos por causa dela! Todos naquele galpão, Robert. E você vai ficar calado porque está viciado nessa... — As palavras morreram nos lábios dele quando Robert avançou.

Antes que Bobby pudesse terminar a frase, o punho de Robert encontrou o rosto dele com força, o som do impacto ecoando pelo cômodo.

Em um instante, os dois estavam brigando, trocando socos furiosos. Marcus e Tom correram para separá-los, tentando segurar os dois.

— Chega! — Bobby se afastou, com a boca sangrando, mas a raiva ainda brilhando em seus olhos. — Eu tô fora. — Ele disse, a voz carregada de ressentimento.

Sem esperar por resposta, ele começou a andar em direção à porta.

Mas, de repente, o corpo de Bobby deu um solavanco e ele caiu de joelhos no chão.

Todos ficaram imóveis, sem entender o que havia acontecido.

Ana olhou diretamente para Lara, que estava parada, com uma expressão de completo desdém no rosto.

— O que você fez? — Ana perguntou, já temendo a resposta.

Lara deu de ombros, sem nenhum sinal de arrependimento.

— Ué, gente? Não era pra matar se qualquer um fizesse algo do tipo? — Ela ergueu o pequeno controle do chip implantado em Bobby, o exibindo como se fosse um brinquedo.

Ana sentiu um nó se formar em sua garganta.

Não podia acreditar no que acabara de acontecer.

— Você matou ele? — Robert perguntou, incrédulo, sua voz cheia de raiva e incredulidade, enquanto Tom soltava seus braços, tão chocado quanto o resto do grupo.

Lara, no entanto, guardou o controle no bolso, completamente imperturbável.

— Que sirva de exemplo. — Ela respondeu friamente, olhando diretamente para Robert. — E me poupa dessa cara de indignado, porque a culpa da polícia estar no seu pé é da incompetência dele. Eu resolvi o problema pra você.

Ana se sentiu nauseada, o choque da situação a atingindo com força.

Ela olhou para Bobby, no chão, sua vida drenada diante de todos, e sentiu um peso insuportável de culpa.

Isso foi longe demais.

— Isso... isso não precisava acontecer. — Ela sussurrou, a voz fraca.

O silêncio no ambiente era quase palpável, pesado como chumbo.

Robert parecia lutar com suas próprias emoções, a fúria e a dor passando por seu rosto.

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