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19. Você Tem o Direito de Permanecer Calado

POV Ana Carla

- Robert...

- Eu tô aqui, amor, dentro de você... está sentindo...

- Aí....

- Isso, amor, esmaga o pau do seu homem, vai...

Ok.

Eu confesso.

Eu estava adorando ser acordada de manhã praticamente empalada com aquele homem desgraçado em cima de mim.

Me mordendo.

Me chupando.

Me lambendo.

Fazendo eu me sentir a oitava maravilha do mundo.

Robert puxou minha boca para sua, me colocando sentada em suas coxas de pernas abertas,seu pau enterrado em mim enquanto seus braços me abraçavam por inteiro e eu usava meus joelhos para quicar sobre ele.

Era insano.

Eu sei.

E pior do que eu gostar daquilo tudo era eu quase não ouvir a voz em minha mente que costumava me trazer de volta a realidade.

A realidade de que Robert era o assassino de Alice e muito mais que isso, ele era responsável por tudo o que acontecia no submundo.

Cada vez mais eu me entregava as sensações que ele me proporcionava e aos momentos com ele.

Isso se devia ao fato de que quando estava comigo ele era diferente.

Muitas vezes eu tinha que lembrar a mim mesma que ele não me conhecia.

Ele não sabia que eu era delegada, que passava meu dia a base de café e que adorava ser implacável com os traficantes da cidade.

Só o que ele via era a artista que ele pensava que eu fosse.

Apesar de que meu gênio eu nunca consegui mudar, eu continuava sendo a marrenta e empoderada, mesmo que de um jeito muito mais polido.

Robert mordeu minha boca,me trazendo pra realidade,seu pau batendo um ponto mais fundo dentro de mim, fazendo minha mente girar em torno da sensação absoluta que ele me fazia sentir.

- Gostoso.- murmurei puxando seus lábios, olhando em seus olhos.

O azul acinzentado, como num dia nublado, era hipnotizante e somado ao sorriso torto que se espalhava em seus lábios era a combinação perfeita para me fazer sucumbir.

Robert ainda estava deitado, seu corpo relaxado, quando ele recebeu a ligação, vi a mudança em seu rosto.

Os traços suaves se tornaram rígidos, a expressão de antecipação.

Meu coração bateu mais forte, e eu sabia que o que estava por vir não seria simples.

— O que aconteceu? — perguntei, tentando manter a voz casual, mas por dentro eu já estava me preparando para o que ele poderia dizer.

Ele desligou o telefone, jogando-o de lado com um sorriso que misturava triunfo e algo mais sombrio.

Seus olhos me fitavam, um brilho satisfeito.

— O último carregamento chega amanhã — ele disse, como se isso explicasse tudo.

Subi sobre ele, sentindo a familiaridade do seu corpo contra o meu, mas algo dentro de mim estava agitado.

Havia tanta coisa que ele não dizia, tanto que eu ainda precisava descobrir.

— Posso fazer uma pergunta? — comecei, hesitante, mas sabendo que precisava saber mais.

Robert assentiu, sua expressão curiosa, mas relaxada.

Não havia pressa nos movimentos dele, como se estivesse no controle de tudo ao seu redor.

Eu, por outro lado, sentia meu controle se esvaindo um pouco a cada segundo que passava.

— Você não se sente mal por estar colocando tantas armas e drogas nas ruas?

A pergunta saiu antes que eu pudesse me conter.

Havia uma tensão que explodiu no ar, e o sorriso que ele usava desapareceu por um momento.

Ele me encarou em silêncio, os olhos escuros, avaliando cada movimento meu.

Eu me perguntei se havia ido longe demais.

Finalmente, ele suspirou, pesado, como se estivesse cansado de carregar aquele fardo, mas resignado.

— Se não fosse eu, seria outra pessoa — ele respondeu, a voz carregada de uma espécie de aceitação amarga. — Esse é o negócio da minha família, Ana. Há gerações. Não é algo que eu posso simplesmente apagar.

Meu peito apertou.

Parte de mim queria acreditar que ele era melhor do que isso.

Que ele poderia, de alguma forma, ser diferente.

Mas o que mais me incomodava era o fato de que ele parecia não querer ser diferente.

Ele estava confortável nesse papel, como se estivesse vivendo uma vida que não escolheu, mas que havia aprendido a aceitar e até abraçar.

— Mas você é um ator rico — eu insisti, tentando entender. — Você não precisa disso. Você pode ter qualquer vida que quiser.

Eu estava tentando manter a voz neutra, mas a frustração escorria nas minhas palavras.

Ele desviou o olhar por um momento, como se minhas palavras tivessem tocado algo dentro dele que ele preferia não encarar.

Quando ele voltou a me olhar, havia uma tristeza ali, um peso que ele parecia carregar há muito tempo.

— Essa é a minha vida — ele disse, quase em um sussurro. — A vida que me foi dada. A única que eu conheço.

O silêncio se alongou entre nós, denso e pesado.

Eu me inclinei para frente, tentando tocá-lo de uma maneira que não fosse apenas física, mas emocional.

Toquei o rosto dele com cuidado, tentando suavizar o que quer que eu tivesse agitado dentro dele.

— Desculpa — murmurei, sem saber exatamente o porquê de estar pedindo desculpas, mas sentindo que havia algo ali, algo que eu não deveria ter mexido.

Mas, antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ele me puxou para um beijo.

Não era um beijo gentil.

Era faminto, quase desesperado.

Sua língua exigia a minha, suas mãos seguravam minha cintura com uma firmeza que me tirava o fôlego.

Ele estava tentando apagar tudo o que eu tinha dito com aquele beijo, como se pudesse me convencer de que não importava.

Quando ele finalmente se afastou, seus olhos estavam ainda mais escuros, carregados de desejo.

Ele deslizou as mãos para minhas costas, me puxando para mais perto, como se não quisesse me deixar ir, como se a nossa proximidade pudesse acalmar algo dentro dele.

— Você só precisa ver o lado bom disso tudo — ele murmurou contra meus lábios, a voz baixa, rouca. — A vida luxuosa que eu posso te dar. A segurança que ninguém mais pode.

Eu forcei um sorriso, tentando não mostrar o conflito que se formava dentro de mim.

Por fora, eu deveria estar tranquila, mas por dentro, tudo em mim estava gritando.

Eu sabia que, no fundo, ele acreditava nisso.

Mas a vida que ele me prometia, aquela segurança luxuosa, era construída sobre algo podre, algo que eu sabia que não podia aceitar.

Mas enquanto ele me beijava de novo, mais suave dessa vez, parte de mim queria acreditar nele.

Mesmo sabendo que tudo era uma ilusão, algo em mim queria que, por um momento, eu pudesse me perder nessa mentira.

Afinal, eu não estava ali por causa de Robert.

Eu estava ali para destruí-lo.

Mas naquele momento, entre seus braços, parecia mais difícil do que nunca lembrar disso.

E foi por isso que eu tomei uma decisão desesperada.

.

Voltar à delegacia foi como abrir um portal para uma versão de mim mesma que eu havia enterrado nos últimos meses.

As paredes familiares, o cheiro do café velho, o som dos rádios de comunicação enchendo o ambiente com relatos de crimes acontecendo em cada canto da cidade.

Enquanto caminhava pelo corredor até a sala do juiz, cada passo ecoava como um lembrete do que eu estava prestes a fazer.

Era hora de recuperar quem eu era de verdade, e isso significava deixar Robert para trás, mesmo que parte de mim hesitasse em aceitar isso.

Entrei na sala do juiz com a postura de uma delegada determinada.

Ele me olhou de cima a baixo, percebendo a diferença em minha expressão.

Eu não era mais a mulher que estava de licença, perdida em uma missão impossível.

Eu estava ali para pedir de volta o meu distintivo.

— Quero cancelar minha licença — disse, com firmeza. — Estou pronta para retomar meu cargo.

O juiz olhou para mim por um momento, considerando minhas palavras, antes de assinar a papelada sem questionamentos.

Ele sabia que, apesar de tudo, eu sempre tinha sido uma das melhores.

Quando ele me devolveu o papel assinado, algo em mim se mexeu.

Parte de mim queria comemorar, sentir a satisfação de finalmente estar no controle novamente.

Mas não havia alívio.

Havia apenas um vazio crescente.

Horas depois, eu estava na sala de Lara, observando ela espalhar os arquivos e provas que tínhamos contra Robert.

Ela tinha feito um excelente trabalho.

Assim como Rebeca, Elisa e Bia,  que teriam seus crimes esquecidos pela justiça assim que Robert fosse preso.

Cada detalhe, cada transação, cada movimentação suspeita, tudo estava ali, diante de nós.

Lara, sempre tão eficiente, estava animada como nunca.

— Entreguei tudo ao promotor — ela disse, o rosto iluminado com satisfação. — O mandado de prisão foi expedido. É só questão de tempo agora.

Eu vesti meu colete à prova de balas, sentindo o peso da responsabilidade cair sobre mim.

Estava de volta à farda, com minha arma no cinto, como se cada peça de equipamento fosse um tijolo a mais na muralha que eu precisava construir em volta de mim.

Lara me olhou com expectativa.

— Você vai prender ele no galpão? — perguntou, mal conseguindo conter o entusiasmo.

Balancei a cabeça, ajustando o colete e evitando olhar para ela diretamente.

— Não — respondi, tentando manter a voz firme. — No galpão, tem grande chance de isso tudo se transformar num banho de sangue. Vou fazer isso na mansão.

Ela ficou em silêncio por um momento, processando minha resposta.

Eu podia ver o brilho em seus olhos, como se estivesse esperando há meses por esse momento.

Mas por dentro, algo estava desmoronando em mim.

Eu deveria sentir o mesmo que ela — alívio, justiça, a vingança por Alice.

Mas, ao contrário disso, tudo o que eu sentia era um luto profundo.

Robert não era o homem que eu tinha inventado na minha cabeça.

Ele era cruel, calculista, capaz de matar sem hesitação.

Eu vi.

Eu ouvi.

Eu presenciei.

Mas, mesmo assim, eu havia me envolvido.

E agora, enquanto me preparava para prendê-lo, algo em mim chorava pela conexão que eu sabia que não deveria ter criado.

Não podia mais mentir para mim mesma — eu me importava com ele, e isso me destruía.

— Finalmente vamos vingar a morte de Alice — Lara disse, cheia de orgulho.

Assenti, fingindo concordar, mas meu peito estava pesado.

Não havia mais volta, não para mim.

Enquanto me olhava no espelho, vestida para a batalha final, percebi que o que viria depois seria ainda mais difícil.

Eu podia estar pronta para prendê-lo, mas não sabia se estava pronta para lidar com o que restaria de mim quando tudo acabasse.

Eu me virei para Lara, forçando um sorriso.

— Vamos acabar com isso.

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Meu coração estava batendo tão forte que parecia ecoar pelo escritório silencioso de Robert.

Eu entrei, mantendo minha expressão firme, mas por dentro, algo estava errado.

Não era para ser assim.

Eu deveria sentir apenas a satisfação de dar voz de prisão para o homem que destruiu tantas vidas, incluindo a de Alice.

Mas agora, diante dele, algo em mim hesitava.

Robert estava sentado atrás da mesa, o olhar fixo nos papéis à sua frente, completamente alheio ao que estava prestes a acontecer.

Ele não sabia que, desta vez, o jogo havia terminado.

Pelo menos, para ele.

Eu me aproximei, tentando me lembrar de tudo o que ele era: um criminoso, o líder de uma máfia, o assassino indireto de Alice.

E, no entanto, não conseguia ignorar a tensão que  existia entre nós.

Era algo perigoso, uma faísca que nunca deveria ter existido, mas estava ali.

Nós jogamos um jogo perigoso, vivemos dias intensos, alho estava enraizado em mim.

Eu sabia disso, e ele também.

— Robert Pattinson — minha voz soou firme, mas meu peito apertou quando ele levantou o olhar, surpresa estampada em seu rosto.

Por um breve momento, tudo pareceu congelar.

A confusão nos olhos dele foi substituída por algo mais profundo... decepção?

Ele percebeu.

Ele sabia.

Os policiais entraram pela porta atrás de mim, armas baixas, mas prontos para agir.

Robert olhou ao redor, seu rosto endurecendo, e eu vi a máscara que ele sempre usava desmoronar.

Ele estava acostumado a controlar tudo, mas naquele instante, estava claro que o controle havia escapado de suas mãos.

— O que está acontecendo, Ana? — ele perguntou, a voz baixa, mas cheia de incredulidade.

Eu respirei fundo.

Sabia que precisava terminar com aquilo, colocar um ponto final nesse jogo perigoso entre nós.

— Você está preso, Robert — falei, tentando ignorar a estranha sensação de que, de alguma forma, isso também era um fim para mim. — Lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e armas, envolvimento com a máfia. Você tem o direito de ficar calado. Qualquer coisa que disser pode e será usada contra você no tribunal.

Enquanto eu falava, aproximei-me dele e puxei as algemas.

Meus dedos pareciam pesar toneladas enquanto eu as encaixava ao redor de seus pulsos.

Nossos olhares se cruzaram por um segundo, e me senti gelar por dentro.

Ele me olhou com uma mistura de dor, surpresa e... decepção.

Eu nunca tinha visto Robert assim antes.

— Eu realmente pensei que você era diferente — ele murmurou, quase para si mesmo, enquanto eu apertava as algemas. — Pensei que, de todas as pessoas, você entenderia.

Minhas mãos pararam por um segundo, mas eu me forcei a continuar.

Não havia mais volta.

O sentimento que havia crescido entre nós era uma ilusão.

Eu sabia disso, ou tentava me convencer disso, mas parte de mim estava lidando com uma dor inesperada.

Nós tínhamos cruzado linhas perigosas, e agora eu estava cortando o último fio que nos unia.

— Não se engane, Robert — respondi, tentando manter a frieza na voz. — Isso sempre foi o que eu deveria fazer.

Ele olhou para mim, com um sorriso que parecia mais triste do que debochado desta vez.

— Eu confesso que me pegou de surpresa, Ana — disse ele, sua voz agora mais suave, quase íntima. — Você me prendeu... de várias maneiras.

Eu apertei as algemas mais forte do que o necessário, tentando abafar o desconforto que crescia dentro de mim.

A verdade é que, por mais que quisesse odiá-lo completamente, algo em nossa relação o tornava mais humano aos meus olhos.

E talvez fosse isso que me deixava tão confusa.

Lara, ao meu lado, começou a recolher os papéis que estavam na mesa, interrompendo aquele momento estranho entre mim e Robert.

— Isso deve ser suficiente para completar o quebra-cabeça — disse ela, olhando para mim com uma expressão cautelosa.

Eu assenti, tentando ignorar o olhar de Robert que ainda estava cravado em mim.

Os policiais começaram a levá-lo para a viatura, e enquanto ele passava por mim, olhou para seu subchefe, Bobby, e disse, com a voz suave e confiante de sempre:

— Vai ficar tudo bem, Bobby. Cuida de tudo até eu resolver isso.

E então, ele olhou para mim uma última vez, com uma mistura de admiração e amargura.

— Eu pensei que você seria a última pessoa a me trair, Ana — disse ele, sua voz carregada de algo mais profundo, quase pessoal. — Mas de qualquer forma... você foi a única que me fez sentir algo. Lembre-se disso.

Fiquei parada, assistindo enquanto ele era levado.

O sentimento de justiça que eu esperava sentir nunca veio completamente.

Tudo o que restava era o peso das decisões que eu tomei e a lembrança de uma relação perigosa que jamais deveria ter começado.

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Agora o show vai começar.

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