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23. Minha Equipe, Sua Equipe

POV Ana Carla


Ao sair do carro e olhar para a mansão, senti um aperto no estômago.

O lugar onde eu já tinha entrado antes tantas vezes, mas sempre em outro papel.

Agora, como delegada, cada passo que eu dava parecia mais pesado, como se as paredes daquela casa soubessem da verdade, soubessem quem eu realmente era.

O que eu realmente sentia por mais que negasse.

Era como se todos os olhares dos funcionários estivessem sobre mim, me despindo, revelando cada uma das minhas mentiras.

Me senti nua.

Vulnerável.

Passei pelos corredores, tentando me manter firme, mas sentia o peso do meu disfarce desmoronando.

Não era a mesma mulher que andava por ali antes, sorrindo, fingindo que tudo estava sob controle.

Agora, eu tinha o peso de uma delegada e o fato de estar de volta naquele ambiente apenas tornava tudo mais tenso.

Meu corpo estava em alerta, cada célula consciente de que eles sabiam o que eu tinha feito.

Sabiam que traí Robert.

Quando finalmente entrei na sala onde Robert me aguardava, senti uma onda intensa de emoções.

Ele estava ali, de pé, imponente, mas algo nele havia mudado.

Aquele homem que costumava intimidar parecia... diferente.

Menos intocável.

A presença dele ainda era forte, mas agora eu conseguia enxergar as rachaduras, os sinais de que ele não era tão invencível quanto eu pensava.

A verdade era que eu o tinha abalado, talvez mais do que ele jamais admitiria.

— Bem-vinda de volta, Ana. — A voz de Robert era carregada com um tom familiar, um misto de ironia e controle. — Já conhece minha equipe, mas eu ainda não conheço a sua.

Meu coração deu um salto no peito, mas mantive o rosto inexpressivo.

Eu sabia que esse momento viria.

Respirei fundo, me virando para as meninas que estavam atrás de mim, cada uma carregando seus equipamentos, prontas para o que viesse.

Elas eram minha fortaleza, meu time, e eu sabia que juntas, éramos uma ameaça real para Robert.

— Esta é Elisa, responsável por hackear todas as câmeras de segurança ao seu redor — comecei, apontando para cada uma delas enquanto falava. — Bia, responsável por administrar cada escuta espalhada pela sua casa. Rebeca e Lara, responsáveis por manter minha segurança.

Robert me olhou com aquela expressão que só ele conseguia ter, uma mistura de frustração e fascínio.

Ele estava incomodado.

Eu podia ver.

Algo nele se partiu naquele momento, e isso me deu até  uma satisfação sombria.

— Câmeras hackeadas e escutas dentro da minha casa? — Ele repetiu, claramente irritado, e então lançou um olhar carregado de acusação para Bobby. — Que interessante.

Eu quase pude ver Bobby engolindo em seco ao sentir o olhar de Robert.

O clima no ar mudou imediatamente, uma tensão pesada se instalando.

Bobby, responsável pela segurança de Robert, tinha claramente falhado.

E ele sabia disso.

— Você não pode ficar bravo comigo quando ela tem uma equipe de hackers criminosas protegidas pela polícia. — Bobby tentou se defender, a voz cheia de justificativas, mas sem firmeza. Ele sabia que tinha deixado passar algo grande.

Fiquei parada, observando a interação entre eles.

Ver Bobby tão apreensivo, se esquivando das acusações de Robert, me fez perceber algo importante: eu realmente havia conseguido abalar aquele império de dentro para fora.

Eu, com a minha equipe, com o meu disfarce, tinha conseguido entrar e derrubar as defesas que eles julgavam impenetráveis.

Porém, havia algo mais.

Ver Robert ali, enfrentando sua equipe por minha causa, me fez perceber o quanto estávamos entrelaçados agora.

Eu havia desvendado o homem que ele tentava esconder, e ele sabia disso.

Mas, ao mesmo tempo, não pude ignorar a intensidade que sentia por ele.

Cada palavra que ele dizia, cada provocação, tudo fazia meu coração bater mais rápido.

E isso me aterrorizava.

Mesmo sabendo que estava aqui para derrubar o império de Robert, algo em mim ainda era atraído por ele, pela força que ele emanava, pela conexão que, por mais que eu tentasse negar, ainda existia.

Eu só não sabia até onde isso iria me levar.

Quando Robert nos conduziu ao escritório, senti uma onda de tensão percorrer o ambiente.

As meninas estavam alertas, os olhares trocados com cautela, e eu, por mais que tentasse manter a fachada firme, sentia o peso de cada movimento, cada palavra que seria dita naquele espaço.

Ao entrar, os homens dele tomaram seus lugares em volta da grande mesa de madeira polida, enquanto nós nos espalhávamos.

Robert ficou de pé, uma sombra de frustração e algo mais profundo no olhar.

Algo que eu sabia que ele tentava esconder, mas que eu, infelizmente, já  conhecia bem demais.

— O que vocês sabem sobre a máfia mexicana? — perguntei, minha voz firme, tentando esconder o turbilhão dentro de mim.

Marcus foi o primeiro a responder, sua voz carregada de desprezo: 

— Que eles são uns filhos da puta.

Elisa, sempre prática, soltou um resmungo sem nem erguer o rosto do notebook: 

— Isso a gente já sabe.

Eu esperava essa resposta.

Sabia que eles odiavam a máfia mexicana, assim como qualquer um que se envolvesse nos negócios de Robert.

Mas a verdade é que eu queria mais do que palavras vazias, mais do que esse ódio generalizado.

Precisávamos de informações concretas.

Antes que eu pudesse pressionar mais, Robert, com toda sua aura dominante, disse com a voz carregada de uma calma forçada: 

— Antes de qualquer coisa, quero que vocês tirem todas as câmeras hackeadas e escutas da minha casa.

Ele me olhou diretamente, e eu senti o impacto daquele olhar.

Havia um misto de raiva e decepção, mas também algo mais... a tensão que sempre pairava entre nós, agora misturada com essa nova realidade.

Eu podia ver o conflito nele, o homem dividido entre o ódio pela minha traição e o desejo que ainda persistia.

Mas eu não podia ceder a isso.

Não aqui, não agora.

Respirei fundo e me aproximei, sem desviar o olhar.

Cada passo parecia um desafio, e eu sabia que as meninas estavam prontas para qualquer reação.

Coloquei minha arma sobre a mesa com um gesto deliberado.

O som metálico ecoou pelo ambiente, e todos olharam para mim.

Lara e Rebeca, sempre minhas sombras, se moveram discretamente, ficando atrás de mim, prontas para o que viesse.

Sabíamos que as coisas poderiam escalar a qualquer momento.

Robert me encarou, seus punhos fechados ao lado do corpo, sua respiração mais pesada.

Ele estava irritado, e isso só fazia a tensão crescer ainda mais.

— Eu devo te lembrar que você não está em posição de exigir nada? — perguntei, minha voz calma, mas com um peso implícito.

Sabia que aquilo o irritaria ainda mais, mas eu precisava manter o controle.

Precisava lembrar a ele que as cartas estavam comigo agora.

— É a minha casa... — Ele começou, a frustração evidente.

— As escutas serão retiradas quando você cumprir o acordo. — Eu o interrompi, firme, sem desviar o olhar.

O silêncio que se seguiu foi pesado, quase sufocante.

Eu podia sentir o calor de Robert, a maneira como sua raiva parecia transbordar em ondas, mas eu me mantive imóvel.

Cada fibra do meu ser estava alerta, esperando sua reação.

Ele puxou o ar, visivelmente tentando se controlar, e deu um passo para trás, como se recuasse para não fazer algo de que se arrependesse.

Meu coração estava disparado.

Por mais que eu quisesse ignorar, por mais que tentasse manter o profissionalismo, havia algo naquela troca que me afetava profundamente.

Eu sabia o que ele sentia, assim como sabia o que eu sentia, mas não havia espaço para ceder àquilo.

Não quando tudo estava em jogo.

Mas a verdade é que estar perto dele assim, naquele ambiente que tanto nos lembrava do que vivemos, me fazia questionar minha própria força.

Cada olhar, cada palavra trocada com ele me fazia sentir como se andássemos por uma linha tênue, onde qualquer movimento em falso nos levaria ao abismo.

E, por mais que tentasse negar, parte de mim estava perigosamente próxima de cair.

Ou já tinha caído e eu não queria admitir.

Bobby começou a falar, as palavras saindo com aquela confiança característica dele, mas havia um peso na maneira como descrevia os Los Hermanos.

Eles não eram só mais uma gangue, estavam infiltrados em todos os cantos de Los Angeles, e o nome de "máfia mexicana" era uma máscara para algo ainda mais complexo.

— Apesar do nome, eles não operam do México — começou Bobby, seus olhos cravados nos meus. — Estão baseados em Los Angeles, no coração de tudo. Controle de tráfego de drogas, armas... Têm a polícia e até alguns políticos na palma da mão, assim como nós...

Eu o ouvi atentamente, mas minha mente vagava.

O lugar parecia cada vez menor, como se a tensão entre mim e Robert estivesse lentamente tomando conta.

A presença dele me perturbava.

Eu sabia que ele estava a poucos passos de mim, e não importava o quanto tentasse manter o foco, era impossível ignorar o calor de seu olhar.

Depois da nossa noite na solitária eu tentei colocar a cabeça no lugar, me afastar.

Ele tinha dito que me amava e implorado para que eu admitisse, mas como eu poderia verbalizar o que estava sentindo sendo ele o assassino da minha melhor amiga?

Mesmo que não fosse dele as digitais na cena do crime, eu sabia que ele tinha ordenado sua morte por tudo que Alice tinha descobrido sobre ele.

Eu tentei, com toda minha força não pensar nele, mas sempre que me distraia já estava com ele na cabeça.

Mas eu não podia admitir que o amava.

Não podia.

Ia contra tudo o que eu era.

Tudo o que eu pensava ser certo.

Mas ainda assim...

— A pergunta é como vamos pegá-los? — Robert finalmente interrompeu meus pensamentos, seus olhos desafiadores nos meus. — Não dá pra chegar quebrando tudo se a intenção é levá-los presos com vida.

Eu virei para as meninas.

Lara ergueu as sobrancelhas, sempre rápida para entender o subtexto.

Sabíamos que Robert estava preso na sua própria maneira de pensar, mas a gente tinha outras ideias.

Bia, sempre afiada e irônica, falou com aquela provocação no tom: 

— Ah, isso é fácil... — Ela colocou a mão no meu ombro, e eu já sabia o que viria a seguir. — Temos entre nós uma... profissional em entrar de mansinho nas máfias.

Robert estreitou os olhos, visivelmente confuso com o que Bia queria dizer.

O desconforto dele era palpável, mas eu não consegui conter um sorriso.

— Não deve ser tão difícil fazer um mafioso mexicano se apaixonar... — comentei, mantendo o tom leve, mas cheia de intenções subentendidas.

Foi como acender um fósforo numa sala cheia de gás.

Elisa, sempre pronta para jogar mais lenha na fogueira, completou com um riso malicioso: 

— É verdade. Pra quem conseguiu fazer um inglês idiota ficar de quatro...

Marcus e Tom explodiram em risadas.

Robert se deu conta do que estávamos insinuando.

O ar ao redor dele mudou imediatamente, e eu vi a raiva ferver em seus olhos.

Ele avançou em minha direção, e por um segundo, o instinto de sobrevivência se ativou em mim.

Mas eu estava preparada.

Minha mão voou para a arma que estava sobre a mesa antes que ele pudesse sequer chegar perto, e apontei para ele com firmeza.

— Senta aí. — A ordem saiu dura, meu tom implacável. — Eu tô só brincando.

Os olhos de Robert queimavam de fúria, e a tensão entre nós atingiu um pico insuportável.

O escritório parecia pequeno demais para conter toda aquela energia.

Bobby soltou um riso baixo, tentando quebrar o clima.

— Deveria ter esperado isso dela, chefe — comentou Bobby, com um sorriso nervoso.

Robert se controlava, os punhos cerrados ao lado do corpo.

Ele sentou-se, mas seus olhos não se desviaram dos meus, e eu senti o arrepio subir pela minha espinha.

Havia uma tensão ali, uma linha tênue entre o que queríamos e o que precisávamos fazer.

— Você sabe que isso não é uma piada pra mim, Ana. — Sua voz estava baixa, ameaçadora, mas ao mesmo tempo havia algo mais ali.

Algo que eu sentia e que me perturbava ainda mais.

Mas que me instigava e me despertava sensações que eu tentava a todo custo esquecer.

Sem ter muito sucesso.

Eu dei de ombros, tentando parecer casual, mas a verdade era que o simples fato de estar tão perto dele me deixava inquieta.

Por mais que tivesse a arma em mãos, sabia que não era isso que o fazia recuar.

Ele estava me testando, da mesma forma que eu o testava.

E havia uma parte de mim que se deliciava com isso, o perigo, o risco...

Mas eu não podia deixar ele ver isso.

— Eu sei que não — respondi, a voz firme. — Mas agora não é sobre você. É sobre pegar a máfia . E se isso significa jogar com as regras deles, é isso que vamos fazer.

Robert me olhou intensamente, como se tentasse decifrar cada palavra, cada gesto.

Mas ele sabia.

Sabia que eu estava disposta a ir até o fim, tanto quanto ele.

E isso o deixava furioso... e mais do que tudo, atraído.

Eu abaixei a arma, mas não desviei o olhar.

A tensão entre nós estava longe de acabar, e por mais que tentássemos disfarçar com provocações e insultos, ambos sabíamos que havia algo muito mais profundo correndo por baixo da superfície.

Algo que eu não estava pronta para admitir.

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POV ROBERT PATTINSON

As meninas estavam saindo quando eu segurei a mão de Ana, sem nem pensar. A urgência de falar com ela era maior do que tudo.

— Eu quero falar com você — minha voz saiu firme, mas com um toque de emoção que eu não conseguia controlar.

Rebeca e Lara pararam, olhando para ela. Ana apenas acenou para elas.

— Está tudo bem, meninas. Nos vemos amanhã.

Elas saíram, e o ar na sala ficou pesado, cheio de uma tensão que parecia crescer a cada segundo. Eu soltei sua mão, mas não me afastei.

Não conseguia.

Sua brincadeira sobre fazer o idiota do Ramirez se apaixonar por ela martelando em minha cabeça.

— Foi tudo só trabalho pra você? — perguntei, direto. Não podia continuar sem saber. Precisava entender se tudo o que vivemos foi apenas parte do plano dela para me capturar.

Ela desviou o olhar, e vi a luta em seus olhos.

Ela não queria responder, mas o silêncio dizia muito.

— Porque eu falei sério quando disse que te amo. — As palavras saíram com mais força do que eu esperava. Era um risco admitir isso, mas eu já estava no limite.

Não tinha mais volta.

Vi a hesitação nela, a batalha interna.

Me aproximei, incapaz de ficar longe.

Puxei-a pela cintura, tentando sentir mais dela, mais de nós.

— Eu tô apaixonado por você, Ana — murmurei perto do seu rosto, sentindo o calor dela, o aroma que me tirava o controle. — Todos esperam que eu me vingue... mas tudo o que eu consigo pensar é em como nós dois somos juntos.

Ela fechou os olhos, como se quisesse bloquear o que estava ouvindo, mas eu sabia que a verdade já estava ali.

Ela não precisava dizer nada.

Pude ver o conflito em cada expressão dela, a mão dela subindo pelo meu braço até tocar meu rosto, hesitante.

Então, ela me beijou.

O toque dos seus lábios nos meus reacendeu tudo o que sentíamos.

Peguei-a pela cintura e a ergui, colocando-a sobre a mesa.

Estávamos tão próximos, que era como se o mundo ao nosso redor tivesse desaparecido.

— Fica comigo... — sussurrei, quase sem fôlego, meus dedos traçando o contorno do rosto dela. Eu sabia que ela estava dividida, mas queria que soubesse que eu estava ali.

Ana se afastou um pouco, respirando fundo.

— Isso não é certo... — Sua voz era baixa, quase um sussurro. — Você é um mafioso... e eu sou uma delegada. E você... você matou minha amiga.

As palavras dela me atingiram como um soco.

Eu me afastei um pouco, processando o que ela disse.

Sabia que essa acusação estava no centro de tudo, mas não podia aceitar isso.

— Eu não matei a Alice — falei com firmeza, tentando fazer com que ela acreditasse. — Eu nem a conhecia. Nunca a vi. Eu juro.

Ela me olhou, desconfiada, mas vi a dor nos olhos dela.

— Ela estava te investigando, Robert. Foi por isso que te coloquei na cadeia. — A voz dela tremeu. — Ela apareceu morta... e deixou provas contra você.

Eu me aproximei novamente, sabendo que a verdade era tudo o que eu tinha.

— Eu não sabia que ela estava me investigando. Eu nunca mandei matar ninguém assim. Eu nunca nem soube quem ela era até você me falar.

Ana suspirou, parecendo cansada.

O peso de tudo que passamos estava visível nela, mas havia algo mais.

Então, ela me puxou de volta, e nossos lábios se encontraram de novo.

Eu sabia que, apesar de tudo, ainda tínhamos algo entre nós.

Algo que ninguém poderia tirar.

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