Capítulo 56
553 PALAVRAS
A floresta, densa e misteriosa, guardava segredos que seriam revelados naquela noite. Charles sentiu um arrepio ao encontrar Wade entre as árvores, os olhos deste brilhando com determinação.
— Charles, finalmente, irmão, você apareceu. Tenho belos planos para acabar com o comércio de Hope Valley. Na verdade, já até coloquei em andamento. Estou cansado de ver essa cidadezinha do carvão babando naquela mulher; disse Wade, olhando ao redor para garantir que estavam sozinhos.
Charles franziu a testa.
— Eu odeio aquela mulher, Wade. Eu vou acabar com ela...
Wade sorriu sobriamente.
— Charles, ela é a chave de nossa vingança. Elizabeth é a peça que podemos usar para derrubar esta cidade. Vamos espalhar o sofrimento aqui. Ela vai pagar por tudo que ela e Jack Thorton fizeram ao nosso irmão, Júlio Spurlok. Foi por causa deles que ele está morto...
— Ela vai pagar por tudo isso, Charles. E junto com ela, aquele Nathan também vai sofrer muito. Sua intromissão será cobrada e será bem caro.
Eles eram meio-irmão. Wade era filho de seu pai com uma balconista de salão. Charles e Júlio Spurlok, conheceram Wade Jeffis após a morte de seu pai. Ele era daqueles homens que tinha uma mulher em cada cidade. No início, sua mãe ligava para esse fato, mas um dia disse que o amava tanto que deixou de ligar quando ele trazia seus filhos em casa ou até mesmo suas mulheres. Sua mãe era uma mulher tão apaixonada por seu pai, que chegou a dividir a cama com as outras mulheres. Charles descobriu muitas irmãs, mas somente Wade como menino. Eles fizeram amizade rapidamente, e tanto Júlio quanto Charles notaram que Wade os seguia como um cachorrinho atrás do dono. Foi assim que começaram os golpes juntos, afinal, Wade, além de bem-apresentado, era dotado de inteligência.
Os irmãos se entreolharam, compartilhando um passado de dor e traição. Charles concordou com tudo e pediu ajuda de Wade. Eles iriam prender Elizabeth e os filhos na cabana, queriam que ela fosse solta antes do inevitável, mas queriam que ouvisse os gritos de pavor de seus filhos. Ela iria sofrer com a perda dos filhos.
Enquanto isso, Elizabeth dormia calmamente nos braços de Nathan, inconsciente da trama se desdobrando ao seu redor. O plano cruel estava em movimento, as sombras da vingança se aproximavam. A cidade estava prestes a testemunhar um confronto entre lealdade, traição e a busca por justiça.
À medida que a noite avançava, Charles e Wade planejavam cada detalhe, cada movimento estratégico para pegar Elizabeth e acabar com ela. Eles se moviam silenciosamente na escuridão da noite, em direção à cabana isolada. O crepitar das folhas secas sob seus pés ecoava como um presságio de vingança no ar.
A cabana, envolta em escuridão, aguardava como um cofre de segredos sombrios. Charles lançou um olhar para Wade, cujos olhos refletiam a determinação de cumprir aquela vingança.
Charles, abriu a porta girando a maçaneta com cuidado. Ali, eles armariam as armadilhas para acabar com aquela professora. A porta rangeu levemente, revelando um interior envolto em penumbra. Os irmãos avançaram, cada passo ressoando com o peso de sua maldade.
Charles, olhando para Wade, falou:
— Nossa vingança será como uma tempestade que desmascara as mentiras e corrige as injustiças. Juntos, acabaremos com essa mulher que só trouxe escuridão e sombras para a vida de nosso irmão Júlio Spurlok.
"Ela vai se arrepender, de estar viva..."
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