Capítulo 55
2260 PALAVRAS
Naquela noite, a casa de Laura estava tomada por uma energia vibrante de alegria e amor. O cheiro de pipoca recém-feita misturava-se com o aroma doce do suco de maracujá, enquanto a cabana improvisada com cobertas e almofadas na sala arrancava risadas e gritos de entusiasmo das crianças. Laura, sempre atenta, organizava os últimos detalhes do jantar com o coração transbordando. Preparou carne de legumes em formato de bichinhos, um purê de batatas aveludado e pratos que sabia serem os favoritos de Alien e do pequeno Jack.
Enquanto isso, Nathan, chegava em seu cavalo Newton, aproximando-se devagar. Ele sentia uma satisfação silenciosa ao ver como Laura e seu pai acolhiam o pequeno Jack e Alien com tanto carinho. Era evidente que ali, naquela casa, seus filhos estavam cercados de um amor puro e sincero. Ele entregou as crianças para Laura com um sorriso cúmplice, antes de partir para sua própria casa, onde uma surpresa o aguardava.
Dentro de casa, Laura observava a cena encantadora à sua frente. Jack, com o rosto lambuzado e um sorriso largo, pedia mais purê de batata, enquanto Alien ria baixinho, ajudando-o a limpar as bochechas. O pai de Laura estava ocupado animando as crianças com histórias e truques simples. Aquela visão aqueceu o coração de Laura, e ela percebeu quantos momentos assim preenchiam sua alma de felicidade.
Mas, mesmo com toda a alegria à sua volta, seus pensamentos vagavam até Elizabeth. Sabia que aquela mulher estava planejando algo especial para Nathan naquela noite. Laura torcia silenciosamente para que o amor deles florescesse ainda mais, especialmente porque entendia como Elizabeth estava disposta a apoiar Alien e Robert em seu relacionamento.
"Se há alguém que sabe construir pontes e unir corações, essa pessoa é Elizabeth", pensou Laura, sorrindo para si mesma.
ENQUANTO ISSO ...
Nathan chegou e achou estranho... a casa estava sozinha, em total silêncio, e sua esposa deveria ter ido à casa de Rose, ali bem ao lado. Nathan resolveu tomar um banho e aproveitar para se barbear.
"Elizabeth adora dar beijinhos na minha bochecha quando estou limpinho... Eu amo isso, " pensou Nathan, sorrindo ao se lembrar dos momentos carinhosos.
"Além disso, não gosto de barba, pois sempre me lembro daquele sujeito barbudo que corria atrás dela. " Ele riu sozinho.
Enquanto isso, Elizabeth, com seus planos, saiu correndo da casa de Rose ao ver a claridade no cômodo onde Nathan estaria tomando banho. Ela correu, levando o assado que estava no forno de Rose, tirou do armário os pratos escolhidos e começou a montar a mesa do jantar, tentando fazer algo bem especial para seu marido. Ela corria descalça e tentava não fazer barulho para não estragar a surpresa.
A mesa estava linda, com velas, pratos de cerâmica do seu enxoval, uma carne assada e macarrão com queijo, que Nathan adorava. Para ser sincera, era difícil saber o que ele não gostava de comer; Nathan era bom de garfo.
Ela correu até o quarto, enquanto ouvia Nathan cantar no banho, e vestiu a roupa que ganhou de Rose como presente: um lindo vestido vermelho, com uma pequena fenda até a coxa e um grande decote nas costas. Calçou suas sandálias baixas pretas e colocou suas pérolas, suas joias favoritas.
"Esse é um vestido que nunca teria coragem de usar na rua, mas é a última moda em Paris e meu marido merece me ver assim", pensou Elizabeth, com um sorriso. "E, além disso, estamos sozinhos em casa."
Mas Elizabeth não sabia que Nathan estava na bacia enorme, sorrindo o tempo todo. Ele era um mountie treinado, um dos melhores rastreadores do Canadá, e não seria sua pequena esposa que iria lhe despistar. Fazendo a barba, ele podia sentir toda a movimentação no andar de baixo, sorrindo consigo mesmo. Percebeu quando ela terminou e pulou de alegria.
"Saber que Elizabeth está empenhada em me fazer uma surpresa é maravilhoso, e não serei eu a estragar o momento contando que estou à espreita", pensou Nathan, emocionado. Sentia a alegria dela pelos movimentos rápidos e suaves de seus passos entrando no quarto.
Ele se levantou, jogou a água suja fora, vestiu sua blusa xadrez e seus suspensórios, e decidiu ir para a cozinha. Ao olhar a mesa, ficou surpreso com a beleza do ambiente. Não precisava fingir nada, realmente sua esposa fez um belo trabalho. O cheiro da comida estava maravilhoso e fez seu estômago roncar alto.
Um pequeno riso foi ouvido no alto da escada, e ele vagarosamente se virou. Seus olhos arregalaram e suas palavras sumiram, como se tivesse perdido a voz.
"Ela é a mulher mais linda do mundo..."
Nathan pensou, andando em sua direção sem nunca tirar os olhos dos olhos de sua esposa, pegando em seu rosto, ele falou com a voz rouca:
— Lizbeth! Você está linda.
— Nathan... você poderia dançar comigo?
— É tudo o que mais quero, meu amor...
Nathan caminhou até a vitrola, movido por um desejo quase instintivo de criar o cenário perfeito. Ele escolheu uma música suave, deixando-a tocar baixinho, enquanto as chamas dos lampiões e velas dançavam pelas paredes, transformando o ambiente em um espetáculo de luzes e sombras. A sala parecia um refúgio, um universo particular para eles dois, mas isso não era suficiente. Ele precisava dela mais perto, muito mais perto.
Sem hesitar, Nathan puxou Elizabeth para si, firmando-a contra seu corpo. Ele sentiu o contorno delicado de seus seios pressionando contra seu peito, e seu coração disparou. A mulher que ele segurava em seus braços, era a mesma que usava vestidos simples e modestos no dia a dia, mas naquela noite... ela era um mistério, uma visão. O vestido vermelho abraçava cada curva de seu corpo como se fosse feito para adorá-la. Sua cintura perfeitamente delineada, suas pernas graciosas que surgiam pela fenda ousada... tudo nela parecia conspirar para tirar o fôlego dele.
Ele estava absorto, até que a voz doce de Elizabeth quebrou seus pensamentos.
— Amor, vamos comer... Disse ela, com um sorriso natural enquanto começava a caminhar para a mesa.
Foi então que ele notou. Quando ela se virou, o decote profundo nas costas que expôs sua pele com uma elegância que parecia irreal. Ele engoliu em seco, seus olhos sendo involuntariamente puxados para o balanço sutil de seus quadris, a curva perfeita do bumbum moldada pelo tecido justo. A respiração dele ficou pesada, quase falhando.
"Meu Deus... essa mulher será minha perdição", pensou ele, sentindo o calor subir por todo o corpo.
Sem conseguir resistir por mais um segundo, Nathan cruzou a sala com passos firmes, seus olhos fixos nela. Antes que Elizabeth pudesse reagir, ele a ergueu nos braços, como se não houvesse outra opção. Ela soltou uma risada surpresa, as mãos agarrando-se a ele instintivamente.
— Nathan! O que você está fazendo? Não vai comer? Perguntou ela, a voz brincando entre a curiosidade e a provocação.
Ele olhou para ela com uma intensidade que a fez corar.
— Lizbeth, estou faminto... mas por você, minha esposa.
Ele não lhe deu tempo para responder. Seus lábios encontraram os dela com uma urgência ardente, um beijo que parecia roubar-lhe o fôlego e devolver em dobro. Elizabeth ria entre os beijos, tentando acompanhar o ritmo frenético de Nathan enquanto ele a carregava para o quarto com passos apressados.
Ao colocá-la gentilmente sobre a cama, Nathan parecia incapaz de desviar os olhos dela. Ele a beijou novamente, desta vez mais devagar, explorando cada canto de sua boca. As mãos dele eram firmes, mas reverentes, desvendando-a peça por peça. Quando o vestido caiu no chão, revelando o espartilho branco e as meias de renda que moldavam o corpo dela, ele parou, como se precisasse registrar aquele momento para sempre.
— Você... é perfeita; murmurou, os olhos brilhando com uma mistura de amor e desejo.
Elizabeth notava o impacto que tinha sobre ele, e aquilo a fazia sentir-se poderosa. Passando a língua pelos lábios com um sorriso provocante, ela deslizou as mãos pelo peito dele, puxando-o para si. Sua perna roçou lentamente a dele, e o simples toque a fez sentir-se em chamas. Nathan perdeu qualquer controle que tentava manter. Seu corpo cedeu ao dela, e juntos eles iniciaram uma dança de paixão que não precisava de palavras, apenas suspiros e gemidos.
Cada toque parecia incendiar um novo pedaço de suas almas. Nathan traçava o corpo dela como um mapa, beijando cada curva, cada centímetro de pele que o espartilho não escondia. E Elizabeth, debaixo dele, movia-se com uma entrega total, os dedos enlaçando o cabelo dele, enquanto ela murmurava seu nome repetidamente, como se fosse a única palavra que sabia dizer.
Nathan a olhava e mal podia acreditar que aquela mulher era sua esposa. A paixão dela, o jeito como o corpo respondia ao dele, o amor que transbordava de cada gesto... tudo nela o deixava em êxtase. Ele sussurrou, a voz rouca e carregada de emoção:
— Você é um presente, Lizbeth. Todos os dias, eu me apaixono mais por você.
A respiração de Elizabeth vinha entrecortada, o calor do momento transbordando no som dos seus gemidos baixos. Cada estremecimento dela sob o corpo de Nathan era como um fogo que o consumia por completo. Ele sentia-se perdido na intensidade do momento, e seus movimentos tornaram-se mais urgentes, mais profundos, um frenesi desenfreado que só se intensificava à medida que ela cravava as unhas em suas costas, arrancando arrepios e gemidos involuntários dele. Os corpos deles se encontraram e se ajustaram em perfeita harmonia, criando um ritmo único, uma dança que os levou ao êxtase. A cada movimento, a conexão entre eles se aprofundava.
Quando finalmente alcançaram juntos o clímax, o corpo de Nathan perdeu as forças, desabando com cuidado sobre o dela, protegendo-a com seus braços. Ele depositou um beijo suave na testa úmida de suor de Elizabeth, e seus olhares se encontraram. Não era preciso dizer nada. O que haviam acabado de compartilhar era muito maior do que palavras poderiam expressar.
Elizabeth, ainda ofegante, aproximou os lábios do ouvido de Nathan e sussurrou com suavidade:
— Eu amo você, meu homem... meu marido.
Aquelas palavras selaram o momento, enchendo o coração de Nathan de uma felicidade quase indescritível. Ele beijou a testa dela, enlaçando-a em um abraço que parecia dizer: "Você é tudo para mim".
Ali, na quietude da noite iluminada por velas, Nathan e Elizabeth descobriram que o amor deles não tinha limites. E sob o calor de seus corpos e da paixão compartilhada, fizeram uma promessa silenciosa: a de sempre se escolherem, de novo e de novo, por toda a vida.
Elizabeth ainda o acariciava, suas mãos percorrendo as costas suadas dele, os dedos desenhando linhas invisíveis enquanto ela sentia seu coração desacelerar junto ao de Nathan. Ela lambeu os lábios, um gesto involuntário, e sussurrou:
— Eu te amo.
Os olhos dela brilhavam de um jeito peculiar, algo que Nathan conhecia muito bem. Era o olhar de menina travessa, de quem tramava algo, de quem queria mais. Antes que ele pudesse reagir ou mesmo formular uma resposta, sentiu o movimento súbito das pernas dela, firmes e torneadas, prendendo-o pela cintura.
— Ops! Foi tudo o que Elizabeth disse, com um sorriso travesso e olhos faiscando.
Nathan sentiu o ar escapar dos pulmões. Seu corpo estava imobilizado contra o dela, e aquele rebolar lento, quase torturante, fazia seu sangue ferver outra vez. Ele tentou dizer algo, mas as palavras morreram na garganta.
"Isso é uma tentação... uma doce tortura..." pensou ele, enquanto o sorriso malicioso dela crescia.
Ela sabia exatamente o que estava fazendo, e mais do que isso, sabia o efeito que causava nele. Nathan viu seu próprio corpo reagindo à provocação dela, incapaz de resistir. Era fascinante como Elizabeth conseguia reacender o desejo nele tão rapidamente, como ela o consumia por inteiro com tão pouco.
Sem aviso, ele segurou firme sob as nádegas dela, erguendo-a com autoridade, sem se importar com a surpresa que pudesse provocar. Elizabeth o olhou com olhos arregalados, mas logo um sorriso atrevido iluminou seu rosto. Ela sabia que havia cruzado um limite, mas não se importava. Ali, no quarto deles, não havia regras da sociedade, apenas eles dois, marido e mulher, entregues ao que sentiam.
Com ela segura em seus braços, Nathan se posicionou, sentando-se e trazendo-a para perto. Frente a frente, seus corpos se ajustaram como peças de um quebra-cabeça. Era diferente, intenso e incendiário. Os movimentos deles eram sincronizados, e os gemidos altos que preenchiam o quarto eram a única melodia necessária naquela noite.
Quando finalmente chegaram ao ápice novamente, Nathan e Elizabeth estavam exaustos, mas plenos. Ele a abraçou com força, seus corpos ainda quentes e unidos. As velas no quarto continuavam a iluminar a cena com sua luz suave, criando sombras dançantes que refletiam a intensidade do momento.
Nathan olhou nos olhos dela mais uma vez, os dedos traçando com delicadeza o contorno de seu rosto.
— Você é tudo para mim, Lizbeth; disse ele, a voz rouca de emoção.
Ela sorriu, acariciando o rosto dele com ternura, e repousou a testa contra a dele.
— E você é o meu mundo, Nathan.
A noite seguiu, envolta em risos baixos, sussurros de carinho e declarações murmuradas ao pé do ouvido. Eles riram como amigos, dividiram segredos e relembraram momentos especiais, reafirmando o laço que os unia.
Lá fora, o vento soprava suavemente, enquanto dentro do quarto, o calor da lareira competia com o calor do amor deles. Eles estavam exatamente onde pertenciam, envoltos por um amor que transcendia o físico, algo mais profundo, mais eterno.
E assim, sob o manto acolhedor da noite, Nathan e Elizabeth prometeram um ao outro, sem palavras, que continuariam se escolhendo. Dia após dia. Momento após momento. Porque ali, na união de seus corpos e almas, haviam encontrado o verdadeiro sentido do amor.
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