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Capítulo 50

824 PALAVRAS

O sol despontava no horizonte, espalhando uma luz dourada que transformava o lago em um espelho cintilante. Nathan e Elizabeth haviam planejado aquele sábado com cuidado e carinho, desejando não apenas criar memórias felizes, mas também animar Alien, que nos últimos dias parecia melancólica. A saudade de Robert, agora longe, servindo no batalhão dos Mounties, era visível nos olhos dela.

Com uma cesta de piquenique repleta de delícias e corações transbordando de amor, a pequena família seguiu para as margens do lago. Nathan carregava a cesta com um sorriso orgulhoso, enquanto Elizabeth guiava Alien e Pequeno Jack, segurando as mãozinhas deles com ternura. Os passos leves das crianças eram acompanhados pelo canto dos pássaros, uma trilha sonora natural que anunciava a promessa de um dia especial.

Quando chegaram ao lago, o cenário que os recebeu era deslumbrante. A luz do sol refletia nas águas, criando um espetáculo de cores dançantes. Alien ficou parada por um momento, admirando a beleza ao seu redor. Pequeno Jack, sempre cheio de energia, já corria atrás das borboletas que esvoaçavam por perto.

— Esse é o lugar perfeito, não é, amor? Elizabeth disse, seus olhos brilhando ao se encontrar com os de Nathan.

— É mais do que perfeito. Ele respondeu, ajustando a cesta enquanto estendia a manta colorida na grama. Vamos criar memórias que ninguém vai esquecer.

Enquanto Nathan organizava o piquenique, Alien e Pequeno Jack brincavam por perto. Alien, apesar de adolescente, parecia contagiada pela inocência de seu irmão mais novo. O riso dela, raro nos últimos dias, finalmente ecoava livremente, aquecendo os corações dos pais.

Quando o lanche foi servido, a família se reuniu na manta, e a comida preparada por Elizabeth fez todos suspirarem de alegria. Nathan observava a cena com um sorriso satisfeito. Pequeno Jack se lambuzava com os biscoitos, enquanto Alien devorava os sanduíches com uma fome de criança pequena.

— Mamãe, você devia abrir um restaurante. Disse Alien, a boca cheia, mas os olhos brilhando.

— E dividir essas receitas com o mundo? Nathan brincou. Jamais! Essas delícias são só nossas.

Elizabeth riu, o som cristalino iluminando ainda mais o dia. Ela pegou um morango da cesta, olhou para Nathan com um sorriso travesso e aproximou o fruto de seus lábios.

— Prove, amor. Disse, oferecendo o morango.

Nathan mordeu o fruto com delicadeza, mas o gesto foi além do sabor. Era um momento íntimo, cheio de carinho. Os olhos dele encontraram os dela, e por um instante, o mundo desapareceu, deixando apenas os dois em uma bolha de amor.

— O melhor morango que já comi. Disse Nathan, puxando Elizabeth para um beijo suave. Alien revirou os olhos, mas Pequeno Jack gargalhou.

— Mamãe e papai são bobos! Disse o pequeno, entre risos.

Depois do lanche, a brincadeira continuou. Uma partida de pega-pega animada tomou conta da grama. Alien era ágil e corria com leveza, sempre escapando das mãos do pai, enquanto Pequeno Jack, em suas tentativas desajeitadas, fazia todos rirem.

— Vocês nunca vão me pegar! Gritou Alien, rindo.

— Vamos ver! Nathan respondeu, fingindo uma seriedade que só aumentava as gargalhadas da filha.

Quando a brincadeira os cansou, todos foram até a beira do lago. Pequeno Jack molhou os pés na água, rindo ao sentir o toque gelado. Elizabeth, sempre brincalhona, jogou um pouco de água em Nathan, que, em resposta, a puxou pela cintura e a girou no ar, fazendo-a rir.

— Vocês são tão bobos. Disse Alien, mas o sorriso no rosto dela entregava a alegria que sentia.

Os pais se olharam com cumplicidade, agradecendo silenciosamente pelo dia que estavam vivendo. A cada momento, era evidente o quanto o amor os unia. Pequeno Jack juntou-se à brincadeira, e logo estavam todos molhados, as risadas ecoando pelo lago.

À medida que o sol se punha, tingindo o céu de laranja e rosa, a família decidiu voltar para casa. Pequeno Jack, exausto, dormia nos ombros de Nathan, enquanto Alien caminhava ao lado de Elizabeth, conversando sobre as brincadeiras do dia.

— Papai, eu te amo. Murmurou Pequeno Jack, antes de cair em um sono profundo.

— Eu também te amo, meu campeão. Disse Nathan, emocionado. Ele apertou o pequeno contra si, como se quisesse protegê-lo de todo o mal do mundo.

Quando chegaram em casa, Nathan colocou Pequeno Jack na cama, cobrindo-o com carinho. Elizabeth entrou no quarto e beijou a testa do menino, enquanto Alien, agora tranquila, olhava para os pais com um sorriso sereno.

Naquela noite, a casa estava envolta em uma paz silenciosa. Nathan e Elizabeth se sentaram na varanda, observando o céu estrelado. Ele pegou a mão dela e a apertou levemente.

— Obrigado por ser minha parceira em tudo. Ele disse.

Elizabeth sorriu, repousando a cabeça no ombro dele.

— E obrigado por me dar essa família. Respondeu ela, com um suspiro de contentamento.

O dia havia sido mais do que especial. Era um lembrete de que o amor estava nos pequenos gestos, nos momentos simples e na alegria de estar juntos. Sob as estrelas, Nathan e Elizabeth sabiam que, juntos, poderiam enfrentar qualquer desafio, sempre fortalecidos pelo amor que compartilhavam.

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