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Capítulo 39

894 PALAVRAS


Elizabeth sentiu o coração pesar enquanto Willian permanecia diante dela, a tensão no ar tão densa quanto as mágoas guardadas. Quando Bill tentou intervir, sua voz falhou diante da intensidade do momento.

— Elizabeth, isso é passado... murmurou ele, num tom conciliador.

Ela balançou a cabeça, sua voz embargada pela lembrança dolorosa.

— Não, Bill... isso não é passado. Isso vive em mim até hoje. Eles fizeram festas no sétimo dia após Jack ser enterrado. Eu estava devastada, quase sem forças para me levantar da cama. Chorava o dia inteiro, sem comer, sem dormir. E mesmo assim... Elizabeth respirou fundo, tentando conter as lágrimas que agora escorriam livremente. Mesmo assim, me arrumaram como uma boneca, me levaram para aquela festa, e, sem que eu soubesse, Charles me pediu em casamento. Ali, diante de todos, como se meu luto não existisse. Como se Jack nunca tivesse significado nada.

Willian desviou o olhar para o chão, incapaz de encarar o peso da dor na voz de sua filha. Bill parecia perplexo, as palavras fugindo enquanto o desabafo continuava.

— Eles queriam se livrar de mim. Jogar-me nos braços de qualquer um que estivesse disponível, não importava que eu tivesse perdido o amor da minha vida. Elizabeth riu, um som amargo e carregado de mágoa. Como eu fiquei por lá, Bill? Como eu aguentei tanto tempo naquele lugar?

— Elizabeth... Por que você nunca me contou isso? Bill perguntou, sua voz carregada de incredulidade. Como conseguiu suportar?

Willian levantou os olhos, mas permaneceu em silêncio, cada palavra de Elizabeth como um golpe que ele sabia merecer.

— Eu não aguentei, Bill. Naquela mesma semana, após a festa de Charles, mamãe e Viola trouxeram ainda mais pretendentes. Dez! Dez homens que eu nunca tinha visto na vida. O que eles queriam? Que eu escolhesse um, como quem escolhe uma mercadoria? Começaram a armar ciladas... trancavam meu quarto e me obrigavam a andar pela casa, onde sempre esbarrava com um deles. Para eles, eu não era Elizabeth. Era apenas "a viúva Thatcher". Só uma viúva com "obrigações" a cumprir.

Ela se deteve por um instante, a garganta apertada pela dor que voltava com força.

— E ninguém se importava com a minha dor. Ninguém.

Bill esfregou o rosto, como se tentasse processar as palavras.

— E foi aí que você decidiu partir? Ele perguntou baixinho.

Willian ergueu a cabeça dessa vez, a culpa dançando em seus olhos.

— No décimo quinto dia, sim. Foi o suficiente para eu perceber que não fazia mais parte daquela casa. Não era mais meu lar.

Willian finalmente falou, a voz tremendo de remorso.

— E para onde você foi, filha?

Elizabeth hesitou por um momento, como se relembrar fosse quase tão difícil quanto viver.

— Fui para Brookfield. Sua voz suavizou, e pela primeira vez, um leve tom de conforto surgiu em meio à angústia. Gabriel... o Mountie Kinslow... Ele era um amigo de Jack, alguém que lutou ao lado dele nos Territórios do Norte. Eu não sabia o que fazer, então peguei o primeiro trem para lá. Ele me acolheu... me ajudou... foi um verdadeiro amigo.

Ela parou, um sorriso triste passando por seus lábios.

— Foi ele quem percebeu que eu estava grávida. Eu desmaiei em sua frente, e Gab, preocupado, chamou Carson. Ele viajou para me examinar e ficou comigo até que eu tivesse forças para voltar.

— Elizabeth, por que você nunca me contou sobre Gabriel? Nathan perguntou, quebrando o silêncio que parecia mais pesado do que nunca.

Ela olhou para ele, sua expressão suavizando ao ver o olhar sincero de seu marido.

— Nathan, naquela época... eu nem te conhecia. Uma lágrima escorreu enquanto ela continuava. Jack me falava sobre você, mas eu não sabia que era você. Ele te chamava de Nathaniel nas cartas.

Nathan sorriu, lembrando-se das histórias de Gabriel.

— Então, você começou a escrever para ele também?

Elizabeth assentiu.

— Sim, para ele e para Jack. Mandava caixas com lanches, biscoitos... era uma forma de cuidar deles à distância. Foi assim que criamos uma amizade. Mas, Nathan, eu nunca imaginei que a vida nos uniria dessa forma.

Willian respirou fundo, a voz saindo entrecortada pela emoção.

— Filha... eu não tenho palavras para me desculpar por tudo. Apenas peço... me deixe tentar. Me deixe estar perto de vocês. Não quero mais ferir você ou sua família. Quero conhecer meus netos e fazer parte de suas vidas.

Elizabeth olhou para Bill, que apenas assentiu, incentivando-a. Então, chamou seus filhos, um sorriso tremendo no rosto.

— Venham cá, meus amores. Quero apresentar vocês ao seu avô.

Alien, cheia de graça e jovialidade, abraçou Willian com ternura. O pequeno Jack, enérgico e cheio de curiosidade, saltou em direção ao avô, arrancando um sorriso genuíno de Willian.

Ele os abraçou com força, e quando ergueu os olhos para Elizabeth, ela viu algo que nunca tinha enxergado antes: arrependimento genuíno e amor incondicional.

— Beth... você é o elo que torna essa família tão especial. Sua voz era embargada, mas cheia de sinceridade. Sua determinação, bondade e força me deixam tão orgulhoso. Eu sou abençoado por ser seu pai.

Naquela noite, Nathan observou tudo de canto, silencioso, mas com o coração transbordando. Ele agradeceu a Deus por aquele momento de reconciliação, por aquela chance de curar feridas tão profundas.

E ali, entre lágrimas e sorrisos, um novo capítulo começou para Elizabeth e Willian. Um capítulo onde o amor e a compreensão começaram a transformar o que antes parecia irreparável.

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