Capítulo 30
1035 PALAVRAS
Elizabeth sentia o peito apertado, os olhos brilhando com lágrimas que insistiam em cair. As emoções se misturavam dentro dela como um turbilhão, e suas mãos pareciam agir por conta própria, deslizando pelo pescoço de Nathan até alcançarem o rosto dele. Seus pequenos dedos traçavam os contornos de seu queixo e bochechas, como se quisessem gravar cada detalhe daquele homem que a amava de forma tão incondicional.
A voz dela quase não conseguia sair, presa na garganta, sufocada pela força do momento.
— Nathan...
Ele inclinou-se ligeiramente para ela, sua voz firme, mas cheia de ternura.
— Lizbeth, você precisa saber que nada, nem ninguém, vai te ferir enquanto eu estiver ao seu lado. Eu avisei ao seu pai: as portas estão abertas se eles quiserem fazer parte da sua vida, mas somente se for para te amar e respeitar. Não vou permitir que te magoem ou critiquem. E muito menos que façam algo contra nosso filho.
As palavras dele aqueceram seu coração, mas também abriram feridas antigas. Elizabeth baixou os olhos, refletindo sobre os traumas que carregava.
— Eu não sei como me sentir em relação a eles, Nathan. Quando Jack me pediu em casamento, ele foi até Hamilton para falar com meu pai. E o que aconteceu? Meu pai o rejeitou. Eles vieram ao casamento, é verdade, mas foi a única vez que meu pai me deu atenção. Ele sequer quis me levar ao altar. Foi Bill quem fez isso por mim.
Ela pausou, mordendo o lábio inferior enquanto os dedos batiam suavemente no queixo, uma expressão que Nathan achava adorável.
— Depois que Jack morreu... foi ainda pior. Nenhum deles apareceu no enterro. Nem meu pai, nem minha mãe, nem Viola e nem Julie. Passei semanas me perguntando se deveria ir embora de Hope Valley, achando que talvez estar com minha família me ajudaria no luto.
Nathan apertou levemente a mão dela, um gesto silencioso de apoio, enquanto ela continuava.
— Fiquei quinze dias em Hamilton. Jack havia falecido há apenas uma semana, e o que minha mãe fez? Preparou um jantar de gala, um evento extravagante para me apresentar como viúva. Ela abriu as portas para pretendentes, como se eu fosse uma mercadoria.
Nathan mal podia acreditar no que ouvia.
— Uma semana? Isso é...
— Um desrespeito; Elizabeth completou, a voz carregada de mágoa. Ela até tinha um preferido, Charles Kensington III.
— O que ele fez?
Elizabeth riu, mas era uma risada amarga.
— Nada que pudesse piorar. Ele também ficou desconfortável com toda a situação. Assim que percebi o que estava acontecendo, fugi para o jardim. Minha mãe e Viola ficaram furiosas comigo.
Nathan balançou a cabeça, indignado.
— Eles não respeitaram você, nem o seu luto.
— Nunca respeitaram. Nem quando eu era solteira, nem quando fiquei viúva.
Ela hesitou, então confessou, quase como se fosse um segredo.
— Charles me pediu em casamento naquela época. Ajoelhou-se com um anel brilhante, mas Jack ouviu tudo. Ele achou que eu estava feliz com Charles, e saiu em uma das suas rondas.
Nathan inclinou a cabeça, curioso.
— E o que aconteceu?
Elizabeth sorriu, com os olhos brilhando de nostalgia.
— Jack foi atrás de mim em Hamilton. No meio de uma festa que minha mãe organizou sem meu conhecimento. Quando o vi do outro lado da sala, em sua farda de mountie, percebi que não importava o que minha mãe quisesse. Ele era o meu futuro. Peguei o microfone e disse na frente de todos:
"Este é o dia mais feliz da minha vida. Quero compartilhar isso com vocês. " Então caminhei até Jack e o beijei na frente de todos.
Nathan riu, imaginando a cena.
— Você é mais corajosa do que pensa, Lizbeth.
Ela suspirou.
— Talvez, mas foi um alívio voltar para Hope Valley com ele. Nunca mais quis olhar para trás, até agora.
Nathan tomou o rosto dela entre as mãos, seus olhos azuis profundos prendendo os dela.
— Eu entendo, minha amada. Sei que sua família te magoou profundamente, mas quero que saiba que agora você tem uma nova família. Uma que te ama, respeita e valoriza suas escolhas.
Elizabeth sentiu o coração aquecer.
— Eu amo como você cuida de mim e do Jack. Amo como você o chama de nosso filho.
Ela se aconchegou nos braços dele, encontrando conforto em seu calor.
— Minha rainha, minha Lizbeth. Você é minha vida.
O calor daquele momento transformou-se em algo mais intenso. Ela sentia o coração acelerar enquanto se aproximava ainda mais dele. Nathan sorriu, o sorriso torto que ela adorava, e murmurou baixinho:
" Parece uma gatinha manhosa... minha gatinha."
Eles se beijaram, um beijo cheio de paixão e desejo. As mãos de Elizabeth seguraram os ombros dele, enquanto as de Nathan se moviam com cuidado, como se a segurassem como um tesouro frágil e valioso. Era um beijo que transmitia tudo o que palavras não conseguiam.
Quando finalmente se separaram, ofegantes, ele encostou os lábios em seu ouvido e sussurrou:
— Breve, meu amor... breve você será completamente minha.
Elizabeth sentiu um arrepio percorrer o corpo.
— Nathan... eu quero isso tanto quanto você.
Ele sorriu, beijando-a novamente, mas com mais suavidade.
— À medida que o tempo avança, sinto que estamos nos tornando uma única história de amor, Lizbeth. Cada dia ao seu lado me faz acreditar que fomos feitos um para o outro desde o início dos tempos.
— E quando estivermos finalmente sozinhos, meu amor, será o início de um capítulo ainda mais incrível na nossa história.
Eles se abraçaram, com a promessa de que o melhor ainda estava por vir.
— Estou ansioso para compartilharmos da nossa primeira noite de muitas, um momento que selará nossas promessas de amor eterno, onde o toque suave nossas mãos se tornarão a melodia mais doce, e nossos corações, agora unidos, baterão em perfeita harmonia enquanto estamos juntos, esta jornada incrível juntos. Nossa primeira noite será o início de uma história de amor que continuará a crescer e se fortalecer a cada amanhecer, e mal posso esperar para testemunhar todos os momentos mágicos que o futuro nos reserva.
Elizabeth fechou os olhos, sentindo-se completamente envolvida por suas palavras e por seu amor.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro