Capítulo 25
671 PALAVRAS
O sol já estava se pondo quando Nathan, exausto, finalmente se sentou no pequeno sofá da sala. Sua mente era um turbilhão de preocupações, mas ele sabia que não podia se permitir fraquejar. Elizabeth estava no quarto, imóvel, sua respiração leve sendo monitorada pelos aparelhos que Faith e Carson haviam instalado. Ele olhou para o teto, buscando forças em algum lugar dentro de si. O que faria agora? Como seguir em frente?
Um choro baixo o trouxe de volta à realidade. Era Jack, seu pequeno, sentado no tapete com seu ursinho de pelúcia apertado contra o peito. Alien estava ao lado dele, abraçando o irmão como Elizabeth faria. Ele sentiu um aperto no coração ao ver aquela cena. Seus filhos estavam tentando ser fortes, mas ele sabia que a ausência da mãe era uma ferida aberta em todos eles.
Nathan respirou fundo e decidiu que não podia mais adiar. Ele precisava falar com as crianças, dar-lhes um pouco de clareza em meio a esse caos. Ele se ajoelhou ao lado dos dois e chamou-os suavemente:
— Jack, Alien, venham aqui, por favor.
Jack olhou para ele com olhos marejados, enquanto Alien segurava a mão do irmão, claramente tentando ser a irmã mais velha protetora, coisa que Elizabeth sempre lhe ensinou a ser. Eles se sentaram no sofá ao lado de Nathan, que puxou ambos para perto.
— Eu sei que as coisas estão difíceis agora. A voz dele era calma, mas carregada de emoção. A mamãe está muito doente. Ela está em coma, o que significa que não pode falar ou se mover no momento. Mas estamos fazendo tudo o que podemos para cuidar dela, e os médicos estão tentando ajudá-la a melhorar.
Alien assentiu, mas ele viu o medo em seus olhos. Jack, ainda pequeno demais para compreender completamente, apertou o ursinho contra o peito.
— A mamãe vai... voltar? Perguntou Alien, a voz embargada.
Nathan hesitou por um segundo, mas sabia que Elizabeth não gostaria que ele escondesse a verdade.
— Eu espero que sim, Alien. Estamos todos torcendo e cuidando dela para que isso aconteça. Mas, por enquanto, precisamos ser fortes e cuidar uns dos outros, como a mamãe faria.
Ele sentiu Alien encostar a cabeça em seu ombro e ouviu o soluço abafado. Jack se aninhou contra ele, e Nathan os abraçou com força.
Mais tarde naquela noite, Nathan os levou ao quarto de Elizabeth. Ele colocou Jack cuidadosamente na cama ao lado da mãe, enquanto Alien se sentava na outra extremidade, segurando a mão dela.
— Vocês podem falar com a mamãe. Ela não pode responder agora, mas tenho certeza de que consegue ouvir vocês.
Jack, com sua vozinha doce, murmurou:
— Boa noite, mamãe. Eu te amo.
Alien segurou o choro e acrescentou:
— Nós estamos cuidando de tudo aqui, mamãe. Mas precisamos de você.
Nathan sentiu o coração apertar. Ele observou os filhos abraçarem Elizabeth, mesmo em seu estado inerte, e lágrimas silenciosas escorreram por seu rosto.
Depois que as crianças adormeceram, Nathan voltou ao quarto. Ele sentou-se ao lado da cama de Elizabeth, segurando sua mão fria entre as dele.
— Liz... Ele suspirou, a voz falhando. Eu não sei como você fazia isso parecer tão fácil. Eu estou tentando, mas... eu sinto tanto a sua falta.
Ele lembrou-se das palavras que ela sempre dizia quando ele se sentia perdido. "Nathan, às vezes, tudo o que podemos fazer é seguir em frente, mesmo sem saber como."
Ele sorriu tristemente, acariciando os cabelos dela.
— Você sempre foi a forte, Liz. Mas agora sou eu quem precisa ser forte. Por nós. Pelas crianças.
O cansaço o venceu, e ele acabou deitando ao lado dela. Ele a envolveu com cuidado, como se temesse quebrá-la, colocando sua cabeça sobre seu peito.
— Eu vou cuidar de você, Lizbeth. Sempre.
Pela primeira vez em dias, Nathan fechou os olhos e sentiu uma breve paz. Mesmo naquele momento sombrio, segurando a mulher que amava em silêncio, ele sabia que o amor deles era sua força mais poderosa.
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