Capítulo 17
967 PALAVRAS
Nathan voltou para a cidade após levar Elizabeth e Jack até sua casa. Ele não cabia em si de tanta felicidade. Sargent e Newton foram encaminhados para a estrebaria, onde foram cuidados e alimentados com cenouras e ração. Ao chegar à delegacia, Nathan deu de cara com Bill, sentado em sua mesa com os pés ali em cima.
"Aquele homem era o máximo, ele se achava o dono da minha mesa," pensou Nathan.
— Boa tarde, Bill! Um Nathan sorridente falava agora.
— Acho que seu dia começou e terminou, melhor do que o meu. E riu baixinho.
— Te garanto que sim, Bill... Ninguém teve uma manhã e um dia melhor do que a minha. Eu sou o homem mais feliz deste mundo. E sorria de orelha a orelha.
— Desembucha, Nathan! Eu não sou o pai da paciência. Um carrancudo Bill resmungou.
— Hoje cedo eu segui Elizabeth e o pequeno Jack até o terreno dela. Fizemos um piquenique, o pequeno Jack me chamou de papai e a Elizabeth aceitou meu pedido de casamento. Nathan falou tudo sem nem parar para respirar.
Bill levantou num pulo, jogando a cadeira longe. Seu sorriso era enorme e, em duas passadas, já estava com Nathan em seus braços.
Bill era um homem durão, mas Nathan, hoje, percebia o coração enorme daquele homem; Bill não poderia estar mais feliz por ver a felicidade daquele casal.
— Nathan, eu não poderia estar mais feliz. Ver você se acertando com ela e vencendo todos os problemas me faz acreditar no amor. E ver Elizabeth feliz e realizada novamente era meu maior desejo. Eu nunca consegui me perdoar por não ser capaz de retirar aquele olhar de dor que ela sempre teve após a morte de Jack.
Nathan, emocionado, respondeu:
— Eu prometo que vou fazê-la muito feliz. Eu vou amar aqueles dois com toda a minha força. Alien e eles são meus bens mais preciosos nesta vida.
Bill assentiu, compreensivo.
— Eu tenho certeza. E quando será o casamento?
Nathan, ainda com as bochechas vermelhas, disse:
— Calma, Bill! Eu preciso primeiro de sua ajuda. Gostaria de um jantar com minha família hoje. Preciso contar às crianças antes que a cidade inteira fique sabendo. As crianças têm de saber o quão importante são para nós. Além disso, eu preciso colocar um anel na mão dela; fui pego desprevenido hoje cedo.
Bill sabia que Nathan carregava sempre com ele, dia após dia, há quase um ano ou mais, um anel de brilhante de sua avó. Ele nunca perdeu as esperanças de um dia fazer as pazes com Elizabeth e conquistá-la, e desde sempre, ele soube que ela era sua alma gêmea.
Aquela noite, Bill fechou o café e os quatro puderam ter uma noite agradável. Eles já agiam como uma família, e Bill se sentia realizado como um pai vendo seus filhos se casando. Alien deu um grito e, pulando da cadeira, correu para abraçar sua professora, que agora seria sua mãe. Após aquela conversa séria mais cedo, onde ela e Robert contaram tudo a Elizabeth e pediram desculpas por serem responsáveis pelo medo que ela havia passado na escola, o mais incrível aconteceu. Tanto ela quanto Robert viram que sua professora os perdoou. Ela conversou com eles com uma classe e calma que chegava a dar medo. Ela os corrigiu, sim, perdoou os erros também, mas os aconselhou a serem pessoas melhores e sempre a pensar nas consequências de seus atos.
E agora meu tio Nathan, que já era meu pai desde que me adotou, me dava o maior presente da minha vida. Ele me dava uma mãe. E não era uma mãe qualquer. Era a mãe que o coração de Alien, há muito tempo, havia escolhido. Alien pensou.
O pequeno Jack, com seus três anos, não entendia tudo, mas vendo a alegria de Alien abraçando sua mãe, também correu e se jogou em cima dela.
— Você agora será meu irmão mais novo.
— Irmão, Alien? Seus olhos azuis pareciam perdidos. Mas aquilo só fez o amor de Alien por ele crescer ainda mais. Sorrindo, ela o pegou no colo e foi falando:
— Ela vai ser minha mamãe e ele será seu papai, e o pequeno Jack será o irmãozinho de Alien.
— Irmãozinho! Papai! Gritava Jack Junior, sorrindo enquanto abraçava a todos. Ele poderia não entender tudo, mas gostava da ideia de ser o irmãozinho.
Nathan se ajoelhou e, ali, na presença de seus filhos, refez o pedido de casamento, sabendo que sua Lizbeth merecia tudo de mais especial.
— Lizbeth, eu não consigo me conter de tanta felicidade. Saber que você me permitiu te amar é a coisa mais maravilhosa que já me aconteceu; claro, ganhar Alien como filha e agora o pequeno Jack foi algo que nunca terei palavras para expressar essa emoção. Hoje, com nossos filhos, quero te pedir para construirmos uma família, todos unidos, juntos, e quem sabe podemos até fazê-la crescer ainda mais. Eu amo você, como nunca imaginei amar alguém; eu prometo te amar, te respeitar e te proteger, a você e a nossos filhos. Você aceita casar comigo?
Lágrimas escorriam no rosto de Elizabeth. Aquele homem era seu amor. Ela conseguiu algo raro na vida. Deus lhe deu a honra de ter os dois melhores homens da face da terra.
— Eu aceito, Nathan. O que mais quero é ser sua esposa e mãe de todos os nossos filhos.
Nathan se levantou e, colocando o anel de brilhante de sua avó em seu dedo, colocou as duas mãos em seu rosto e, abaixando-se, deu um pequeno beijo. Para sua surpresa, sentiu as mãos dela ao redor de seu pescoço, sua mão acariciando sua nuca, e ela aprofundou o beijo... não existia nada e nem ninguém naquele momento. Ele se perdeu completamente naquela mulher.
Jack ria e pulava, enquanto Alien olhava para Bill, tampando os próprios olhos.
Foi uma noite mágica, onde todos voltaram para suas casas sonhando acordados.
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