12ºCapítulo
#Jane Pov#
A última coisa que me lembro é de estar a caminho de minha casa e sentir alguém a agarrar-me, e depois perdi os sentidos. Agora encontro-me numa espécie de armazém amarrada a uma cadeira. Estou cheia de dores nos pulsos e nos pés por me tentar soltar, tento gritar mas estou com um pano na boca que me impede que o faça.
Não sei quanto tempo tive inconsciente, só sei que desde que acordei ainda ninguém veio a este sítio horrível onde me encontro. Por um lado queria que viesse alguém porque tenho fome e sede, e se calhar traziam-me comida, mas por outro lado, tenho medo que me façam mal.
Oiço um barulho e vejo a porta a abrir e entra um homem que tem uma cara de meter medo ao susto. Com ele trás um pedaço de pão e uma garrafa de água. Reparo também que no bolso das suas calças tem uma arma e fico assustada. Será que me vai matar? "Se fosse para te matar não te trazia comido, ó burra!" Obrigada subconsciente, mas agora não é a melhor altura para me insultares.
O homem está cada vez mais perto de mim e cada vez mais eu fico com medo. Quando ele chega á minha beira desamarra as cordas que apertam os meus pulsos e os meus pés, tira também o pano da minha boca e entrega-me o pão e a água.
Homem- "Aqui tens o teu jantar."- ia responder mas ele interrompe-me- "Nem um pio."- aponta-me a arma e eu encolho-me.
Começo a comer o mais rápido que consigo, para aquele homem ir embora o mais depressa possível e para depois pensar numa maneira de sair daqui. Acabei de comer e o homem voltou a amarrar-me á cadeira e a tapar-me a boca.
"Parece que não vais conseguir fugir." Obrigada pelo apoio subconsciente.
Vejo o homem a desaparecer pela porta e tento soltar-me mas sem sucesso. Suspiro derrotada e fecho os olhos. Lágrimas começam a escorrer pela minha cara. Só consigo pensar no Liam. Ele já deve ter dado pela minha demora e deve ter ido a minha casa. Ele deve estar tão preocupado. E o meu pai? Será que já deu pela minha falta? Aposto que não. Hoje, como em todos os outros dias, deve chegar a casa ás tantas da manhã e nem vê se estou ou não em casa. Eu sei que ele tem muito trabalho e é graças ao seu esforço que eu tenho aquilo tudo que preciso, mas aquilo que eu mais preciso e o dinheiro não compra, eu não tenho desde que a minha mãe morreu, que é carinho e amor. Se o meu pai não der pela minha falta, não vai fazer nada. Só o Liam me pode salvar.
Não faço a mínima ideia de quem me possa ter feito isto. Será que...?
Não, não pode ter sido. Pelo que sei, o Liam fez tudo o que lhe mandaram, por isso não pode ter sido o pai dele.
Então, quem pode ter sido? E porquê?
Neste momento encontro-me lavada em lágrimas e acabo por adormecer sentada nesta cadeira desconfortável.
#Liam Pov#
Não preguei olho a noite toda. Só conseguia pensar na Jane. Como é que ela está? Onde? Será que lhe fizeram mal? São perguntas que estão constantemente presentes na minha mente.
Hoje a polícia vai começar a procurá-la, mas vai ser difícil, visto que não temos nem uma única pista de onde ela possa estar.
Depois de tomar banho e comer alguma coisa, vou á esquadra da policia para os ajudar a encontrar a minha namorada.
#Algumas horas depois#
Não sei á quanto tempo começámos a procurá-la, só sei que ainda não temos nenhuma pista de onde ela possa estar.
Não saber nada da Jane, mata-me por dentro. Não sei se a magoaram, se ela está a passar fome ou sede. Nem sei se está viva.
Esta noite vou falar com o meu pai se ele tiver alguma coisa a ver com o desaparecimento da Jane, eu juro que ele nunca mais vê o nascer do sol.
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