'29'
Desculpa pela demora em atualizar, prometo tentar trazer mais um att nesse fim de semana !
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Depois de finalmente conseguir se desvencilhar das mãos do han e alcançar christopher que corria em círculos pela casa na tentativa de fugir da fúria do seo, changbin pôde respirar em paz logo após dar uns bons socos no braço do bang.
Chris fez um breve drama, alegando que os socos tinham machucado até mesmo sua alma, exprimindo em um bico sôfrego o quanto o moreno o odiava. Claro, o tatuador não deu a mínima, ignorando totalmente sua falsa cara de choro e dando atenção para a bagunça que jeongin deixou em sua sala. Recolheu os brinquedos do mais novo pela residência com a ajuda de jisung, simultaneamente christopher se juntou a eles, deixando de lado seu drama.
— esse aqui parece você. — jisung ergueu a pelúcia de porco que trajava uma jardineira jeans na direção do seo, este que espremeu os olhos já pequenos e fechou a cara.
— você quer apanhar também? — rapidamente jisung negou, terminando de pegar os brinquedos que via pela frente.
— então, o que você acha desse? Combina comigo? — o australiano pegou uma pelúcia de lobo, mostrando a changbin enquanto tentava imitar a expressão do brinquedo em sua mão.
— você é idiota ou o quê?
— se você me odeia é só falar. — novamente um bico enorme tomou seus lábios, dando as costas para changbin.
O moreno revirou os olhos e jogou todas as pelúcias, carrinhos, legos e outros brinquedos do sobrinho dentro de um baú pequeno que comprou recentemente para o garotinho guardar seus objetivos quando estiver em sua residência.
Com tudo limpo na sala, o trio caminhou até a varanda de frente para a rua vazia. Já era tarde, a lua ia se movendo aos pouquinhos no céu escuro e as nuvens vez ou outra ousava passar em sua frente, jisung estava perdido em pensamentos enquanto observava a rua vazia em completo silêncio, usava christopher como encosto, depositando seu peso sobre o ombro do mais velho e changbin fazia o mesmo.
— e se a gente sair agora? — propôs christopher, intercalando seu olhar entre os dois mais novos.
— e ir pra onde?
— sei lá, qualquer lugar. — seu olhar pesou sobre jisung que se mantinha calado. — você tá estranho. Calado demais. O que aconteceu, pequeno? — soou mais meigo o possível, dando atenção ao garoto de fios dourados. O han suspirou alto, uma súbita vontade de querer gritar o atingiu. Precisava sair para espairecer.
— podemos sair? — encarou os dois mais velhos. — tipo, pra um lugar bem longe daqui. Muito longe.
— tá meio tarde pra isso, vocês não acham? — changbin interviu, vendo que impedir christopher dos seus atos impulsivos já era difícil, com jisung na mesma onda era pior ainda.
— então só vamos dar uma volta a pé.
Changbin mirou seus olhos entre os dois e concordou num manusear de cabeça, no final desistindo de impedi-los, e foi buscar seu casaco.
As duas da madrugada chegaram bem mais rápido que o esperado, os três ainda mantinham os passos calmos entre as calçadas de concreto, vez ou outra christopher era obrigado a segurar o han para não deixá-lo cair entre seus tropeços. Mesmo sóbrio, o garoto era um perigo para si mesmo. Continuaram andando sem rumo até perceberem que estavam indo na direção onde as batalhas de rap aconteciam. Onde eles se conheceram.
Changbin que ia encolhido dentro do moletom grande observou a calçada onde apanhou jisung, riu ao recordar da primeira vez que trocou algumas palavras com o bang e já sentiu vontade de chutar sua bunda. Ele era insuportável. Passaram em frente ao barracão e continuaram andando, seguindo em frente, uma hora, o australiano segurou os dois pela mão e apressou os passos, obrigando changbin acompanhá-lo quase correndo, jisung ia logo ao seu lado rindo sem entender para onde o bang estava os levando daquele jeito.
Um parque foi avistado a alguns metros de distância do barracão. Era um lugar baldio, os brinquedos não eram um dos melhores, sendo possível ver apenas balanço velho e outros brinquedos enferrujados, a vegetação crescia preguiçosamente pelo solo, mas de alguma forma aquilo trazia um brilho diferente para os olhos do bang.
— vem. — os arrastou até o balanço velho, dando algumas batidinhas no assento do brinquedo para eles sentaram.
— isso é tão clichê. — changbin resmungou, se sentando na cadeirinha do balanço, dando leves impulsivos com a ponta do pé que encostava no chão.
Jisung ao seu lado era empurrado pelo bang, cada vez mais alto. Changbin estava começando a ficar preocupado. O loiro ria segurando com força nas cordas do balanço, impulsionando o corpo para frente e para trás até pular da cadeirinha e pousar no chão quase caindo. O moreno quase desmaiou pelo susto, ficando de pé para checar se ele não tinha quebrado nenhum osso, atrás deles, christopher ria.
— você vai me matar do coração! — puxou jisung pela orelha.
— ai! — segurou no pulso do menor num pedido mudo para ele soltar.
— bin. — christopher apenas o chamou, e no mesmo instante o moreno soltou a orelha do han e caminhou de volta para o assento emburrado.
Jisung voltou a se sentar ao lado do menor no balanço, christopher ficou de frente para eles encostado num escorregador com a pintura um pouco danificada e pichações diversas. Tudo tinha aquele semblante no subúrbio, jisung observou ao redor. Do bolso da calça Chan tirou um cigarro, logo erguendo os olhos na direção do baixinho como quem pedia permissão, o seo deu de ombros e continuou encarando o chão coberto por grama, terra e pequenas plantinhas, batendo a sola do sapato aqui e ali.
— queria ficar assim com vocês sempre. — jisung disse, um sorriso acanhado moldando seus lábios bonitos. — só nós três, nesse silêncio bom, longe de confusão e problema.
— meio impossível a gente tá longe de problemas, vocês dois tem um ímã pra isso. — changbin o interrompeu. — vocês colocaram o tipo de emoção na minha vida que eu estava querendo evitar. O que falta agora? Fugir da polícia?
— se um dia a polícia aparecer atrás da gente, a culpa é do chris. — os dois olharam para o mais velho, ele ainda estava lá, parado no escorregador, com o cigarro entre os dedos longos sem acender.
— por que eu?
— olha pra você! — jisung exclamou rindo. — se a minha mãe me visse contigo, acharia que eu estava sendo roubado. — a expressão de indignação do maior fez changbin rir alto e concordar com o han.
— meu pai acharia o mesmo.
— então é isso? Sou uma péssima influência pra vocês? — os dois balançaram a cabeça como dois cachorrinhos assentindo. Chan bufou guardando o cigarro de volta no bolso.
— uma horrível influência. — o loiro afirmou num bico engraçado.
— engraçado. — christopher iniciou pensativo, caminhando lentamente até eles. — quando estamos sozinhos vocês não dizem isso. — passou por trás do balanço, suas mãos ásperas raspando na nuca de cada garoto, firmando os dedos cuidadosamente na pele fria, seus polegares acariciando o osso da extensão do pescoço deles.
— estamos numa praça infantil, não seria legal você ficar provocando a gente aqui. — jisung virou a cabeça na direção do mais velho, este riu e os soltou, desta vez pousando suas mãos nas cordas entre os dois garotos e empurrando devagar.
— vocês não tomam jeito mesmo, hein. — changbin os advertiu, balançando a cabeça em negação.
— será que vamos ficar juntos no futuro? — christopher indagou num murmúrio, encarando o céu como se esperasse uma resposta divina.
— quem sabe. — changbin olhou na mesma direção que ele. — mas eu espero que sim. — fechou os olhos por um instante, quando a brisa ficou mais forte e bagunçou seus cabelos negros como a noite e brilhantes como a lua que iluminava eles. Jisung ficou meramente encantado com quão bonito o seo ficava e ao erguer os olhos o sorriso cintilante de christopher travava uma guerra com as estrelas que coloriam o céu. Estava fodidamente apaixonado mesmo.
— melhor a gente voltar atrás que esfrie mais. — christopher ficou na frente deles, suas duas mãos esticadas na direção dos garotos. — vamos?
Os dois acabaram rindo, segurando na mão cheia de calos e pálida do maior, seguindo o caminho de volta para a residência do seo no meio da madrugada, a brisa estava cada vez mais fria como dito pelo mais velho, mas eles mantiveram um ritmo calmo na volta. Os bolsos do casaco que o ex barman vestia eram grandes o suficiente para caber as mãos deles dois, então com elas entrelaçadas christopher enfiou cada uma dentro de cada bolso, fazendo assim que os menores andassem grudados ao seu corpo. Ele tinha planejado tudo para aquilo acontecer e tanto jisung quanto changbin poderiam puxar a mão de dentro do bolso do seu casaco caso quisessem, mas eles se mantiveram daquele jeito até chegar na casa do seo.
Com todas as luzes apagadas, os três se livraram daquele peso extra que os moletons traziam e se aninharam na cama. O sol pincelava o céu aos poucos enquanto crescia no horizonte, no meio da cama, jisung se sentia bem em ter aquele peso todo do bang praticamente em cima do seu e changbin encolhido ao seu lado.
Era como se tudo estivesse finalmente dando certo.
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