'26'
Os dias longe de christopher e jisung pareciam monótonos e sem graça, talvez estivesse se acostumado a ter em alguma horinha do seu dia a presença dos dois paspalho que estava ficando, mas estava longe o suficiente para não poder ligar e eles aparecerem como dois cachorrinhos felizes em sua porta.
A confusão que havia se metido ainda nem estava no seu meio para acabar, jihyo ia se divorciar e o cara não estava aceitando bem e como era super protetor com sua irmã não deixaria ela desamparada nessa situação já que seus pais se recusaram apoiá-la nisso. As coisas não seriam tão difíceis se o homem que seus pais arranjaram para park não fosse um completo lunático. Tinha dias que changbin fazia viagens de horas da sua cidade até onde sua irmã morava apenas para livrar jeongin das brigas desnecessárias que infelizmente o menorzinho presenciava, até havia ameaçado tirar o pequeno yang do meio de tudo aquilo definitivamente se lucas e jihyo não parassem de brigar por nada.
Aquele casamento era apenas uma farsa que sua família arranjou para tirar a mais velha do "mal caminho", afirmando que seu filho mais novo já tinha se perdido. Na época a park era submissa o suficiente para aceitar a situação horrível que estava sendo colocada, casando-se com alguém que nem mesmo tinha conversado por mais de uma hora, uma péssima decisão tomada sem seu consentimento. Odiava Lucas com todas as suas forças, olhar pra cara daquele homem lhe dava repulsa, ele era detestável de todas as maneiras possível. Seu jeito grosseiro de falar, seus modos ruins e hábitos desagradáveis lhe dava nos nervos.
Não gostava de pensar no seu pequeno sobrinho vivendo num lar conturbado, onde ele não teria amor o suficiente para crescer feliz e saudável. Perdeu as contas das vezes que viu jeongin implorar para não voltar para casa com sua mãe, alegando que seu pai era maldoso com ambos. E por céus, nada deixava o seo tão enfurecido quanto ver o garotinho com lágrimas descendo por suas bochechas gordinhas, tais lágrimas de medo que nunca deveriam estar sendo derramadas. Não se conformava com aquele tratamento detestável que via sua irmã e sobrinho passarem.
Por isso estava em Gyeongju, nada o tiraria dali sem antes escorraçar aquela podridão de homem da vida de quem mais amava.
Passava os dias em uma pequena pousada que tinha virado sua segunda casa nas últimas semanas, tinha até mesmo feito amizade com uma senhora simpática que trabalhava logo à frente do pequeno prédio em uma padaria. Naquela manhã de quinta feira acordou sem muito ânimo, passando horas deitado numa espreguiçadeira apenas observando a boa vista que a varanda lhe proporcionava enrolado por um lençol macio e cheiroso. Sentia falta de jisung e christopher naqueles dias calmos, soltando vários suspiros tristonhos por não poder tê-los consigo naquele momento, se pegando sonhando acordado em poder passar horas conversando com eles naquele varanda enquanto eram banhados pelo luar e as estrelas sendo a maior testemunha do sentimento forte que sentia por aqueles caras.
Se sentia um idiota que havia voltado a ser apenas um garotinho apaixonado, odiava o sentimento de estar caindo de amores por alguém, mas a sensação quente e acolhedora que sentia ao lado deles era tão boa e agradável, fazia o chão sumir de seus pés e sua cabeça girar em vários círculos, o deixando desorientado. Um sentimento mundano e ao mesmo tempo tão puro, não via maldade em nenhuma das suas ações relacionadas ao que estava tendo com aqueles homens, se sentia bem em poder admirá-los de perto, seus machucados e pecados se completavam, estavam de certa forma em sintonia.
Visto que não poderia passar o dia todo apenas pensando em quem fazia seu coração acelerar e seu mundo girar em câmera lenta, se arrastou até o banheiro para tomar um banho. O dia estava consideravelmente quente para uma manhã em pleno outono, optando por roupas mais frescas, changbin desceu para tomar um bom e indispensável café, aproveitando para exagerar um pouco nos doces que aquela padaria agradável vendia. Xícaras de café para lá e bolos de morango para cá, o seo seguiu seu dia, vendo que jisung enchia seu chat de conversa com mensagens de bom dia, contando sobre os últimos acontecimentos, inclusive citando a apreensão de minjun na noite anterior. Tal assunto não saiu despercebidos pelos olhos negros do seo, ficando preocupado pela forma que o han descrevia a situação mas uma sensação de alívio tomou conta do seu peito quando ele completou dizendo que tudo tinha ocorrido bem apesar dos acontecimentos desagradáveis.
Deram um final a conversa com o loirinho dizendo que o bang ainda dormia feito pedra ao seu lado, inconscientemente changbin se pegou imaginando a carinha enrugada e engraçado que o mais velho fazia quando dormia, os lábios espremidos em um bico engraçado, a testa franzida, os olhos apertadinhos e todo largado pela cama, perdendo as contas das vezes que ele precisou tirar o corpo pesado do bang de cima de jisung, temendo que o garoto fosse esmagado pelo corpo monstruoso e forte do australiano.
Com o pedido para que ele voltasse a dormir junto com christopher, changbin pode retornar com seu dia, sabia exatamente o que tinha que fazer naquele restante de manhã. O divórcio da sua irmã estava para acontecer, após toda essa complicação no tribunal acabar ela voltaria a morar em Seul em uma casa próxima a sua. Se sentia mais tranquilo em saber da decisão da mulher em voltar a morar perto de si, talvez assim ela pudesse colocar as ideias no lugar e voltar a fazer o que tanto amava, a tatuar. Adoraria tê-la ao seu lado no estúdio, com o pequeno yang correndo pelos corredores e brincando com seus amados dinossauros.
Após pagar por sua refeição, seguiu até seu carro afim de ir até a casa de seus pais buscar sua irmã. Lucas havia evaporado do mapa na última noite, ninguém sabia do paradeiro do homem e aquilo deixava changbin inquieto. Odiava pensar que ele pudesse estar tramando algo, mas preferiu pensar que não era nada relacionado àquilo.
Estacionou com calma o automóvel, descendo logo em seguida, tomou um longo suspiro antes de se encaminhar até porta, demorando certo tempo até bater e ser recebido por sua mãe, uma senhora de cabelos castanhos e longos com alguns fios grisalhos, rosto sorridente e uma aura de acolhimento que não combinava nem um pouco com a situação que estavam lidando. Lhe deu um abraço rápido com direito a um beijo em sua bochecha, sentia falta de casa, da forma carinhosa que sua mãe sempre o tratou, já que o turrão da família era seu pai. Ela sempre o aceitou do jeito que era, mesmo quando decidiu seguir o sonho de se tornar um tatuador ou até mesmo quando trouxe o primeiro namorado para casa.
Sua relação com seu pai poderia ser comparada com briga de gato e rato, eram dois cabeças duras com ideias totalmente diferentes. Jihyo dizia que changbin tinha herdado aquela teimosia sem fim do seu velho pai, já que o homem mais velho era uma pedra sem sentimentos, poucas vezes o via realmente sentido por alguma situação. Amava seu pai apesar dele sempre o tratar de forma fria, entendia seu lado em sempre querer seu bem e seu desejo que ele fosse bem sucedido na vida, mas a carreira que o seo mais velho sonhava para changbin estava longe de ser o que ele realmente queria, não se via trancafiado dentro de um escritório rodeado de papéis e mais papéis para assinar, gostava do contato direto com as pessoas quando as tatuava, de seus sorrisos e elogios por seu bom trabalho. Era aquilo que gostava e nada mudaria isso.
Ao adentrar na pequena casa juntamente com sua mãe, viu o pequeno jeongin brincando no sofá mas não tardou em chamar sua atenção, changbin abriu os braços para receber um carinhoso e desajeitado abraçado da criança, que agarrou-se em seu corpo risonho.
— titio bin nós podemos brincar hoje com o titio canguru e o titio esquilo? — perguntou o garotinho já no colo do moreno, a seo ao seu lado encarou seu filho sem entender do que o garotinho se referia.
Ainda não tinha arrumado tempo para falar com seus pais sobre seu novo — quase — namoro, estava juntando coragem para apresentar christopher e jisung a eles e explicar que agora estava comprometido com eles dois.
— eles não podem vir para cá, innie, mas quando você for morar comigo lá em seul o titio promete chamá-los para brincar conosco. — fez uma promessa sincera de mindinho, juntando seu dedinho com o do menorzinho, este que sorriu feliz com a ideia de brincar mais uma vez com seus novos tios.
Deixou que jeongin voltasse a brincar com seus dinossauros, ainda tinha que conversar com sua irmã sobre o que fariam dali em diante. Marchou até a sozinha, vendo jihyo tomando uma caneca de café com seu pai, este que lhe lançou um olhar opaco, logo virando a cara. Estavam brigados mais uma vez, seu pai defendia Lucas com uma confiança cega que deixava changbin irritado, vieram a discutir na primeira vez que o moreno pisou naquela residência, uma longa discussão camuflada para não deixar jeongin tristonho.
— bom dia, pai. — ousou saudar o homem de barba rala e cabelos negros, este que saiu do recinto no mesmo instante que o mais novo sentou-se em frente a mesa, ignorando totalmente sua fala.
— me pergunto até quando ele vai ficar te ignorando. — jihyo suspirou.
— não me importo muito. — deu de ombros. — você tá pronta pra hoje?
— pra ser sincera, não. — a mulher riu em escárnio da sua próprio infelicidade. — tenho medo que ele tente tirar o innie de mim. — apertou as mãos ao redor da caneca já morna de café, seus olhos focados no fluído negro.
— você é a mãe, não podem fazer isso sem um motivo grave. Além de que vão ouvir o jeongin também, você sabe que ele não vai mentir. — tentou tranquilizar a mais velha, sorrindo pequeno e segurando suavemente em sua mão. — vai dar tudo certo, você vai tá livre daquela coisa humanoide com pernas logo logo.
— você é péssimo. — riu do comentário do seo sobre seu ex esposo, ficando um pouco mais despreocupada ao tê-lo ao seu lado naquele momento. — obrigado por tá aqui, sei que preferia estar com seus namorados ao invés de estar resolvendo as complicações do casamento dos outros.
— errada você não tá. — encostou-se na cadeira, sorrindo ladino de uma forma engraçada. — mas você já me ajudou várias vezes e eu acabei te devendo algumas, então pense nisso como um "estamos quites".
— você gosta mesmo deles, né? — perguntou de repente. Changbin a encarou sem entender o porquê daquele sorriso satisfeito que ela estava. — nunca te vi assim por nenhum cara que você já namorou. Você já tá apaixonadinho, não está? Meu deus, tá na cara, changbin!
— você cala a sua boca ou eu vou embora! — bradou irritado e tímido, seu rosto uma confusão de sobrancelhas franzidas e bochechas coradas.
— tudo bem, tudo bem. — ela ergueu as mãos se rendendo. — mas se você estiver apaixonado, coisa que de forma alguma estou afirmando! Tenho certeza que eles também estão, é só ver a forma como eles te olham.
— você está ficando louca. — quis dar fim àquele assunto. — ande logo e vá se arrumar, temos hora e você sabe que eu odeio atrasos.
Após ela deixar a cozinha apressada por suas ameaças em deixá-la para trás, changbin voltou a se sentar agora sozinho no cômodo. Enquanto seus olhos vagavam entre as paredes e os objetivos da cozinha, sua mente o perturbava com pensamentos inconvenientes que provavelmente lhe daria uma dor de cabeça a noite. Ainda estava cedo para afirmar que estava apaixonado, não queria enganar a si mesmo com aquilo, precisava pensar com mais racionalidade, apesar de gostar muito deles não estava apaixonado, não poderia estar. Sentia que seu relacionamento ainda era instável mesmo com meses de duração, christopher era a confusão personificada, jisung era o caos em pessoa. Querendo ou não, achava que eles eram muito intensos para lidar da forma como lidava normalmente com seus antigos compromissos.
Deixou a desordem dos seus sentimentos para outro dia, tinha outras prioridades no momento.
Logo após ajudar sua irmã a arrumar jeongin, seguiram caminho até o tribunal local, a solicitação do divórcio da sua irmã tinha sido enviada antes mesmo do natal começar no ano anterior, não esperavam que o pedido fosse ser aceito tão rapidamente, mas felizmente o processo não demorou.
Estacionou o carro em frente ao grande prédio do tribunal, pegando jeongin da cadeirinha no banco de trás e o carregando no colo para atravessar a rua, ao seu lado sua irmã caminhava receosa, segurando em seu braço com certa força. Logo avistaram momo, a advogada que estava atuando para a defesa da park, vestida em um terno elegante ela se aproximou da dupla e o pequeno garotinho que resmungava baixinho que estava com sono.
— como estão se sentindo? — a mulher de fios loiros se pronunciou com um sorriso simpático. — não precisa ficar tão nervosa, senhora park, as coisas vão se resolver o mais rápido possível. — mais uma vez sendo tranquilizada, jihyo sorriu um pouco angustiada. — o senhor wong ainda não chegou, então primeiro vou levar Jeongin para conversar com o juiz. É uma parte importante do divórcio saber como é a relação da criança com seus pais. — explicou rapidamente.
Changbin colocou o garotinho em pé no chão, arrumando sua camisa pólo rosa bebê, tirou a chupeta de seus lábios e o tranquilizando com a promessa que depois disso tudo acabar iriam para sua casa e lá comeriam bastante doce. De mãos dadas com a japonesa, o mais novo sumiu entre um corredor bem iluminado. À espera, eles se acomodaram nas cadeiras perto da recepção do tribunal, o seo percebendo o quanto sua irmã suspirava alto em aflição, escorregou seus dedos para dentro da mão dela, apertando seus dedos pálida por conta do nervosismo, passando confiança. Tudo iria acabar logo, era o que repetia.
Alguns minutos após a ida de joengin, Lucas apareceu junto com outro homem alto, o rosto do castanho era uma confusão de raiva contida, sobrancelhas franzidas e testa enrugada, lábios espremidos em uma linha firme e dedos sendo constantemente sendo apertados. Quando os olhos negros e redondos pousaram na dupla a espera, seu semelhante de ódio apenas aumentou, estavam a cerca de vinte passos de distância, mas Lucas fuzilava o tatuador com os olhos, sendo encarado de volta de forma descarada, compartilhando do mesmo ódio amargo que deixava seu paladar enjoado.
— está feliz com a situação que nos meteu, jihyo? — Lucas se aproximou com as mãos nos bolsos, sorria de forma sarcástica, odiosa aos olhos de changbin. A mulher ao lado do seo abaixou a cabeça, apertando a mão do irmão atrás de conforto. — é culpa sua estarmos nessa situação humilhante.
— se você não fosse um babaca nada disso estaria acontecendo. — changbin se intrometeu, a palma de sua mão coçava para bater em Lucas, mas se conteve, não era um ambiente propício para aquilo.
— você é repugnante. — o olhou de cima a baixo, changbin conhecia aquele olhar. Não era a primeira vez que era visto com nojo, mas aprendeu a ignorar. — você que plantou essas ideias na cabeça da jihyo, a principal culpa é sua, seu viadinho de merda.
— viadinho de merda? Sério? — changbin riu, umedecendo os lábios enquanto sorria travesso. — pensei que você fosse mais criativo para xingamentos, mas não posso esperar muito de um cara que batia na própria esposa e maltratava o filho pequeno, não é? — Lucas fechou os punhos, mas o advogado ao seu lado sussurrou algo em seu ouvido e ele se conteve mais uma vez.
Mais alguns minutos e jeongin surgiu pelo mesmo corredor, este tremeu ao ver seu pai do outro lado do hall do tribunal, encostado no balcão da recepção, apertou a mão da hirai com medo, mas teve sua atenção chamada por changbin, que de braços abertos o chamou. Correndo o garotinho soltou-se da loira e foi até seu tio, seu corpo tremia de levinho ao agarrar no seo, sendo aos poucos acalmado por ele.
— agora somos nós. — jihyo ficou de pé, parecia mais decidida.
— mamãe já volta, innie. — acariciou a bochecha do menininho que era mimado por seu tio.
Ela seguiu a hirai e logo após Lucas foi junto com seu advogado atrás.
— você quer ver as fotos que eu tenho do chris e do jisung? — changbin tirou o celular do bolso, desbloqueando antes de entregar ao menorzinho. Com suas pequenas mãozinhas passeava entre as fotos tiradas pelo seo dos dois rapazes, rindo de uma ou outra que deduzia ser engraçada.
(...)
Quando todo aquele processo demorado teve seu fim, jihyo parecia acabada. Foram mais de uma hora dentro de uma sala, changbin nem imaginava o quão cansativo aquilo poderia ser, mas felizmente tinha dado tudo certo, momo era uma advogada incrível, garantiu que nenhum dos argumentos usados pelo outro advogado contra a mulher que estava ali para se livrar de um casamento abusivob fossem validados, deixando bem claro todas as vezes que a park foi violentada pelo homem, expondo também os maltratos que ele fazia com o único filho. Não só garantiu o divórcio de jihyo mas também que a guarda do pequeno jeongin ficasse com quem deveria, a mãe.
Quando saiu do tribunal, Lucas parecia que iria explodir e levar todos juntos. Podia dizer que seus olhos derramavam sangue, o jeito que ele olhou para changbin ao sair do local foi de puro ódio. Culpava o seo e o xingava sem pudor, além de proferir injúrias a ex mulher.
Não se deixou intimidar pelo surto de raiva do homem, tinha mais com o que se preocupar. Assegurou que sua irmã chegasse em casa em segurança, avisando que na manhã seguinte iriam embora de Gyeongju e só voltariam naquele lugar para ver seus pais, mesmo que seu pai ainda emanasse endurecimento por tudo que tinha acontecido. Era difícil para um homem daquela idade entender que o mundo não era como em séculos atrás.
Tentou relaxar enquanto dirigia até a pousada, seus ombros doíam como o inferno, parecia ter carregado um enorme fardo sobre eles, seus olhos ardiam, nunca tinha se sentido tão exausto em dias, era como se a realidade finalmente o atingisse. Estava tudo acabado, seu problema finalmente teve um fim e a exaustão que aquilo trouxe caísse sobre ele como uma enorme rocha. Havia passado o jantar na casa de seus pais, aproveitando do aconchegado e o sentimento de nostalgia que aquela pequena residência lhe proporcionava, ficando feliz por passar um tempo com sua mãe e poder conversar com a mulher que tanto sentia falta.
Estacionou o carro em frente a pousada por não ter garagem, desceu de ombros baixos e cabelos bagunçados, enquanto trancava o carro sentiu uma forte pancada em sua nuca, seus olhos ficaram nublados, mas os ergueu tentando focar sua visão ao homem que lhe tinha atingido. Não teve tempo de reagir, sendo atingido mais uma vez no rosto pela pedra que Lucas carregava. Seu cérebro não conseguia acompanhar a mesma velocidade que os acontecimentos iam se desenrolando. Em um momento estava no chão, seus olhos opacos encaravam o homem de baixo, este que iria lhe dar o último golpe, mas foi parado por uma pessoa. Não sabia quem era, nem sabia o que estava acontecendo. Tocou em sua própria testa com o pouco de consciência e controle, sangue manchava seus dígitos.
Estava tão cansado.
Se deixou levar pela escuridão, precisava descansar.
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