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𖤍𖡼↷ 𝐒𝐄𝐕𝐄𝐍

VII. ÀS VEZES TUDO É SOBRE SABER FUGIR

Se eu fosse ser bem sincera, eu estava irritada. Completamente e totalmente irritada com tudo o que tinha acontecido na noite anterior, e talvez um pouco envergonhada também. Afinal, eu tinha aberto completamente meu coração e jogado todas as cartas na mesa, dito tudo o que eu sentia e passei tanto tempo tentando esconder. Agora, não existia mais segredos, afinal, eu tinha dito para o próprio Kenma tudo o que sentia por ele. E uma parte de mim me amaldiçoava por ter sido estúpida ao ponto de fazer isso, de achar que talvez Kenma pudesse apenas dizer que sentia o mesmo.

Mas a verdade é que ele não disse absolutamente nada. Não me impediu de ir embora, não me mandou uma mensagem e, até agora, sequer veio me procurar para que pudéssemos conversar. Sendo honesta, não sei porque pensei que talvez pudéssemos falar sobre isso. Era nítido como a luz do dia que Kenma fugiria desse assunto como o diabo foge da cruz, preferindo fingir que nada nunca aconteceu e seguir com a vida. Talvez fosse até melhor assim.

Eu apenas queria que esse acampamento acabasse logo para que eu pudesse voltar para casa e fingir que ele nunca tinha acontecido e que eu não tinha sofrido uma tremenda humilhação e decepção. A melhor coisa de todas seria me fazer de sonsa a respeito disso, e eu sabia que Kenma faria o mesmo, então...

Estava pensando sobre isso quando meu celular começou a tocar, me fazendo torcer o nariz antes de o retirar do bolso. Dei um suspiro aliviado ao me dar conta de que não era minha mãe me ligando por vídeo, pois ela sempre dava um jeitinho de saber se estava tudo bem ou tudo péssimo, e eu não ia conseguir esconder isso dela. Por enquanto, o melhor seria, de fato, fugir dela, pelo menos até que eu estivesse recuperada da rejeição de Kenma.

-Você não deveria estar vendo esse bando de macho treinar? - foi isso que Alura disse assim que eu atendi o celular, arqueando uma sobrancelha para mim, um pequeno sorriso divertido nos lábios. Eu apenas revirei os olhos enquanto me encostava na parede e me escondia um pouco para poder falar com ela em paz.

-Às vezes tudo é sobre saber fugir, Alura. - retruquei, fazendo ela rir. De qualquer jeito, era bom ver Alura rindo novamente, ainda mais quando a vida amorosa dela conseguia ser ainda mais caótica que a minha.

Era tudo uma grandíssima piada! Kenma achar que eu tenho algo com Kuroo quando, na verdade, Alura é nitidamente apaixonada por Kuroo. E o pior é Kuroo perceber que eu gosto de Kenma, mas não se dar conta que Alura gosta dele. Talvez seja por isso que Kenma e Kuroo são melhores amigos, afinal. Ambos são dois completos tapados.

-Você se resolveu com o Kozume?- ela perguntou, arqueando a sobrancelha mais uma vez e eu apenas respirei fundo e bufei, algo que fez Alura tentar reprimir uma risadinha que me deu vontade de a esganar um pouco.

-Você já contou para Kuroo que gosta dele?- retruquei, fazendo Alura torcer o nariz para mim.

-Nem sempre almas gêmeas nasceram para ficarem juntas, Akeri. - ela respondeu, completamente e totalmente amargurada, o que me fez fazer uma careta. Alura sempre vinha com esses papos de almas gêmeas para cima de mim; eu claramente não acreditava muito no akai ito, mas Alura tinha tanta convicção quando falava sobre que me assustava um pouco. Assustava ainda mais quando ela dizia que o meu "fio vermelho" era o mesmo que o de Kenma. Sim, eu gostava dele, mas vamos colocar um limite aí.

-Vocês complicam as coisas demais. Se conhecem desde que nasceram, basicamente, não sei porque ainda não disse logo as coisas para Kuroo.- eu resmunguei e Alura me olhou com pura incredulidade, e eu não precisava de muito para saber que ela estava quase me xingando e me chamando de hipócrita. -E antes que você diga algo, sim! Eu contei tudo o que sinto para Kenma. E adivinha só? Claro que ia ter dado merda.

Alura arregalou os olhos do outro lado da tela, abrindo a boca em choque e confusão ao mesmo tempo. Minha amiga claramente não sabia o que falar, abrindo e fechando a boca várias e várias vezes, suas sobrancelhas se franzindo em pura confusão que quase me fez dar uma risada. Quase. Se tudo não fosse tão trágico e triste, eu certamente teria me divertido com as expressões que Alura estava fazendo nesse exato momento.

-Como isso sequer foi acontecer?!- foi o que Alura praticamente gritou depois de se recuperar do baque da notícia, e eu apenas dei um longo e dramático suspiro, me escorando ainda mais contra a parede, querendo morrer.

-Eu me irritei e falei logo tudo de uma vez. - resmunguei, olhando para o teto e fechando os olhos por um instante, esfregando a testa. -Quer dizer, Kenma estava me evitando porque achava que eu e Kuroo tínhamos algo! O que eu deveria fazer, afinal?

Alura nem mesmo fez questão de esconder a risada dela, o que apenas fazia com que ela fosse uma belíssima completa desgraçada! Revirei os olhos, verdadeiramente amaldiçoando Alura e sua existência.

-Continue rindo, mas saiba que quem ri por último, sempre ri melhor. - rosnei, fazendo Alura se calar na hora, uma careta se formando em seu rosto, careta essa que foi o suficiente para me deixar satisfeita. -Sua moral está lá embaixo, Alura.

-Ah, cale essa boca. Não é minha culpa se Kuroo é cego. - ela disse, começando a ficar completamente emburrada. Ao mesmo tempo que era divertido irritar Alura, também sabia que ela odiava toda essa situação com Kuroo. E, se fosse ser mesmo sincera, ele realmente era bem burro por não notar o óbvio, mas eu tinha prometido muito tempo atrás que não ia me meter naquilo, então era um problema que apenas Alura e ele poderiam resolver. A minha parte como amiga eu já fazia todos os dias, aguentando ambos com seus surtos diferentes.

Estava prestes a dizer a Alura alguma coisa que na minha cabeça era muito interessante e um conselho super foda quando o celular foi arrancado das minhas mão, me fazendo chiar enquanto olhava para Kuroo com pura irritação. Ele estava com um sorrisinho e, para minha grandíssima desgraça, Kenma estava logo ao lado dele.

Puta que pariu, viu.

-Da pra você me devolver essa merda, seu babaca? Eu estava falando com a Alura. - reclamei, tentando arrancar o celular das mãos dele, mas Kuroo ergueu o braço, rindo. Alura estava claramente o xingando agora, mas nem isso era o suficiente para fazer Kuroo parar de ser tão... Kuroo. -Tetsurou! Para com essa droga!

-Ei, para de ser tão estressadinha. Eu só quero falar com Alura, não posso mais? - ele disse, dando um tchauzinho para a câmera do meu celular. Eu revirei os olhos, me perguntando se seria tão, tão ruim assim se eu apenas o desse um chute onde doía mais.

Antes mesmo que eu pudesse abrir a boca para reclamar, Kuroo já estava indo para longe, perguntando para Alura se ela o odiava. Sempre esse papo! Não fazia a menor ideia do porque Kuroo fazia essa pergunta completamente imbecil para Alura às vezes, já que ela era claramente apaixonada por ele, mas quem sou eu para julgar, certo? Ele reclama de mim, mas consegue ser mil e uma vezes pior e mais lesado. Para alguém com tanta inteligência, Kuroo anda se superando em ser burro.

Com um suspiro, passei as mãos pelos meus cabelos loiros, evitando olhar para Kenma que, por algum motivo, ainda não tinha dado um jeitinho de fugir. Bem, certo. Nesse caso, quem iria fugir, era eu.

Me virei para seguir até o final do corredor, onde Yaku certamente já estava me amaldiçoando por estar demorando tanto. Tinha certeza que ele ia me engolir viva quando aparecesse lá por ter o deixado esperando por quinze minutinhos. Quer dizer, quinze minutos é um tempo razoável se formos ser honestos aqui! Não é como se o ginásio fosse amaldiçoado ou algo do tipo e fosse um inferno ficar sozinho!

Fiz uma careta pensando que, na verdade, a própria assombração era Yaku quando ficava irritado. E como eu já estava tendo um péssimo dia, tudo o que eu menos precisava era tomar um chute nas costas porque deixei Yaku puto da vida. Apenas pensar nessa possibilidade era o suficiente para me fazer estremecer, motivo pelo qual comecei a andar de forma desesperada pelo corredor.

-Akeri.

Travei na hora que escutei meu nome ser chamado, piscando um olhos. Meu coração bateu um pouco mais rápido, mesmo que não devesse, e senti meu estômago revirar com a expectativa que eu certamente não deveria sentir, ainda mais depois de ontem.

Me virei apenas o suficiente para fitar os olhos de gato de Kenma. O que sempre me deixava extremamente apreensiva, era quando ele fazia aquela expressão que eu não conseguia desvendar. Sempre me deixava com a ansiedade batendo no teto por não saber o que deveria esperar.

-O que?- falei, arqueando a sobrancelha para ele, tentando fazer com que ele não percebesse o quanto eu estava ansiosa. Se eu fosse ser sincera, apenas queria esquecer o que tinha acontecido na noite anterior. Não queria conversar sobre, apenas porque eu não queria ser rejeitada mais uma vez. Queria apenas que as coisas pudessem ser esquecidas e que nossa amizade pudesse voltar ao que era antes. Mas, por algum motivo, parecia que isso seria impossível agora. E se eu fosse ser bem sincera, isso estava me consumindo e me matando por dentro. Apenas servia para deixar tudo pior.

-Ah. Não é nada demais. Você viu o Shoyo? - ele disse e, sim, eu fiz uma careta.

Porque as coisas sempre eram assim, afinal?

-Não, Kozume, eu não vi o Hinata. E eu tenho coisas para fazer, tipo um celular para recuperar, então, se você me dá licença...- comecei, dando passos para trás antes de me virar e começar a andar para longe.

Uma parte de mim estava um pouco irritada, e seria uma grande mentira se eu dissesse que não. Afinal, era realmente uma droga, pois eu tinha aberto completamente meu coração para Kenma e ele simplesmente fingia que nada tinha acontecido. Por mais que talvez fosse menos humilhante ele apenas ter deixado para lá, machucava ver ele fingindo que nada tinha acontecido e que eu nunca tinha dito absolutamente nada.

Quer dizer, claro que Kenma não é obrigado a sentir a mesma coisa que eu sinto por ele! Eu não sou egoísta ao ponto de querer e exigir isso, mas o que eu esperava era que, no mínimo, ele se importasse o suficiente para dizer algo para mim, ou para dizer que não correspondia meus sentimentos, sei lá! Qualquer coisa que fosse, pelo menos eu teria alguma coisa.

Pensar nisso tudo apenas me fazia ter vontade de chorar. Kenma passou esse tempo todo estranho comigo e me evitando, e quando eu simplesmente explodi e disse tudo o que sentia por ele, era como se não significasse nada demais, e isso simplesmente era insuportável.

Fechei os olhos por um instante e respirei fundo. Eu não ia pensar nisso e não ia deixar que minha amizade de anos com Kenma virasse nada por algo imbecil que eu disse, porque cai no erro de admitir tudo o que sentia por ele. Eu focaria apenas no incrível fato de que, agora, iria treinar com Yaku e Nishinoya, distrair completamente minha mente. Eu bem que estava precisando de uma distração...

-Akeri.

Nem mesmo tinha notado que Kenma estava tão próximo assim de mim até que ele tivesse segurado meu braço e me virado ma sua direção, me fazendo piscar os olhos surpresa com seu gesto.

Por um instante, meus olhos apenas se fixaram naqueles olhos de gato de Kenma. Seus olhos dourados que sempre faziam eu me perder completamente lá dentro. Aqueles olhos que, por algum motivo ou piada cruel do destino, eu era terrivelmente e completamente apaixonada.

Abri a boca para dizer algo, mas nada saiu. Na verdade, eu sequer tive chances para isso. Pois antes mesmo que eu tivesse a chance de processar o que estava acontecendo ou o porque de Kenma estar tão perto assim de mim, ele me agarrou e me puxou.

E, então, sua boca se chocou contra a minha. E Kenma me beijou.

Boa noite gente! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Eu sei, eu sei, foi bem inusitado esse final, mas o próximo capítulo vai trazer respostas hehe

Aliás, passando pra dizer que a Alura é a personagem principal da minha fanfic com o Kuroo :)

Enfim, vejo vocês no próximo capítulo!
~Ana

Data: 19/03/22

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