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˖࣪ ❛ ANEL DE FRAMBOESA AZUL E CEREJA
— 27 —

A DOR ATRAVESSOU o corpo de Addison enquanto ela se sentava lentamente. Ela lentamente abriu os olhos, instantaneamente se arrependendo depois que sua cabeça começou a latejar. Os gemidos deixaram seus lábios enquanto ela trêmula levava a mão à cabeça, um suspiro de alívio deixando seus lábios quando não viu sangue cobrindo seus dedos.

— Max? — a voz de Addison estava rouca enquanto ela apertava os olhos, procurando o corpo de sua namorada. Quando seus olhos pousaram em seu corpo inconsciente, seus olhos se arregalaram e o pânico se instalou. — M-Max? Max!

Max piscou lentamente, gemidos silenciosos deixando seus lábios enquanto Addison lentamente se arrastava até ela. — Max, querida... Baby.

— A-Addie? — Max resmungou, lentamente se sentando. Quando seus olhos azuis pousaram em sua namorada, a preocupação tomou conta do corpo de Max como uma onda de tsunami. — Addie... Querida.

Addison estremeceu quando olhou para sua perna. Ela sentiu náuseas ao ver o hematoma começando a se formar. — Max.

— Addison! — ela disse alto enquanto se arrastava até ela, encontrando-a no meio do caminho. Ela examinou o rosto de Addison com os olhos enquanto as lágrimas começaram a se formar. Sua garganta secou quando ela notou suas bochechas manchadas de lágrimas. — Addie.

Addison fungou, olhando de sua perna quebrada para sua namorada. — Isso dói.

— Eu sei, querida, eu sei. — Max balbuciou, descansando ambas as mãos nas bochechas de Addison. — Eu sinto muito. Eu sinto muito.

Addison descansou sua testa contra a de Max, deixando seus olhos se fecharem enquanto ela sentia o calor dos lábios de Max contra os dela. Todas as preocupações e ansiedades de Addison foram dissipadas quando Max a beijou. Addison se afastou por um momento antes de unir seus lábios. Ela agarrou o tecido da camisa de Max em seu punho quando sentiu Max puxar seu corpo para mais perto.

— Você está bem? — Max perguntou sem fôlego, seus olhos azuis examinando o rosto machucado de Addison. Addison assentiu brevemente, sentindo falta do calor das mãos de Max quando ela as deixou cair ao seu lado. — B-Bom.

O som de Mike acordando chamou a atenção de Max e Addison para ele. — Mike?

— Mike! Mike, Mike. Mike, você pode me ouvir? Mike, levante-se! — Max gritou depois de se aproximar dele, sacudindo suavemente o menino enquanto ela tentava acordá-lo. — Mike!

Mike gemeu, piscando lentamente enquanto olhava para Max. — Max?

— Vamos... Levante-se. — Max disse, ajudando o menino a se levantar. — Você está bem?

Mike a ignorou enquanto olhava ao redor da sala em confusão e preocupação. — Onde está El?

Max sentiu a preocupação tomar conta dela quando ela se inclinou e ajudou Addison a se levantar. Addison estremeceu, percebendo que não podia colocar peso na perna esquerda. Ela olhou para Max impotente. — Max...

— Sh, sh. — Max silenciou. — Está tudo bem, eu tenho você.

— Ow... — Addison choramingou, apertando o braço de Max. — E-eu acho que sei onde ela está. M-mas nós temos que ir.

Max assentiu, segurando a garota mais perto de seu corpo. — Vamos lá.

As luzes piscavam acima de suas cabeças enquanto eles se dirigiam para o centro do shopping. A dor atravessou o corpo de Addison até mesmo ao menor solavanco contra sua perna, o que fez a jornada para onde seus amigos estavam quase insuportáveis.

— Está tudo bem, Addie. — Max sussurrou: — Está quase no fim. Ok? Quase no fim.

— Eu sei. — Addison assentiu, olhando para o grande hematoma repugnantemente roxo e preto que se formava em sua perna. — Aí.

— Ei, depois disso, podemos ir comprar esses anéis. — Max disse, tentando distrair Addison da dor que ela sentia. — E pegar um pouco de chocolate quente. Como isso soa?

— O tipo framboesa azul? — Addison perguntou inocentemente, pulando ao som de fogos de artifício explodindo e ecoando pelo shopping.

— E o tipo cereja. — Max confirmou, enquanto elas giravam pelas mesas sinuosas no refeitório.

— Eu... — a frase de Addison ficou curta quando seus olhos pousaram no devorador de mentes. — Puta merda.

O braço de Addison caiu lentamente de sua cintura quando Mike parou ao lado delas. Addison observou com preocupação por Max enquanto Billy dava passos lentos e curtos em direção ao monstro. Os olhos de Mike lentamente foram dele para Eleven, que estava deitada no chão ao lado de Billy e lutando para encontrar um caminho. Ela pulou quando Billy estendeu a mão, impedindo que o devorador de mentes chegasse a Eleven.

Os grunhidos do menino ecoaram pela sala vazia enquanto ele se mantinha firme contra o devorador de mentes.

— Billy! — Max gritou, lágrimas se formando em seus olhos enquanto ela observava tentáculo após tentáculo se prenderem ao seu abdômen. — Não!

Os gritos de dor que Addison ouviu dele naquela noite ficariam para sempre gravados em sua memória. Lágrimas escorreram pelo rosto de Addison quando o corpo de Billy caiu no chão. Os tentáculos lentamente se afastaram dele e voltaram para o devorador de mentes enquanto Max chorava. — Billy!

Addison cobriu a boca com as mãos enquanto fechava os olhos, incapaz de lidar com a visão do corpo morto de Billy.

Addison pulou ao som dos lamentos do devorador de mentes. Ela prendeu a respiração enquanto lágrimas salgadas e quentes rolavam por suas bochechas. Ela queria mais do que tudo que isso acabasse. Para ela ficar abraçada com Max lendo gibis em seu quarto e comendo pipoca.

Ela pulou, recuando ao som do monstro caindo no chão, levando placas e outras partes da estrutura do shopping com ele. Gotas de suor escorriam por sua testa enquanto ela lentamente abria os olhos, um suspiro alto deixando seus lábios quando viu o estado do shopping.

Pequenos incêndios enchiam os terrenos do shopping, e a criatura outrora temível jazia morta no meio. Derrotado e com aparência amarga, ele soltou um último rosnado fraco antes de desistir completamente. — P-Puta merda.

Addison gaguejou, estendendo a mão e enxugando as lágrimas do rosto enquanto observava Max sair lentamente do seu lado e caminhar até Billy.

— Billy... — ela choramingou enquanto Addison assistia, querendo nada mais para correr e abraçá-la. Para beijar toda a dor e ter certeza de que ela está bem. — Billy. Billy, por favor! Billy, levante-se, por favor... Por favor!

Addison puxou o lábio entre os dentes, evitando que qualquer soluço saísse de seus lábios enquanto ela caminhava lentamente até ela, usando qualquer coisa que pudesse para tirar o peso de sua perna esquerda. Ela lentamente se abaixou no chão ao lado de Max enquanto sacudia freneticamente o corpo de seu meio-irmão, implorando para que ele acordasse. — Levante-se! Por favor! Billy, levante-se.

— Eu... Sinto muito. — Billy engasgou, lágrimas escorrendo de seus olhos pelas têmporas.

— Billy? Billy... Billy. — Max gritou: — Billy, acorde. Billy, levante! Por favor, Billy.

O coração de Addison doeu ao ouvir os soluços de sua namorada. Addison estendeu a mão, trêmula puxando-a em seu peito. — Sinto muito... Eu sinto muito.

Max soluçou, agarrando Addison perto quando caiu em seus braços. — Billy...

Addison enterrou o rosto no cabelo enquanto Mike e Eleven observavam com o coração pesado. Ela gentilmente acariciou o cabelo de sua namorada, desesperada para dar algum conforto a ela. — Sh, sh... Sh. Está tudo bem, Max. Sh, está tudo bem. Estamos bem. Estamos bem. Está tudo bem.

Max soluçou, afundando lentamente e enterrando o rosto no colo de Addison. Addison fechou os olhos com força enquanto enroscava os dedos no cabelo de Max, esfregando suavemente o polegar para frente e para trás. — Por favor, sh, sh, você está bem. Está tudo bem. Está tudo bem.

O som de helicópteros militares pousando no estacionamento do shopping inundou seus ouvidos enquanto ela lentamente balançava Max para frente e para trás, sussurrando em seu ouvido. — Sh, baby, sh... Você está bem, baby. Eu tenho você, querida. Eu tenho você.

Addison piscou lentamente quando a médica terminou de enfaixar sua perna. Max sentou-se ao lado dela, uma expressão sem emoção em seu rosto. Ela lentamente estendeu a mão e descansou sua mão na de Max, dando-lhe um aperto reconfortante para que ela soubesse que ela sempre estaria lá para ela. Max piscou rapidamente, franzindo as sobrancelhas enquanto olhava para suas mãos.

O canto de seus lábios se curvou no fantasma de um sorriso quando ela olhou para Addison. Lágrimas escorriam pelo seu rosto quando ela assentiu. — Obrigada.

— Addison! — o som da voz de seu pai desviou sua atenção de Max.

— Pai? — ela choramingou quando o homem correu, envolvendo a menina em seus braços. — Pai.

— Meu bebê! — sua mãe gritou: — Oh, o que aconteceu?

— M-muita coisa... — Addison sussurrou, levantando a perna engessada. — Eu quebrei minha perna e...

— Nunca mais faça isso comigo! — a mãe de Addison a interrompeu: — Você tem alguma ideia de como eu estava preocupada? Eu pensei que você estava na casa de Max! Ou de El ou de Will! Para descobrir q-que você está envolvida nisso! Por Deus sabe quanto tempo! O que você tem feito exatamente? Hm? O que...

— Querida. — seu marido cortou as divagações da mulher. — Deixe a menina respirar.

A mulher assentiu. — Eu sou tão... Eu não sei! Que diabos, Addison? Você tem muito o que explicar, mocinha.

— E-eu sei... — Addison assentiu rapidamente, olhando para Max. Seus pais não sabiam sobre elas, principalmente porque Addison não tinha ideia de como eles reagiriam se descobrissem. — Eu sinto muito.

— Você está bem? — deu pai perguntou, seus olhos examinando seu rosto.

— Estou bem. — Addison confirmou, olhando para a namorada. — Estamos bem.

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