005
˖࣪ ❛ PANQUECAS DE MORANGO DE DOIS ANDARES
— O5 —
ADDISON FECHOU A porta atrás dela, trancando-a antes de descer os degraus. Um vislumbre de cabelo vermelho brilhante chamou sua atenção. — Ah, Max?
— Oh, ei, Addie! — Max cumprimentou com um aceno, andando pela calçada para ficar na frente da garota mais baixa. — Dustin me disse como chegar à sua casa, então, eu pensei em verificar você... Certificar de que você está bem e tudo mais.
Addison corou, — O-Oh, hum, e-estou bem, obrigada. Por quê?
Max sorriu. — Eu posso ver isso. Você sabe, eu realmente vim ontem à noite.
Ah merda.
— V-você fez? — Addison se encolheu. — Ugh.
— Sim. Eu fiz. E eu vi você e Mike. — Max balançou as sobrancelhas. — Ele beijou você. Ele é seu namorado?
O rosto de Addison caiu. — Você, oh, hum, você, uh, você viu isso?
Max franziu as sobrancelhas. — Uh, sim? Eu vi. Você está bem?
— Não! Quero dizer, sim, eu estou bem! Mas, uh, Mike? Ele não é... Ele não é meu... Namorado... — Addison explicou, evitando o olhar da bela ruiva. — Eu não gosto dele.
— Ele não é? — Max questionou: — Ele sabe disso? O jeito que ele ficou tão nervoso por eu te assustar.
— O-Oh, bem, ele só se importa comigo... Eu acho... — Addison deu de ombros, esfregando o braço nervosamente. — Somos apenas amigos. E é isso que sempre seremos.
Os olhos azuis de Max estudaram seu rosto em silêncio. Ela puxou o lábio inferior em sua boca, seus olhos se iluminando com malícia enquanto ela reprimia um sorriso. — Então você está solteira?
Addison engasgou com a saliva. — O-o que foi isso?
— Você está solteira, então? — Max repetiu, acenando com a mão. — A menos que você esteja com... Qual é o nome dele? Will!
— E-eu quero dizer, ye-yeah, sim, h-hum, eu estou... Solteira, isso é. Então... — Addison confirmou, seu rosto se aprofundando em seu tom vermelho. — Uh, por que? Por quê?
— Ah, não há motivo... Só perguntando. — Max piscou para ela, estalando a língua. — Curiosidade, você sabe. Às vezes tira o melhor de mim.
Addison sentiu seu coração pular enquanto lutava para formar uma frase coerente. — E-eu, uh, ye-yeah... Bem uh...
Max riu. — Bem, eu te vejo na segunda-feira, Addie. Sente-se comigo no almoço de novo?
— Sim! Quero dizer, c-claro... Isso soa, uh, isso soa... Legal... — Addison levantou a mão, apontando para Max com armas de dedo. — Vejo você então.
Addison engoliu em seco, girando rapidamente e andando rapidamente em direção à casa de Mike.
Ela resmungou para si mesma uma vez que pensou que estava fora do alcance de Max. — Estúpida! Estúpida... Estúpida, estúpida. Estúpida! Burra... Burra. Burra! Só tive que gaguejar como uma idiota? Ugh, estúpida, estúpida, estúpida!
Max, que não estava fora do alcance da voz, riu para si mesma enquanto ela pegava seu skate e ia embora.
★
— Addison! — Nancy cumprimentou, dando um tapinha nas costas da garota quando ela entrou na casa. — Oi, como você está?
A garota de cabelos escuros soltou um suspiro de alívio quando o ar quente beijou suavemente seu rosto.
— Ei, Nancy. — Addison acenou nervosamente. Ela costumava ter a maior paixão pela garota mais velha. Nancy era na verdade a segunda garota por quem ela já se apaixonou. A primeira foi uma garota chamada Clove.
Addison realmente não gostava de pensar muito nela. Só trouxe dor, mesmo que tivesse sido muito tempo.
— Mike está na cozinha. — Nancy aponta para a cozinha. — Temos panquecas.
Addison acenou com a cabeça, um sorriso rastejando em seu rosto. — Então, onde, uh, onde você vai? Está parecendo tão... Bonita?
Nancy sorriu, suas bochechas tingidas de rosa. — Jonathan.
Addison balançou as sobrancelhas. — Jonathan, hein?
Nancy revirou os olhos brincando. — Oh, cale a boca.
— Você tem que me contar tudo. — Addison apontou para ela acusadoramente. Nancy balançou a cabeça, mas concordou.
Addison riu enquanto observava Nancy sair de casa, um sorriso no rosto e um passo animado, antes de entrar na cozinha.
— Oi, Holly! Sra. Wheeler, Mike. — ela cumprimentou, acenando para o menino. Ele olhou brevemente para ela antes de engasgar com seu suco de laranja.
Ele tossiu violentamente por alguns segundos, enviando Addison em um ataque de risos.
— Addison, como você tem passado? — Karen Wheeler perguntou, colocando um prato limpo no armário.
— Bom! Ótima, você poderia dizer... Você poderia... Hum... — ela sorriu, dando um tapinha na cabeça de Holly.
— Nós fizemos isso para você. — Mike sorriu sem jeito, empurrando o prato para ela.
— Panquecas de morango de dois andares? — ela perguntou seu rosto suavizando quando ela pegou o prato quente de suas mãos.
— Panquecas de morango de dois andares. — Mike confirmou com um aceno de cabeça.
Addison sorriu brilhantemente, pegando o prato de panquecas e colocando-os na mesa. Ela se sentou em frente a Mike e ao lado de Holly.
Ela pegou o garfo e enfiou o garfo ansiosamente no prato de comida.
Um gemido satisfeito saiu de sua boca quando ela mordeu as panquecas. — Muito obrigada, Mike, eu os amo.
Mike riu para si mesmo, suas orelhas tingidas de rosa, tomando outro gole de seu suco enquanto a observava continuar comendo suas panquecas.
★
— Uh, Dustin, da maneira mais gentil possível... O que é isso? — Addison apontou para a criatura que se contorcia na caixa
— O nome dele é D'artagnan! — Dustin explicou alegremente. — Dart para abreviar, obviamente.
— Que legal... Eu acho. — Addison deu de ombros, observando enquanto Dustin o pegava. — Interessante.
— E ele estava no seu lixo? — Max falou, levantando uma sobrancelha. — Fazendo o quê?
— Existindo. — Addison deu de ombros.
— Forjando por comida. — Dustin sorriu. — Quer abraçá-lo?
— Não, não, não.
— Ele não morde! Não se preocupe! — Dustin sorriu, entregando-o a Max.
— O-Oh, Deus... Ele é viscoso! — Max gemeu, passando-o para Lucas.
O rosto de Lucas se contorceu quando ele passou para Will. — É como uma meleca viva!
Will resmungou e soltou um coro de ruídos enojados antes de passá-lo para Mike.
— O que ele é? — Mike perguntou enquanto estudava a criatura cuidadosamente.
— É o que tô perguntando! — Dustin bateu palmas.
— Ele meio que parece uma salamandra. — Addison murmurou, pegando a pequena criatura em suas mãos. — Oi, cara.
— No começo, pensei que fosse algum tipo de Polywog! — Dustin começou a explicar seus pensamentos.
— Mm-mm. Eu não acho que seja. — Addison comentou, levantando a criatura para a luz. — É transparente. Perfeito.
— Poliwog? — Max inclinou a cabeça em confusão.
— É outra palavra para girino. — Max assentiu, mas sua expressão permaneceu em branco, então Dustin continuou. — Um girino é o estágio larval de um...
— Eu sei o que é um girino. — Max interrompeu.
— Tudo bem. Ótimo. Então você sabe que a maioria dos girinos são aquáticos, certo.
— Certo. A maioria. — Addison devolveu Dart a Dustin enquanto ele continuava a explicar suas teorias. — De jeito nenhum.
— Bem, Dart não é. Ele não precisa de água.
— Sim, mas não existem pollywogs não aquáticos? — Lucas cruzou os braços.
— Poliwogs terrestres. Sim!
— Perfeito. Nós sabemos o que ele é, agora nós só... Temos que descobrir... O que ele é. — Addison assentiu, enxugando as mãos no jeans. — Ai credo.
— Existem duas espécies, para ser exato.
— Certo, aprendemos sobre isso na aula do ano passado. — Mike assentiu.
— Veja! Há a Indirana Semipalmata e a adenomera andreae.
— Nem é deste continente, a propósito. — Addison acenou para Max.
— Mhmm. Um é da Índia e o outro é da América do Sul. — Dustin explicou, batendo um livro na mesa.
— Talvez alguns cientistas o trouxeram aqui e ele escapou? — Max sugeriu, sarcasmo escondido profundamente em seu tom.
— Vocês estão vendo isso? — Mike falou, apontando para a criatura. — Parece que algo está se movendo dentro dele.
Dustin se inclinou, empurrando a luz sobre ele. A criatura soltou um grito enquanto se arrastava para fora da mesa.
— Está tudo bem, está tudo bem, eu tenho você, garotinho... Me desculpe, eu sei que você não gosta disso. — Dustin falou baixinho enquanto segurava a criatura perto dele. — Eu sinto muito.
— E aqui está outra coisa! Ele é um réptil, certo?
— Provavelmente.
— E os répteis têm sangue frio! Eles adoram o calor. O calor, o sol, eles adoram. Mas Dart? Dart odeia. Isso o machuca.
— Então, ele não é um réptil.
— Exatamente. E se ele não é isso e ele não é um polywog... Isso significa.
— Oh meu Deus! — Addison exclamou: — Isso significa que você...
— Descobriu uma nova espécie!
A campainha tocou e Dustin, em pânico, rapidamente escondeu Dart em seu compartimento dos Caça-Fantasmas.
— Temos que mostrar ao Sr. Clarke! — Lucas bateu palmas.
— E se ele roubar minha descoberta?
— Por que ele... — Addison começou, sendo cortada por Mike.
— Ele não vai roubar sua descoberta. — Mike balançou a cabeça.
— Sabe, estou pensando em chamá-lo de pollywogus empoeirado.
— Parece uma doença. Ou um feitiço. — Addison comentou, dando passos rápidos para acompanhar seu grupo mais alto de amigos.
— O que você acha? — ele se virou para Max.
— Eu acho que você é um idiota. — Max respondeu, ganhando uma risadinha de Addison que ela rapidamente encobriu.
— Sabe, quando eu ficar rico e famoso um dia, não venha me dizer.
Addison percebeu que Will não estava com o grupo, então ela parou e se virou.
— Opa, aí está ele. — ela disse para si mesma, caminhando até Will.
— Ei, ei, você está bem? — ela perguntou gentilmente, lentamente colocando a mão em seu ombro.
Ele pareceu sair de seu transe quando ele se virou trêmulo para olhar para ela. — Sim, sim, sim.
— Você pode ter o meu biscoito. — ela tirou a mochila dos ombros e abriu o zíper. Ela enfiou a mão no bolso da frente, procurando por um tempo até encontrá-la.
Ela puxou o saco de biscoitos de chocolate caseiros. Ela os entregou a ele com um sorriso. — Aqui está!
Ele trêmulo pegou a bolsa de suas mãos. — Obrigado, Addie.
★
As batidas na porta continuaram enquanto Max estava do lado de fora. — Alô? Alô? Pessoal, vamos lá! Já posso entrar?
— Não! — gritou Mike.
— Não entendo! — Lucas gemeu, inclinando-se sobre a mesa.
— O que você não entendeu? — perguntou Mike.
— Will viu algo parecido com Dart no ano passado?
— Mais ou menos... Mas não havia cauda. — Will explicou suavemente.
— Mas então ele ouviu ontem... Exatamente o mesmo som.
— Por que você não nos contou antes? — Dustin apontou para Will.
— E-eu não tinha certeza! — Se defendeu.
— Então é uma coincidência?
— Ou não! — Mike falou rápida e urgentemente: — E se quando Will ficou preso no Mundo Invertido, ele de alguma forma adquiriu a visão verdadeira?
— O que é visão verdadeira? — perguntou Lucas.
— Parece legal. — Addison murmurou, seus olhos seguindo para Mike.
— Dá a você o poder de ver o plano etéreo.
— Uh o quê?
— Sim, cara, elaborado.
— Talvez esses... Episódios que Will continua tendo não sejam flashbacks.
— De jeito nenhum, você quer dizer que... — Addison balançou a cabeça, descrença clara em seu rosto.
— Eles são reais e que Will pode ver de cabeça para baixo? Sim.
— Então isso significa...
— Dart é do Mundo Invertido.
— Nós temos que levá-lo para Hopper. — disse Lucas.
— Eu concordo.
— Não há, tipo, nenhuma outra opção aqui.
— Não! De jeito nenhum, se o levarmos para Hopper, Dart está praticamente morto.
— Nós também se o mantivermos aqui! — Addison disse jogando as mãos para cima.
— E talvez ele devesse ser!
— Como você pode dizer aquilo?
— Como você não pode? Ele é do Mundo Invertido.
— Talvez. Mesmo que ele seja, isso não o torna automaticamente mau.
— Você está brincando... — Addison murmurou. — Ursinho Pooh, ele parece um bebê demogorgan.
— Exatamente! E isso é como dizer que só porque alguém é da Estrela da Morte não é ruim.
— Nós temos um vínculo. — Dustin murmurou para si mesmo.
— Um vínculo? Só porque ele gosta de nougat?
— Não! Porque ele confia em mim! — Dustin gritou, batendo a mão contra a mesa.
— Ele confia em você? — Lucas falou devagar.
— Sim! Eu prometi que cuidaria dele.
A criatura na caixa começou a gritar, fazendo Addison pular para trás e bater em Mike.
— Gente! O que está acontecendo? — a voz de Max seguida por seu punho batendo na porta quebrou a concentração de Addison. — Vamos!
A caixa continuou a tremer violentamente, até cair de lado.
Mike rapidamente empurrou Addison para trás dele e pegou o microfone como arma.
— Não o machuque! — Dustin implorou.
— Só se ele atacar. — Mike disse baixinho.
— Apenas abra já!
Dustin alcançou o botão e apertou-o lentamente. As portas se abriram e Dart saiu, soltando um grito ensurdecedor.
— Puta merda!
— Acabou de crescer pernas? — Addison gritou: — Oh, Deus, eu não consigo sentir o meu!
A criatura se virou para Mike e Addison, levando o garoto muito mais alto a tentar bater o microfone na criatura.
— Não! — Dustin puxou o braço antes que pudesse, fazendo com que a criatura fosse derrubada no chão.
— Ah merda! — Mike sibilou quando a porta se abriu.
— Não, não, não... — Addison observou quando os olhos de Max se arregalaram e ela deu um passo para trás, permitindo que a criatura escapasse.
Dustin avançou, batendo direto em Max. Lucas, Mike, Will e Addison o seguiram, procurando freneticamente pelo corredor.
— O que é que foi isso? — Max perguntou, levantando-se.
— Aquele era Dart!
— Espere, o que?
— Você o deixou escapar! — Mike gritou, apontando um dedo acusador para ela.
— Por que diabos você o atacou? — Dustin empurrou Mike contra a parede.
— Vamos! — Mike passou por ele e começou a correr pelo corredor leste.
— Ah, não... — Addison sussurrou. Eles perderam. Eles perderam a criatura.
— Não o machuque! Não o machuque! — Dustin gritou, apontando para ele.
— Addison, o que aconteceu?
— E-eu não... Eu não sei! — Addison divagou: — I-isso aconteceu tão rápido e, e, e...
Addison respirou fundo antes de continuar. — Escapou, e perigo! Lugar ruim...
— Addie, vamos! — Mike falou, aparecendo do mesmo corredor que ele deixou. — Nós temos que encontrá-lo.
Addison assentiu, seguindo-o rapidamente por outro corredor.
— Então, eu sei que não é uma boa hora, mas... Me desculpe. — Mike falou, interrompendo o silêncio.
— Por quê?
— Para... Você sabe, sexta à noite. Beijando você. E-eu não deveria ter feito isso... — Mike balançou a cabeça, seus olhos lançados para o chão enquanto procurava por Dart.
— Mike, relaxe. Está está tudo bem. — Addison sorriu confortavelmente. — Eu, uh, eu entendo... Você sente falta dela. Só não... hum, não faça isso de novo... Por favor.
Mike tinha um olhar de dor em seus olhos antes de falar. — Tenho tantas saudades dela.
— Eu sei. — Addison assentiu, olhando para ele. — Eu também.
— Eu acho que este corredor está limpo. — Addison deu uma última olhada ao redor antes de assentir para si mesma em confirmação.
— O corredor leste está livre. — Mike falou em seu Walkman.
Ele deu passos rápidos escada acima antes de murmurar para si mesmo: — Onde você foi, seu pequeno bastardo?
— O oeste também está livre, Will? — a voz de Dustin estalou no Walkman.
— O sul está livre. Lucas? Alguma coisa? — a voz de Will seguiu.
— Nada aqui, cara. — Lucas falou.
Mike suspirou, virando o corpo para encarar Addison. — Você se importaria de procurar no Norte?
Addison assentiu com um sorriso suave. — Eu entendi!
Ela girou nos calcanhares e começou a caminhar em direção ao corredor norte quando Mike entrou no ginásio. Ela deu passos rápidos em direção ao corredor norte. Ela rapidamente procurou no corredor e nos quartos conectados, sem sucesso.
Ela suspirou enquanto se sentava lentamente no chão. — Isso é simplesmente fantástico!
— Você poderia dizer isso. — Max falou, surpreendendo Addison. — Nós o encontramos. Vamos, vamos.
Seus olhos se abriram. — Oh, ok, legal.
Ela se levantou do chão e seguiu Max em direção ao banheiro.
As meninas se encontraram com Dustin e Lucas antes de entrarem no banheiro.
— Dustin! Onde está Dart?
— Não sei. — Dustin falou lentamente com os olhos arregalados. — Com Will?
— Então, onde está Will? — o olhar em seu rosto disse a Addison tudo o que ela precisava saber.
— Ah, não... De novo não.
Mike agarrou Addison e a virou para encará-lo. — Nós temos que encontrá-lo.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro