004
˖࣪ ❛ MUITO BEM
— O4 —
MIKE MANTEVE SEU braço firmemente em volta de Will, assim como Addison. Will ainda parecia abalado e sua respiração ainda estava rígida.
— Você quer parar na minha casa primeiro? — Addison perguntou gentilmente: — N-nós podemos fazer um chocolate quente para você? Seu favorito...
Will balançou a cabeça, — N-Não, eu só, uh, eu só quero ir para casa.
Addison acenou com a cabeça, olhando brevemente para Mike, que ainda mantinha o braço apertado em torno de Addison, a mão segurando firmemente o braço dela, como se temesse que ela tivesse um episódio se ele a soltasse. Ela tinha certeza de que ele estava fazendo o mesmo por Will. — Ok, Will, nós o levaremos para casa.
Addison desejou que Mike não fosse tão difícil com ela, especialmente quando ele se preocupava com ela. Ela não queria que ele pensasse nela como um fardo.
Addison esperava que Lucas e Dustin não contassem a Max sobre seu problema de convulsão. Ela se sentiria terrível se Max se sentisse culpado por assustá-la.
Addison não se importava de ir à casa de Will primeiro, mesmo que fosse uma caminhada muito mais longa. Andar a acalma, afinal.
O silêncio tomou conta dos três, sendo o único som o uivo do vento. Um arrepio percorreu a espinha de Addison. O vento frio açoitou seu cabelo, beliscando suas bochechas expostas. Ela se arrependeu de não ouvir sua mãe quando ela disse para usar uma jaqueta.
O corpo de Addison começou a se aquecer novamente, mas suas mãos estavam enfiadas profundamente nos bolsos de sua jaqueta amarela brilhante. Era sua jaqueta favorita, Will tinha dado no aniversário dela um mês depois que ela se mudou para Hawkins.
Ela odiou no começo. Hawkins, é isso. Ela almoçava sozinha por mais de um mês antes de Lucas e Dustin se sentarem na frente dela e começarem a falar como se a conhecessem a vida inteira.
Mike demorou um pouco mais para se acostumar com Addison. Ele não gostava de mudança. E ela foi uma grande mudança. A primeira menina do grupo. Ele não gostou disso, e ele queria que ela fosse embora.
Addison, por outro lado, demorou muito, muito, mais tempo para se aquecer com qualquer um deles. Will foi o primeiro, depois foi Dustin, Lucas e finalmente Mike.
Levou um ano inteiro para ficar completamente confortável, mas eles não se importaram. Eles entenderam a luta. Isso aqueceu o coração de Addison. Especialmente o fato de que ela estava em sua cabeça a maior parte do tempo e não falava muito. Addison ficou muito agradecida por isso.
A lua cheia iluminou seu caminho. Era estranhamente reconfortante, mas ao mesmo tempo, assustadoramente encantador.
★
— Eu vou ligar para a mãe dele. — Addison disse, fechando a porta da casa dos Byers atrás dos três. — Ela está na loja hoje, sim?
Mike assentiu. — Sim. Eu vou levar Will de volta para o quarto dele.
Addison assentiu antes de pegar o telefone e discar o número da loja.
Addison tamborilou suavemente o dedo indicador no telefone amarelo.
— Olá, este é...
— Sra. Byers! — Addison interrompeu em voz alta.
— Addie? Oh, Addie, querida, o que há de errado? — Joyce perguntou confortavelmente: — Você está bem? Teve uma convulsão? Seus pais saíram de novo? Você pode passar a noite lá em casa se precisar. Nossa porta está sempre aberta, especialmente para você.
— Não, eu estou bem... É o Will. Ele teve outro episódio.
O telefone tocou, sinalizando que a mulher havia desligado. Addison assumiu que ela começou a correr para casa.
Addison desligou o telefone e foi para a cozinha. Ela decidiu que faria chocolate quente de qualquer maneira, acreditando que faria Will se sentir um pouco melhor, mesmo que fosse apenas um empurrãozinho para a felicidade.
Chocolate quente sempre a fazia feliz. Mike ou Will sempre apareciam e faziam um pouco para ela, não importa a estação, se ela estivesse triste e eles sentavam e bebiam enquanto assistiam a algum filme de romance brega.
Ela colocou as duas canecas no microondas, a de Mike e a de Will, enquanto preparava as duas seguintes para ela e Joyce.
Seus olhos observaram as canecas girarem e girarem e girarem até ficarem desfocadas. A porta abrindo e fechando com força a tirou de seu transe.
— Sra. Byers? Como você chegou aqui tão rápido? — ela perguntou, tirando as duas canecas e colocando-as no balcão.
— Vim a 90 quilômetros. — ela falou rápido, jogando as chaves no balcão.
— Ah, legal, espere, o quê? — Addison se virou, mas ela já tinha ido embora. — Está bem então...
Minutos depois, Mike apareceu do corredor. — Eu vou levá-la para casa agora.
Addison assentiu, entregando-lhe a caneca marrom. — Chocolate?
Mike pegou a caneca da mão dela e bebeu de um gole.
— O-Oh... Uau, tudo bem. — Addison guinchou, tentando e falhando em engolir o dela. — Quente!
— Sei quem eu sou...
— Não você, Wheeler. — Addison riu, balançando a cabeça com o rosto vermelho da tosse.
— Claro, tudo bem.
— Vamos... — Addison disse sem jeito. Mike assentiu, abrindo a porta para ela quando ela saiu primeiro.
Mike a seguiu, fechando a porta atrás dele. A noite tinha ficado mais fria, já que fazia pelo menos trinta minutos desde que eles entraram na casa dos Byers. Um silêncio confortável caiu sobre a dupla, não que Addison se importasse.
★
— Eles estão trabalhando até tarde de novo? — Mike falou, olhando para a casa escura.
Addison suspirou. — Sim, acho que sim.
Ela franziu a testa olhando para casa. Parecia tão vazio... Tão solitário. Era deprimente, e ela tinha que admitir, havia momentos em que ela se via com lágrimas rolando pelo rosto.
Addison balançou a cabeça e subiu os degraus, Mike logo atrás dela. — Você pode vir para casa comigo? Tenho certeza que você pode ficar no quarto de Nancy.
— Não, está tudo bem. — Addison bufou, deixando o saco de doces cair a seus pés.
Mike mordeu o lábio pensativo antes de acenar com a cabeça. Addison puxou o colar de chave que ela sempre usava, embora estivesse sempre escondido sob seu casaco.
— Obrigada por me levar para casa, Mike. — Addison sorriu gentilmente, depois que ela destrancou a porta. — Então eu não fui sequestrada.
Mike assentiu antes de falar. — Você está bem?
Addison assentiu, puxando-o para um abraço. Ela se afastou segundos depois e gentilmente tocou sua bochecha. — Eu estou bem, eu prometo... Se eu fosse ter uma convulsão já teria acontecido. Não se preocupe.
Mike ficou em silêncio, seus olhos trilhando o rosto dela. Lentamente, sua mão alcançou e agarrou seu pulso.
Os olhos de Addison se arregalaram. — Mike, o que voc...
Mike se inclinou rapidamente, pressionando seus lábios contra os de Addison rapidamente. Sua mão livre segurou sua bochecha, e ele provavelmente podia sentir o calor vindo deles.
Os olhos de Addison se arregalaram enquanto ele se afastava, o rosto de um vermelho profundo.
— Oh, merda! Addie, Addie, eu sinto muito! — Mike se desculpou, soltando o pulso dela. — Merda.
— Ah, sim. — Addison guinchou. — Seja o que for. Estamos bem.
— Hum... — Mike cantarolou, cruzando os braços. — Você, uh, vem amanhã?
— Sim... — Addison respondeu, desajeitadamente limpando a garganta enquanto se inclinava para pegar a bolsa.
— Waffles ou panquecas?
— Qualquer um.
Mike assentiu, seu rosto não clareou nada, antes de descer rapidamente os degraus murmurando para si mesmo. — Desculpe.
Addison fechou a porta, seu coração batendo a mil por hora. Ela subiu as escadas para se preparar para dormir se perguntando o que diabos tinha acontecido e por quê.
Francamente, ela não estava feliz com isso.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro