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03. A raiva

O sol adormeceu de vez, dando espaço para a lua dominar as ruas húmidas e sujas. A maneira de como as ruas eram presenteadas de lixo de uma ponta à outra, era repugnante. Os habitantes conscientes não deitavam o lixo para o chão, não poluindo o ambiente. Já os bêbados, saíam do bar às altas horas da madrugada cem porcento drogados e sabe-se lá o que mais; era difícil caminhar uns poucos metros para deitarem as garrafas ao lixo. Não, custava demais. Mas beber mais do que eram possibilitados, aí sim, era fácil.

Faltavam dez minutos para o início da corrida e Jaemin estava com os pensamentos a mil enquanto explorava a rua cheia de presenças e barulho. Não sobre os adversários que iriam-lhe esgotar a paciência durante a competição, mas sim por quem não iria participar.

Moon Taeil.

— Em que tanto pensas? — Lucas apareceu há sua frente, encostando-se no carro do seu parceiro, cruzando os braços na altura do peito, olhando-o preocupado. Não gostava quando Jaemin pensava demais; isso não era bom sinal.

— Porque ele não participará? — Soltou a pergunta junto o ar que prendia e não havia percebido. Estava preocupado pelo porquê de Taeil não concorrer hoje.

— Porque estás tão preocupado com isso? Sabes que as coisas correm melhor quando ele não está por perto.

— Exato! Mesmo que ele não participe, não signifique de que algo não corra mal e que não esteja por perto. — Suspirou — Ele só vem ter comigo quando está a planear alguma coisa.

— E por ele não participar é o que te preocupa mais, certo? — Jaemin abanou a cabeça em confirmação — Não te preocupes com isso. Ninguém viu-o ainda. Não há sinal.

— Isso é ainda mais preocupante. Taeil sabe agir nas sombras, Lucas. — O tom de voz do Jaemin era de intimidar desconhecidos, mas não a Lucas. O mais velho sabia: quando ele ficava em alerta, algo de mau iria acontecer, não haja dúvidas.

Tentar fazer com que Jaemin relaxa-se era uma opção boa, mas sem resultados positivos ou negativos, porque quando se tratava de Na Jaemin, nada era possível para conseguir fazê-lo se acalmar quando o seu instinto alertava e queimava dentro do seu peito. Quando isso acontecia, era aconselhável ficar imóvel no seu canto, mas, naquele momento, isso era irrealizável. Jaemin não podia ficar de braços cruzados enquanto o primeiro lugar brilhava e chamava-o repetidamente, esperando-o alcançá-lo como sempre fazia. Não podia desistir depois das apostas, pelas grandes quantias de dinheiro apostados somente nele: milhões, biliões... Era inadmissível! Era tudo ou nada: corrias vencendo, ou corrias morrendo.

— Queres desistir? Sabes que isso sempre...

— Não — Soltou a sua resposta firmemente, fazendo Lucas calar-se. Claro que Jaemin não iria abandonar o seu lugar na estrada, nem que Taeil tentasse impedi-lo — É isso que ele quer: fazer com que eu desista. — Ligando os pontos que achava que conectavam-se, desencostou-se do carro, olhando Lucas pela última vez enquanto rondava o seu carro. Wong entendeu o recado caminhando até ao seu, abrindo a porta.

Jaemin mexeu na sua cabeleira azulada, olhando para o painel que calculava o tempo restante até a corrida se iniciar: três minutos. Ligou o carro para começar a aquecer o motor e sentir o pequeno nervosismo vaguear as suas veias. Apesar das corridas em demasia, Jaemin sentia-se sempre nervoso, e isso era normal.

Sentia os adversários se posicionando há sua frente e ao lado, fixados nas posições atribuídas. Jaemin sempre ficava atrás — para dar o seu "espetáculo" de ser sempre o último a arrancar quando dão o sinal de partida —, e Lucas ficava sempre ao seu lado. Apesar das corridas e dificuldades de vencer um ao outro, estavam sempre juntos. A amizade de ambos era forte, apesar de sofrer modificações na estrada, contudo, antes das corridas começarem, olhavam-se sorrindo, desejando "boa sorte" para quem ganhasse — mesmo que isso esteja na cara, isso não impedia Lucas de dar o seu melhor.

— Então, Jaemin — Olhando para o seu lado esquerdo, viu um dos adversários daquela noite chamando-o à atenção pelas janelas dos carros que os separava. — Soube da quantidade das multas. Ainda tens coragem de correr? — Claro que Taeil não ficaria de boca fechada. Moon era o ser perfeito para fofocas, principalmente com Xiao Dejun.

— Quanto tempo — Apertou o volante com a mão direita — Senti saudades do cheiro da falsidade.

— Ah, Jaemin... — Fingiu suspirar lamentavelmente — Lamento. Coisas acontecem.

— Amizades fortes são o bastante para se tornarem numa barreira inquebrável.

E era o que Jaemin pensara nos meses em que confiou nele cem porcento sobre alguns assuntos delicados e outros nem tanto. Conhecendo-o numa festa de conhecidos, aproximaram-se construindo uma amizade agradável e confiante. A palavra "confiante" foi deixando de fazer efeito entre eles quando Jaemin descobriu que Xiaojun só se aproximou dele para obter informações para Taeil. Era inacreditável de como conseguiam descer a um nível tão baixo como aquele. Como Taeil tinha tanta cara de pau? Como Xiaojun teve a audácia de aceitar "destruir" o psicológico de uma pessoa que já estava despedaçada por outro alguém?

Taeil fora um completo otário consumido pelo ódio e ambição, por ter perdido o seu lugar de O Melhor Condutor de Busan para uma criança talentosa, criança essa que era seu amigo de infância, a quem contara tudo sobre a sua vida, a quem confiara os seus segredos, os seus medos, o seus desejos para um futuro, a quem compartilhara todos os momentos agradáveis até aos desagradáveis... A quem compartilhara a sua vida inteira, que agora, durante anos, havia-se tornado noutra pessoa, perdendo o seu apoio, a sua confiança, tudo.

Era suposto ultrapassar isso?

Era, e havia conseguido com inumeras dificuldades a cada dia que passara trancado em seu quarto rodeado de lenços. Lucas ajudou-o a se reerguer, levando-o para festas para se libertar, para viver outra vez. Conseguira, até encontrar Xiao Dejun, quem nomeara mais um dos seus amigos chegados, "ocupando" o lugar do Taeil. Essa "amizade pura" — da qual acreditara com todas as suas incertezas —, deu espaço para o ódio e repulsa dentro de Jaemin quando descobrira que fora obra do seu inimigo/amigo ainda não trancado a sete chaves. Mais um buraco no seu peito, derramando sangue frio pelo ódio, pelo sentimento de traição vinda de mais uma pessoa amiga em quem confiara tudo, outra vez. Só restava-lhe Lucas, aquele que nunca o abandonou sequer uma vez, aquele que esteve sempre do seu lado, aquele que ajudou-o a sarar as suas feridas que demoraram anos para conseguirem arranjar uma cura.

Lucas sempre esteve lá, e se não estivesse, Jaemin nunca se teria reerguido e voltado a ser como era antes, sendo presenteado por um humor menos açucarado, agora, quase salgado de tanta traição para consigo. Não confiava cegamente em ninguém, havia aprendido a lição duas vezes, não voltaria a repetir a dose.

E fora assim que se tornara uma pessoa mais forte.

Xiaojun abaixou o olhar juntamente a cabeça, demonstrando uma possível fraqueza da qual Jaemin franziu o cenho rapidamente. Mentiria se dissesse que ainda não se sentia um pouco magoado pelo o que Xiao e Taeil haviam-lhe feito, claro que seria mentira. A pessoa pode-se curar, mas nunca a cem porcento. Agora a pergunta que não queria calar: será que Xiao Dejun sentia-se arrependido pelo o que fez? Será que considerava o sentimento de culpa? De mágoa?

Engolindo em seco desviando o assunto pesado e fugindo do clima, fechou as janelas, suspendendo o olhar no painel que indicava os minutos restantes: apenas um. Os motores rangiam marcando a tão famosa presença, acompanhado pela euforia da plateia que fazia questão de demonstrar a felicidade por presenciarem mais uma corrida com mais de triliões em jogo.

Olhando para o lado direito encontrou Lucas olhando-o para se certificar de que estava tudo bem. Não estava tudo bem, mas Wong queria saber se o amigo conseguiria concorrer, mesmo sabendo de que não iria desistir — isso nunca seria uma opção para Jaemin, nunca. Tendo o devido conhecimento, sabia pelo o que o amigo passara e passava quando Xiaojun e Taeil apareciam, imaginando a tempestade e caos invadindo o seu organismo inteiro. Lucas preocupava-se muito com ele, às vezes ficava nervoso por coisas "simples" para si, mas que para Jaemin eram o suficiente para lhe deixarem perdido.

Jaemin não devia estar ao volante.

Apertou o volante fechando os olhos fortemente, respirando profundamente, precisava manter a calma e vencer como sempre vencia. Passava sempre pelo nervosismo do momento antes da partida, então já estava habituado por tal sensação perturbadora. Nunca gostou de se sentir nervoso.

Merda de sistema nervoso — pensou.

3... 2... 1...

Ouvindo o som de partida, permaneceu de olhos fechados apertando cada vez mais o volante com a mão esquerda, sentindo a falta da presença dos carros ao seu redor. Todos haviam dado partida, menos ele, como sempre fazia. Os seus dez segundos preciosos davam para pensar em pouca coisa, para sentir durante pouco período de tempo, deixando a sua mente numa tela em branco.

A determinação que era exercida do seu corpo, a confiança que nunca faltava... Jaemin estava pronto — mais do que pronto para ser mais exata. Contando os seus famosos dez segundos, vendo-os escassos a cada segundo que passava, abriu os olhos exalando uma aura ardente, parecendo queimá-lo ferozmente por dentro do peito; mudou a mudança para a aconselhável de "segurança" — porque de segurança as corridas não tinham nada — pressionando com força o pé no acelerador deixando o local onde estava estacionado, acelerando como se não tivesse um amanhã.

O chão fervia pelo caminho que os pneus traçavam, deixando a sua própria marca de: Na Jaemin passara por aqui, ganhando e destruindo todos há sua volta. Gostava de quando o seu nome era motivo de conversa, ainda melhor quando era para idolatrá-lo. Não havia ego tão inflamado em Busan como o seu, até custava a acreditar nisso. Custava acreditar que estava no topo por tudo o que passou, trabalhando forte e arduamente para isso.

Não podia estar mais orgulhoso de si mesmo.

Decidindo de que iria concorrer limpidamente, tratou de acelerar o máximo que pôde para ultrapassar os seus adversários. Ficando ao lado de Xiao Dejun, encontrou o seu olhar no meio da corrida. Jaemin achou estranho ele não atacá-lo enquanto teve oportunidade; apenas ficou olhando-o com o olhar pesado e murcho. Parecia que queria transmitir algum sinal, no entanto, Jaemin estava demasiado ocupado em ganhar aquela corrida e fazê-los o invejarem ainda mais.

Continuando com as mudanças de velocidade cada vez mais no limite, passou por Lucas sorrindo-lhe de uma ponta à outra, demonstrando a sua felicidade por estar em primeiro lugar — não era novidade para ninguém. Era tranquilizador para Jaemin saber que nunca seria ultrapassado até que estivesse vivo — e se aparecesse alguém à sua altura, faria tudo para destruí-lo.

Quando se tem poder, queremos sempre mais.

Passou a linha de chegada livremente e limpidamente, carregando o primeiro lugar junto o dinheiro ganho às costas. Não estava surpreendido pelo seu trabalho árduo, mas podia sentir uma pitada de orgulho por saber que tinha ganho.

Os adversários terminaram a corrida com as devidas posições, as quais Jaemin só se deu ao trabalho de tomar conhecimento apenas de dois concorrentes: Lucas, segundo lugar; Xiaojun, terceiro lugar. Era claro que Xiao não conseguiu ultrapassar Lucas, era um trabalho muito complicado cheio de obstáculos, porque Wong não se deixava vencer facilmente. Mas quando isso acontecia, era porque os adversários eram de outro nível, contudo, nunca conseguiam ultrapassar Jaemin.

Ele era único.

Saiu do carro ouvindo perfeitamente os berros histéricos que deixavam-lhe com dores horríveis de cabeça mais tarde, por isso, apenas agradecia sorrindo fraco acenando para a população que assistiu tudo atentamente. Quando era uma corrida com a sua presença, aparecia mais plateia do que o normal e o seu ego inflamava cada vez mais por tal quantidade de pessoas — o local ajudava um pouco já que estavam no centro.

Entre o som ensurdecedor, Jaemin sentiu uma dor amarga no peito quando pensou em tal possibilidade. Era real, não fictício. A polícia estava a chegar ao seu ponto de encontro com uma rapidez de outro mundo, e Jaemin franziu o cenho pensando somente em uma pessoa.

Moon Taeil.

— É a polícia. Vão todos embora! — Gritou alto e em bom som fazendo com que os indivíduos parassem o que estavam a fazer e entrassem nos seus carros dando o fora dali. Outros começaram a correr adentrando becos e desaparecendo nas sombras.

— Jaemin! — Lucas chamou-o vendo-o parado olhando para o nada enquanto deveria estar fugindo do lugar. — O que pensas que estás a fazer?! Queres ser apanhado outra vez? — Olhou-o completamente perdido, omitindo qualquer som. Estava perdidamente perdido nos seus pensamentos que nem havia agido depois de mandar todos embora.

A polícia estando próxima em demasia, Lucas pegou nos ombros do mais novo e começaram a correr para tentarem não serem apanhados por fazerem o seu trabalho — mesmo sendo ilegal. Com o tanto de pessoas correndo de um lado para o outro a pé e em carros, Jaemin acabou-se perdendo de Lucas, o que o preocupou bastante, mas lembrara-se do seu pedido: se me perderes, continua a correr sem olhar para trás. Encontrarei-te, por isso, nunca pares de correr. E seguiu o seu pedido, correndo entre a multidão para escapar da polícia que estavam capturando os indivíduos aos poucos. Não podia ser apanhado pela terceira vez, estava fora de questão!

Virando num beco com a respiração pesada e com as mãos tremendo, parou de andar quando percebeu de que não estava sozinho quando vira um vulto nas sombras. Olhou para trás pensando se iria embora dali, mas calculou e era melhor ficar por ali mesmo. Ele tinha de ir embora custe o que custar.

— Não achas melhor ires embora enquanto podes? — Virou-se em direção da voz, vendo Taeil sair detrás da sombra.

Jaemin não estava nada surpreso com a sua visita.

— Foste tu não foste? — Perguntou o óbvio.

— Mas é claro. — Sorriu abertamente, dando alguns passos em frente. — Não podia perder a oportunidade de seres apanhado e seres mandando para Tóquio. O teu tempo por aqui está escasso.

— Tu que és o escasso aqui. Queres tanto pôr me andar daqui para fora para voltares ao topo. Mas deixa-me dizer-te isto: mesmo que eu vá embora, nunca terás o teu título de volta. Sabes porquê? — Ameaçou chegar mais perto de Taeil.

— E porquê? — Fechou a expressão.

— Se eu saio, Lucas fica no topo, e ninguém ultrapassa-o sem se queimar antes. Nem chega a ultrapassar, na verdade. Ele consegue ser mais destruidor do que eu. — Sorriu orgulhoso. Estava a gostar da conversa fiada enquanto podia estar a fugir da polícia.

— Uma pena. Irás embora na mesma.

— Porque ainda te esforças para me vencer? Sabes que isso não vai acontecer.

— Eu sei. Por isso começarei por te afastar até atingires a maioridade para puder competir contigo como deve ser. Sem restrições, sem cuidados... Quero destruir-te, Jaemin, desde o início da tua carreira. Primeiramente, eu não iria fazer nada tão cedo, mas as tuas provocações venenosas no bar fizeram com que eu agisse mais cedo e mais rápido. — Aproximou-se, sussurrando — Nem que necessites de morrer para eu ter o que é meu de volta. — Ameaçou, tremendo pela raiva.

Taeil era uma pessoa movida pela raiva por ser cabeça-quente desde novo. As suas ameaças não passavam de ameaças. Jaemin queria acreditar nisso, e acreditar de que ainda havia aquele Taeil doce e cativante que conhecera na infância. Detestava-se por nunca conseguir desistir a cem porcento de quem demonstrava o contrário.

O seu antigo eu ainda estava vivo e odiava-se por isso.

— Taeil...

— Não. Não digas nada! Não passas de um puto que só quer fama e dinheiro. — Berrou fervorosamente.

— Taeil, para! Nada do que dizes vai fazer com que eu pare de ser eu mesmo e de desistir do meu futuro pelo qual trabalhei fortemente! Tu estavas lá! Tu ajudaste a melhorar, viste-me crescer e evoluir. É assim tão difícil enxergares o que está por debaixo do teu próprio nariz? — Jaemin tentava não ceder às lágrimas cheias de teimosia. Quando o assunto envolvia passado e Taeil, não tinha estruturas.

Nunca estaria pronto para essa conversa.

— Para de ser egoísta. O egoísmo torna-nos podres. — Mordeu o lábio suspirando. — Taeil, abre os olhos. Vê o que está diante de ti: a pessoa que "criaste", a pessoa que acompanhaste a vida inteira...

— Jaemin, não. Não agora — Mexeu nos cabelos avermelhados.

A verdade era que nunca havia ultrapassado o que tinha feito ao Jaemin; nunca entendera o porquê de ter ganho tanta raiva sem razão nenhuma. Estava super arrependido, mas isso não significaria de que se desculparia a Jaemin para tentarem-se reconciliar. Não o queria perto de si, não o queria perto duma pessoa como ele.

Não admitiria os seus erros, não agora.

— Taeil...

— Vai embora. — Pediu afastando-se. Doía, doía muito, mas não era fácil para nenhum dos dois. Acreditava que a melhor solução era manter o distanciamento, e era exatamente isso que estava a fazer. Não queria fazer com que Jaemin se afastasse de si, do seu trabalho em Busan, mas também não queria continuar a magoá-lo como sempre fazia.

Quando se dava conta, a merda já estava feita.

Taeil tratou de desaparecer nas sombras como sabia perfeitamente antes da polícia aparecer. Escondido ainda no beco, espreitou para onde estava segundos atrás, tendo a visão dele algemado contra o carro do polícia que o prendia.

— Desculpa Jaemin.

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