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  O barulho da cortina correndo nos trilhos do varão é a primeira coisa que me desperta, a segunda e a invasão irritante da luz do sol.

  Gemo de frustração puxando o edredom até acima da cabeça, pronta para voltar ao mundo dos sonhos outra vez. Pelo menos antes dele ser arrancado de mim em uma forma nada gentil.

— Levanta daí agora!

  Espio por um olho a figura de Sheila parada na beira da minha cama de braços cruzados e uma cara nada boa. Gemo de frustração escondendo a cara com um travesseiro.

— Me deixa dormir.

Ouço uma risada bem conhecida seguida de barulhos no meu guarda-roupa.

— Você está dormindo a seis dias, já está bom. – Gabriela solta uma de suas famosas gargalhadas gostosas de ouvir.

  A ignoro tentando a todo custo voltar a dormir, mas quando ouço os cabides do meu guarda-roupa chacoalhar, dei como fim ao meu período de sono e sentei na cama pronta para brigar com qualquer mão gordurosa que esteja tocando nos meus bebês.

— Mais um pouco e eu jurava que você tinha entrado em coma. – Sheila diz com seu olhar de repreensão que só via no rosto da minha mãe.

  Talvez ela fosse mesmo um pouco materna. Assim como Gabriela e Jonathan, a conhecia desde o ensino médio. Éramos inseparáveis, daqueles que as pessoas pensam que nunca mais vão se ver após a formatura. Pelo visto, não foi assim conosco, cinco anos após o feito.

— Exagerada. – Bocejo tirando as remelas do canto do olho.

— Loly, querida. Que dia é hoje? – Gabriela pergunta, a voz doce me faz querer chorar sem motivo algum.

— Bem... – Me distraio com o céu azul limpo do lado de fora da janela e a leve brisa que entra pelo quarto, fazendo o tecido da cortina balançar, como uma bonita dança harmoniosa e calma.

— Loly?

— Hm? – Olho para as duas que me encaravam como se esperasse alguma reação... Oh! — Ah sim, dezesseis de Abril.

— É vinte e três na verdade. – Sheila corrige sentando na ponta da cama. — Está vendo, meu amor? Você está parada no tempo.

  Viro para o alarme digital do lado da cama em busca de uma confirmação para aquela maluquice. Forço a vista um pouco mais que o necessário quando o número 23 aparece minúsculo no monitor.

  Aquilo só podia ser conspiração do mundo, não era possível que já tinha passado tanto tempo desde que fui chutada pela editora e criticada pelo mundo todo.

  Dois toques na porta me faz encarar a madeira branca ainda divagando no tempo em que estava de "molho".

— Ela está vestida? Posso entrar? – A voz de Jonathan é abafada pela porta.

  Olho para o meu pijama do Sullivan do Monstros S.A e quase ri sozinha.

— Muito bem vestida! – Gabriela zomba olhando na mesma direção que eu.

   Jonathan abre a porta e entra equilibrando uma bandeja com quatro xícaras de café. O cheiro logo impregna o lugar lembrando a uma manhã de domingo na casa dos meus pais, dessa vez não consigo segurar a risada contente ao pegar uma xícara quentinha e bebendo um generoso gole.

   O líquido desce pela minha garganta queimando mais do que a quentura do líquido permitia, talvez eu estivesse a algum tempo sem comer, realmente não me lembrava qual tinha sido minha última refeição além das jujubas do dia anterior.

— Céus, você está horrível! – Jonathan zomba se sentando em um espaço da cama.

— Que elogio elegante. – Retruco vendo Gabriela tirar minhas roupas do armário e organizar em uma mala grande.

— Horrível sou eu de laranja, ela está um bagaço! – Sheila provoca bebericando seu café com leite.

Reviro os olhos para os dois se divertindo as minhas custas, enquanto Gabriela ri.

— Por que a mala? – Pergunto sentindo a cafeína me acordar completamente.

— Vamos viajar! – Sheila pula da cama animada indo ajudar Gabriela com a mala. — Esse vestido fica ótimo nela.

— Eu também acho, tem essa jardineira também. – Gabi tira minha jardineira rosa bebê do armário.

— Nem pensar, é muito infantil para uma mulher de vinte e três anos!

— Eu acho o estilo dela uma gracinha. – Gabi faz um biquinho olhando a jardineira.

Jonathan estava mais interessado no celular do que na conversa e eu estava esperando que uma segunda cabeça nascesse no pescoço das duas.

— O quê? – Rio pasma pulando da cama chamando a atenção dos três. — Eu não vou viajar, vocês piraram?

— Por que não?

Rio de nervoso outra vez.

— Minha vida está um alvoroço, minha carreira está detruida e eu estou em apuros porque a única coisa que eu sei fazer é escrever, mas agora estou duvidando do unico dom que acreditava fielmente que tinha. Não sei como agir, não sei como limpar essa bagunça, mas tenho certeza que viajar não é a resposta para isso!

  Desabafo sentando no almoxarifado da janela sentindo um peso sair dos meus ombros por dizer um terço do que corria na minha mente todos aqueles dias.

— Minha linda, – Jonathan é o primeiro a se aproximar com mais um de seus abraços quentinhos. — Tudo bem não estar bem, esses momentos de confusão em que nossa vida está uma bagunça vão acontecer várias vezes ainda, essa é só sua primeira vez. Estamos aqui para te ajudar a colocar as coisas em ordem, mas também estamos por nós mesmos, quem sabe qual será o próximo? É bom saber que existe a quem confiar.

— Essa viagem é para renovar nossas forças, você vai ver, ao fim desse mês vai estar pronta para uma luta de MMA. – Gabi se junta ao abraço sendo seguida por Sheila.

— Vamos estar todos lá com você.

— E o trabalho de vocês? – Pergunto preocupada, apesar de estar começando a gostar da ideia, não podia e nem iria pedir que parassem suas vidas por minha causa.

— Tirei minhas férias antecipadas e a Gabi ainda está de home office, pode trabalhar no hotel. – Sheila diz, estávamos todos em um abraço em grupo e ninguém fazia questão de se afastar.

— Você é meu cofrinho, então vou onde a senhorita for. – Jonathan ri soprando alguns fios do meu cabelo.

  Lágrimas rolam pelo meu rosto pelo apoio de todos eles ali, juntinhos comigo.

— Eu amo vocês.

Um pequeno coro de "awn" se segue antes do abraço apertar.

— Tá bom, tá bom, já chega. – Sheila diz quebrando o abraço. — Demonstração de afeto demais para o meu gosto, ainda temos que arrumar as malas.

— Tudo culpa da Loly chorona, não suporto ver alguém chorando e não demonstrar carinho. – Gabi aperta minhas bochechas.

— Solta! – Reclamo tentando desviar de seus dedos atrevidos.

— Lembra quando ela chorou no ensino médio quando trocaram a marca das batatinhas da cantina? – Jonathan fala trazendo a tona o episódio mais vergonhoso da minha vida.

Sheila desata a rir sendo levada de bonde ao passado por suas lembranças, sendo acompanhada por Gabi.

— "pobres batatinhas" – Os três dizem em uníssono, seguindo por uma sequência de gargalhadas.

Pulo para longe dos traíras venenosos, sucuris, najas cuspideiras.

— Isso está no passado, meus queridos. Pois agora eu sou uma adulta, responsável por mim, vivendo nessa cidade caótica com problemas da vida adulta!

Um silêncio se instalou enquanto três pares de olhos me encaravam neutros. Penso finalmente ter assumido o controle e mostrado para esses delinquentes que Lilian é uma mulher forte, empoderada e...

Mais um ataque de risos.

— Desculpa, não consigo prestar atenção quando o Sullivan está apontando pra mim dizendo que é meu melhor amigo. – Jonathan ri, a pele colorindo cada vez mais para o vermelho.

  Olho para o desenho no meu pijama desacreditada.

Desisto.

   Volto para a cama puxando o edredom até a cabeça enquanto espero milagrosamente voltar ao meu estado semiconsciente.

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