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Capítulo Vinte e Um

Chegueeeei 💙

Esse capítulo tá 🤌🏻

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Hoje era noite de El Clásico, dentro do Camp Nou. Se conseguirmos ganhar do Real Madrid que é o segundo colocado, vamos aumentar ainda mais a vantagem de pontos na dianteira da La Liga. Nós precisávamos ganhar, perder não era uma opção.

Até porque agora tinha a primeira Data FIFA do ano, uma parada em campeonatos nacionais e estaduais para que pudéssemos jogar pelas nossas seleções em amistosos ou jogos oficiais. Algumas seleções europeias vão jogar pelas eliminatórias da próxima Eurocopa que acontecerá ano que vem, como é o caso da Espanha.

Amanhã mesmo eu e Balde já temos que nos apresentar na concentração em Madri. Pedri também iria, mas ele acabou sendo desconvocado por conta da sua lesão que não recuperou totalmente. Ele também foi cortado do jogo de hoje e ainda é dúvida quando a La Liga voltar em abril. A situação tá tensa já que sua família e empresário estão culpando o departamento médico do clube por tudo isso.

Um sorriso bobo surgiu em meus lábios ao lembrar do que eu e Babi fizemos ontem à noite. Gosto demais de ver ela gemendo meu nome em meio ao prazer. Eu viciei no seu cheiro, viciei no seu gosto, eu viciei nela. Agora que eu provei, está tão fixado, tão enraizado profundamente em mim que eu tenho medo de simplesmente pensar na possibilidade de ficar sem ela.
— Disfarça esse sorrisinho besta aí. — Aurora sussurrou chegando perto de mim e olhei pra ela.

Hoje era Dia dos Pais aqui na Espanha e decidimos fazer um almoço em família.

Pisquei pra minha irmã e terminamos de levar os pratos para a mesa.
— Olha, tô adorando esse seu lado viu. — ela disse rindo e olhou para a porta verificando se alguém se aproximava, nossos pais estavam na sala conversando com os nossos avós em uma videochamada. — Não sei o que o Babi tá fazendo, mas pra mim tá excelente.

Dei um sorriso malicioso e ela me encarou balançando a cabeça em negação.
— Ai Gavi, você acabou de me fazer ter um pensamento de você e a Babi transando, seu pervertido. — ela tentou me bater com o pano de prato e me esquivei rindo.
— Não tenho culpa se a sua mente é poluída maninha.
— Nojento.

Olhei pra minha irmã ainda rindo, como se ela também não fizesse a mesma coisa com o namorado. Melhor eu ficar quieto na minha.
— Vai assistir ao jogo mais tarde? — perguntei indo pegar os pratos e talheres no armário.
— Com certeza, eu e Javi vamos sim. 
— Se a gente ganhar, vai ter uma comemoração depois.
— Se não irmãozinho, vocês vão ganhar. — ela afirmou piscando o olho pra mim e assenti rindo.

Nossos pais encerraram as ligações e depois vieram para a cozinha onde sempre costumávamos fazer nossas refeições, temos esse costume desde quando morávamos em Los Palácios.
— Olha, tô surpresa. Vocês arrumaram a mesa direitinho. — nossa mãe elogiou e olhamos um para o outro sorrindo cúmplices.

Ela estava muito bem, parecia até outra pessoa. Sorria e conversava de boa, e isso me deixava muito feliz. O que é ótimo também para o que eu pretendo fazer durante esse almoço, só preciso criar coragem.

Eu não quero mais ficar com a Babi como se estivesse me escondendo por fazer algo de errado. Entendo ela querer manter em segredo da mídia por conta do bebê e apoio incondicionalmente, mas nossos amigos já sabem, o irmão dela sabe, Aurora sabe, quero que os meus pais também saibam que eu estou com alguém.

Ela agora era minha por inteiro, minha mulher. Quero fazer do jeito certo, pedi-la em namoro, apresentá-la a minha família. Minha mulher, gosto de como isso soa. Seu filho não é problema nenhum pra mim, muito pelo contrário. Eu já gosto demais desse bebê, como se fosse meu.

Mais uma vez eu estava sorrindo como um besta e percebi Aurora me olhando tentando não dar risada.
— Então filho, animado para jogar pela seleção novamente? — meu pai perguntou e olhei pra ele.
— Com certeza. É uma pena que não terei meus companheiros de clube, somente o Balde também foi convocado, mas acho que o técnico sabe o que está fazendo.
— Eu não fui com a cara dele, prefiro o Luis Enrique, o pai da Sira. — Aurora disse fazendo a gente dar risada.

Continuamos comendo e conversando, e eu pensando em como tocar naquele assunto com eles, em especial a minha mãe. Ela estava bem e eu não queria criar atrito entre nós dois novamente, mas também não posso deixar de fazer o que eu quero por conta do que ela acha.

A sobremesa era um doce típico da região da Andaluzia, onde fica Los Palácios y Villafranca.
— Aurora você vai assistir ao jogo em Málaga? — meu pai perguntou e minha irmã assentiu.
— Acho que sim pai, eu e Javi queremos ir. Tô até vendo com a galera quem mais vai.
— Talvez eu resolva ir junto com vocês. — mamãe disse e olhei pra ela.
— Que ótimo mãe, vai ser bem-vinda. — Aurora disse alegre.

Inspirei fundo para criar a coragem necessária, o clima estava leve, descontraído. Preciso abrir logo o jogo já que vou viajar e só volto na próxima semana que já é a festa de aniversário da minha irmã e Babi vai junto comigo, não quero pegar ninguém de surpresa.
— Pai, mãe, eu preciso contar algo a vocês. — falei atraindo a atenção dos três.

Meu pai deu um leve sorriso e mamãe apenas me olhou, já Aurora me encarou com uma expressão sugestiva. Acho que ela imaginava o que seria.
— O que foi filho? — meu pai perguntou divertido.
— O que aconteceu Pablo? — minha mãe indagou parecendo um pouco receosa.
— Eu não gosto muito de rodeios, por isso prefiro ir direto ao ponto.

Meus pais continuaram me olhando sem entender e Aurora abriu a boca surpresa.
— Eu tô conhecendo uma pessoa. — soltei a bomba esperando pelo caos, que graças aos céus não veio.

Meu pai e Aurora deram risada, já minha mãe apenas me encarava.
— Quem é essa garota? — ela perguntou e fiquei debatendo comigo mesmo se conto ou não sobre a gravidez da minha marrentinha.
— Vocês não conhecem, ela é prima do Raphinha que joga comigo no Barcelona, na verdade eles são quase irmãos. Chegou na cidade tem pouco tempo.
— Mas olha só, ela é brasileira? — meu pai perguntou e eu assenti em silêncio. — Imagino que deva ser muito bonita.
— Ah ela é pai, com certeza.
— Isso que tá acontecendo entre vocês dois é sério ou estão apenas ficando? Como vocês jovens gostam de dizer.

Melhor não falar nada sobre a gravidez, por enquanto.
— A gente tá se conhecendo mãe, mas não é algo superficial, eu gosto dela, me faz bem. Vocês vão conhecê-la na festa de aniversário da Aurora.
— Se você gosta dela vá em frente filho, nunca te ouvi dizer que gostava de alguma garota, então eu imagino que seja pra valer.
— É sim, valeu pai. — agradeci respirando aliviado.
— Imagina filho, eu estou ansioso para conhecer a... como é mesmo o nome dela?
— Bárbara, mas nós a chamamos de Babi.
— Bárbara é um lindo nome. Eu estou ansiosa para conhecê-la.

Olhei para a minha mãe que estava quieta até então, mas isso não significava que ela tinha aceitado fácil assim. A explosão poderia vir quando a gente menos esperasse.
— E ela é mais velha do que eu, tem vinte e um anos. E isso não tem a menor importância pra mim. — acrescentei rapidamente.

Aurora encarava os nossos pais tentando não rir.
— Bom, você está feliz, é nítido isso. E é o que importa, não é querida? — meu pai afirmou olhando para minha mãe que estava quieta até então. Ele sabia tão bem quanto nós que ela poderia ter um ataque.
— Sim, sim, isso que importa. Com licença. — ela levantou da mesa saindo da cozinha.

Meu pai suspirou e me olhou se aproximando, e apertando meu ombro em um gesto de conforto.
— Dê um tempo pra ela, sua mãe vai se acostumar com a ideia de que agora você tem uma garota em sua vida.

Assenti agradecido o encarando.
— Estou feliz por você filho, de verdade.

Papai saiu da cozinha e Aurora soltou um assovio bebendo um gole de suco logo em seguida.
— Olha, o clima ficou tão tenso que dava para cortar com uma faca.

Dei risada olhando pra ela que acabou rindo também.
— Tô orgulhosa de você irmãozinho.
— Eu precisava fazer isso.

Aurora piscou pra mim empolgada bebendo novamente um gole do suco de morango.
— Eu preciso conversar algo com você. — falei e ela me olhou curiosa.
— O quê?
— Aqui não. — apontei para a porta e minha irmã assentiu entendendo.

Lavamos a louça e arrumamos a cozinha. Em seguida fomos para o quarto dela conversar, nosso pai estava vendo TV e mamãe deveria estar no quarto, se recuperando do susto que havia levado por eu ter contado que estava praticamente namorando.

Aurora trouxe uma taça de vinho e eu peguei mais um pouco da sobremesa do almoço. Não costumo comer doce durante a semana, hoje posso aproveitar um pouco.

Minha irmã trancou a porta passando a chave e eu deitei de bruços em sua cama de casal tirando os tênis. Colocamos também uma música para tocar em volume médio. Minha mãe já teve o costume de escutar nossas conversas atrás da porta, melhor não bobear.
— Agora conte tudo. — ela pediu sentando ao meu lado tomando um gole do vinho.

Encarei minha irmã um pouco receoso do que eu iria falar.
— Mana, eu gosto demais da Babi, não consigo mais ficar longe dela.
— Sei, isso não é nenhuma novidade irmãozinho.
— Por isso eu tomei uma decisão muito importante.
— Que decisão? — ela perguntou me encarando depois de dar um gole em seu vinho.

Sorri de canto e tirei algo do meu bolso, um anel que pertencia a Babi. Minha irmã encarou o pequeno aro prateado franzindo a testa em confusão.
— Eu vou pedir a Babi em namoro e quero que você me ajude a escolher um par de alianças de compromisso.

Aurora abriu a boca completamente chocada.
— Aqui não temos esse costume, mas lá no Brasil é comum namorados usarem alianças de compromisso. Quero fazer o pedido do jeito certo.
— Garoto! Quem te viu e quem te vê, eu tô abismada! — minha irmã exclamou rindo e me fazendo dar risada também. — E eu tinha certeza quando comentei com o Javi depois do jantar que você estava gostando dela de verdade. Gavi você tá completamente apaixonado pela Babi, acho que só não se deu conta disso ainda.
— Na verdade mana, eu já me dei conta disso sim. — falei sorrindo de leve e ela comemorou empolgada. — A Babi entrou na minha vida de repente e bagunçou tudo, mas de uma forma boa. Ela tem me ensinado muito, me ajuda a ser um cara melhor, tá sempre ali presente, se isso não for amor, eu não sei o que é.
— Eu vivi pra ver esse dia! Pablo Gavi apaixonado! — a infeliz comemorou e eu apenas dei risada balançando a cabeça em negação.

Então vários momentos que tive com Babi vieram em flashback na minha mente, fazendo meu coração disparar.
— Eu desconfio irmãozinho de que ela mexeu com você desde a primeira vez que se viram no estacionamento e rolou aquela treta.
— Eu amo ela, amo demais a minha marrentinha. Demorou um pouco até que eu percebesse isso.
— Você nunca se apaixonou Gavi, nem deu uma chance de isso acontecer e de certa forma é bom, evitou desilusões amorosas. E acredite quando digo que esses amores adolescentes que não dão certo doem demais, eu que o diga.

Minha irmã teve seu primeiro namorado aos quinze anos, ela era louca por ele, mas o garoto só a fez sofrer, sempre ficando com outras meninas. Eu como um bom irmão, soquei a cara dele e o mandei ficar longe dela. Quando conheceu o Javi, demorou até que ela o deixasse se aproximar por conta do trauma.
— Hoje você está mais velho, mais experiente, tem uma noção diferente das coisas. E você sempre foi um garoto maduro para a sua idade, por isso não me surpreende em se relacionar com uma mulher mais velha.
— Eu só fico um pouco receoso se ela sente o mesmo que eu.
— Ah não se preocupe, ela sente sim, eu tenho certeza. Você ainda não disse que a ama?
— Não, quero pedi-la em namoro quando fazer isso.
— Vai arrasar garoto, tem minha aprovação. — ela bateu palmas fazendo a gente rir de novo. — Eu tô amando isso e já vou dar essa ideia para o Javi, quero alianças de compromisso. O que você tem em mente para as alianças? — ela perguntou pegando o anel da minha mão e guardando em uma caixinha, e colocando dentro da sua bolsa.
— Pelo pouco que eu pesquisei elas são prateadas e as femininas costumam ter alguma pedra, ou então são dois aros. Um solitário e a outra lisa ou com alguma pedra ou desenho elaborado.

Aurora assentiu anotando tudo em sua agenda.
— Não quero nada muito chamativo, ela não gosta disso e eu menos ainda até porque por enquanto não vou poder usá-la o tempo todo, pretendo colocar em uma corrente no meu pescoço.

Minha irmã fez joinha com ambas as mãos.
— Restrição de preço? — perguntou sugestiva arqueando uma sobrancelha e joguei uma almofada redonda nela que não pegou por pouco.
— Claro que não. Aproveita e compra uma joia pra você também.

Os olhinhos dela brilharam e em questão de segundos senti seus braços ao redor do meu pescoço, enquanto distribuía beijos pelo meu rosto.
— Obrigada maninho lindo!
— Tá, tá, sai. — empurrei ela que deu risada.
— Já até sei o que eu quero, um colar da Tiffany que tô namorando faz tempo.
— As joias da Tiffany são bem famosas, ouço comentários as vezes no vestiário. Lewa deu uma pulseira de brilhantes dessa marca pra Anna no aniversário dela, ela adorou o presente.
— Gavi, é a Tiffany, melhor joalheria do mundo. Que mulher não ficaria feliz em ganhar algo dessa marca?
— Beleza, você já sabe onde comprar o nosso par de alianças então.
— Maravilha, amanhã mesmo já vou começar a pesquisar. Vou te mandar fotos dos modelos que combinam com as descrições que você me deu.
— Talvez eu demore pra responder por conta dos treinos.
— Sem problemas, quero ir pessoalmente na loja da Tiffany aqui de Barcelona e conversar com a vendedora, tiro todas as fotos e te envio, você escolhe e eu volto lá no dia seguinte já pra passar as medidas. Falando nisso, a medida da Babi eu já tenho, falta a sua.
— Tem uma fita métrica aí?
— Podemos fazer melhor, espera.

Aurora revirou suas coisas até achar um rolo de fita de cetim azul. Ela amarrou um pedaço no meu dedo anelar da mão direita e cortou depois.
— Prontinho, já vou deixar junto com o anel pra não perder. Eu tô curiosa, como você pegou esse anel sem ela perceber? — ela questionou e dei risada deitando na cama de novo.
— Ela dorme lá em casa as vezes e sempre deixa algumas coisas, foi fácil pegar sem que ela percebesse.

Aurora assentiu rindo e fez mais algumas anotações em sua agenda.
— Não comenta nada com ela mana, por favor.

Essa parte já tava resolvida, sabia que podia contar com a minha irmã. Além de ela ser mulher e ter bom gosto, passaria despercebida. Seria um prato cheio para a mídia se o jogador Pablo Gavi fosse flagrado saindo de uma joalheria, eu nunca mais teria paz na minha vida. Agora eu preciso pensar no pedido, minha marrentinha merece algo bem especial.
— Claro que não, jamais faria isso. — ela terminou seja lá o que estivesse anotando e guardou sua agenda dentro da bolsa. — Gavi eu tô amando te ajudar com isso, mas nós não podemos esquecer que ela tá grávida e daqui a alguns meses vai ter o bebê, você acha que realmente consegue lidar com essa situação?

A pergunta que Aurora me fazia, era a mesma que eu mesmo já tinha me feito várias vezes.
— Nunca foi um problema pra mim, eu pretendo ajudá-la no que for preciso.
— Mesmo não sendo seu?
— Mesmo não sendo meu. — afirmei sem titubear.

Nós já conversamos sobre isso uma vez e Babi me disse que seu filho não teria o sobrenome do pai na certidão de nascimento por enquanto. Talvez daqui a um tempo, já com o filho grandinho, ela pensaria em procurá-lo e contar tudo.

Aquilo me incomodou profundamente e tive vontade de pedir que não fizesse isso. Ela e o filho não precisavam de nada desse cara, eu tô aqui, faço o que ela pedir sem pensar duas vezes. Eu gostaria muito que esse bebê fosse meu, eu iria criá-lo com todo o amor desse mundo.
— Eu tô muito orgulhosa de você irmãozinho, orgulhosa demais.

Sorri para ela gostando de ouvir aquelas palavras.
— Por enquanto eu não vou falar nada, vou fazer as coisas com calma, amanhã tô indo pra Madri e vou conversar com a Babi quando eu voltar. Vou viajar tranquilo sabendo que o Pedri vai ficar com ela esses dias que o Rapha e a Taia estarão no Brasil. Você também fica de olho nela, por favor. Me avisa se qualquer coisa acontecer, me liga a hora que for.
— Beleza, pode deixar. E acho também que você está certíssimo em ir com calma, até porque a Babi saiu recentemente de uma relação longa e complicada, tudo que ela não precisa agora é de mais chateação e estresse.
— Por isso também eu não vou contar a mamãe agora sobre a gravidez dela, quero dar mais um tempo.
— Tudo bem. Só quero que você esteja ciente de que em qualquer momento que você contar, dona Belén vai surtar, isso é fato.
— Eu sei Aurora, mas também não posso deixar de viver minha vida por conta do que ela acha.
— Mas é claro que não, não pode e nem deve. Você é maior de idade, independente, mamãe não pode fazer nada.

Assenti concordando com ela. Eu sabia disso, mas colocar tudo em prática não é tão fácil quanto parece.

...

Ganhamos o El Clásico!

Real Madrid começou ganhando com um gol contra do Araújo. Eu quis muito chutar a bunda dele naquele momento. Nós conseguimos empatar e nos últimos minutos Kessié virou nos dando a vitória. Nossa torcida que havia lotado o Camp Nou vibrava fazendo nosso esforço valer a pena. Pra mim só não foi melhor porque não consegui fazer um gol e dedicar à minha marrentinha.

Enquanto tomava banho e me arrumava no vestiário, ela me mandou mensagem avisando que já estava indo para o pub junto com Pedri. Nós nos vimos hoje de manhã quando eu a deixei em casa, mas já estou morrendo de saudades, louco de vontade de tê-la perto de mim. Esses dias em que estarei jogando pela seleção espanhola vão ser sofridos.

Balde, Ansu, Araújo e Ferran iriam também para o pub e saímos todos juntos nos despedindo dos outros. A saudade e a ânsia de ver logo a minha marrentinha me fizeram afundar o pé no acelerador sem dó.
— Tá querendo participar do próximo Velozes e Furiosos é? — Ferran perguntou quando chegamos e subíamos a escada oculta para entrar no pub.

Dei de ombros rindo e ele riu também balançando a cabeça em negação.
— Bora beber cambada! — Araújo entrou gritando e chamando a atenção da turma que já estava lá. Abby correu para abraçá-lo, se jogando em seu colo.
— Parabéns meu gato!
Gracias niña!
— Não esquece que ele fez gol contra. — Ansu lembrou passando por eles e Araújo olhou pra ele de cara feia.
— Vai se foder.

O casal trocou um beijo pra lá de quente para a alegria dos nossos amigos e meu olhar encontrou quem eu queria. Babi estava sentada junto com Sira, Pedri, minha irmã e Javi.
— Parabéns rapazes! — Sira disse batendo palmas junto com os outros. — Excelente jogo!

Aurora assoviou alto fazendo todo mundo rir.

Cheguei perto da minha marrentinha e meu coração disparou quando ela levantou sorrindo para me abraçar.
— Parabéns lindo!
— Obrigada... cariño.

Quase que eu a chamei de "meu amor", mas eu travei na hora e a apertei com vontade em meus braços.
— Tudo bem? — perguntei quando nos afastamos e segurei seu lindo rosto em minhas mãos com extrema delicadeza.
— Sim, tudo ótimo. — Babi respondeu abraçando meu pescoço e beijando meus lábios de leve. Eu sorri abraçando sua cintura.
— E o bebê? — minha mão tocou em sua barriga que já se fazia notável e ela sorriu como uma boba.
— Ele tá ótimo também.

Qualquer resquício de dúvida que eu poderia ter em relação a tudo que confessei a minha irmã mais cedo, deixou de existir no momento que a vi sorrindo pra mim. Eu a amo demais e a quero comigo todos os dias da minha vida.



— Caralho! — Balde exclamou chocado olhando para Babi e Gavi que estavam no maior beijão.
— Vai dizer que você não sabia que eles tavam juntos? — Ansu questionou rindo e a gente também deu risada.
— Não, eu sabia sim. Mas nunca tinha visto eles assim juntos, Gavi é um filha da puta sortudo do caralho, ela é muito gata cara.
— Não deixa ele te ouvir falando isso. — Ferran alertou divertido. — Ele é bem ciumento.

Meu irmão que o diga. Pensei comigo mesmo.

Sira levantou puxando Aurora, e interrompeu a pegação de Babi e Gavi arrastando a amiga para dançar. Nosso amigo fez uma cara de cachorro que caiu da mudança, mas não adiantou, Babi deu um beijo nele e se afastou rindo junto com elas. O grupo também puxou Abby que estava sentada no colo de Araújo e nosso zagueiro uruguaio reclamou, mas não teve jeito.

Elas colocaram uma música brasileira pra tocar e a morena que conheciam a coreografia tentavam ensinar as outras. Sira e Abby até que levavam jeito, mas Aurora era um desastre, ela ria mais do que dançava.

Araújo se aproximou tentando rebolar igual a elas fazendo a gente rir demais.
— Puta que pariu eu preciso guardar esse momento! — Ansu disse já puxando o celular do bolso e indo até lá.

Ferran, Javi e Balde se empolgaram e foram tentar dançar também. Eu até poderia ir, mas não quero fazer nenhum esforço desnecessário que possa mexer com a minha lesão e atrasar mais ainda minha volta aos gramados.

Mais de um mês sem jogar. Me sinto inquieto, ansioso, inseguro. Sempre digo que tá tudo bem para as pessoas porque não quero preocupá-las, mas milhões de pensamentos não tão legais tomam conta da minha mente quando deito pra dormir.

Minha família e meu empresário estão culpando o departamento médico do Barcelona por querer acelerar minha volta ao campo e assim, consequentemente piorar a lesão. E isso só me deixa pior. Ter meus amigos por perto é o que me ajuda.
— E aí. — Gavi chegou perto de mim e fizemos um toque.
— E aí mano. Animado para os jogos da seleção?

Gavi me olhou fazendo uma careta.
— Eu tô animado sim, mas sinceramente, sinto falta do Luis Enrique e do time que ele escalou na copa. Do Barcelona só o Balde que vai, e também ter que olhar pra cara do Ceballos e treinar com aquele cara me dá ânsia, pior que os enjoos da Babi.

Dei risada com a comparação que ele usou.
— Hei, vê se fica de boa e não arruma nenhuma confusão, eu não vou tá lá pra te ajudar.

Gavi me encarou azedo e bati em seu ombro rindo.
— Aí, eu vou deixar meu carro com a Babi, pra ela passear pela cidade, ir aonde quiser. Fica de olho nela.
— Com certeza, nem precisa pedir.

Olhamos para o grupo que começou a dançar em pares. Abby e Araújo, Sira e Ferran, Aurora e Javi, Babi e Ansu. Balde gravava a galera dançando.

Gavi soltou um suspiro ao meu lado e olhei pra ele que tinha o olhar fixo em Babi.
— Tudo bem cara?
— Eu contei aos meus pais hoje sobre a Babi.

Aquilo me deixou surpreso.
— Sério?! Contou tudo?
— Não contei sobre a gravidez, só que eu tenho alguém na minha vida.
— Ah sim. E qual foi a reação deles?
— Meu pai é super de boa, ele me apoiou, mas a minha mãe... ficou nítido que ela não gostou. Aurora me disse que depois que eu saí de lá, ela encheu minha irmã de perguntas sobre a Babi.
— Irmão em se tratando da sua mãe isso não é novidade.
— Eu sei Pedri, mas não queria que fosse assim.
— Nem tudo a gente consegue mudar Gavi, o que não dá pra mudar a gente deixa de lado e segue em frente, simples assim.
— É acho, que você tem razão. Eu vou apresentar ela a eles no aniversário da Aurora. E também quando voltar depois dos jogos, eu vou pedir a Babi em namoro.

Segunda vez que ele me deixa surpreso em um curto espaço de tempo.
— Tá falando sério?
— Muito sério, e quero usar aliança junto com ela também. — ele disse rindo e meu olhar foi até Babi que dançava ainda junto com o Ansu.
— Cara, você tá muito apaixonado, não é possível.
— Eu tô sim. — ele admitiu rindo. — Não quero mais ficar longe dela.
— Rapaz! Tô chocado, e muito. Pablo Gavi apaixonado, suas fãs vão pirar.
— Nem brinca com isso! — ele disse rindo e me fazendo dar risada também. — Por isso é melhor manter em sigilo por enquanto. E você vê se fica quieto e não estraga a surpresa que eu quero fazer pra ela.
— Boca de siri. — falei enquanto fazia o gesto imaginário de que estaria fechando minha boca com um zíper.
— Babi cuidado! — Sira gritou atraindo nossa atenção e vimos Babi no chão dando risada.

Tudo aconteceu em questão de segundos. Gavi correu até lá e eu fui atrás dele que ajudava Babi a levantar.
— Tá tudo bem amiga?! Você se machucou? — Aurora perguntou preocupada.
— Tá sim, relaxa.
— O que foi que aconteceu? — Gavi perguntou segurando ela pela cintura.
— Ansu me girou e eu tropecei, tá tudo bem gente.
— Amiga você tá grávida, qualquer tombo pode ser perigoso.

O silêncio tomou conta do ambiente, enquanto quatro pares de olhos surpresos encaravam Babi e Gavi.
— Ai merda! Desculpa gente, eu... foi sem querer! — Sira pedia nervosa e arrependida, e Ferran se aproximou abraçando seus ombros.
— Babi você tá grávida?! — Abby perguntou chocada e Babi assentiu sorrindo de leve. Não adiantava mais negar.
— Porra Gavi! — Araújo soltou encarando nosso amigo que ficou quieto. Era óbvio que eles pensariam que o filho era dele.
— Ele não é o pai. — Ferran explicou deixando todo mundo ainda mais chocado.

O clima ficou tenso e Babi deu risada tentando amenizar a situação. Ela começou a explicar tudo para os nossos amigos e percebi que Gavi estava incomodado.

Ele ficou um pouco afastado, encostado na mesa de sinuca e me aproximei.
— Por que essa cara? — perguntei baixo parando ao seu lado.
— Ferran gosta de me lembrar a cada meia hora que o filho da Babi não é meu! — ele resmungou irritado e eu dei risada.
— Gavi seja sincero, o que te incomoda? O bebê não ser seu ou Ferran te lembrando disso?

Ele suspirou pensando um pouco antes de me responder.
— As duas coisas, principalmente não ser meu filho.
— E queria que fosse? — olhei pra ele esperando sua reação. Gavi me encarou de volta.
— Queria, queria demais, não vou mentir. Eu nunca faria o que aquele babaca fez, tudo bem que ele não sabe que ela tá grávida, mas ainda assim...
— Eu sei. — falei tocando em seu ombro.
— Ela me disse que pensa em procurar ele um dia para contar sobre o filho, só de pensar nisso meu sangue ferve!
— Gavi você tá com ciúmes do ex-namorado da Babi? — perguntei divertido e ele rolou os olhos.
— Se eu pudesse, ele nunca mais chegava perto dela. — meu amigo marrento afirmou encarando a garota que ele amava.
— E por que você não dá um jeito nisso?
— Como assim? — ele perguntou se virando rapidamente para me olhar.
— Você ama a Babi, certo?
— Amo demais.
— Você já tem a sua resposta irmão. Não quer que o bebê seja seu? Então faça ele ser.

Ele desviou o olhar de mim para ela.
— Você tá sugerindo que eu assuma o filho da Babi? — Gavi indagou e eu dei de ombros.
— Você a ama, vai pedir ela em namoro, fica aí se roendo de ciúmes cada vez que alguém cita o ex dela, por que não?
— Pra ser sincero, isso já tinha passado pela minha cabeça algumas vezes, mas fiquei pensando no que a Babi iria achar e não tive coragem de falar nada. Ela vive falando que vai criar o filho sozinha, que não precisa de ninguém.
— É claro que ela vai falar isso né, nesse momento a Babi tem que ser forte pelo filho que só tem a mãe. Mas ela gosta de você, vocês estão juntos, fala com ela.

Novamente ele olhou pra ela e eu conseguia sentir daqui seu cérebro trabalhando rapidamente, considerando essa opção.

Abby abraçou Babi prometendo o mesmo que todos nós, que ela nunca estaria sozinha.
— Você tem razão. — Gavi disse me fazendo olhar pra ele que sorriu. — Eu vou assumir e criar como meu filho.

Botei fé no meu moleque, assim que se faz.
— Aproveita esses dias longe dela pra pensar com calma, refletir se é isso mesmo que você quer.
— Vou fazer isso.

Fizemos um toque e abracei meu melhor amigo de lado. Se ele realmente fizesse isso, teria todo o meu apoio.

Tava ficando tarde e decidimos ir embora, Gavi e Balde viajariam cedo amanhã para se apresentar em Madri. Eu também teria uma sessão de fisioterapia e precisava estar descansado. 

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Espero que tenham gostado.
Comentários e opinições deixam essa autora mto feliz 😘


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