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Capítulo Trinta e Três

ÚLTIMOS CAPÍTULOS!

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Eu estava aliviado por vê-la bem, sã e salva, mas quando ela apareceu aqui, arrumada, com uma aparência descansada, ficou claro que estava escondida para que não fosse achada, escondida de mim.

Sua ansiedade de querer conversar comigo primeiro me deixou em alerta e eu acabei ativando o modo de autodefesa. Eu chorei e sofri a minha cota e mais um pouco nesses últimos dias por causa dela.

Antes que Babi respondesse a minha pergunta se ela queria acertar tudo ou iria embora de novo, Lisiane sugeriu que fôssemos conversar no quarto que eu ocupava, para termos privacidade.

Indiquei para que Babi fosse na frente e caminhamos em silêncio. Abri a porta e deixei que ela entrasse primeiro, entrei e fechei logo em seguida. Passei a chave e coloquei o objeto de metal em meu bolso. Ela não sairia daqui antes de responder minhas perguntas.
— Precisa mesmo disso? — questionou deixando a bolsa em cima da cama e eu a encarei contendo minha vontade de acabar com aquela saudade louca e abraçá-la com vontade.
— Onde você tava? — indaguei sério ignorando completamente o que ela havia perguntado.

Babi suspirou e sentou na poltrona, recostando e cruzando as pernas.
— Na casa dos meus pais.

Arqueei a sobrancelha e soltei uma risada debochada.
— Então quando a Daniella ligou para a sua mãe...
— Eu estava ao lado dela. — ela completou minha frase. — Pedi que não dissesse nada.

Dei alguns passos pelo quarto.
— Gavi eu sei que você tá nervoso, e com razão...
— Nervoso? — perguntei de volta a interrompendo. — Você acha que eu tô nervoso? Eu não tô nervoso Babi, eu tô surtando!

Minha voz saiu um pouco alterada, mas eu sinceramente nem liguei. Se eu não falasse tudo agora, eu ia explodir.
— Eu tô surtando porque eu deixei a minha mulher em casa antes de viajar e no meio do caminho, meu amigo me liga avisando que ela simplesmente sumiu, assim, do nada!

Olhei pra ela que estava quieta me encarando de volta.
— A gente descobriu que você vinha pra cá e quando o avião pousou, você sumiu Babi. Agora eu descubro que você estava o tempo todo na casa dos seus pais e não me disse nada.
— Eu precisava ficar sozinha, colocar os pensamentos em ordem.

Meu olhar caiu em suas mãos que estavam no colo. Ela não usava a aliança e tentei não deixar aquilo me afetar, mas era missão falha.

Sentei na cama de frente pra ela, mas abaixei minha cabeça evitando encará-la.
— Eu sei que minha mãe te disse coisas cruéis, sei também que isso mexeu profundamente com você. E tá me corroendo porque eu não sei o que ela te disse, mas seja lá o que foi, te fez ir embora... — minha voz estava embargada e eu realmente tentei não chorar, mas não consegui. — Você fugiu... de mim...
— Eu não fugi de você Gavi. — sua voz saiu baixinho.

Levantei a cabeça para encará-la e vi que seus olhos estavam marejados, assim como os meus.
— Então por que fez isso comigo?
— Tudo que a sua mãe me disse realmente me afetou. Eu tô me sentindo péssima desde quando perdi o bebê... eu... eu não me sinto... eu mesma...

Seu desabafo me quebrou e percebi o quanto ela estava sofrendo.
— Eu me sinto... insuficiente... eu tô quebrada Gavi...
— Eu deveria ter percebido... — murmurei sem deixar de olhá-la.
— Você sempre foi maravilhoso e fez tudo que pôde pra me deixar bem, mas não tem a ver com você, tem a ver comigo, como eu me sinto...

Babi levantou devagar e veio sentar ao meu lado.
— Eu contei tudo aos meus pais, não omiti nada.
— O que eles disseram? — perguntei me sentindo um pouco mais calmo.
— Vão apoiar qualquer decisão minha. A gente se acertou, eles me pediram desculpas por tudo que aconteceu.
— Eu fico muito feliz por isso linda, de verdade.

Ela sorriu e virou de frente pra mim, eu fiz o mesmo.
— Eu amo você Gavi, isso nunca foi uma dúvida pra mim. Eu fugi de Barcelona no calor do momento, com o sangue quente, mas assim que o voo fez escala em São Paulo eu percebi o erro que havia cometido. Quando a Dani ligou pra minha mãe e eu ouvi a sua voz, aquilo mexeu muito comigo.

Peguei sua mão e levei até os meus lábios dando um beijo.
— O que minha mãe te disse?

Provavelmente ela não me falaria, mas tentei mesmo assim.
— Não vale a pena repetir, eu quero esquecer.

Não insisti porque sabia que era melhor mesmo.
— Eu surtei quando soube que você tinha fugido por conta disso, fiquei com tanto medo de não conseguir te encontrar. De isso afetar a gente...

Babi encostou a testa na minha e beijou meus lábios de leve. Enterrei o rosto em seu pescoço e beijando a pele macia, sentindo o cheiro maravilhoso do seu perfume.
— Desculpa ter fugido lindo, ainda mais depois de você ter me dito que esse era o seu maior medo.
— Tô pensando seriamente em colocar um GPS em você quando voltarmos pra Barcelona, assim eu vou saber onde você está a qualquer momento.

Babi me encarou e percebi que era porque eu tinha falado sobre quando voltarmos.
— Você quer voltar?

Se ela quisesse ficar aqui, nós daríamos um jeito. A distância não seria nada legal, mas nem mesmo isso me faria desistir dela.

Babi sorriu enlaçando o meu pescoço e beijou meus lábios de leve.
— Barcelona agora é o meu lar. Eu só preciso de tempo pra colocar minha vida de volta nos trilhos, superar o que aconteceu. Eu tava pensando em procurar um psicólogo ou um terapeuta.
— Eu acho ótimo linda e se quiser fazer terapia de casal, eu vou com você.
— Você iria mesmo comigo? — ela perguntou me olhando.
— Pra qualquer lugar do mundo. Eu amo você Babi, amo demais. Quase enlouqueci nessas últimas horas, nunca mais me faça passar por isso de novo.
— Eu prometo lindo. — ela sussurrou antes de me beijar.

Seus beijos eram o meu vício, a minha perdição. Era a água que matava a minha sede a ao mesmo tempo o calor que me queimava e me fazia desejá-la cada vez mais.

Dei vários beijos em seus lábios e me afastei lembrando de algo.
— Por que não está usando a aliança? — questionei sério e ela arregalou os olhos pra mim, em seguida mirando a própria mão.
— Eu tirei ontem quando cheguei em casa, não queria minha mãe me fazendo perguntas. Esqueci de colocar de novo.

Encarei ela com os olhos semicerrados e Babi sorriu sapeca pegando o anel dentro da bolsa colocando de volta em seu dedo.
— Desculpa lindo.
— É melhor essa aliança não sair mais do seu dedo, a não ser que seja pra trocar por outra.

Babi me encarou sorrindo debochada e pensei no melhor jeito de castigá-la por tanta rebeldia. Quando estivermos sozinhos mais tarde, ela não me escapa.

Conversamos mais um pouco e ela disse que seus pais insistiam que eu ficasse no apartamento deles enquanto estivéssemos na cidade, eu lhe garanti que estava tudo bem e iria pra lá sim. Sempre quis conhecer os pais dela e estou feliz que eles se acertaram.

Saímos do quarto depois de mais alguns beijos. Minha marrentinha levou esporros de todo mundo, mas foi acolhida logo em seguida e pediu desculpas a todos.

Lisiane queria que a gente almoçasse aqui, mas Babi disse que sua mãe estava preparando algo especial e prometeu que viríamos outro dia. Eu arrumei minha mala e ela pediu um Uber para irmos até o apartamento dos seus pais.

Fiquei olhando pra ela, admirando seus traços enquanto o carro rodava pela cidade.
— Eu amo você demais... — sussurrei a abraçando e beijando seu pescoço.
— Eu também te amo meu marrentinho.

Todo o meu estresse e a minha preocupação sumiram como em um passe de mágica, bastava estar tudo bem entre nós e ter ela comigo.
— Você disse mais cedo lá na casa da minha madrinha que vocês descobriram que eu vinha pra cá. — Babi disse me olhando e fiz um carinho em seu rosto perfeito. — Como descobriram isso? Eu não usei nenhum dos meus cartões pra tentar evitar isso.
— Eu não sei linda, foi Pedri quem descobriu.
— Mas como? — ela indagou surpresa e dei risada.
— Parece que ele conhece um cara que faz alguns servicinhos não tão corretos assim.

Babi me encarava piscando os olhos várias vezes. Eu também fiquei surpreso quando descobri a um tempo atrás que meu amigo conhecia gente que mexe com essas paradas. Espero não precisar desse tipo "serviço" em algum momento.

O Uber nos deixou em frente ao prédio e coloquei óculos escuros antes de descer. Entramos e fomos direto para o elevador.
— Faz tempo que eles moram aqui? — perguntei interessado. Eu queria saber tudo sobre ela.

O prédio era de classe média alta e eu sabia que seus pais tinham bons empregos. Seu pai era contador e sua mãe secretária em um escritório de advocacia, e ficaram super orgulhosos quando a filha começou a faculdade de Arquitetura. Espero que ainda se sintam assim em relação a ela.
— Faz sim, nos mudamos pra cá quando eu ainda tava no sexto ano. Meu pai ficou muito feliz quando conseguiu comprar o apartamento.
— Eu imagino.

Babi apertou o botão do décimo oitavo andar e eu abracei sua cintura enquanto subíamos.
— Como eu já tinha falado antes, eu fico muito feliz que vocês tenham se acertado. Sei o quanto você ficava mal por estar brigada com eles.
— Me fazia muita falta o carinho e o amor deles. Mas isso ficou no passado.

Assenti beijando seus lábios. Minha prioridade era fazê-la ficar bem, e só isso.

O elevador parou e nós saímos. Babi digitou o código na fechadura eletrônica e eu me senti subitamente nervoso por conhecer seus pais.
— Mãe, pai, chegamos.

Ouvi vozes e seus pais apareceram sorridentes, o que me deixou um pouco mais calmo.
— Fico muito feliz que vocês tenham se acertado. — a mãe dela disse com uma expressão alegre e era impressionante o quanto elas eram parecidas.

Eu já tinha visto por foto, mas assim pessoalmente era ainda mais incrível. Elas poderiam ser irmãs.
— Amor esses são os meus pais, Marina e Eduardo. Gente, esse é o Gavi, meu namorado.
— Olá querido, é um prazer conhecê-lo. — Marina disse gentil vindo me abraçar.
— O prazer é meu.
— Olá Gavi, pode me chamar só de Edu. Fique à vontade, você está em casa.
— Obrigado. — eu e seu pai também trocamos um abraço rápido.
— Filha ajude o Gavi a levar a mala para o quarto, o almoço está pronto e estávamos esperando vocês.
— Ok, vem amor.

O apartamento era bem bonito e aconchegante. Uma decoração simples, mas elegante e cheia de personalidade. Imagino que a mãe dela tenha feito tudo.

Entramos em seu quarto e prendi o riso.
— Rosa? — questionei e ela deu risada.

Eu sabia que ela gostava da cor rosa, mas não assim exageradamente.
— Se eu tivesse continuado aqui, teria mudado tudo. — Babi disse sentando na cama de casal e me sentei ao seu lado. — Esse quarto pertencia a uma garota que acreditava em contos de fadas.
— Não acredita mais? Em príncipes, castelos?
— Não.
— Poxa, e eu aqui achando que você me considerava seu príncipe.

Babi deu risada e eu acabei rindo também.
— Você é meu príncipe sim amor, mas sem ilusões e fantasias.
— Gosto disso.
— Gosta é? — ela perguntou em um sussurro me abraçando e eu assenti beijando seus lábios.

Babi passava as unhas arranhando minha nuca me deixando arrepiado e fazendo o sangue correr mais rápido em minhas veias.
— Linda... — sussurrei de encontro aos seus lábios.

Babi continuava me beijando daquele jeito que me deixava louco. Estávamos a algum tempo sem sexo e ela não estava me ajudando em manter o controle.
— Linda... é melhor não fazer isso...

Ela me beijou mais algumas vezes e se afastou me olhando com aquele sorriso maravilhoso.
— Você gosta de me ver perdendo o controle.
— Só um pouquinho. — ela fez o gesto típico com a mão quando queremos expressar algo muito pequeno enquanto ainda dava risada.
— Melhor a gente se comportar, estamos na casa dos seus pais. — falei levantando da cama e ela riu mais ainda.
— Pablo Gavi querendo ser um rapaz comportado.
— Engraçadinha. Você sabe que eu sou um rapaz muito sério e comportado.

Babi levantou e veio até mim, sem deixar de me encarar.
— Eu sei lindo. — ela sussurrou colocando as mãos em meus ombros e abracei sua cintura apertando de leve. — Mas eu adoro quando te faço perder o controle.

Antes que eu pudesse responder algo, uma batida na porta nos assustou e logo em seguida a mãe dela abriu a porta e nos afastamos um pouco.
— Com licença meus amores, o almoço está servido.
— A gente já vai mãe.

Marina sorriu antes de se afastar e trocamos um olhar divertido e mais um beijo.
— Eu espero que você goste de Arroz Carreteiro.
— O que é isso? — perguntei quando saímos do quarto de mãos dadas.
— É um prato típico aqui do sul. A gente mistura arroz com carne salgada e mais alguns ingredientes a gosto. É uma delícia e uma das comidas que eu mais gosto.
— Tô ansioso pra provar, sempre vejo elogios excelentes sobre a culinária brasileira.

Babi me levou até a cozinha onde seus pais já estavam.
— Gavi querido sente-se, eu sirvo você. — Marina disse gentil.
— Obrigado. — agradeci enquanto puxava a cadeira e sentava.

O cheiro da comida estava uma delícia. Babi explicava mais sobre o prato que surgiu há muito tempo como uma forma de refeição rápida e que também durasse mais tempo, já que a carne salgada é mais resistente.

Misturado com o arroz tinha bacon e alguns legumes. De acompanhamento, Marina preparou uma costela assada que tava com uma cara muito boa.

Provei um pedacinho de uma iguaria conhecida como queijo coalho que também era acompanhamento.
— Gostou? — Babi perguntou se servindo e eu peguei mais um pedaço.

Aquele tipo de queijo acabou de se tornar minha comida brasileira favorita, junto com ambrosia é claro.
— Sensacional! Cara, isso é muito bom.

Babi e os pais deram risada.

Provei um pouco do arroz e também achei muito gostoso.

O almoço foi perfeito. Marina e Edu faziam de tudo para que eu me sentisse em casa, contando histórias divertidas e querendo saber sobre mim também. Felizmente eles não perguntaram muito sobre a minha família e eu imagino que isso se deva ao fato de Babi ter contado o que minha mãe fez.

Após a refeição, eu me ofereci para lavar a louça e Marina tentou recusar, mas eu insisti. Enquanto eu lavava, Babi secava e guardava.

Edu estava no escritório resolvendo coisas do trabalho e Marina conversava com a gente até que seu telefone tocou e ela foi atender, era uma colega do seu trabalho querendo algumas informações.
— Eu fico tão feliz que meus pais te receberam bem. — Babi comentou e sorri pra ela.

É uma pena que nem toda a minha família tenha feito o mesmo por você. Acrescentei mentalmente.
— Falando em família, eu acho bom você ligar pra Aurora. Minha irmã tá surtando.
— Você avisou pra ela que está comigo? — ela perguntou indo guardar alguns utensílios na parte de cima do armário.
— Eu não.
— Gavi! — Babi me olhou incrédula e eu dei risada.
— O quê?
— Podia pelo menos ter mandado uma mensagem pra ela, para acalmá-la.
— Eu não, você que sumiu, agora se explica pra galera.

Ela me encarou balançando a cabeça em negação.
— Termina aí engraçadinho, eu vou ligar pra minha cunhadinha.

Mandei um beijo pra ela que rolou os olhos antes de virar as costas e sair da cozinha.

Terminei de lavar os dois itens que faltavam e deixei a pia limpa. Quando estava secando as mãos, o pai dela entrou na cozinha.
— Um excelente jogador, um rapaz muito educado e ainda lava a louça do almoço. — Edu comentou me encarando e dei de ombros.
— Eu sou multitarefas. — falei simplesmente e ele riu.
— Sabe Gavi, quando a Babi me disse que você era o namorado dela, eu confesso que fiquei preocupado. Afinal você é um cara rico, famoso, tá cheio de mulher atrás de você.

Isso não é uma mentira. Impossível contar o tanto de mensagens que recebo nas minhas redes sociais todos os dias, tive até que desativar algumas.
— Eu amo a Babi. — afirmei sustentando o seu olhar.
— Eu sei.

Edu puxou uma das cadeiras e se sentou, eu fiz o mesmo sentando de frente pra ele.
— Eu cometi um erro com a minha filha quando me meti na vida dela e exigi que fizesse as coisas da forma que eu queria, só eu sei o quanto me custou. Jurei que se tivéssemos uma nova oportunidade, eu nunca mais faria isso e estou cumprindo.

Ele me parecia ser bem sincero.
— Eu sabia que aquele moleque não gostava dela e nunca levaria nada a sério, mas eu agi do jeito errado. Então dessa vez eu decidi fazer diferente. Ao invés de confrontar a minha filha, eu fiquei ao lado dela e quis trazer você pra perto de mim, conhecê-lo melhor.

Tenho que admitir, ele foi muito esperto. É o tipo de coisa que eu também faria.
— Então, qual o seu julgamento sobre mim? — indaguei arqueando uma sobrancelha.
— Eu fiquei bastante surpreso quando a Babi me contou que você queria assumir o bebê, não é todo mundo que toma uma atitude assim. Você está indo bem e eu gostei muito de conhecê-lo. Posso confiar em você para cuidar do meu maior tesouro?
— É claro que pode, tem a minha palavra. Eu amo a Babi demais e quero me casar com ela. Ainda não assumimos nosso namoro porque ela queria paz e sossego durante a gravidez e eu respeitava demais isso. Agora nós vamos conversar e resolver nossa situação, quero assumir algo mais sério com ela o quanto antes.

Edu sorriu satisfeito e tive certeza de que havia conquistado de vez sua confiança.
— Ela me disse que vocês realmente mantiveram segredo por conta da gravidez. Eu fico em paz ouvindo tudo isso, mais do que você pode imaginar. Bem-vindo a família Gavi.

Edu levantou estendendo a mão para mim e eu fiz o mesmo, aceitando seu cumprimento.
— Obrigado, isso significa muito pra mim.
— Eu imagino. Em relação a sua mãe, como pretende agir?

Soltei um suspiro, ainda me incomodava falar sobre aquilo.
— Não pretendo fazer nada, minha mãe fez uma escolha. Agora ela tem que arcar com as consequências dessa escolha. Babi é a mulher que eu amo, a pessoa que escolhi pra compartilhar minha vida, se ela não pode aceitar isso, é problema dela. Meu pai e minha irmã não tem o mesmo pensamento e adoram a Babi.
— Está certo, não discordo de você e é ótimo saber que seu pai e sua irmã gostam dela. Só te peço que mantenha sua mãe longe da minha filha, ela não precisa ouvir essas coisas. Minha menina já sofreu demais.
— Concordo plenamente. Não se preocupe, vou mantê-la longe do ódio e rancor da minha mãe.

Custe o que custar. Acrescentei mentalmente.

Após a nossa conversa, Edu voltou para o escritório e eu fui até o quarto. Babi estava deitada de bruços na cama e ainda falava ao telefone com a minha irmã. Aurora as vezes é folgada e sem noção.



Terminei de arrumar meu cabelo e fiquei olhando pelo espelho enquanto Gavi se vestia. Aquele corpo sarado era a minha perdição...

Ele percebeu que eu o olhava e sorriu.
— Gostando do que vê?
— Gostando demais.

Ele sorriu de novo enquanto vestia a camisa preta de mangas compridas. Eu optei por um vestido longo preto de veludo e um xale de tricô. Lá fora fazia bastante frio, mas o aquecedor estava ligado no máximo aqui dentro.
— Se a gente for ficar muito tempo aqui, eu preciso fazer compras. Trouxe pouca coisa.

Meu olhar foi até a parte do meu guarda-roupa que cedi para ele.
— Você quer ficar quanto tempo? — perguntei indo até ele e o abraçando.

Gavi colocou as mãos em minha cintura e beijou meu pescoço.
— O tempo que você quiser linda. Eu só volto aos treinos no próximo mês para a temporada de amistosos nos Estados Unidos.
— Ótimo. Que tal se a gente ficasse umas duas semanas aqui até eu resolver toda a burocracia da minha transferência de curso para Barcelona e depois voltamos para a Espanha? E aí podemos viajar pra alguma cidade praiana e aproveitar o restinho das férias.
— Eu acho ótimo linda. — ele sussurrou antes de me beijar.

Essa noite nós combinamos de descansar. Afinal, depois dos últimos acontecimentos meus amigos precisavam de descanso após cruzar o oceano pra vir atrás de mim. Eu e Gavi iríamos jantar com os meus pais, assistir alguma coisa e depois dormir.

Para o jantar, minha mãe preparou a sua famosa Polenta com carne moída que estava uma delícia e Gavi adorou. O clima foi ótimo, rimos e conversamos muito. E aquilo me fazia muito bem, estar próxima dos meus pais novamente e ter meu marrentinho comigo.

Após o jantar nossa sobremesa foi ambrosia, que Gavi claro, adorou. Ficamos conversando um pouco na sala e depois fomos deitar, eu tinha dormido bastante, mas ele estava cansado por não ter conseguido relaxar desde que soube que eu tinha sumido de Barcelona.
— Olha, eu tô completamente apaixonado pela culinária brasileira, até agora o que eu já provei estava perfeito. — Gavi comentou quando entramos no quarto.

Ele sentou na cama para tirar os tênis enquanto eu fechava a porta.
— Você deu muita sorte, minha mãe é uma excelente cozinheira. Durante a semana eles estão em seus trabalhos, mas aos finais de semana e feriados, ela sempre fazia questão de cozinhar pra gente. E acho que ainda é assim.
— Já tô ansioso pra provar essas delícias.

Fiquei observando seu lindo rosto. Gavi estava feliz e deixava transparecer isso, seus olhos brilhavam e sempre tinha um sorriso nos lábios.
— Se você quiser, podemos ir almoçar em restaurantes de comidas típicas de outras regiões do Brasi. — sugeri indo sentar ao seu lado. — Eu particularmente amo a comida do nordeste.
— Adorei essa ideia linda, podemos fazer isso sim.

Meus dedos correram por seus cabelos macios que estavam um pouco maiores.
— Durante o jantar eu percebi aquelas coisas que meu pai disse, vocês conversaram hoje a tarde?
— Conversamos sim, quando você veio ligar pra Aurora.
— Espero que ele não tenha pegado muito no seu pé. — falei um pouco receosa, mas Gavi sorriu beijando meus lábios de leve.
— Não, pelo contrário. Tivemos uma ótima conversa amor, não se preocupe. Seu pai é um cara legal, gosto dele.

Fico aliviada ouvindo isso, não nego.
— Em relação a isso, eu expliquei pra ele os motivos sobre a gente manter nosso relacionamento oculto, ele até disse que você também já tinha falado sobre isso.

Assenti esperando que ele continuasse.
— O motivo que nós tínhamos... ele...

Gavi me encarou receoso em como tocar no assunto.
— Não tem mais um motivo. — completei sua frase desviando meu olhar, mas ele segurou em meu queixo delicadamente me fazendo encará-lo novamente.
— Eu sei o quanto dói falar sobre isso linda, desculpa.
— Tá tudo bem. Continua o que você tava falando.
— Então, nós não temos mais um motivo pra manter nosso relacionamento oculto do mundo.

Encarei Gavi surpresa entendendo onde ele queria chegar.
— Você quer assumir pra todo mundo que estamos juntos? É isso?
— Linda, eu sei que no começo vai ser difícil, a imprensa vai ficar atrás da gente. Tem a turma que vai tacar hater em nós dois, em você principalmente e...

Gavi falava sem parar e acabei rindo.
— Amor, hei, calma, respira.

Ele parou de falar respirando fundo.
— É isso que você quer? Assumir para o mundo?
— Sim, quero demais. Quero sair com você de mãos dadas pelas ruas sem me preocupar, quero viajar nas nossas férias, conhecer o mundo ao seu lado, quero você nos jogos usando a minha camisa pra todo mundo ver e torcendo por mim. — ele fez uma pausa pra respirar. — E principalmente, quero que o mundo saiba o quanto eu te amo e o quanto eu sou feliz por ter você na minha vida Babi.

Eu não sabia nem o que falar depois de uma declaração dessa!
— Uau! — exclamei rindo e emocionada, e ele deu risada também. — Você definitivamente sabe como se declarar Pablo Gavi!

Sequei meus olhos marejados com um lencinho de papel.
— Você me deixa inspirado linda. — ele disse com uma carinha tão apaixonada que me fez derreter de tanto amor.
— Eu consigo lidar com o assédio da mídia, com os haters que vão aparecer, consigo lidar com tudo isso. Desde que eu tenha você comigo.
— Isso você já tem cariño, sempre teve. Eu sempre fui seu.

Eu simplesmente amo quando ele me chama de cariño, com aquele sotaque extremamente sexy e charmoso.
Te amo mi amor. — falei em espanhol e ele sorriu apaixonado antes de me beijar.

Os beijos foram ficando mais quentes, um querendo arrancar uma resposta do outro. Gavi enlaçou minha cintura me puxando para mais perto dele e minhas mãos foram para a sua nuca, onde era um dos seus pontos fracos. Arranhei de leve ouvindo com prazer seu gemido de encontro a minha boca.

Meu corpo esquentava quase em um estado febril desejando ardentemente por ele, pelo seu toque, suas carícias. Pelo prazer que somente ele poderia me dar.
— Linda... — Gavi murmurou entre os beijos e se afastou um pouco para me olhar. Sua respiração estava ofegante como a minha.

Seus olhos estavam vidrados de desejo, o desejo que ele sentia por mim. Assim como eu também ardia de desejo por ele.
— Eu não quero apressar você... — disse sem deixar de me olhar enquanto seu polegar roçava em meus lábios.

Eu apenas sorri e beijei seus lábios antes de me levantar. Gavi seguia todos os meus movimentos com o olhar.

Dei alguns passos até a porta para trancá-la a chave e quando me virei, ele já estava sorrindo igual a uma criança que ganha um doce.

Enquanto voltava para a cama, fui abrindo e tirando meu vestido, revelando a lingerie de renda negra. Gavi me olhou de cima a baixo e me senti ansiosa com aquele olhar que parecia querer me devorar.

Ele não perdeu tempo e tirou a calça e a camisa, ficando somente com a boxer branca que o deixava ainda mais gostoso. Sentei em seu colo com uma perna de cada lado e suas mãos me enlaçaram.

Seu pau roçou em mim e nós dois soltamos gemidos ao mesmo tempo.
— Melhor gemer baixinho linda... — Gavi sussurrou em meu ouvido dando uma mordida de leve enquanto apertava minha bunda de encontro ao seu corpo. — A gente não quer seus pais batendo na porta do quarto.
— Não, não queremos... — sussurrei quase gemendo sentindo os beijos e mordidas em meu pescoço.

Suas mãos tocaram em minha cintura e foram subindo pelas minhas costas até chegar ao fecho do sutiã. A peça foi removida e Gavi não perdeu tempo em acariciar meus seios com as mãos e a boca.

Meu corpo vibrava enquanto ele beijava minha pele, seu toque era gentil e carinhoso, mas firme. Meus dedos entraram em seus cabelos querendo que ele continuasse me tocando daquela forma.

Gavi foi deixando uma trilha de beijos até chegar ao meu pescoço onde ele deu uma mordida com vontade. Aquilo deixaria marca.

Rebolei em seu colo sentindo seu pau duro me deixando excitada pra caralho.
— Porra Babi... — Gavi gemeu segurando meus quadris com força e apertando de encontro a ele.

Ainda me segurando, ele virou me jogando em cima da cama e deixei escapar um gritinho surpreso. Gavi sorriu safado e veio por cima de mim, beijando meu abdômen, o vale entre os meus seios, subindo para a minha boca.

Enlacei sua cintura puxando-o para mim, querendo sentir seu pau roçando entre as minhas pernas. Gavi enroscou os dedos em minha calcinha puxando a peça e eu ergui o corpo para ajudá-lo.
— Linda... — ele se afastou me encarando. — Você tá tomando remédio?

Pisquei algumas vezes até me dar conta do que ele tava falando.
— Eu tava tomando, mas... — forcei minha mente a funcionar. — Acho que tem uns dois dias que eu não tomo.

Gavi gemeu frustrado e ergui o corpo me apoiando nos cotovelos.
— Você não tem camisinha? — perguntei observando seu lindo rosto, os cabelos suados caindo na testa. Gavi não era só gostoso, ele era irresistível.
— Não, eu parei de me preocupar com isso depois que ficamos juntos.

Essa é uma daquelas frases que você fica feliz e triste ao mesmo tempo por escutar.

Ele deitou ao meu lado ainda respirando ofegante e meu olhar correu por toda aquela tentação, me demorando mais no seu membro completamente duro visível através do tecido claro.

Era nítido o quanto ele estava chateado.
— Amor, a gente não precisa necessariamente transar pra sentir prazer.

Gavi me encarou e corri as pontas dos dedos pela pele da sua coxa, observando atentamente suas reações.

Meus dedos se aproximavam perigosamente do seu membro e em seu olhar ansioso eu via o quanto ele queria que eu o tocasse. Apertei com vontade e Gavi gemeu mordendo o lábio inferior tentando se controlar.

Beijei seus lábios enquanto montava nele e passei as unhas pelo seu peito.
— Que tal se fizermos assim? — sugeri baixinho em seu ouvido enquanto me movia roçando em seu membro.

Gavi sorriu safado segurando meus quadris me forçando a me mover mais rápido.

Aquilo era muito bom e da forma como nós dois estávamos sedentos, não demorou para que os primeiros sinais de um orgasmo incrível se manifestassem.

Nos movíamos juntos em uma sincronia perfeita. Aquela sensação gostosa foi tomando conta de mim, minhas pernas tremiam e percebi que Gavi não estava tão diferente. Ele estava suado e vermelho, suas mãos ainda segurando meus quadris.

Em um movimento rápido, suas mãos me puxaram, me jogando embaixo do seu corpo. Gavi continuou roçando em mim e cravei as unhas em suas costas com força.

O prazer veio como uma onda revolta levando tudo e eu não consegui controlar os gemidos que ressoavam dentro de mim. Gavi também gozou estremecendo de prazer e colou os lábios aos meus evitando que nós dois fizéssemos barulho demais.

Meu corpo ainda tremia enquanto trocávamos um beijo calmo e romântico.
— Sempre gostei do seus gemidos linda... — ele sussurrou de encontro a minha boca.

Enlacei seus quadris com as minhas pernas puxando-o pra mais perto de mim.
— Amanhã você vai começar a tomar esse remédio certinho, eu vou ficar no seu pé. — Gavi disse divertido me fazendo rir.
— Acho bom providenciar camisinhas lindo.

Ele me encarou confuso e beijei seus lábios de leve.
— Só depois de uma semana tomando o remédio certinho é que estaremos liberados.

Gavi fez uma careta de quem estava sofrendo me fazendo gargalhar com vontade. Eu amava demais esse marrentinho. 

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