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Capítulo Dezoito

Hola culés! Consegui voltar mais cedo ❤💙

Sem mtos comentários, boa leitura.

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Desembarcamos em Barcelona bem cedo por conta dos treinos de Sira. Ela já foi direto para o centro de equitação e Javi tinha vindo buscar a namorada, eu peguei uma carona com eles.

Estava morrendo de sono por ter levantado cedo e ido dormir bem tarde após ficar conversando com Gavi. Confesso que ele me surpreendeu bastante ontem durante a nossa "conversa quente".

Rapha foi para o treino de recuperação, Taia para a academia e eu aproveitei para tomar um banho quente e me jogar na cama. Respondi a mensagem que Gavi tinha mandado perguntando se eu já tinha chegado e deitei na cama apagando imediatamente.

Eu dormi boa parte do dia e quando acordei já eram quase duas da tarde. A casa estava silenciosa, Taia devia estar na cozinha.

Levantei me espreguiçando e fui para o banheiro ajeitando meus cabelos em um coque, lavei também meu rosto. Abri a porta do quarto saindo para o corredor e ouvi o barulho da TV ligada, parecia ser um filme ou série de ação, a julgar pelo som de tiros e batidas.

Desci a escada devagar e fiquei surpresa ao ver Gavi sentado confortavelmente no sofá, encarando a TV e com uma vasilha cheia de pipoca no colo. Ele percebeu minha presença e me olhou de um jeito intenso. E só aí eu me lembrei das nossas conversas de ontem e tenho quase cem por cento de certeza de que ele também estava se lembrando.
— Cadê a Taia e o meu irmão? — perguntei terminando de descer a escada e me aproximando. Thor veio ao meu encontro.
— Eles saíram tem um tempo. Saiu a convocação para o amistoso da seleção brasileira e ele não foi relacionado.
— Sério? Poxa, ele deve ter ficado mal.
— Um pouco, Taia levou ele pra dar uma volta, espairecer.
— Espero que ele consiga. — sentei ao lado do marrentinho que não desviava o olhar de mim. — E você, tá aqui a muito tempo?
— Cheguei junto com ele do treino de recuperação, Taia disse que você tava dormindo então esperei que acordasse.
— Hum. Eu tô com fome, ainda não almocei, quer comer algo mais forte que essa pipoca aí? — perguntei divertida fazendo menção de levantar, mas ele segurou meu braço.

O olhar de Gavi era predatório e tive certeza de que naquele momento ele não queria aquele tipo de comida.
— Se eu fosse você não me perguntaria isso linda. — Gavi disse baixo, o aperto em meu braço afrouxando e se tornando uma carícia gostosa. — Eu não esqueci aquelas mensagens.

Meu coração disparou feito um louco e senti como se meu estômago estivesse povoado por milhares de borboletas.
— Eu também não esqueci marrentinho. — falei sustentando seu olhar e passando a ponta da língua pelos meus lábios, gesto que atraiu a atenção dele.
— Você é a minha perdição Babi... — Gavi sussurrou antes de me beijar.

Deixei que ele controlasse o beijo e o puxei para mim pela gola da camisa. Gavi não ofereceu resistência e inclinou o corpo sobre o meu, as mãos segurando minha cintura e apertando.

Os beijos iam ficando cada vez mais quentes, um querendo arrancar uma resposta do outro. Gavi apoiava o peso do corpo segurando no sofá e eu sorri de encontro a sua boca o puxando de vez colando nossos corpos. Ele sorriu surpreso voltando a me beijar.

Minhas mãos entraram por baixo da sua camisa arranhando a pele das suas costas.
— Desculpa! — pedi baixinho e ele me olhou, enquanto sua mão segurava meu rosto com extremo carinho.
— Pelo quê? — Gavi perguntou no mesmo tom com a voz rouca, uma delícia de ouvir.
— Vai ficar marca nas suas costas.
— Não me importo nenhum pouco linda... — ele sussurrou capturando meus lábios de novo.

Os latidos do cachorro chamaram nossa atenção e interrompemos o beijo olhando para Thor que latia e pulava perto da porta.
— Taia e Rapha chegaram! — falei e Gavi me encarou.
— Sério?!
— Ele sempre fica assim quando os donos chegam.
— Puta merda! — Gavi se afastou visivelmente nervoso passando a mão por entre os cabelos.
— Vem, vamo pra cozinha!

Puxei-o pela mão e corremos até o outro cômodo. Tentei ajeitar meus cabelos e ele fez o mesmo, só de olhar pra nós dois já dava pra imaginar o que estávamos fazendo.
— É melhor você sentar. — falei apontando para a parte de baixo do corpo dele que olhou para si mesmo.

Gavi ficou um pouco envergonhado pois seu membro excitado estava bem visível. Ele sorriu de leve e sentou.

Fui até a geladeira dando uma olhada se Taia havia deixado algo já pronto.
— Babi! — ouvi ela me chamando.
— Na cozinha! — gritei de volta e os dois não demoraram a aparecer.
— Tá comendo agora criatura?

Me virei e sorri para os dois.
— Eu acordei agora.

Taia balançou a cabeça em negação enquanto meu irmão estava encostado ao batente. Eu fui lhe dar um abraço.
— Hei, não fica assim, outras oportunidades virão e você sabe disso.
— Valeu mana. — Rapha me abraçou apertado e me deu um beijo na testa. — Eu vou subir um pouco.

Meu irmão tá chateado pra valer. Não gosto de vê-lo assim.
— Na maioria das vezes não ser convocado não quer dizer que você não serve para estar na seleção, acho que o treinador só está testando outras opções. Até porque eles têm um monte de jogadores à disposição e quer ver como todos eles poderiam se sair em confrontos futuros.
— Eu disse isso a ele Gavi. — Taia comentou. — Mas o Rapha se cobra demais e isso pesa muito. Eu vou lá ficar com ele, qualquer coisa vocês me chamem. Tem lasanha do almoço Babi, tá na Tupperware preta.
— Tá bom.

Fiquei observando enquanto ela saía da cozinha.
— Odeio ver meu irmão assim.
— Eu imagino. Mas eu acho que ele não perdeu a vaga na seleção, foi como eu disse, o treinador tá testando opções. Rapha jogou na copa, ele foi bem, não teria por que ficar de fora.
— Tomara que você esteja certo. Ele tinha a opção de jogar pela seleção italiana já que tem dupla cidadania, mas optou pelo Brasil. Não quero que ele se arrependa.
— Hei linda, calma. — Gavi levantou vindo me abraçar. — Vai dar tudo certo.

Assenti abraçando seu pescoço e beijando seus lábios de leve.
— Então a família de vocês tem origem italiana? — ele perguntou e assenti de novo.
— Sim, nossos avós vieram da Itália bem novinhos com os pais. A nonna veio de Gênova e o nonno de Livorno. Eles foram pra Minas Gerais primeiro, um outro estado brasileiro.

Gavi assentiu interessado na história.
— Se conheceram, casaram e foram para o sul onde tinham muitas colônias italianas, lá eles tiveram e criaram os filhos.
— Que história bacana Babi, muito legal.
— Obrigada lindo. — sorri beijando seus lábios.
— Você também tem dupla cidadania?
— Não, nunca solicitei.

Gavi pensou um pouco e brinquei com os fios de cabelo que caíam em sua testa.
— Babi eu pensei em uma coisa, será que o fato de você poder ter a cidadania italiana não te ajuda de alguma forma com a Autorização de Residência Permanente aqui na Espanha? Você já seria uma cidadã europeia só por ter cidadania em um país europeu.

Encarei Gavi completamente chocada. Como eu não havia pensado nisso antes?!
— Você tem toda razão, eu praticamente posso ser uma cidadã europeia e não tinha me tocado disso. Vou entrar em contato com o consulado italiano e solicitar minha dupla cidadania. Obrigada lindo por me fazer perceber o que estava bem diante do meu nariz. — brinquei e demos risada.
— Disponha linda, tô aqui pra isso.

Trocamos mais alguns beijos e meu estômago começou a dar sinais de que precisava urgentemente de comida.
— Eu preciso comer, já passei do horário. Você quer um pedaço de lasanha?
— Olha, eu vou querer sim. Faz tempo que não como lasanha, aquela dieta que passam pra gente é um saco. — Gavi resmungou vindo atrás de mim.

Dei risada colocando a lasanha pra esquentar e fiz também um pouco de suco de laranja.
— O Araújo te falou que na próxima terça é o aniversário dele? — Gavi perguntou e olhei pra ele negando.
— Não, ele não me disse nada.
— Ele deve ter esquecido. Araújo é avoado pra caralho. Xavi vai dar folga para o time na terça e na quarta, então ele resolveu fazer uma pequena comemoração em casa mesmo.
— Legal, você vai?
— Você quer ir? Se você for eu vou, se não quiser não tem problema, a gente fica em casa.

Encarei o garoto completamente surpresa.
— Que foi? — Gavi indagou com uma expressão confusa.
— Nada não, se você quiser ir a gente vai sim.
— Não linda, a gente vai se você quiser. A vontade é sua.

Sorri assentindo e ele me abraçou por trás.

Acho que a gente acaba se acostumando com pouca coisa e acabamos achando normal quando o outro faz algo que nos desagrada ou entristece. Com Gavi eu estou aprendendo que só devemos aceitar e ter por perto quem nos trata bem, quem nos faz bem, faz questão da nossa presença e não é preciso implorar por nada. Quem realmente gosta faz sem o menor esforço.

Comemos a lasanha e Gavi elogiou várias vezes o prato que foi preparado por Natália. Perguntei se ainda cabia sobremesa e ele sorriu assentindo.
— O que é isso? — ele perguntou quando coloquei o potinho de sobremesa contendo ambrosia em sua frente.
— É um doce brasileiro feito pela nossa avó, ela aprendeu com a cozinheira que trabalhava na casa de seus pais quando moraram em Minas. Ele se chama ambrosia. Prova e me diz o que achou.

Gavi pegou um pouco do doce com a colher pequena e levou à boca. Em questão de segundos sua expressão mudou.
— Cara, isso é muito bom!
— Sabia que você ia gostar. — falei sorrindo e comendo minha porção também.
— Sua avó que manda pra vocês?
— Humhum. Ela faz as compotas que são potinhos de vidro bem fechados e manda pelo correio. Rapha e Taia amam, assim como eu, é a minha sobremesa favorita.
— Acabou de virar a minha também. Na próxima vez que ela mandar, pede um pote pra mim também, sério cara, isso é muito bom.

Dei risada assentindo enquanto observava ele devorando o doce.

...

A partida entre Barcelona e Valência terminou um a zero, o gol foi feito pelo meu irmão e eu gritei muito comemorando. Araújo tomou um cartão vermelho e foi expulso, ele não jogaria o próximo jogo em Bilbao, daqui a uma semana. Gavi e o treinador Xavi que levaram cartão amarelo no jogo passado tiveram que assistir de fora.

Ele tinha vindo com Pedri e eu vi junto com a Taia. Combinamos de nos encontrar no estacionamento privado.
— Vamos? — Taia chamou levantando. — As pessoas já estão começando a sair do estádio.
— Vamos sim, eu só preciso ir ao banheiro antes tirar essa camisa. Me espera rapidinho?
— Claro, eu te espero na porta. Vamos.

Eu tinha vindo usando a camisa do Barcelona com o nome e o número do meu irmão, mas trouxe uma blusa para trocar. A galera combinou de ir para algum lugar após o jogo. Sira não pôde vir assistir à partida porque tinha um almoço importante em família, mas viria nos encontrar.

Eu e Taia descemos as escadas e pegamos os corredores em direção ao estacionamento privativo. Não demorou até que os meninos começassem a aparecer.

Rapha, Pedri, Gavi e Ansu vinham conversando e aquilo me deixou muito feliz, ver que eles tinham se entendido. Isso sem contar que Gavi estava extremamente gato.
— Parabéns amor! — Taia disse indo encontrar o marido e pulando em seu colo fazendo a gente gritar e bater palmas.

Os outros jogadores vieram saindo e começaram a zoar com o casal. Gavi e Pedri vieram até mim, cada um parando de um lado meu. Olhei para os dois que estavam com expressões suspeitas de quem escondia algo.
— O que foi? — perguntei e ambos deram risada.
— Tá preparada? — Gavi perguntou baixinho chegando perto de mim e encarei ele arqueando uma sobrancelha, sem entender nada.
— Pra?
— Assumir que tá comigo.

A forma como ele disse aquilo foi extremamente sexy, ainda mais sorrindo daquele jeito safado e olhando para a minha boca. Não consegui falar nada de tão surpresa que eu estava e lancei um olhar a Pedri que também sorriu.
— Relaxa, a gente já resolveu tudo.

Encarei Gavi de novo, entendendo cada vez menos.
— O que vocês dois aprontaram?
— Depois eu explico cariño. Então, alguma objeção?

Suas mãos tocaram minha cintura e encarei seus lindos olhos castanhos vendo ali carinho, ternura e um desejo que ardia por mim.
— Nenhuma. — neguei baixinho e ele sorriu antes de beijar a minha boca.

Os beijos de Gavi eram deliciosos e me senti como se nós dois estivéssemos em uma bolha longe de tudo.



Babi estava sentada junto com Sira, as duas em uma conversa animada, não sei onde elas arrumam tanto assunto.
— Olha, eu confesso que fiquei surpreso. — Ansu comentou sentando ao meu lado e encarei ele dando um gole na minha cerveja.

Eu tinha armado uma situação com Pedri porque queria muito assumir que tava ficando com a Babi quando saísse todo mundo junto, mas também não queria que meu amigo fosse tachado de corno e eu visto como talarico.

Então, depois que os caras saíram do campo nós fomos todos para o vestiário, conversando e zoando uns com os outros. No meio daquela muvuca, Pedri fingiu receber uma mensagem de uma garota que ele conheceu em uma festa e tá interessado e meio que fez uma comemoração. Eu já tendo armado tudo de antes, perguntei por que a alegria, então ele disse que "a gatinha já tava no papo". Balde e Eric que são dois curiosos perguntaram e ele explicou que tava quase ficando com uma garota aí e Balde bocudo que é perguntou quase gritando se ele não estava ficando com a Babi. É claro que aquilo atraiu a atenção de todo mundo, o que foi bem conveniente.

Enquanto, eu, Rapha e Ferran, que também já sabiam de tudo, tentávamos segurar a risada, Pedri explicou na maior cara de pau que só tava fingindo ficar com Babi pra encobrir nós dois. E acrescentou que quem tava ficando com a Babi era eu, claro que todo mundo me encarou.

Quando chegamos ao estacionamento e eu a vi esperando por nós junto com Natália, não pensei duas vezes em me aproximar e querer beijá-la na frente de toda aquela cambada demonstrando que ela era minha.

Eu fingia que não sabia de nada, mas eu ouvia as gracinhas que rolavam no vestiário e nos treinos, que a irmã do Raphinha era muito gata, muita areia para o caminhãozinho do Pedri. É bom que agora eles já sabem que ela tá com alguém e alguém que não tolera certos comentários.
— Eu já queria ter feito isso, tava só esperando o momento.

As duas garotas sentadas mais afastadas gargalharam de alguma coisa e meu olhar foi atraído novamente, percebi que Ferran fez o mesmo.
— Aí cara... — encarei meu amigo de novo. — Eu nunca quis furar teu olho.
— Relaxa Gavira, eu sei que você não faria isso.
— Acho que eu já gostava da Babi, mas não tinha me dado conta disso.
— Você acha? — Ansu perguntou rindo. — Eu tenho certeza pinscher!

A gente riu e encarei minha marrentinha de novo. Viemos para um pub bem conhecido aqui em Barcelona e também exclusivo, vínhamos pra cá quando queríamos relaxar longe dos olhares do público.

Babi colocou uma música pra tocar em seu celular, eu não reconheci aquele toque, deve ser alguma música brasileira. Ela estendeu as mãos para Sira que se recusou a levantar dando risada.
— Vem garota! Você não queria aprender! — Babi a puxou e as duas riram de novo.

Pedri, Ferran, Eric e Balde que estavam sentados do outro lado da mesa também olharam pra elas.
— Eu não sei Babi! — Sira disse rindo e escondendo o rosto.
— Eu vou fazer e depois você faz, presta atenção.

Babi pegou o celular e voltou para um momento específico da música, imaginei que seria o refrão. Então ela começou a fazer uma coreografia rebolando e tocando no próprio corpo, virando de costas e mexendo os quadris, em seguida virando de frente de novo, os gestos que ela fazia deixavam bem claro do que se tratava a música.

Ela fez de novo toda a coreografia e meu olhar atento captava cada um dos seus movimentos.
— Vai, agora você.
— Não sei se aprendi direito. Faz devagar e eu acompanho. — Sira pediu.

As duas realmente pareciam alheias ao fato de que todos nós admirávamos o momento.

Depois de duas tentativas e sempre repetindo o refrão, Sira conseguiu rebolar tão bem quanto Babi e somente um olhar para Ferran demonstrava o quanto ele estava vidrado vendo a namorada dançando daquela forma provocante.

Elas repetiram tudo de novo e nossa amiga espanhola não errou nenhum passo.
— Consegui! — elas comemoram pulando se abraçando. — Você PRECISA me ensinar mais coreografias brasileiras! São viciantes cara!
— Te falei.

Só então elas olharam pra gente se dando conta.
— Parece que tínhamos uma plateia. — Babi comentou fazendo todo mundo dar risada.

Pedimos mais uma rodada de cerveja, as meninas e Pedri preferindo ficar no refrigerante. Elas vieram sentar com a gente, Sira no colo de Ferran e Babi entre as minhas pernas, eu sentei no encosto do sofá.
— Cadê o Araújo hein? — Sira perguntou. — Ele não disse que vinha?
— Segundo o que ele disse pra gente no vestiário, ia buscar a garota que tava ficando. — Pedri explicou rindo.
— Caralho até o Araújo tá ficando com alguém. — Eric comentou arrancando gargalhadas.
— É amigo, a situação tá feia pra gente. — Balde disse fingindo uma expressão triste. — Babi você não tem mais amigas no Brasil pra apresentar não?
— Pior que não, só tem a Dani, mas o Brasil fica um pouco longe.

Depois de altas risadas, os caras decidiram ir jogar sinuca e nós decidimos ficar no sofá. Assim como Ferran e Sira.

Expliquei pra ela o que tínhamos feito no vestiário para que Pedri não saísse como corno na história e ela gargalhou com vontade.
— Quando penso que vocês dois não conseguem mais me surpreender, vocês vão lá e provam que eu estou errada. Chega a ser genial de tão simples e absurda essa ideia. — Babi disse ainda rindo e tive que concordar com ela.
— Não tinha mais por que todo mundo achar que você tava com o Pedri.
— Humhum, sei. Finge que me engana Pablo Gavi e eu finjo que acredito.

Dei risada puxando ela pra mim e beijando seus lábios.
— Vem cá e aquela coreografia que você tava ensinando pra Sira.
— O que tem?
— Eu fiquei curioso pra entender a letra por conta daquela coreografia.

Babi sorriu maliciosa mordendo o lábio inferior.
— Quer mesmo saber marrentinho? — ela perguntou sussurrando bem pertinho de mim.
— Ah quero, com certeza. — murmurei de volta olhando pra sua boca.
— O refrão dela fala mais ou menos assim. Seu corpo suado e você por cima de mim, quando eu te encontrar vai ser sequência de lovezinho.

Encarei Babi engolindo em seco, vindo na minha mente as fotos extremamente sensuais que ela havia me mandado, e agora estavam em uma pasta trancada no meu celular. Aquelas fotos estavam tirando o meu sono, me deixando doido, mais que o normal. Quase surtando de tesão por ela.
— Você gosta de me torturar. — murmurei inspirando fundo e tentando manter o controle sobre o meu corpo, o que era bem difícil.

Ela sorriu atrevida sem ter ideia do que passava na minha cabeça agora, do quanto eu queria fodê-la até esse desejo louco cessar. Mas eu tinha certeza de que isso seria impossível, tinha certeza absoluta de que o meu desejo não ia acabar ou diminuir quando a tivesse pra mim, pelo contrário. Quanto mais eu a tivesse, mais eu iria desejá-la.

Araújo chegou trazendo a garota com quem ele tava ficando e foi boa a interrupção para fazer meu sangue esfriar, antes que eu fizesse uma bobagem.

Seu nome era Abigail, mas gostava de ser chamada de Abby, ela era natural daqui mesmo e estudava História na Universidade de Barcelona. Eric e Balde observavam surpresos a loira alta, bonita e sorridente ao lado do nosso amigo.

Ficamos mais um pouco no pub e depois fomos embora. Vim o caminho todo tentando convencer Babi a dormir comigo. Claro que eu tinha outras intenções, mas se ela não quisesse, aceitava de boa a sua companhia somente para dormir.
— Vai de novo. — Babi estava tentando ensinar a Pedri a mesma coreografia que tinha ensinado para Sira.

Eles vieram no elevador fazendo isso e aquela música já tava grudando no meu cérebro.
— Eu desisto, como eu já tinha dito antes, não tenho coordenação motora pra isso. — meu amigo disse.
— Você é duro pra dançar, simples assim. — falei me jogando no sofá e ele me olhou de cara feia.
— Você também não sabe dançar.
— Não. — admiti rindo. — Nunca escondi isso.

Ele rolou os olhos colocando as mãos na cintura.
— Tá bom seu chato. Já que a Babi vai dormir aqui, o que os pombinhos acham de a gente assistir um filme?
— Eu topo. — Babi concordou empolgada e eu tive que concordar também, era voto vencido. Gostando ou não eles iam assistir.

Foi todo mundo tomar banho e Pedri ficou encarregado de preparar a pipoca.
— Eu quero uma roupa sua emprestada. — Babi disse quando entramos no quarto e fechei a porta.
— Todo seu. — indiquei o guarda-roupa com as mãos e ela deu risada. — Se você já tivesse trazido algumas peças pra deixar aqui, não precisaria usar as minhas agora. Se bem que eu não me importo nenhum pouco.
— Eu sou espaçosa Gavi, posso acabar tomando todo o espaço do seu guarda-roupa. — ela provocou e eu me aproximei abraçando sua cintura.
— Não me importo linda, pode usar ele todo se você quiser.

Babi sorriu de encontro a minha boca quando a beijei. Minhas mãos nervosas e um pouco atrapalhadas trabalhavam rápido em retirar o casaco que ela usava, me dando acesso a pele exposta dos seus braços, seu pescoço e sua cintura. Seus dedos agarraram os cabelos da minha nuca, as unhas arranhando minha pele me deixando arrepiado.

Com ela era fácil demais perder o controle. Bastava apenas, tocá-la, beijá-la.
— Você tava muito gato hoje, sabia? — Babi sussurrou quando minha boca libertou a sua e olhei pra ela, mergulhando naquele doce olhar que me lembrava o mais puro mel.
— Sério?
— Demais! — ela assentiu sorrindo e voltando a me beijar.

Suas mãos entraram por dentro da camisa de mangas compridas que eu usava, seus dedos se movendo para retirar a peça do meu corpo. Meu coração acelerou feito um louco por imaginar que a gente realmente iria transar. Eu me obriguei a ficar calmo antes que tivesse uma taquicardia e ela percebesse.

Babi despertava algo em mim, como se fosse uma fera enjaulada que somente ela detinha o controle. Os beijos quentes e as carícias enviavam sinais para uma parte bem especifica do meu corpo que já estava totalmente em alerta.

Foi impossível controlar o gemido que saiu pelos meus lábios quando senti suas unhas arranhando com força minhas costas por dentro da camisa. Acabei de descobrir que com ela eu não quero ir rápido assim como as outras vezes em que eu já fiz, apenas para satisfazer a minha vontade e da garota que estava comigo. Com ela eu quero aproveitar, desfrutar cada segundo.

Babi me empurrou gentilmente em direção a cama e caí sentado já tirando minha camisa, enquanto observava ela sorrindo e tirando seus tênis.

Ela se aproximou e a puxei pela cintura em um movimento rápido para que sentasse em meu colo, as pernas uma de cada lado do meu corpo.

Babi soltou um gritinho surpreso e eu a abracei caso ela tentasse se soltar.
— Eu não vou fugir. — ela disse baixinho colocando os cabelos atrás da orelha.
— Não vai mesmo, eu não vou deixar. — sussurrei de volta beijando sua boca.

Babi se remexeu tentando ficar mais confortável e aquilo não foi uma boa ideia. Só de pensar na posição que ela tava, seu corpo colado ao meu, mesmo com a barreira das roupas e me beijando daquele jeito, já era o suficiente pra me deixar em brasa.

Porra eu já tava de pau duro e com uma puta vontade de fazer ela rebolar no meu colo!

Então de repente ela fez justamente isso me pegando completamente de surpresa e me fazendo gemer alto.
— Já tá assim marrentinho? — ela sussurrou me provocando.
— Você me deixa assim cariño!

Babi rebolou de novo e minhas mãos apertaram seus seios e sorri ao ouvir seu gemido gostoso. Se ela continuasse fazendo isso, eu ia acabar gozando e eu não queria que isso acontecesse agora de jeito nenhum. Segurei seus quadris fazendo com que ficasse quieta e ela sorriu voltando a me beijar.

Minhas mãos percorriam suas costas, descendo em direção a cintura e apertei sua bunda como eu já queria ter feito a muito tempo. Ela me abraçou colando o corpo ao meu e acabamos caindo os dois deitados, ela por cima de mim. Sorrimos um para o outro e fiz um carinho em seu rosto, meu olhar totalmente preso ao dela.
— Você é linda demais! — falei baixinho e ela sorriu se aproximando, mas antes que seus lábios tocassem os meus, seu celular começou a tocar.
— Deixa tocar. — pedi ao ver que ela esticou o braço para pegar o aparelho em cima da cama.
— Eu só vou ver quem é.

Beijei seu pescoço e meus braços a enlaçaram ao ver que ela tentava levantar enquanto o aparelho continuava tocando.
— É a Dani. É raro ela ligar, a não ser que seja muito importante. Eu vou atender, vai ser rápido.
— Não precisa levantar pra atender. — argumentei e ela rolou os olhos dando risada e atendendo a ligação da amiga, falando em português.
— Oi Lindinha, tudo bem?

Beijei seu pescoço de novo, uma mão ainda enlaçando sua cintura e a outra novamente apertando sua bunda. Descobri também que gosto muito disso, gosto demais.
— Como assim Daniella?! Para de chorar e me explica essa história direito!

Não entendia nada do que Babi falava, mas percebia pelo tom de voz que era algo bem sério e eu a soltei quando ela tentou levantar. Também conseguia ouvir a voz alterada da amiga do outro lado, porém entendia menos ainda.

Babi andava pelo quarto ainda falando ao telefone e cada vez mais nervosa. Peguei minha camisa que estava jogada em cima da cama e vesti, seja lá o que tenha acontecido com a amiga dela, hoje não ia rolar nada, não tinha mais clima.

Babi encerrou a ligação e veio sentar ao meu lado, seus olhos estavam marejados e eu podia sentir o quanto ela estava angustiada.
— Hei linda, o que aconteceu? — perguntei passando o braço sobre os seus ombros e Babi se aconchegou em mim, ela tremia de nervoso.
— A Dani... ela acabou de me falar... tá chovendo muito forte em Porto Alegre e o teto da faculdade onde ela estuda e eu estudava, desabou...
— Nossa! — agora eu conseguia entender a sua reação alterada. — Alguém se machucou?
— Não, foi hoje e o prédio tava fechado. Mas a Dani me contou que o teto já estava apresentando rachaduras e infiltrações pelo menos a uma semana. Agora já imaginou se isso acontece em um dia de aula? — Babi já estava chorando e seu corpo tremia. — São milhares de pessoas por período entre alunos, professores e funcionários. Meu Deus poderia ter sido uma tragédia Gavi!

Abracei Babi com força entendendo a dimensão do que poderia ter sido se o teto da faculdade tivesse caído em um dia de semana. Conseguindo compreender também a sua aflição, ela conhecia muitas pessoas ali, os via todos os dias por um tempo da sua vida.
— Eu sei linda, eu entendo, mas fica calma. Não aconteceu nada, tá todo mundo bem.

Babi foi se acalmando aos poucos e ela secava o rosto quando Pedri bateu na porta e entrou.
— A pipoca tá p... — ele parou o que estava dizendo ao notar o estado de Babi. — Gavi o que você fez com ela? — ele já perguntou sério entrando no quarto e eu o encarei.
— Nada seu bundão, aconteceu uma parada lá em Porto Alegre.
— Hei morena o que foi? O que aconteceu? — ele perguntou carinhoso sentando do outro lado dela.
— A Dani acabou de ligar me avisando, o teto da faculdade onde ela estuda e eu também estudava caiu por conta da chuva forte na cidade.

Pedri arregalou os olhos chocado e levantou da cama de um salto.
— Ela tá bem?! Se machucou?!
— Não, ela tá bem. Foi hoje, o prédio tava fechado.

Meu amigo respirou aliviado sentando novamente.
— Graças aos céus ela tá bem.
— A gente já tinha feito denúncias ao reitor e também a prefeitura da cidade. Toda vez que chovia, o teto e as paredes davam infiltração. Ninguém se importou, ninguém ligou e muitas vidas poderiam ter acabado por conta dessa negligência. Ainda bem que isso aconteceu em um dia que não tinha ninguém.
— Fica calma Babi, ela tá bem, ninguém se machucou. — Pedri pediu com carinho afagando seu braço.

Eu fiquei preocupado com o seu estado.
— Eu vou pegar uma água com açúcar pra você se acalmar. Não fica nervosa que pode fazer mal ao meu afilhado.

Babi assentiu ainda tremendo de nervoso e Pedri saiu do meu quarto.
— Se você quiser ir pra casa, não tem problema, eu te levo. — falei e ela me olhou negando com a cabeça.
— Não, tá tarde já. Amanhã cedo você me leva.

Sorri concordando e peguei sua mão entre as minhas.
— Vai tomar um banho quente, você vai se sentir melhor. Pega o que quiser no meu guarda-roupa, fique à vontade. Eu também comprei mais algumas coisas pra você, tá lá no banheiro.
— Você não existe Gavi. — ela se aproximou e beijou meus lábios. — Obrigada.
— Eu vou falar com o Pedri, toma seu banho sossegada. E não esquece do que ele disse, não fica nervosa, pode não fazer bem ao bebê.

Babi assentiu e beijei seus lábios antes de caminhar até a porta.

Encontrei meu amigo na cozinha, ele já ia saindo com o copo na mão.
— E a Babi?
— Tá mais calma um pouco, tá tomando banho. Quando ela terminar eu levo a água.

Pedri assentiu e coloquei suco em um copo, tomando um longo gole em seguida.
— Cara, já pensou se tivesse sido em um dia de semana? — Pedri comentou e senti um calafrio só de considerar essa hipótese.
— Nem fala, só consigo pensar na reação da Babi. Ela ficou muito nervosa.
— Ela ainda vai dormir aqui?
— Vai sim. — respondi dando um gole no meu suco. — A gente ainda vai assistir um filme?
— Nem sei, agora tô sem cabeça.
— Acho que Babi também não vai querer.
— Pois é.

Eu só conseguia me lembrar da reação de Babi quando a amiga contou o que aconteceu. Não quero nem pensar nas consequências caso tivesse acontecido uma tragédia. 



Eu não tive cabeça para fazer nada hoje. Gavi veio me trazer em casa e prometeu vir me ver mais tarde.

Conversei com Dani mais cedo e ela me disse que ia saber mais notícias sobre o desabamento do teto da universidade, e depois me ligaria.

Taia foi para a academia e de lá iria direto almoçar com uma amiga, mas me pediu para ligar caso eu precisasse. Eu fiquei de bobeira em casa com Thor me fazendo companhia. Após o almoço fui para o meu quarto e fiquei maratonando episódios de NCIS.

Minutos depois meu telefone tocou e vi que era a Dani.
— Oi amiga. — atendi dando pausa no episódio. — Tudo bem?
Oi amiga, tô mais ou menos. Eu acabei de chegar em casa, fui lá ver a faculdade, ou pelo menos o que restou dela.
— Me conta, foi tão feio o estrago assim?
Não restou nada, o teto inteiro caiu.
— Nossa Dani! — exclamei chocada.
Eu tirei algumas fotos, depois eu te mando.
— Manda sim, por favor. Eu pesquisei na internet mais cedo sobre isso, disseram que vão culpar a administração, é verdade?
Por enquanto é só um rumor, mas acho que vão fazer isso sim. Até porque não é de hoje que o prédio estava em péssimo estado e ninguém fazia nada. Sorte a deles que não machucou ninguém.
— Verdade, mas e vocês alunos, como vão ficar? As aulas tinham acabado de começar praticamente.
Por enquanto, quem quiser sair e ir para outra universidade, eles vão cuidar das transferências, mas aqueles que preferirem ficar, vão ter aulas em EAD por pelo menos um mês. Até decidirem se vão tentar segurar os alunos e alugar algum outro lugar para as semanas de provas e seminários.
— Gente que bagunça, você já decidiu o que fazer amiga?
Não quero sair daqui, os professores são bons, o método de ensino é excelente, isso sem falar na minha turma. Eu amo meu grupo de estudo e seminários. A gente combinou de tentar ficar no EAD por enquanto pra ver se é viável, se não conseguirmos, vamos pedir transferência.
— Tô torcendo pra você conseguir amiga. Por todos os alunos e professores também.
Obrigada Florzinha. Essas duas semanas não vai ter aula, eles vão se reunir com os professores e alguns alunos representantes das turmas, e decidirem as melhores alternativas pra todo mundo. As reformas no prédio começam na próxima semana, depois que tirarem todo o entulho.

Percebi pela voz o quanto Dani estava triste.
— Você vai fazer o que nessas duas semanas amiga?
Tô pensando em ir para o sítio do meu avô espairecer um pouco, ficar longe dessa bagunça.
— Vai mesmo amiga, vai te fazer bem espairecer um pouco.

Conversamos mais um pouco e Dani desligou dizendo que estava com fome e iria procurar o que comer. Eu também iria procurar algo pra beliscar. 

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Gente espero que vcs tenham gostado. Comentários e opiniões deixam essa autora mto feliz e motivam ainda mais 💖

Beijinhos e até o próximo 😘


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