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Capítulo 73 -Us Against the World (Nós contra o Mundo)

Pov Ana

Depois de Teddy sair do hospital, percebi que Christian andava meio estranho. Ele ficava a olhar para mim depois para Teddy, e sorria. Uma noite depois das crianças adormecerem, Christian deita-se junto de mim e fica apenas a olhar para mim. Eu desvio o olhar, mas toda aquela sensação de ser observada como se fosse uma alienígena começava a aborrecer-me. Viro-me de frente para ele e encaro-o.

- Christian, podes parar de me ficar só a...a olhar. Está a ficar meio que esquisito...

- Esquisito...olhar para a minha linda esposa agora é esquisito!? Tudo bem...- e faz menção de se levantar com o maior bico do mundo...

- Podes parar, eu não estou a dizer que é mau, só estou a dizer que é...esquisito.- agora até eu estou a ficar sem saber o quê e como lhe explicar.- Amor, não fiques assim, é que desde que o Teddy voltou do hospital há duas semanas, tens ficado a olhar-me de forma diferente, não sei, parece que me estás a avaliar...

- Avaliar?-...Christian agora tem aquele ar de predador que quando tem a sua presa bem encurralada só está à espera do primeiro passo para atacar a mesma...

- Não é nada disso que estás a pensar Christian...

- É será que tu sabes o que eu estou a pensar...- e começa a beijar-me a testa, os olhos, a ponta do nariz, o pescoço...

- Para Christian, estou a falar a sério... não te sei explicar, mas desde aquele dia...- de repente algo se acende, é isso, Christian continua com a mesma ideia na cabeça...- Não Christian, eu não estou grávida, foi só um sonho do Teddy nada mais.

- Como é que tu tens tanta certeza Ana. Pode não ser...- olha para mim...depois para a minha barriga...- Ana, por favor...amanhã vamos à Greene e tiramos logo essa dúvida.

- Tiramos a tua dúvida Christian, porque eu sei que não estou.- viro costas e deito-me...sinto-o abraçar-te... - Mas só vamos à tarde, tenho uma reunião importante amanhã com o Juiz Clarke.

- Tudo bem senhora advogada...- e assim depois de uma promessa meio que mentira, Christian acabou por adormecer.

A verdade é que também eu tinha ficado com uma pulga atrás da orelha com esse sonho do Teddy. Embora eu e Christian nunca tivéssemos tocado no que Teddy disse, ambos tínhamos perfeita noção que algo naquele suposto sonho era real. Nunca nenhum de nós falou do Gabriel, Malu sabia que eu tinha perdido um bebé, ela lembra-se ainda que vagamente, porém nunca lhe dissemos o seu nome. Então como é que o Teddy sabia que o irmão se chamava Gabriel?

Por isso há precisamente uma semana decidi fazer o exame de gravidez e assim que o teste deu positivo corri ao consultório da Greene que logo me confirmou a mesma. Mas disso o Christian não sabia, eu queria fazer-lhe uma surpresa e ainda estava a pensar em como fazer. Apenas Grace e Malu sabiam e estavam a ajudar-me a arranjar uma forma engraçada de lhe contar. Mas com esta insistência toda, temos que antecipar para o quanto antes. Levanto-me e vou até ao escritório.

- Grace. Desculpe, sei que é tarde, mas não podemos adiar mais. O Christian quer que eu vá com ele à Greene...

- Não é tarde Ana,não te preocupes. Ele está desconfiado?- pergunta a minha sogra.

- Vamos dizer apenas que ele quer ter certeza que foi só um sonho do Teddy. Mas eu acho que ele já reparou que estou de novo a ganhar mais barriga e que...

- Homens...percebem sempre os sinais exteriores primeiro e só depois percebem o restante...

- Bem. Desta vez não há mesmo mais sinais para além dos exteriores. Tem sido um inicio de gravidez bem mais sereno que a dos rapazes.

- Ana estás de 8 semanas, ainda podes vir a ter tudo o que uma mulher grávida sente: enjoos, desejos, dores nos pés...bom mas então o que tens em mente fazemos a sugestão da Malu?

- Eu não acho má...e podemos fazer as coisas parecerem apenas uma comemoração. Depois também já nem temos tempo para pensar em mais nada.

- Tudo bem, amanhã vou comprar tudo e peço ajuda à Gail e à Nora. Depois de almoço vou buscar os meninos e deixo-os em casa da Kate um pouco e venho para casa com a Malu. E tu como vais fazer?

- Eu inventei uma reunião com o Juiz Clarke, bem não inventei...só alterei a hora. Mas acho que me consigo safar.

Depois de tudo combinado volto para o quarto, o meu lindo marido dorme tranquilo sem sonhar o que está para vir. A família vai crescer de novo e eu estou feliz, o mioma não cresceu mais e apesar de ser considerada uma gravidez de risco, Greene já me assegurou que nada vai acontecer e que as minhas meninas vão nascer bem. Enrosco-me em Christian, que logo se agarra a mim e durmo tranquila.

Na manhã seguinte enquanto Christian trata de Tommy, eu ajudo os gémeos. Quando descemos já Nora tem o pequeno almoço preparado e Malu já está sentada a comer.

- Bom Dia mãe.- diz a minha princesa...- Hoje vou para casa da Avó certo?

- Sim Princesa, a Ella também vai lá estar. Meninos vocês os três vão para casa da Tia Kate, ela convidou-vos para passarem a tarde lá em casa com a Eva e o Evan.- claro que os três pulam de alegria a brincadeira iria ser muita...

- Raymond, Theodore e Thomas...- e apenas com isto, Christian com uma voz séria mas calma, consegue que os três se acalmem...- Não quero confusão em casa dos vossos tios. A Tia Kate acabou de ir para casa com a pequena Gracie.

- Sim pai...- respondem os três. Kate e Elliot tiveram Grace, ou Gracie, há umas semanas, e ela é linda e bem calminha...Mas logo vejo Tommy a olhar de mim para o pai, depois desvia o olhar e volta a comer.

- Pai...- é pronto lá vem bomba...- Eu sei que todos dizem que a Gracie é diferente, mas ela é apenas um bebé, o que há de diferente nisso?

Gracie, era a nossa pequena luz, a nossa luta por um mundo melhor, a nossa esperança que um dia com a sua luz ela seja um exemplo. Quando Kate e Elliot souberam que iriam ser pais de novo foi maravilhoso, mas foi no dia em que se descobriram que Gracie seria "especial" foi um choque de início.

Porém, depressa o choque passou e logo toda a família esperava ansiosa por mais uma princesa. É de facto Gracie, que recebeu o nome da avó babada, tornou-se alguém muito especial para a nossa família. E não, não pelo facto de ter mais um cromossoma, mas porque nos uniu ainda mais como família.

A nossa Boneca de Porcelana nasceu com trissomia 21, e era uma criança como qualquer outra. A nós pais, avós, tios, irmãos, primos...a única coisa que podíamos e iríamos fazer era amá-la.

Mas é claro que existe sempre o medo da exclusão, que apesar de todos nós podermos amar aquele bebé como qualquer outro, sabermos que no mundo real as coisas por vezes são um pouco diferentes. Por isso Grace decidiu ter uma conversa com os netos, no entanto para Tommy, fazia-lhe confusão o porquê de todo aquele cuidado, para ele a prima era apenas isso a sua prima bebé.

- Tommy. A Gracie é igual a todos os outros bebés, já te expliquei isso. Mas um dia quando ela crescer ela talvez tenha mais dificuldades que vocês. Já vos disse a vossa prima não é diferente, é especial.

- Papá, eu e o Teddy somos os dois da mesma idade e eu gosto mais de matemática e ele de ler...por isso cada um tem dificuldades diferentes...isso faz-nos ser especiais?

- Não isso apenas vos faz ser diferentes.- digo sentindo que Christian está meio que atrapalhado...- A Gracie é vossa prima, é pequenina e vocês têm que a ensinar a fazer as coisas. Tal como a Malu vos faz a vocês os três.

- Pois, papá...- diz um Tommy, parecendo um mini advogado...- Eu acho que vocês é que a fazem ser diferente...ela é igual a todoooos os outros bebés e pronto.

- Tudo bem, mas aqui o que importa é que não quero confusão em casa da Tia Kate. Perceberam?- pergunta Christian e os três assentem. Acabámos de comer e saímos os seis, Christian levava a Malu para a escola e eu levava os rapazes para a deles.

Pov Christian

Era hoje. Hoje iria tirar esta dúvida da minha cabeça, Ana andava a enrolar-me à demasiado tempo, sempre a dizer que era imaginação minha, que não estava grávida. Eu não conseguia tirar aquele maldito "sonho" que Teddy teve, e cada vez que eu falava disso com ele, mais convencido ficava que podia sim ser real.

Fui trabalhar, mas quem disse que conseguia concentrar-me em alguma coisa. Ross e Luke riam-se de mim, e quando lhes contei que finalmente tinha conseguido convencer Ana a vir ao hospital para uma consulta, apenas gargalharam durante o que me pareceu horas.

- Parece que tu é que estás grávido e não a Ana. Essa ansiedade toda é normal na mãe, na mulher, não nos homens.- diz Ross.

- Até parece. Todos nós ficamos nervosos...só que muitos não demonstramos...é isso...- digo para tentar pelo menos tentar arranjar uma forma menos vergonhosa de admitir que eu estava sim a fazer um papel ridículo.

- Ross, deixa o Chris...cada um de nós tem a sua forma de reagir, e tendo em conta que se a Ana estiver e ainda poderem ter gémeos de novo...bem até eu estaria nervoso.

- Então e tu?- pergunto a Luke...- quando é que tu e a Helena se decidem a ter um filho...

- Nós? Já decidimos, já trabalhamos para isso...se é que me entendem...- e ri-se da própria piada...- e já vem a caminho.- Ficamos a olhar para Luke...como assim a caminho...- A Helena está grávida. 12 semanas hoje.

- E quando é que nos ias contar? E então já sabem o sexo?- pergunta a Ross, batendo em Luke...

- Para Ross, a Helena não quis contar até passar o tempo mais complicado, e sim para tua informação vais ser tia de uma linda menina.

- Parabéns Luke...- digo...- Bom agora vou indo, tenho que ver se ainda aproveito alguma parte da manhã de trabalho.

E saindo da cafetaria, vou para o meu consultório...pode ser que com as consultas eu consiga tirar um pouco do meu nervosismo da consulta da Ana com a Greene. As horas passam quando olho para o relógio já passou da hora da consulta, Greene já me veio perguntar duas vezes se Ana sempre vem hoje. Ligo de novo para Ana, e nada dela me responder. Começo a perder a pouca paciencia que ainda me resta, ela prometeu-me que hoje iríamos tirar todas as dúvidas. Resolvo ligar para a Dona Grace, pode ser que ela saiba alguma coisa e finalmente o telemóvel toca.

- Ana. Diz-me que estás a caminho do hospital, porque caso contrário...

- Christian...estou a caminho de casa da tua mãe. Passou-se alguma coisa, mas a tua mãe não me quis dizer...podes ir lá ter?

- Mas porque é que a minha mãe não me ligou? Eu estou a sair....até já...mas Ana, nem penses que eu me esqueci do que me prometeste ontem, vou levar um teste daqui do hospital, hoje tiramos as dúvidas nem que seja...

- Tudo bem, mas vê se te despachas...até já...- e assim desliga o telemóvel. Agarro nas minhas coisas, passo pela Greene a dizer o que se passa e peço-lhe um teste daqueles de farmácia mesmo. Nem que fosse na marra, mas hoje eu tirava as dúvidas.

Assim que chego a casa da minha mãe, vejo o carro de Ana já estacionado. Quando abro a porta está tudo sossegado, não se ouve nada. Abro a porta e dou de caras com os os meus pais. Estão a segurar um pequeno quadro e quando leio, percebo que não existia nenhuma emergência, porém ainda não percebi muito bem o que se passa. Eles indicam-me por onde seguir, e chego à sala onde está Elliot, Kate e os meus quatro sobrinhos com outro quadro, com outra mensagem. Sigo as indicações que me vão dando e encontro Gail, Nora, Mia e Lu com outro quadro, que me indicam outra direcção onde vejo Paula e Taylor com outra mensagem.

Estou meio perdido, será que hoje é alguma dada especial e eu simplesmente me esqueci. Paula indica-me as escadas para o andar de cima, para os quartos. No início das escadas, está Tommy com um quadro...no topo está Teddy e Ray com outro e à porta do meu quarto onde tudo começou, onde nos unimos pela primeira vez está Malu...que apenas sorri e me faz entrar no quarto.

Quando entro Ana está de costas, e quando se vira também ela tem um pequeno quadro, eu leio o que está escrito umas dezenas de vezes...olho para Ana, e para o quadro. Olho para a porta onde vejo os nossos 4 filhos sorrirem...

- É mesmo verdade...- aproximo-me da minha Rainha...- Elas estão aqui...- Ana assente apenas e sorri...- Tu sabes que eu fiz papel de urso hoje com a Greene, até um teste de gravidez eu lhe pedi.

- Eu sei, ela ligou-me assim que saíste de lá.- abraço Ana...- O Teddy tinha razão, elas estão aqui...lindas e fortes.

- Tens a certeza? Está mesmo tudo bem...- e assim que ela acena a cabeça dizendo que sim, eu não me contenho mais pego em Ana ao colo e giro-a no ar. Malu e o meninos riem e assim que coloco de novo Ana no chão, correm para nos abraçar aos dois.

Família. Amor. Partilha. União. Alegria. Saúde. Tudo isto junto é a única coisa que um homem precisa. O meu passado foi tumultuoso, cheio de altos e baixos mas eu encontrei a minha serenidade em Ana. Passamos por muito: decepções, julgamentos, sofrimentos, perdas...contudo houve algo que nos salvou e nos permitiu deixar o passado e de o reviver no presente, houve algo que nos deu a coragem de viver apenas o presente e esperar por um futuro...o AMOR.

"Porque o Amor é paciente, o Amor é benigno; não é invejoso, não é altivo nem orgulhoso; não é inconveniente, não procura o próprio interesse; não se irrita, não guarda ressentimento; não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."

Isto é o nosso amor, nos faz bem, nos cura um ao outro. Faz parte um do outro...não há Christian sem Ana como não há Ana sem Christian...o amor que sentimos um pelo outro é a essência que nos faz continuar a viver. Assim como o amor que sentimos pelos nossos filhos, porque eles são o fruto dessa nossa união perfeita, mesmo a Malu não sendo filha de sangue de Ana, o amor entre elas é tão forte quanto o de Ana pelos nossos príncipes.

O futuro? O futuro não nos pertence, pertence aos nossos filhos. Eles iram continuar o nosso amor...porque é isso que eles são o fruto do nosso amor, que um dia...espero que muito daqui para a frente...também eles floresceram e darão fruto.

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