Capítulo 60 - You and I (Tu e Eu)
Debora_81 minha Sis....
Parabéns minha linda...que recebas na tua vida tudo o que mais desejas na vida.
Um dia ainda nos vamos conhecer, até porque quero muito conhecer o meu príncipe Diogo. Te Amo💕💕💕💕💕
Pov Grace
Saí de casa bem cedo, para ir buscar a nossa Princesa. Sawyer foi comigo, já que queria estar livre para vir com Malu no banco de trás sem ter que a deixar sozinha. Assim que chegámos ao aeroporto fomos recebidos pelo chefe de segurança do aeroporto e pelo policial que estava com o caso do desaparecimento de Malu. Dirige-me para uma sala, onde me disseram que a minha neta e a oficial viriam ter assim que desembarcassem.
Passado uns minutos, vejo a porta abrir-se e vejo Malu ao colo de uma mulher. Não consigo deixar de chorar. A minha neta, a nossa princesa está de volta. Ao fim de trinta dias de sofrimento...Malu liberta-se da policial e corre em minha direcção.
- Vovó...vovó...- ela chora e eu choro...- A mamã...quero a minha mamã...- Malu soluça chamando Ana.
- Shiu!!! Calma princesa, vamos já para casa ver a mamã. Deixa a avó olhar para ti, ela não te magoou...o que ela te fez princesa...- dou uma vista geral.
Malu está suja, imunda mesmo. como se não tomasse banho à dias, usa a mesma roupa que tinha quando desapareceu e está visivelmente mais magra. Tem alguns hematomas nos braços. Fora isso não vejo nada de muito mais grave.
- Vovó...quelo il pala caxa...- ela diz olhando-me nos olhos...- Quelo a mamã e o papá...- eu abraço-a de novo e pego nela ao colo.
- Nós tentámos dar-lhe um banho e até vestir uma roupa lavada, mas ela se negou...
- Não se preocupe Agente?- pergunto, uma vez que não sei o nome da agente que trouxe a minha neta.
- Esta é a Lala...vovó.- diz a Malu desencostando a sua cabeça do meu ombro e sorrindo para a Agente...- Ela é boaxinha...ela viu o Flozen comigo no avião.
- Foi meu amor, que bom princesa. Obrigado por tudo Agente Lara...não temos como lhe agradecer por ter...
- Não precisa de agradecer, afinal é o meu trabalho. Sinto apenas raiva por haver mães capazes de fazer este tipo de crimes...
- Aquela mulher nunca foi mãe da minha neta. Ela nunca a quis, nunca a amou. A mãe da minha neta é a agora minha nora que apesar de não ter o mesmo sangue a ama de todo o coração. Obrigado de qualquer forma...- viro-me para Sawyer...- Vamos. Temos que levar esta Princesa para ver a sua Rainha.
- Vovó, tenho xono...quelo dormil...- e assim que diz isso fecha os olhinhos e adormece.
Finalmente podemos respirar de alívio: Bob morreu, Amélia está presa...nada mais vai ameaçar a nossa paz. Falta apenas Christian acordar, apenas isso para que finalmente a nossa família possa viver como sempre viveu: feliz e unida.
Quando há amor tudo é possível, e quando há amor no meio de uma família nada nem ninguém poderá destruir esse elo. Porque Família é onde começa a vida e amor nunca acaba. Esta é a base de tudo: do amor, do aconchego, da segurança, do porto de abrigo em tempos de tempestade. É como um barco, no mar tempestuoso deste mundo, que vai e vem nas ondas incertas. Contudo se todos remarem juntos, com amor e cooperação, ele sempre chegará ao cais da Felicidade. Porque se a família for sinal de união...nada poderá quebrar.
E sei que Christian tem tudo isso com Ana, Malu e os gémeos. Eles são uma família, eles são a fortaleza uns dos outros. Olho para a minha neta, que teve a sorte de ter em Ana uma mãe maravilhosa. É certo que não compartilham o mesmo sangue, mas o que interessa o DNA, a genética, quando falamos de amor. O amor não conhece células ou genes, o Amor apenas conhece o sentimento que existe ou não entre duas pessoas. Ana ama Malu como filha e a Malu ama a Ana como mãe. E essa é a maior e a única verdade que existe.
Pov Ana
Carrick e Grace andam estranhos. Alguma coisa se passa, mas sempre que pergunto a resposta é a mesma "Não te preocupes na altura certa vais ficar a saber", para além da frase que eles agora mais gostam de me dizer "Não te podes enervar...", o que eles não percebem é que todo este secretismo me está a fazer ficar cada vez mais ansiosa.
- Chega...- digo no meio do jantar...- Vão-me dizer o que raio é que se está a passar neste momento.
- Ana. Por favor tu não podes...- Grace ia começar a dar-me o mesmo sermão de sempre, no entanto, eu corto-lhe a palavra antes de ela acabar a frase.
- Com todo o respeito Grace se continuarem a dizer essa frase eu juro que saio por aquela porta e vou para o hospital para junto de Christian. Porque eu já não aguento...parem de me esconder as coisas...por favor parem.
- Mãe.- diz Elliot que nesse dia também foi jantar lá a casa...- Pai, é melhor contarem...até porque amanhã ela vai ter que saber.- olho para Elliot, tenho que saber o quê? Olho de Elliot para Grace, vejo que ela olha para Carrick com lágrimas nos olhos...o Christian...
- Foi...o...Christian?- pergunto quase num fio de voz...não consigo dizê-lo em voz alta...não consigo nem pensar...
- Não Ana, Christian está bem, está estável.- diz Grace...- Carrick?- o meu sogro olha para a esposa e com um aceno, como que a permitir que ela continuasse sorri...- Ana, lembras-te de há uns dias termos recebido uma pista de Amélia?- Aceno que sim...não pode ser. Será que a encontraram? A Malu? Será que lhe aconteceu algumas coisa...- Bem, recebemos uma chamada ontem, parece que já sabem onde ela está. Amanhã se Deus quiser já temos a nossa menina connosco.
- A Malu...ela está bem? Ela está...eu quero ir buscar a minha princesa...por favor eu quero ir...- neste momento o telefone de Carrick toca, vejo-o olhar par Elliot e os dois levantam-se...- Grace, porque é que não podemos ir buscar a Malu hoje, agora...eu quero...- e começo a sentir-me tonta...e de repente tudo apaga...de novo.
Quando acordo estou no meu quarto, com Grace e Kate ao meu lado. As lágrimas escorrem-me pela cara automaticamente. Não são de tristeza, são de alegria, de alívio, de desespero, de ansiedade. Uma mistura de sentimentos que se embrulham dentro de mim, sinto o coração a bater descompassadamente.
- Ana...diz alguma coisa...- diz Kate...- Por favor...- olha para Grace que apenas me abraça...
- Calma Ana...está tudo bem. A nossa princesa vai cá estar amanha de manha...eu vou buscá-la. O Carrick já combinou tudo com a policial que está com ela.
- Como é que ela está Grace? Como está a minha filha? Ela fez-lhe mal? Ela está ferida?
- Ela está bem, assustada, com saudades. O Carrick falou com ela ao telefone, a Malu estava escondida, não saía do esconderijo com medo.
- Ela fez-lhe mal? Ela...ela tocou-lhe...o que é que ela lhe fez...
- Ela não lhe tocou, pelo menos a Malu diz que não. Ana ela só estava assustada...já deve estar a caminho. Carrick falou com ela e acalmou-a, eles só desligaram o telefone à pouco, quando a Malu entrou no avião.
- Eu queria ter falado com ela...eu queria ouvir a vozinha dela...- lembro-me de Christian, como é que eu lhe vou dizer que o pai está no hospital...- Grace...como é que eu digo a Malu que o Christian está em coma?
- Vamos pensar numa coisa de cada vez, eu vou buscá-la de manhãzinha posso avaliá-la logo e se achar necessário levo-a ao hospital...- quando ouço Grace falar em hospital assusto-me, se Malu está bem, para quê levá-la para o Hospital? Será que me estão a esconder alguma coisa?- Ana, só se for necessário.
- Deixe-me ir...por favor...eu preciso de ver a minha menina, preciso de...
- Neste momento o que tu precisas é de dormir. Amanhã vou buscar a nossa princesa, e vais poder abraçá-la e mima-la muito...agora dorme.- apesar de não querer dormir, os olhos começaram a pesar-me, aconcheguei-me e acabei por me deixar ir pelo cansaço.
Sonhei com Christian, com Malu e com os nossos bebés, estávamos num praia linda e acho que deserta, porque não sei viva alma por ali. Estávamos felizes...estávamos bem. Malu brincava com os irmãos à beira mar enquanto eu e Christian estávamos sentados na areia um pouco mais para trás, estava sentada entre as suas pernas com as costas sobre o seu peito, enquanto ele me acariciava a barriga.
- Como te sentes?- pergunta-me Christian...
- Feliz.- respondo olhando para o meu marido que tem um lindo sorriso na cara...- tenho tudo o que sempre quis: um marido lindo que é um príncipe...o meu príncipe, e três filhos lindos que amo mais que tudo na vida.
- Quatro. Não te podes esquecer do nosso pontinho...- olho para ele como que a repreende-lo...- Eu sei que ainda é só uma suposição minha...mas eu tenho a certeza que naquela noite o nosso pontinho ficou aqui.
- Por isso é que me estás a dar festas na barriga?- ele assente...- Christian, tu sabes que depois dos gémeos eu...
- Eu tenho fé...tenho esperança...e acima de tudo amo-te.- olho para Christian e sorrio, como não amar este homem, como não o amar todos os dias um pouco mais...ele é tudo o que um dia sonhei para mim. Não, ele é muito mais que um sonho, ele é o sonho tornado realidade, a minha realidade. Ele e os nossos filhos são a minha vida...
Na manhã seguinte quando acordo, Grace já tinha saído, apenas Carrick está em casa. Tomo o pequeno-almoço rapidamente e vou para a sala a olhar para a maldita porta que nunca mais se abre. A minha princesa...ela voltou, voltou para mim, para nós...os bebés não param quietos, acho que eles também estão ansiosos pela chegada da irmã.
Passam o que para mim foram horas indetermináveis, ouço o carro chegar, depois a porta abre-se e finalmente, vejo o que mais ansiava há 30 dias: a minha princesa. Ela está ao colo de Grace, percebo apenas olhando para ela que está mais magra, e está com roupa suja, aliás acho que toda ela está suja. Grace diz-lhe algo ao ouvido e ela levanta a sua cabecinha e olha para mim, logo as lágrimas começam a escorrer pelos seus olhinhos e pelos meus. Grace coloca-a no chão.
- Mamã...- ela diz, correndo para mim...- Mamã...- sento-me no sofá onde estava esperando a minha menina chegar a mim, eu não posso pegar-lhe ao colo ainda estou de repouso.- Mamã...
- Princesa, minha princesa. Deixa a mamã olhar para ti, estás bem?- olho para Grace...- Grace?
- Ela está bem, só precisa de um bom banho e roupa lavada. Não é princesa.- Grace aproxima-se de nós...- Que tal a vovó dar um banho, depois vimos comer um lanche bem gostoso que a Gail vai arranjar?
- Naum...a mamã...quelo a mamã.- Malu agarra-se ainda mais a mim e não larga.
- Malu, a mamã não pode. Por causa dos manos, anda a vovó dá-te banho...- mas a minha princesa não me larga por nada.
- Grace...- olho para a minha sogra e depois para a minha princesa...- Malu, olha para a Mamã...- Malu levanta a sua carinha e olha-me com aqueles olhinhos lindos iguais aos de Christian...- A mamã não pode dar-te banho, mas vai contigo e com a vovó, sim?
- Os manos?- pergunta-me passando a sua mãozinha na minha barriga, onde logo os dois se mexem ao sentir o mimo da irmã.
- Os manos estavam com saudades tuas princesa. Vês...- ela ri quando sente os pontapés dos dois...- Mas eles têm-se portado um pouco mal, então a mamã tem que descansar muito e não te pode pegar ao colo nem dar banho, essas coisas. Mas sabes uma coisa que a mamã pode fazer?
- O quê mamã?- pergunta-me, fazendo um carinho bom na minha cara.
- A mamã...pode dar muitos miminhos à Malu...assim...- e começa a espalhar beijos por toda a sua carinha pequena.
- Mamã, quelo a ti...naum deixa a Malu xoxinha...pol favol?
- A mamã já disse que vai contigo. Vamos as três, vamos ter uma conversa só de meninas que tal?
- Mas e os manos? - na verdade ninguém ainda sabia que eu e Christian sabíamos o sexo dos bebés, Malu sempre os tratou como "os manos", sem nem saber se eram rapazes ou raparigas...acabava até por ter a sua graça.
- Os manos são bebés, não percebem o que dizemos...por isso não faz mal...vamos?- pergunto-lhe...- Há alguém aqui que precisa mesmo de um banho cheio de bolinhas de sabão.- ela olha para mim e para Grace que a pega ao colo. Esta pede para Carrick avisar a Gail para fazer um lanche para Malu.
- Vô...pede a Nono pala faxer panquecas pa mim...pol favol...- pede Malu com um sorriso lindo...
- Peço, claro que peço...e a Gail vai fazer aquele sumo de laranja que tu adoras...sim...- a minha filha acena com a cabeça feliz. É tão bom tê-la de volta, é tão bom senti-la de novo...e depois do banho que Grace lhe deu é bom poder sentir de novo o cheirinho de bebé que ela ainda tem. Depois de comer o que Nora e Gail lhe arranjaram, ela estava muito cansada, e como eu não podia subir escadas e a Malu não queria deixar-me por nada fomos dormir as duas juntinhas, no agora meu quarto.
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