Capítulo 47 - From This Moment (A Partir de Agora)
Pov Christian
Se eu estava nervoso, não...estava uma pilha. E se ela desistisse? E se o Bob aparecesse? E se...eu estava a fica doido com esta espera. A noiva atrasar-se era normal, era mesmo um ritual, mas a Ana estava a atrasar-se mais do que o normal. Foi quando a minha mãe chegou e me contou que tinham tido um pequeno problema chamado Paula.
- O que é que aconteceu à Paulinha? Mãe?- para mim a pirata era como uma irmã, como a Mia ou a Lu...- Mãe o que aconteceu À Paulinha?
- Nada de grave querido, um ataque de ansiedade...o facto de a Carla não estar aqui com elas...ela ainda se sente culpada, e hoje em especial.
- Eu pensei que ela já tivesse ultrapassado tudo isso, bolas...mãe eu pensei...
- Christian, nunca se supera totalmente a morte de alguém. a morte de uma mãe, de um pai ou de um filho são talvez as piores perdas para um ser humano. E no caso da Paulinha é mil vezes pior, pois ela culpa-se pela morte da mãe, apesar de todos inclusive o Flynn lhe dizer que ela não teve culpa.
- A Ana está lá com ela?- pergunto.
- Sim. Ela e o Taylor, eles vão conseguir acalmar a Paulinha. Só tens que ter um pouco de paciência.
Passado mais uns vinte minutos, finalmente vejo a minha princesa com Ella a entrar na Igreja. Estão lindas com aqueles vestidos. Logo atrás vêm a Mia e a Lu, e depois a Kate e a sua barriga de sete meses onde está a minha sobrinha Eva que logo, logo virá aumentar a família.
Quando vi a Ana, acho que deixei de respirar, por momentos, segundos apenas...ela estava linda. Eu amo esta mulher, mas naquele momento, o meu amor transbordou por todos poros do meu ser. E chorei, não de tristeza, mas de alegria, de felicidade...
- Estás linda Ana.- digo e deposito-lhe um beijo na testa. Viramo-nos para o padre e ele começa...a cerimónia. Claro que nada podia correr bem e quando o Padre faz aquela pergunta "Quem tiver alguma contra este casamento, que fale agora ou se cale para sempre?" eu olho para Ana, e ela olha para mim...e de repente alguém fala.
- Nós...- olho mas não sei quem é, olho para a Ana que está tão ou mais surprrendida. A Senhora que não deve ser muito mais velha que a minha mãe, levanta-se e caminha até nós juntamente com uma rapariga que deve ter a idade da Ana e um casal mais velho.- Desculpe Senhor padre interromper assim o casamento, e bem nós...- e vira-se para os outros três que estão atrás dela...- não temos efectivamente nada contra o casamento, contudo, estes senhores queriam falar com a Noiva antes que o senhor abençoasse o casal.
- Desculpe mas quem são vocês? Eu nem vos conheço?- diz a Ana...
- Tu és igual ao Ray...és a fotocópia dele. E a Paulinha...ela é igual à nossa Carla.
- Vocês conheciam a minha mãe?- pergunta a Paulinha que entretanto já estava junto de Ana.
- Ana, sei que não nos conheces, estes são os nossos avós, pais da tua mãe Carla e da minha mãe Leila.
- Tu és...tu és filha da Leila...- e assim que se ouve este nome, Malu corre até à Ana e agarra-se a ela...
- Mamã...naum dexa eles levalem a Malu...naum quelo...eu naum quelo...
- Ninguém te vai levar a lado nenhum princesa.- digo a Malu...- Senhor Padre podemos ir falar com estes senhores durante uns minutos para algum lugar mais reservado? Malu fica com a avó sim...pai, Ray podem vir connosco por favor?
- Claro, podem ir para a Sacristia. Eu vou ter que estar presente...vamos.- e assim fomos os cinco com o Padre e os outros 4.
- Anastacia, querida desculpa...sei que este dia devia ser de alegria e que nada se devia intrometer no meio dela. Mas, nós não podíamos não estar aqui, e dizer-te algumas coisas que ficámos a saber há pouco tempo.
- Minha querida...eu...não vi a Carla? Onde é que ela está? Ela não veio? Ela...- a Ana olha para mim, e eu olho para a Paulinha que já está com lágrimas nos olhos e agarrada a Taylor. Agarro na mão de Ana e começo a contar o que se passou naquele dia...- A minha menina, a minha Carla...eu perdia as três...Deus levou-me as três...
- Ana, posso chamar-te assim , não posso?-pergunta o avô de Ana...- Nós só há pouco tempo soubemos o que Leila fez com vocês. Ela sempre nos dizia que estava tudo bem, que estava feliz no seu trabalho e que a tua mãe estava feliz com o Bob. Houve uma vez que quissémos falar com a Carla, mas ela não deixou...disse que ela tinha saído com o Bob, e que ela tinha ficado contigo em casa. Pedimos para falar contigo, mas ela disse que estavas a dormir que tinhas chegada da escola muito cansada e que tinhas adormecido. Achámos um pouco estranho até porque se repetiu várias vezes.
- E nunca vieram até Seattle para verificarem se tudo estava realmente bem? Acharam estranho...mas...não fizeram nada.- Ana já está quase a gritar...
- Nós errámos minha querida...e estamos aqui porque não queríamos voltar para casa sem te pedir perdão. Já estamos aqui desde que Leila faleceu...e agora precisamos de voltar para a nossa casa. Mas antes tínhamos que te ver, que te pedir perdão...a tia a à Paula.
- Eu...não sei. Foi tudo...tudo muito...eu não sei o que pensar...- e neste momento é Paulinha que nos surpreende.
- Eu perdoou. Eu nunca soube o que era ter avós, como nunca soube o que era ter pai até o Tay aparecer na vida da minha mãe. A minha família eram a Ana e a minha mãe, sempre foi assim...mesmo quando ainda vivíamos com...ele.- vira-se para a Ana...- Ainda há pouco me disseste que a mãe iria estar sempre connosco...- ela olha para os "avós"...- e eu acho que ela arranjou uma forma de estar ainda mais próxima de nós. Ana, todos erramos...ninguém está livre disso, mas cabe a cada um de nós saber duas coisas quando erramos: a primeira é ser humilde o bastante para perdoar e a segunda é deixar o orgulho de lado e perdoar.
- Onde está a minha piratinha? Sabes gosto mais dela, do que desta Paula toda metida a inteligente...- sorriem e abraçam-se, Ana vira-se para as quatros pessoas que ali estão...- Gostava muito que ficassem no meu casamento, aceitam?
- Tens a certeza, nós não queremos incomodar filha, apenas queríamos...
- Não incomodam nada, eu ficaria muito feliz com a presença dos meus avós no meu casamento, e a minha prima claro...
E depois de convites aceites, retomámos o casamento do ponto que interrompemos. No final da cerimónia quando o Padre finalmente disse o tão esperado "Pode Beijar a Noiva" olhei para ele repondi-lhe a rir "É esposa...Pode beijar a Esposa..." o que fez todos os que estavam mais perto de nós rir. Depois virei-me para a Ana, e os nossos olhares fixaram-se um no outro, não era preciso dizer nada, porque tudo estava escrito no brilho dos nossos olhares.
- És minha...para sempre...amo-te- disse-lhe...e ela olhou para mim e respondeu.
- Eu sempre fui tua Christian, desde o primeiro olhar que me deste quando te perguntei qual dos filhos Grey eras...ali, naquele momento, eu fui tua. E vou ser para sempre...Amo-te.- E finalmente o beijo...que infelizmente não durou muito, porque houve uma princesa bastante ciumenta que logo nos fez separar a dar-lhe um beijo a ela.
Finalmente saímos da Igreja, rumo a casa dos meus pais uma vez que o banquete seria servido no jardim da sua casa. Não era muitos, uma vez que tínhamos convidado apenas a família e alguns colegas de trabalho quer do meu pai quer da minha mãe.
O espaço estava lindo, tinha uma pista de dança no centro, e á roda várias mesas. Eu e a Ana estávamos com a Malu, os meus pais, a Paulinha, o Ray e os avós da Ana. Era para ficar o Elliot e a Kate, mas com o convite de ultima hora logo se formou uma nova mesa onde ficaram eles os dois, a Ella, a Mia e a Lu, a Nora e a Gail, a Helena e a Beatriz. O jantar foi agradável, a Ana e a Paulinha falaram bastante com os avós, claro que haveria muito mais que falar...mas eles teriam muito tempo para falar e recuperar tempo perdido.
Quando estamos já no final da sobremesa, ouvimos alguém a pegar no microfone, quando olho vejo o Elliot, a Kate, a Mia, a Lu e a Paulinha...o que será que eles vão fazer. Sinceramente não sei se fique e veja ou se fuja antes que façam figura de palhaços. Olho para Ana que me dá um sorriso lindo...e bem acho que a ideia de fugir ficou de lado.
- Bom...eu sei que o meu irmão deve estar a pensar que te vou fazer passar por vergonha...mas prometo que não. Christian, podemos não ter o mesmo sangue a correr nas veias, mas o que interessa não termos os mesmos genes...até porque convínhamos eu sou muito mais bonito que tu. Já sei até o que ele está a pensar..."Ficaste com a beleza mas o inteligência ficou comigo", bem o que se pode fazer...ninguém é perfeito né mano, tu só ficaste com o cérebro mesmo. Deixando as palhaçadas de lado, tenho muito orgulho em ser teu irmão. Família é isto Christian...amar sem restrições. Parabéns mano...e que sejas muito feliz junto dessa fantástica mulher que é a Ana.- e depois de muitas palmas, é a vez de Kate.
- Bom, escolheram-me para falar da Noiva. Devia ser a madrinha da noiva, mas parece que...- a Paulinha olha para Kate com um olhar que até a mim me assusta, e tenho a certeza que aquelas três estão a armar alguma...- Bem, vamos ao que interessa, até porque com esta barriga, eu não consigo estar aqui em pé durante muito tempo. Ana, conheço o Christian há mais tempo até que conheço o Elliot, fizemos faculdade juntos, mas eu acabei por desistir da medicina e fui para enfermagem. Estive com o Christian em todas as suas paixonites, e está descansada entre mim e ele nunca houve nada para além de uma grande amizade, posso afirmar-te que nunca o vi assim tão...tão feliz, realizado...inteiro. Tu foste a brisa suave que entrou na vida dele, és um Anjo que lhe apareceu na vida...nas nossas vidas, porque também contigo surgiu a nossa Ella. Continua sempre assim Aninha, linda maravilhosa e...poderosa. Porque, Christian, atrás de um homem está sempre uma grande mulher.- e assim que ela acaba avança a Paulinha.
- Bem...nós como somos menores e não nos deixam brindar com Champagne, e foi essa a razão por não ter sido eu a falar...sem Champagne, não havia discurso.- e depois de Paulinha falar logo vem a Lu.
- Continuando, Ana tu tornaste-te a minha irmã mais velha e tu padrinho és o meu heroí. Por isso quisemos fazer alguma coisa grande para vocês.- Lu sai do palco e vem para a pista de dança no centro e...
- Bem mano, espero que gostes...não tivemos muito tempo para ensaiar, mas foi feito com amor.
De repente sobem ao palco alguns rapazes que ocupam o lugar junto dos instrumentos, enquanto Mia e Paulinha se posicionam cada uma à frente do seu microfone. Na pista de dança está a Lu com a Ella e a Malu...e começam...
(Colocar a música a tocar aqui)
Ana começa imediatamente a chorar e eu não fico atrás. A primeira a começara cantar é a Mia e que voz, nunca pensei que a minha irmã cantasse assim. Depois logo a seguir foi a Paulinha, e embora seja um tom muito diferente quando se juntaram ficaram lindas.
Enquanto isso na pista de dança Lu dançava, eu sabia que ela tinha aulas de dança, mas nunca que fosse tão boa. As duas mais novas dançavam com ela, tentando fazer alguns dos passos que a Lu fazia, ou simplesmente paradas enquanto a Lu fazia uns passos mais difíceis à sua roda. Eu já nem sabia para onde olhar, até que Ella e Malu vierem ter connosco e nos vieram chamar para dançar com elas.
Eu e Ana estávamos completamente extasiados, não tínhamos nem reacção para tudo o que se passava. Foi simplesmente a melhor surpresa da noite, ficámos ali agarrados com lágrimas nos olhos enquanto as nossas irmãs cantavam e as outras três dançavam. No final abraçámos primeiro as nossas bailarinas e depois subimos ao palco e demos um abraço a quatro.
- Eu nem sei o que vos diga...vocês...- começa a Ana...- Obrigada, nós adorámos a surpresa...
- Sim, obrigado...mesmo foi a melhor surpresa, o melhor presente que podíamos ter recebido.
Depois de mais algumas danças e das despedidas, o que foi difícil, principalmente porque deixámos uma Malu inconsolável ao colo da avó Grace. A Ana queria trazê-la e confesso que até eu estive tentado a trazer a nossa Princesa connosco, mas felizmente os meus pais simplesmente nos mandaram embora, e não nos deixaram fazer a vontade a Malu. É a nossa princesa está a ficar muito mimada. Saímos de casa dos meus pais e fomos directos para o aeroporto onde já nos esperava o jacto.
- Christian, vais-me dizer para onde vamos desta vez?
- Não, mas sei que vais amar...- Ana olha para mim e revira os olhos...- Posso apens dizer que não vamos sair deste continente...não vamos atravessar oceanos. Aliás nem vai dar tempo de começar a nossa noite de núpcias ali naquele quarto, por isso vamos sentar-nos logo porque quanto mais depressa arrancarmos, mais depressa chegamos, e mais depressa eu me perco em ti.
- Christian...- Ana sorri com a minha fome dela...- Eu amo-te...- e depois de um beijo mais profundo que só é quebrado pela assistente de bordo a pedir que nos sentemos para que o piloto pudesse levantar voo. Separámo-nos sem vontade nenhuma de o fazer. E assim começámos a nossa viagem rumo ao desconhecido...pelo menos para a Ana.
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