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Capítulo 36 -Gosto de Ti...Desde aqui até à Lua.

Mais um música portuguesa. Desta vez é do André Sardet, este CD/DVD foi feito especialmente por ele para a filha. Chama-se "Mundo de Cartão"...e como o mesmo diz todo o mundo das crianças é um mundo de Fantasia onde tudo é possível: desde a viajar de balão para ver as nuvens feitas de algodão, ou viajar até à lua numa nave feita de lata e papel. 

Pov Christian

15 dias...15 dias sem saber nada da Paula.

A Ana está arrasada, naquele dia em que Bob a tentou levar, ela perdeu o nosso bebé. O injectável que Bob lhe deu prejudicou o nosso pontinho, levando a que o mesmo deixasse de se desenvolver e infelizmente a minha rainha teve que passar por todo um processo de curetagem que a abalou física e psicologicamente. Ainda me lembro do dia em que a Greene nos contou que o nosso pontinho já não estava ali.

"Estamos abraçados, à espera...sei pela expressão que vi de Greene e da minha mãe que as notícias não são boas. Mas não posso transparecer nada, tenho que me manter forte, pela Ana e pela Malu. Greene entra no quarto acompanhada pela minha mãe que está visivelmente abatida por tudo o que está a acontecer.

- Falem logo...- diz ana olhando de Greene, para a minha mãe e de novo para Greene...- Falem...- uma lágrima começa a correr pela sua face, ela sabe...ela sabe que perdemos o nosso pontinho. Não sei como, vai ver que é  aquilo a que chamam intuição feminina, ou intuição de mãe...só sei que a minha Ana sabe.

- Falem...não nos deixem nesta agonia...por favor...- peço, imploro...eu sou médico, eu conheço todos os olhares que existem...

- Sinto muito...mas não há mais nada a fazer. Não existem batimentos cardíacos...vamos marcar a curetagem...

- Não...não o meu bebé está aqui...eu sei que está...Christian não deixes...por favor...ele está aqui...o nosso bebé...-não consigo evitar e choro agarrado a Ana. Logo lhe dão a anestesia, Greene achou melhor ela estar a dormir enquanto passa por todo o processo.

E se todo esse drama não bastasse, enquanto Ana está sala de cirurgia resolvo vir dar uma volta e quando saio vejo Taylor com a Carla aos gritos...logo surge o meu pai com Elliot e Kate a chorar.

- O que é que se passou?- olho para o meu pai que está ao telefone...- Pai...o que é que se passa?

- Christian, o Bob apanhou a Paula, a Carla recebeu uma chamada dele à pouco. Mas ninguém sabe da Mia, da Luh e da Ella...elas foram vistas a entrar no carro todas juntas como todos os dias, mas descobriram o Ryan desmaiado junto de um contentor. Parece que lhe deram o mesmo clamante que à Nora e à Ana

Olho para todos...Carla está  agarrada a Taylor, Kate a Elliot e o meu pai continua ao telefone. A Ana, ela não vai aguentar mais uma noticia destas, primeiro o nosso bebé...e agora a Paula ser levada por Bob. O meu pai desliga o telefone e parece mais aliviado...

- Elas estão bem...foram encontradas a alguns quarteirões da escola, estavam a voltar para lá. Eu pedi ao Ethan que as trouxesse para cá...

- E a Paula?- pergunta Carla...- Diz-me que ela está com elas, diz-me que ele me mentiu...por favor, diz-me que ele não a tem...

- Eu gostava de te dizer isso, mas...infelizmente parece que ele levou a Paula sim...vamos esperar as meninas, elas vão nos explicar o que aconteceu. Christian...como está a Ana?

- A Ana...ela...nós...- e é nesta altura que pela primeira vez eu paro por um tempo, por um minuto, um segundo...e tudo o que guardei dentro de mim, toda a angustia, toda a dor que sinto e que não permiti que saísse de dentro de mim para me manter forte pela Ana, pelo amor da minha vida...tudo isso simplesmente transborda de mim e me entrego a esse sentimento de desespero, me entrego à dor.

- Christian, foi a Ana? O bebé?- pergunta-me Taylor, mas eu simplesmente não consigo falar, preciso de deitar tudo para fora, preciso de chorar, de gritar...dizem que quando a dor é grande temos mesmo é que chorar, que gritar. Que chorar limpa a alma, que o gritar nos alivia a dor...será mesmo.- Christian?

- Nós perdemos o bebé...a Ana foi...foi...- e não consigo dizer mais nada, porque nessa altura Carla abraça-me.

- A Ana vai precisar de ti Christian...eu não sei como ela vai reagir ao saber que a Paula...que a nossa menina está...

Nisto chega o carro com as meninas, vejo Mia com Ella no colo. A minha sobrinha está a tremer, acho que está em choque. A Luh está a chorar assim como a Mia, apesar desta ser mais cometido...Mia nunca gostou de dar parte fraca, desde pequena que é assim podia ouvir a maior reprimenda de sempre...mas nunca chorava, nunca se dava por vencida. Kate vai até Mia e pega na Ella que a abraça e chora ainda mais, faço sinal para Elliot que entra com as duas para que Ella possa ser  atendida. Luciana abraça-se a Taylor e Mia abraça-se ao meu pai.

- Foi...horrível pai....ele...ele não...ele...- Olhei para ela  e percebi que estava a ficar pálida demais.

- Mia...- e assim que disse o seu nome vejo-a a desfalececer nos braços do meu pai...- pai leva-a para dentro, ela deve estar em choque. Luh...estás bem?

- Estou. Eu tentei...mas ele percebeu. Ele não queria a Paula, ele queria a Ella...- fico a olhar incrédulo para a Luciana, será o que estou a pensar...- A Ella ficou desesperada, começou a chorar, a tremer...a Paula de repente disse que ia com ele, mas que deixasse a Ellla em paz.

- A Paula ficou em vez da Ella...- eu estava surpreso...ou pensando bem nem tanto. A Paula era igual à Ana, duas cabeças duras que eram capazes de tudo para defender quem amavam.

- Padrinho, nós não a queríamos deixar...mas ela implorou. Antes de eles partirem ela deu este papel à Mia.- eu abri e tinha escrito "colar"...

-"Colar"? O que raio quer isto dizer?- pergunto e vejo Taylor sorrir, num momento destes e ele sorri...

- Carla...ela sabia que havia uma forma de nós chegarmos até ela...- Carla olha para Taylor...- O colar, aquele que lhe ofereci  no dia seguinte à conversa que tivemos sobre Bob...

- É só um colar Tay, uma colar importante para a Paula...mas...

- Não é só uma colar, ele pode ser usado como um sinal de GPS. A Paula sabia, eu próprio lhe disse como funcionava...

Assim que Taylor nos disse aquilo accionámos de imediato o sinal...mas nada, não havia "sinal do sinal". Coloquei os melhores informáticos da minha empresa para tentarem apanhar o maldito sinal...mas tudo estava silencioso.

E assim se passaram dias...15 malditos dias sem que conseguíssemos nada. A Mia e a Luh ficaram em casa durante a primeira semana depois do que aconteceu, contudo, apesar de muito argumentarem que só voltariam quando Paula retornasse ninguém foi na conversa delas. Ella ainda não voltou, tem estado com Kate e não sai de perto da mãe para nada, tem pesadelos todos os dias, para além de pouco comer.

A minha Ana está inconsolável, acabámos por lhe contar no dia seguinte...e como eu calculava ela entrou em desespero, Greene acabou por lhe dar algo para ela dormir. Ao fim de uma semana no hospital voltou para casa, mas fechou-se no seu mundo...nem Malu lhe consegue retirar daquele estado de depressão. A meu anjinho também sente muito a falta da mamã dela...todos os dias vai ao nosso quarto para dar um beijo na Ana, e todos os dias sai de lá triste por Ana não lhe responder. Um dia estávamos a almoçar os dois sozinhos, e vejo a minha menina muito quietinha...

- Malu! O que foi filhota, o que se passa, porque não estás a comer?

- Papá...a mamã não gota max da Malu?- pergunta a minha filha com uma vozinha triste...

- Claro que gosta meu amor, a mamã só está muito triste...

- Poque a "Tita" não tá cá...né?- "Tita" é como ela chama a Paula...todas elas têm uma alcunha colocada pela minha menina: a "Tita" é a Paula, a "Mimi" é a Mia e bem a Lu é apenas a Lu.

- Sim meu amor...a mamã está muito triste porque a "Tita" não está cá.- digo e pego-lhe ao colo.

- Papá...o "noxo" bebé...naum tá maix na "baliga" da mamã?- agora a minha menina  surpreendeu-me. Como é que ela sabia do bebé? Como é que ela soube que a Ana tinha perdido o bebé?

- Maria Luísa...andaste a ouvir as conversas dos adultos?- pergunto, fazendo-lhe cócegas...

- Pala papá...pala. A Malu conta...- para de fazer-lhe cócegas...- A Malu ouviu la no hopital do bebé...- olha para mim...- e..."oubiu" a vovó Cala e a Nónó a falá na coxinha, que a mamã tava tiste poque o bebé noxo naum tá maix na baliga...

Fico sem saber o que fazer, ela é tão pequena, mas ao mesmo tempo já se apercebe que as coisas não estão bem. Nunca me passou pela cabeça contar alguma coisa à Malu, não queria ter a minha menina a sofrer...e afinal. Abraço-a, apenas me deixo ficar ali a abraçar a minha menina, e deixo cair uma ou outra lágrima. A certa altura sinto-a a afastar-se de mim, limpa-me as lágrimas, dá-me um beijo daqueles bem molhados e sorri, um sorriso lindo que me faz sorrir também.

- A mamã, está muito triste sim. Mas eu quero que saibas que ela te ama muito filha. Só que...- e nesta altura a Malu olha para trás de mim e sorri. Viro-me e vejo a Ana, ela está agarrada à Carla, tem lágrimas nos olhos, mas olha para a nossa menina com o sorriso mais terno e lindo.

- Mamã...- Malu grita, e sai do meu colo indo agarrar-se às pernas da Ana...- A Malu vai tatar de ti xim...naum vas maix cholal.

- Minha princesa linda...- Ana com a ajuda de Carla senta-se e Malu depressa se senta ao lado dela...- Desculpa a mamã...desculpas?

- Deculpo mamã...a Malu gota muiiiiiiiito de ti.- e ao dizer abre tanto os braços que nos faz rir...

- A mamã também gosta muito de ti...e sabes quanto a mamã gosta?- pergunta a Ana, ao que Malu responde com a cabeça que não...- Gosto de Ti...desde aqui até à Lua, desde a Lua até aqui.

Malu olha para Ana, depois levanta-se vai à janela olha para o céu e volta para junto da Ana. E enquanto ela olha para nós e para a janela, ficamos à espera do que vai sair daquela cabecinha. Porque eu sei que alguma coisa está a fervilhar ali...

- Mamã...tu pometeste que naum ias embola. Não vais deixal a Malu pala il à lua, pox naum? É muto longe...- pronto eu sabia...Malu e a sua cabeça a viajar.

- Não meu amor...a mamã não vai embora nunca mais. Eu prometi não foi?- pergunta a Ana, ao que Malu acena...- A Mamã só quis dizer que gosta muito de ti...assim mesmo muito.

- AH, tá...vens comel...o papá tava a dar papa à Malu...- diz ela e dá uma pequena gargalhada...

- E a minha filhota por acaso é bebé para lhe darem a comida? O papá está a dar muitos mimos...

- Naum xanga com o papá...foi xó hoje...por favol...naum xanga...- e pronto um grande bico para a amolecer o coração, esta minha filha sabe nos levar.

- A mãe não vai zangar-se. E se for a mamã a dar a comida à princesa para o papá comer?- Malu logo se levanta e dá a mão à mãe.

- Amor, tu também devias comer alguma coisa...- digo-lhe ajudando-a a levantar-se do sofá onde estava e a sentar-se na cadeira ao lado de Malu.

- Eu já comi uma sopa que a minha mãe me levou...não consigo comer mais nada.- ficamos ali a comer os três, Malu com o seu jeitinho conseguiu convencer Ana a comer mais um pouco e ia dividindo a sua comida com ela.

No final do almoço, sentámo-nos os três no sofá a ver um filme de princesas com a "nossa" menina, contudo a Malu acabou por adormecer ao fim de pouco tempo. Pedi à Nora que a levasse para a sua caminha, enquanto eu peguei na minha noiva e a levei para o jardim, ela precisava de apanhar um ar, estava à uma semana fechada naquele quarto.

- Ana, aquilo que disseste à Malu...eu sinto o mesmo por ti. Eu amo-te desde aqui até à lua e desde a lua até aqui. Eu faço tudo por ti amor...- e começei a cantar, uma música que ouvi uma vez os meus pais cantarem...e que sempre me acompanhou.

"Já pensei dar-te uma flor, com um bilhete, mas nem sei o que escrever.
Sinto as pernas a tremer, quando sorris pra mim, quando deixo de te ver.
Vem jogar comigo um jogo, eu por ti e tu por mim.
Fecha os olhos e adivinha, quanto é que eu gosto de ti.

(Refrão) - Gosto de ti, desde aqui até à lua.Gosto de ti, desde a Lua até aqui.
Gosto de ti, simplesmente porque gosto.E é tão bom viver assim.

Sinto a Ana a soluçar, mas continuo a cantar, abraço-a mais forte tentando com o meu abraço confortá-la, protegê-la...sei que ambos estávamos a precisar deste momento, desta libertação. Perdemos algo insubstituível, porque nenhum filho substitui outro por muito que tenhamos ainda, e vamos ter, nenhum vai apagar a dor de termos perdido este.

"Ando a ver se me decido, como te vou dizer, como hei-de te contar.
Até já fiz um avião, com um papel azul, mas voou da minha mão."

Nesta altura entrego-lhe um pequeno papel, onde escrevi o nome do nosso Anjo. Sim, ele podia ser apenas um feijãozinho, mas era nosso...era o nosso bebé...o nosso Anjo.

Vem jogar comigo um jogo, eu por ti e tu por mim.
Fecha os olhos e adivinha, quanto é que eu gosto de ti.

(Refrão) - Gosto de ti, desde aqui até à lua.Gosto de ti, desde a Lua até aqui.

Gosto de ti, simplesmente porque gosto.E é tão bom viver assim.

Quantas vezes eu parei à tua porta. Quantas vezes nem olhaste para mim.
Quantas vezes eu pedi que adivinhasses. Quanto é que eu gosto de ti.

(Refrão) - Gosto de ti, desde aqui até à lua. Gosto de ti, desde a Lua até aqui.
Gosto de ti, simplesmente porque gosto. E é tão bom viver assim."

Depois de acabar de cantar ficámos ali...um bom tempo...abraçados...juntos...apenas a desfrutar de alguma paz que sei que ambos sentíamos naquele momento. Foi como se depois destes 15 dias finalmente conseguíssemos ultrapassar a barreira que esta dor tinha criado nos dois, e finalmente percebemos que podíamos seguir em frente. A saudade, o vazio de não termos o nosso pontinho connosco estaria sempre em nós, porém a dor essa iria acalmar com o tempo, e hoje tinha sido o dia em que ambos enfrentámos a mesma juntos, e juntos iríamos ultrapassar.

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